Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 17
Egito


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente, aqui as coisas começam a mudar. Teremos que dizer um adeus temporário a alguns de nossos amigos, mas logo eles voltam.



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Bastet: — Ligada a fertilidade, é a deusa da sexualidade e do parto. Após o ano 1.000 a.C., sua imagem ganhou a forma de um gato – animal que para os egípcios traz boa sorte. É mais uma das filhas de Rá.



— Bom dia, Naruto.

— Bom dia. – acenou sorrindo.

— Bom dia, Naruto.

— Bom dia.

— Olá, Naruto.

— Olá. – repetiu o gesto.

— É impressão ou todas as meninas resolveram falar com você hoje? – perguntou Sasuke. – Ei. Ei, Naruto. DOBE. – gritou no ouvido dele.

— QUER ME DEIXAR SURDO? – gritou de volta.

— ME ESCUTA.

— ENTÃO FALA.

— QUEREM FICAR DEPOIS DA AULA LOGO DE MANHÃ? – gritou a voz ao longe e, olhando para a mesma, viram a diretora.

— Sinto muito. – a mulher se virou e continuou seu caminho, mas não sem antes lançar um olhar intimidador para eles.

— O que estava dizendo?

— Que as meninas estão falando demais com você. – repetiu.

— Poxa, Sasuke, como um Servo – falou baixo – de Apolo eu estou acostumado a ser alvo de inveja, não se reprima por isso. – colocou a mão no ombro do amigo, consolando-o.

— À merda. – empurrou-o. – Mesmo sabendo que você é você-sabe-o-que, não era assim antes, tipo... Acena para aquela menina. – apontou, discretamente, para uma menina encostada no armário com um garoto que, pela aproximação, só podia ser o namorado dela.

— Mas ela tem namorado, e eu também.

— Só dá um “oi”. – Naruto suspirou e o fez, recebendo um aceno de volta. – Viu?

— Ela acenou, e daí?

— Inteligência e beleza realmente não andam juntas. – balançou a cabeça em negativa. – Seu Talento. Você não costumava chamar tanta atenção assim das mulheres, e agora está, como se seu Talento houvesse aumentado.

— Hmm, talvez tenha a ver com o fato de que finalmente tenho o Talento da música. – supôs.

— Não, pera. – parou antes da porta da sala, vendo Naruto dar mais um passo e parar também. – Você pensa?

— Vou te socar. – ameaçou.

— Oi, oi. – Ino cumprimentou, passando por eles.

— Oi.

— Oi. Oh, Ino. – chamou o loiro assim que se recordou. – Vem cá, cadê a Sakura e a Hinata?

— Ué, as namoradas são de vocês.

— Mas elas estão sumidas desde ontem. – falou Sasuke.

— Elas devem estar bem, caso contrário o Neji já teria destruído alguma coisa atrás da prima. – tranquilizou-os. – Vocês se preocupam demais. Esqueceram de quem a Sakura é filha e quem a Hinata serve?

— Tem razão, elas sabem se cuidar. – o moreno falou.

— Agora, já pra aula, vamos, vamos. – disse, seguindo seu caminho.

Servos e deuses –

O dia havia chegado. Já estava de manhã e, meia-hora antes do horário marcado, Naruto, Sasuke, Shikamaru, Sai, Temari e Lee já estavam no porto mais próximo deles, o que significava que haviam se teletransportado para a Área dos Servos, para, dali, irem para o porto. Alguns de seus amigos os acompanharam, como Ino, Gaara, Neji e Tenten. Não disseram exatamente o que fariam, apenas que iriam em uma missão para os deuses e que talvez demorassem para que voltassem.

Haviam inventado motivos para sumirem por tanto tempo, então não precisavam se preocupar com a escola, contudo, o que mais os preocupava, especialmente Naruto e Sasuke, era onde Sakura e companhia haviam se metido.

— Sabem que se eu pudesse iria com vocês, né? – perguntou Ino, ainda chateada por não poder ajudá-los.

— Você não tem habilidades de cura, só iria para conhecer o lugar. – falou Shikamaru.

Ino não se arrependia de ter voltado a ser uma Serva, mas, naquele momento, seus poderes seriam úteis, mesmo que nem tanto.

— E onde aquelas duas se meteram, afinal? – perguntou Temari, impaciente.

— Sabe onde elas estão? – o loiro perguntou.

— Disseram que viriam, mas nada até agora. – começou a bater o pé no chão, impaciente.

— Elas tem... – antes que Sai pudesse terminar, uma voz o interrompeu, fazendo os presentes olharem para ela.

— Gente. – Sakura se segurou em Gaara, que foi o mais próximo a si, e Hinata segurou na amiga. – Eu nunca mais tento teletransportar uma hora antes do combinado. Parei em vinte lugares diferentes só para chegar aqui.

— Isso são horas, mocinha? E que história é essa de ficar se teletransportando? Perdeu o juízo, quer que o Olimpo te perceba?

— Relaxa, to treinando há dois dias e ninguém bateu a minha porta e me arrastou para o Monte Olimpo.

