Como não se apaixonar por Perseu Jackson? escrita por DaniiBraga


Capítulo 12
Feel Me


Notas iniciais do capítulo

Yay guys! E aí? Desculpinhas pela demora, viajei e voltei ontem e tive compromissos, mas como prometido, aí está mais um capítulo para vocês curtirem! Obrigada pelos favs e comentários ein! Amo vocês!



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“We were one in a million

Our love is hard to find”

(Feel Me - Selena Gomez)

 

Thalia POV

 

Eu não aguentava mais. Não aguentava mais ficar calada, sem meu melhor amigo para me ajudar e com todos focados em Atena e Annabeth. Por acaso, alguém se importava com o que eu sentia nesse mundo? Porque depois vinham reclamando da minha grosseria e frieza, mas me ajudar que é bom, ninguém ajudava. Desde o Baile, eu e Luke não nos falávamos direito. A situação, ir ao Baile como casal, tinha afastado não só a nós, mas a quase todos os adolescentes do Condomínio, exceto…

— Annabeth e Percy! Como eles conseguem dar certo? É uma babaquice enorme isso. Ele se odiavam! - Rachel esperneava no círculo que estávamos na pracinha.

— E agora é amor. - Luke completou e o olhei, mas ele desviou o olhar. Com certeza, ele lembrara do inferno que fora a nossa amizade, com diversas pessoas dizendo por aí que eu gostava dele, quando ele sempre gostou da Annabeth.

— Amor. Amor é uma grande merda. - Leo se manifestou e concordei.

— Ai, mano. Você diz isso só porque a Calipso está te largando. - Beckendorf se manifestou, dando umas olhadelas para Silena.

— Nada a ver. E ela não está me largando, ela já me largou e está fazendo as malas. Ártemis disse que ela e Octavian partem para fora do Condomínio amanhã cedo. - ele falou com desgosto, mas no fundo adorávamos a ideia de Octavian fora. E Calipso era uma sem sal, nem Annabeth tinha aguentado a garota.

— Finalmente esse babaca vai sair desse Condomínio. - uma voz familiar veio de trás de mim e lá estava ele. Percy Jackson. Ou seria, Sumido Jackson?

— Wow! A alga apareceu! - gritei irritada. - Mas já pode sair.

— Calma Thalia. - Todos falaram juntos e simplesmente levantei e saí.

— O que aconteceu com ela, gente? - o babaca de olhos verdes teve a coragem de perguntar e apenas ri, indo para a casa de Afrodite desabafar.

 

Leo POV

 

A vida estava me fazendo rir. As ironias apareciam cada vez mais e me tiravam a paciência. Quando eu finalmente tive coragem de contar a Calipso, tudo o que sentia; quando finalmente a beijei, transei com ela, disse que gostava dela; a vida veio com a maldita proposta, que ela aceitou sem pensar! EI! EU TENHO SENTIMENTOS SABIA? Aparentemente não.

Quando Percy chegara na praça, desisti de ficar lá, aguentando um bando de apaixonados com medinho de ir para a pessoa que ama, dizer tudo o que sente. Fui pra casa, onde aparentemente, Thalia estava com Afrodite, minha madrasta louca, mas ignorei. Não queria nem saber o que ela tinha ido fazer lá, até a mais corajosa das garotas desse Condomínio em minha concepção, tinha medo de contar ao garoto pelo qual é apaixonada desde pequena, que o ama.

Sequei a maldita lágrima que caiu e ouvi passos.

— Mulheres são incompreensíveis, meu filho. Até você, o mais feliz dos garotos, está assim por elas, não tente entendê-las. - meu pai me abraçou e sorriu fraco.

— Será… Será que podemos construir umas coisinhas? - pedi e ele sorriu mais forte, era só mencionar construção e coisas do tipo, que meu pai se tornava o mais feliz dos homens.

— Claro que sim, Leo! Junte-se a nós!