— Então eu preocupado com você e você brincando de teletransportar.

— Opa, eu estava treinando, e me divertindo no processo, é diferente. – protestou.

— E você, Hina? Estava fazendo...?

— Isso. – apontou para a mochila.

— As malas? Vai viajar?

— Vamos.

— Vamos? – perguntou Neji.

— Eu, Sakura e vocês.

— Hinata, eles estão indo para uma missão, claro que você não pode ir! – falou Neji.

— Claro que posso, eu sou uma cidadã livre.

— Você é uma Serva. – consertou Ino.

— E só nós seis fomos autorizados a ir. – disse Lee. – Uma missão de Servos.

— Bom, eu sou uma deusa e a Hinata uma ex-Serva, o que nos torna pessoas livres para decidir o que fazer, ou seja, nós vamos.

— Sabem o quanto isso é perigoso, né? – perguntou Tenten. – Tipo assim, muito.

— Você pode não saber, Sakura, mas você sim, Hinata. Da última vez tivemos sorte de sairmos vivos, especialmente você, que foi salva no último minuto por Apolo. – falou Sasuke.

— E é por isso que gastei os dois dias fazendo – retirou a mochila das costas e a abriu – isso. – amostrou um dos mantos que fez. Ele era grande o suficiente para ir da cabeça aos pés e tinha a cor branca com nuvens vermelhas.

— Por que as nuvens?

— As cores do japão, uma bola em um fundo branco, são muito sem graça, então resolvi colocar nuvens que são mais bonitinhas. – jogou para o namorado e retirou as outras da bolsa, jogando para os outros integrantes do time. – Também fiz para o Neji e para Ino, achando que fossem, então podem ficar de presente.

— Bom, itens feitos por Servos de Ártemis, que é conhecida por suas armas de caça, são bem úteis. – disse a loira.

— Eu sabia! Ou seja, seremos mais úteis se formos.

— Olha, eu...

— Cheguei. – avisou a voz, chamando a atenção deles.

— Ele é...

— Um peixe? – Gaara completou a frase de Tenten.

— Ignorem. – avisou Neji.

— Tem gente demais, não? – perguntou, observando Servos e humanos. – Até quem não deveria.

— Essas duas vão conosco. – avisou Shikamaru.

— Uma ex-Serva e uma humana?

— A ex-Serva estava no momento e sabe do ocorrido, e a outra descobriu e sabe de coisas que podem nos ajudar. – falou o Servo da deusa da estratégia.

— Farei vista grossa, mas a culpa caíra sobre vocês. Andem, pulem logo. – disse.

— O que, vamos nadando até lá?

— Claro, voando é que não é. – Kisame revirou os olhos. – Eu não tenho o dia todo. – alertou-os.

— Tchau. – o pessoal se despediu.

— Voltamos logo. – Lee foi o primeiro a pular na água.

— Cuidem da cidade na nossa ausência. – Temari foi logo em seguida e, após todos irem, Naruto foi o último. Assim que entrou na água, não se molhou, como deveria, ficou coberto por uma bolha de água que mantinha ele seco. Olhou para os lados e viu que os amigos estavam da mesma forma.

— Só podemos ficar uma hora dentro d’água, então não demorem. Vocês estão sob a benção de Poseidon, e ela funciona como com os Servos do mesmo. – explicou, começando a nadar. Os outros o seguiram e, juntos, rumaram o Egito.

Servos e deuses –

Sendo jogados para fora do rio, com toda a educação possível, usando do eufemismo do ano, os oito foram de encontro a areia quente. Confusos por terem sido lançados, levantaram-se e tiraram a areia, vendo se todos estavam bem.

— Nunca mais viajo nas linhas aquáticas Poseidon. – reclamou Naruto.

— O que houve? – perguntou Lee.

— Já estamos no Egito, então os poderes de Poseidon não devem funcionar aqui, já que o rio Nilo é uma divindade do povo deles.

— Faz sentido. – disse Sai.

— Então esse é o Egito. – comentou Temari, olhando em volta. A viagem não demorara muito, então ainda era dia quando chegaram, mas as únicas coisas que via era areia e um pouco de pessoas.

— Um templo. – comentou Hinata, olhando para a construção não muito longe dali. – Vamos visitar?

— Não viemos para aprender história, viemos para coletar informações.

— Que melhor maneira de colher informações do que visitando um templo egípcio? Se os deuses habitam neles também, então é provável que achemos alguma informação.

— Essa desculpa não vai colar. – cruzou os braços, mostrando que não mudaria de ideia.

— Shikamaru, – Naruto foi até ele, pondo a mão em seu ombro – quem morreu e te deixou de líder? – perguntou em tom brincalhão.

— Soletre paralelepípedo. – pediu. Naruto desviou os olhos, tentando ver como soletrar. – Foi o que pensei. Se querem ir no templo, vamos, mas depois nada de distrações.

— Então vamos. – disse Sakura.