Franzi o cenho quando ele abriu a porta da sala.

— Nós? - perguntei e logo a encarei. Reyna. Com uma blusa minha por sinal, que cobria o short que ela usava. Ela estava com um martelo, meio suja, com sua trança típica. Segurei o riso e ela me encarou.

— Algum problema? - perguntou, irritada.

— Não… Nenhum. - entrei e fui tirando a camisa, para substituir por outra, até ela gritar.

— O que você pensa que está fazendo?

— Trocando a minha camisa. Calma aê, gatinha. - zombei e ela tacou uma madeira na minha direção, mas abaixei a tempo. - Whaaaat?

— Escuta aqui, Leo Valdez, você não é o único que pode sofrer pela sua garota, até porque você não viu o que eu vi.

— E você viu…?

— Calipso transando com Octavian. Hoje. Mais cedo.

— Como eu disse mais cedo, o amor é uma grande merda.

Meu pai tinha saído de fininho, o que não me incomodou, pois comecei a criar algo com Reyna. Corações partidos podem se transformar em um ótimo banco.

 

Rachel POV

 

As pessoas acham que não sabemos das coisas. Por isso continuam escondendo pequenas mentiras, que se tornam maiores com o tempo, até se tornarem uma bomba, que ao explodir pode transmitir radioatividade. E bem… Annabeth Chase e Percy Jackson eram muito radioativos. Era difícil encará-lo naquela praça, sem dizer o quão idiota ele era. Não só por ter trocado alguém como eu, por Annabeth, mas por não saber esconder as coisas.

Mas isso tudo não importava mais. As coisas estavam melhorando para mim. Aliás, melhorando bastante, depois daquela conversinha que escutei entre Percy e Annabeth. Quem diria que esse casalzinho era falso? Ahhhh, se nossos amigos soubessem. Se nossa família soubesse!

Mas é claro, que eu não revelaria agora. Precisaria da mamãe Chase boa, junto com o papai Jackson, admirando a feliz família que eles se tornariam. Sem Anfitrite, sem euzinha atrapalhando os filhos deles, sem Octavian, sem Calipso influenciando Annabeth. Tudo estava perfeito para a família Jackson Chase nesse futuro próximo. Bem, estAVA. Algumas coisinhas tinham que ser mudadas.

— O que você quer comigo aqui, Rachel?

Anfitrite estava sentada na mesa da casa de Zeus. Sozinha por não todos estarem no Hospital com a velha desmemoriada. Um ótimo momento para minha visitinha.

— Não minta, não se faça de desentendida. Nem sequer tente. Eu a vi entrando na casa das Chase logo após Atena, vi pela janela você a jogando da escada e a vi saindo. Agora você tem uma dívida comigo, Srta. Jackson. Ooops, perdão, ex-Sra. Jackson. - sorri e ela respirou fundo.

— Fala garota. Sempre soube que não prestava.

— Ah, que fofa! Obrigada. - fingi empolgação e continuei. - Você vai me ajudar a contar para toda a família que Annabeth Chase e Perseu Jackson são uma farsa. Eu gravei eles dizendo que namoram de mentira, e agora… Vamos mostrar quem eles são para essa família. Afinal, eles merecem.

Ela sorriu.

— Tá, você pode ser legal.

— Depois que me conhecem, costumam dizer isso. E então, topa?

— Topo.

— Poseidon ficará viúvo antes mesmo de casar. - completei e gargalhamos.

 

Nico POV

 

Não era possível. Garotos não se apaixonam por garotos. Não mesmo! Era ridículo até pensar nisso, mas quando eu via Will... Era estúpido não pensar nisso. Ele era lindo, filho de Apolo e maravilhoso. Era como olhar para o Sol. Doloroso, mas bem atrativo, no entanto causava cegueiras. E pode parecer uma horrível frase, mas…

— Você está cego de amor pelo Will. Tá na sua cara, Nico. - Bianca falou e revirei os olhos.