Seguindo para o templo, o grupo passou pela entrada, aparentemente sendo ignorados pelos outros visitantes do local. Indo para uma segunda entrada, assim que passaram por ela, puderam ver paredes repletas de hierógrafos. Viram pessoas que, pelas vestes, deviam ser sacerdotes, então não as seguiram quando passaram por outra porta. Era melhor evitar locais como as câmaras de adoração, caso contrário não saberiam que efeito isso poderia ter neles.

— O que estamos procurando exatamente? – perguntou Sakura, olhando para uma parede.

— Não sabemos exatamente, mas qualquer coisa que nos diga o motivo de Toth ter nos atacado. – respondeu o namorado. Para facilitar a busca, haviam se separado em duplas com Sakura e Sasuke em frente a última câmara, Naruto e Hinata de um lado, Sai e Lee de outro enquanto Shikamaru e Temari foram para o final.

— Alguém lê hierógrafos, por falar nisso? – perguntou Hinata e, pela marca, os outros ouviram, percebendo, enfim, que não possuíam conhecimento sobre a língua deles.

— A marca traduz, não? – perguntou Lee.

— Hierógrafos são como os kanjis, só que com animais em vez de traços. – explicou Shikamaru. – Achei alguma coisa. – avisou e os outros seguiram até a parte detrás, encontrando uma estátua em um pequeno altar, elevado por uma rampa que era ligada a parte traseira da última câmara. A estátua era a imagem de uma mulher-gato preta, adornada de joias.

— O que achou? – Sai perguntou.

O Servo de Atena se pôs a ler as inscrições ao lado da rampa.

— “Templo em homenagem a deusa da sexualidade e do parto. Sua representação em forma de gato representa a boa sorte que a deusa traz, sendo uma das filhas de Rá”.

— Quem é ela?

— Quem é Rá, afinal? – Naruto perguntou após Temari. O loiro ouvira o nome, só não lembrava quando.

— Ela é Bastet, e Rá é o deus que manda nos outros, como Zeus no Olimpo. – explicou, começando a andar em direção a saída, significando que já estava na hora de irem. – De qualquer forma, nada aqui diz o motivo de Toth ter nos atacado. – passaram para a primeira câmara. – É mais fácil acharmos o templo dele e pesquisar por lá. – assim que saíram, pararam logo nos degraus, olhando para o mar negro a sua frente. O chão estava repleto, não sendo possível ver as areias, e olhando para o alto, viram que a noite predominava, como se sempre estivesse ali.

Alguns gatos começaram a se fundir, começando a crescer e se por de pé. Os gatos pretos assumiram a forma de uma mulher, uma mulher-gato, mais precisamente, como a estátua.

— Eu não enxergo, o que é? – perguntou Lee, pulando no final para poder ver.

— Uma deusa, logo de cara. Tsc.

— Vamos fugir? – perguntou Sai, levando a mão, lentamente, a sua arma nas costas.

— Seria bom se pudéssemos, mas... – antes que Shikamaru terminasse, a deusa correu na direção deles, desaparecendo diante dos olhos dos mesmos e só foram achá-la quando ela jogou Sai para fora, fazendo com que ele batesse e levasse os amigos juntos.

— Que rápida. – comentou Sakura, levantando-se.

— Que pesada. – reclamou Naruto, recebendo um soco na cabeça da rosada. A garota havia caído sobre Naruto, que por sua vez caiu em cima de Sasuke.

— Por que ficaram parados? – perguntou Lee, juntando-se a eles. Os gatos haviam se afastado, abrindo espaço para eles.

— Conseguiu acompanhar? – Sai perguntou, surpreso.

— Claro. Ela pode ser rápida, mas eu ainda sou Servo de Hermes. – respondeu.

— Lee, ataque. – o garoto se virou, colocando um braço atrás das costas e outro para frente, entrando em posição. Ativou sua marca, mudando suas roupas para as de combate.

— Naruto, Sasuke, se usarem suas marcas podem atordoá-la antes que lhes ataquem. – informou, vendo-os fazerem. – Sai, os gatos.

— Certo. – o garoto abriu seu pergaminho, invocando suas bestas. Por possuírem a forma de cachorros, os gatos se arrepiaram.

— Temari e eu daremos apoio ao grupo de ataque a deusa e ao Sai. – informou, invocando uma das armas de Hefesto. Não era o maior fã delas, mas como não lutava corpo a corpo, era tudo o que tinha.

— E nós? – perguntou Hinata.

— Ficam atrás.

— Ou seja, não fazemos nada. – disse Sakura, irritada por ser excluída.

— Não quero problemas caso a Serva de Ártemis morta, e vocês só vieram porque insistiram, então vão ficar quietas aí atrás. – falou. – Nossa inimiga é uma deusa, não um monstro, lutem com tudo e não precisam se conter, ela não vai.

A deusa gata miou, atacando.


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Notas finais do capítulo

Como a maior parte das coisas agora serão lutas, ou teremos luta demais e informação de menos ou equilibrado. Terminei esse capítulo assim, porque senão teria ficado muito grande.



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