— Fala baixo, Bi. O nosso pai pode ouvir.

— Dane-se ele, Nico! Deixa de ser frouxo! Seus olhos de gótico das trevas estão com um brilho que eu nunca vi antes! Você está falando mais do que o normal, está começando a socializar melhor, conversa dia e noite pelo celular com ele, fala dele, pensa nele! VOCÊ NÃO É O MESMO NICO DE SEMPRE! - ela gritou.

— Talvez eu esteja doente. - comentei e cobri minha cabeça com o edredom.

— Doente de amor. - cantarolou Bianca.  - Você ignorou a Zöe a festa toda, ficou me encarando como se eu fosse sua inimiga mortal, morreu de ciúmes de Will e até Tia Dite viu isso.

— Afrodite é louca. Qual parte de: EU NÃO POSSO ME APAIXONAR POR UM GAROTO, você não entendeu, Bianca?

— TODAS!

— Ei, ei, ei! Que gritaria é essa aqui?! - meu pai apareceu e não consegui conter Bianca, antes que ela gritasse aos quatro ventos.

— Nico está apaixonado pelo Will e não quer tomar uma atitude.

Nosso pai fechou a cara. Engoliu em seco e no segundo seguinte, ele me pegou pela camisa, me erguendo do chão, o que não foi um sacrifício, pelo meu corpo magrelo e fraco. Ele me deu um tapa na cara e eu estava paralisado. Bianca socava ele, até ser empurrada no chão.

— FILHO MEU É HOMEM! OUVIU? FILHO MEU NÃO SE APAIXONA POR GAROTOS! FILHO MEU NÃO É VIADO! ESTAMOS ENTENDIDOS, NICO? - ele gritou e me jogou na cama, uma dor seguida de um arrepio percorreu meu corpo e apenas assenti com a cabeça.

— Hades! O que está acontecendo aqui? - Perséfone, minha ex-madrasta, apareceu na porta.

— P-p-perséfone?

— É por isso que eu não deixo eles com você! É por isso! Você é um bruto, Hades! Um bruto! Seu filho tem direito de escolher quem ele quiser amar! É POR ISSO QUE EU DEIXEI DE TE AMAR, HADES! Bianca, Nico, hoje vocês dormem comigo.

— Não ouse, Perséfone. - meu pai falou e foi em direção a ela, com a mão levantada.

— Se você encostar em mim, sua vida acaba aqui, Hades. Todos sabemos do que minha mãe é capaz, quando mexem comigo ou com os que amo. - ela falou e ele recuou, então corremos para Perséfone. - Desçam. Encontro vocês lá embaixo.

— Obrigado. - falei e ela sorriu, começando a chorar. Enquanto descia as escadas, a ouvi falando.

— Eu deixei de te amar, Hades. Porque assim como você bateu nos seus filhos agora, você me envenenou e matou o NOSSO filho. O MEU BEBÊ!

— Perséfone, espere, por favor. - meu pai pediu, mas no segundo seguinte, ela já estava conosco na rua.

Ela me olhou e sorriu.

— Eu acho que você devia contar para o Will.

Sorri de volta, pensando no filho de Apolo.

 

Luke POV

 

Depois de conversar uma tarde toda com Percy, o deixei voltar para Annabeth, que estava no hospital. As notícias de Atena eram boas. Ela estava se lembrando de algumas coisas, se lembrava de tudo até se mudar para o Condomínio com toda a família, mas Poseidon ainda não podia entrar lá. Ela não acreditava em nada do que ele dizia, nem no que Annie dizia.

Já eu, não acreditava que tinha me deixado afastar de Thalia desde o Baile. Eu era mesmo um covarde. Mas eram anos ouvindo que ela gostava de mim, mandando as pessoas dizerem que eu gostava da Annabeth. Percy estava certo. Já era hora de parar de dar desculpas, quando a realidade era outra. Eu estava indo para a casa dela, quando vi os cabelos pretos saindo da casa de Afrodite.

Depois de meses evitando olhá-la, parei no meio da rua, e a esperei olhar pra mim. Mas sabia que com sua mania constante de andar olhando para o chão, ela demoraria, então fui até ela. Então, ela saltou, assustando-se.

— Que merda, Luke.

— Nossa, sou tão assustador assim, Lia? - perguntei sorrindo e ela revirou os olhos, soltando um sorriso.

— Olha… Sobre o Baile. - ela começou e a interrompi.

— Não foi sua culpa. Eu te beijei. - soltei, ofegante por motivos desconhecidos. Nos aproximávamos mais ou era impressão minha? Droga, Luke, olhe para os olhos dela, a boca não!

— Mas… - ela mordeu os lábios e fechei os olhos rapidamente, lembrando que éramos amigos. Apenas amigos. - Eu que tirei seu paletó.

— E eu que abri seu vestido…

— E eu que arranquei sua gravata…

— E eu que… - me calei ao beijá-la. Era bom. Muito bom. Não era amizade. Amigos não se beijavam desse jeito.

Aliás, amigos não se beijavam. Parei e me afastei. Ela me encarou.

— Eu gosto de você, Thalia. - soltei e arregalei os olhos. - Eu não consigo esquecer o que rolou no Baile.

— Nem eu. - completou. Assim, voltamos a nos beijar.

 

Poseidon POV

 

— Chega, Annabeth. - constatei e me levantei da cadeira da sala de espera. Faziam dois dias que eu não dormia, os pequenos cochilos eram repletos de pesadelos. Eu precisava de Atena.

Saí correndo e entrei no quarto dela. Tranquei a porta, enquanto Annabeth gritava atrás de mim. Atena largou o celular e me encarou, preparando-se para gritar comigo.

— Cala a boca! Não ouse abrir a droga da sua boca para nada. - gritei. - Escute Atena. Apenas escute.

— Okay… - ela fez uma careta e revirou os olhos.

— Eu estou sem dormir. Tem dias. Eu tenho pesadelos sobre te perder. Eu só quero chorar! Eu quero sentar aqui e chorar. Porque eu larguei a minha esposa idiota por você. Depois de tudo que aconteceu entre a gente, daquele Baile que você não deve lembrar, mas eu lembro muito bem, em que eu expliquei que ela me chantageou, você não pode te ruma amnésia. NÃO PODE, OUVIU? É UMA ORDEM! LEMBRE-SE DE MIM, POR FAVOR!

Do nada, ouvi o aparelho de batimentos cardíacos apitar. Ela estava tendo uma parada cardíaca. Não, não,não,não.

— MERDA! - gritei e destranquei a porta, correndo em sua direção, enquanto chamava enfermeiros. - Você não vai morrer, me ouviu, Atena?! - gritei e comecei uma massagem cardíaca.

As lágrimas caíram e os médicos tentaram me tirar de lá. Não notei quando o apito parou. Não notei quando todos riram, eu só chorava que nem um bebezão. Annabeth gritava com alguém, gritava com ela. Mas os olhos dela estavam abertos. Ela estava…

— Por que você está rindo? - parei a massagem, ofegante e chocado.

— Eu desconectei a máquina, bobinho. E olha, você passou no teste.

— Que teste? - perguntei, confuso.

— Para eu saber se me ama de verdade. Eu te amo, Poseidon. E agora sei que você sente o mesmo.

— Você precisou quase morrer para descobrir isso? Sério, Atena.

— Só cala a boca e me beija, Poseidon. Meu desejo de sobrevivente.

E então, a beijei e todos aplaudiram. Deuses, essa mulher era louca. Minha louca.


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Notas finais do capítulo

E aí? Próximo capítulo vem bomba ein! hahaha Até!



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