Como não se apaixonar por Perseu Jackson? escrita por DaniiBraga


Capítulo 11
Be Together


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a todos que estão lendo adorando, faço essa fanfic por vocês! Espero que amem esse capítulo, com um toque especial ein! E perdão pela demora! Espero que gostem >



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“Maybe if the stars align, maybe if our world's collide

Maybe on the dark side we could be together, be together

Maybe in a million miles, on a highway through the stars

Someday soon we'll be together”

(Be Together - Major Lazer)

 

Annabeth POV

 

Eu nunca acreditei quando as pessoas diziam que você deveria dizer tudo o que sente diariamente para aqueles com quem convive. Até esta semana. Se passara uma semana desde que minha mãe caíra da escada. Ela estava confusa, não sabia quem eu era, muito menos o que fizeram com a filha que estava em seu ventre. Realmente, minha vida nunca estivera tão boa.

Tia Dite tinha se mudado temporariamente para minha casa, para poder cuidar de mim. Perseu e Poseidon haviam sido proibidos de chegar perto da casa, também por mim. Era uma de minhas condições. Não queria vê-los, pois tudo me lembrava o dia em que cheguei ao hospital, quando descobri a amnésia de Atena.

Poseidon chorava ao lado da cama dela, enquanto a mesma chorava mais do que ele, o xingando pelo incidente da época, que os separou, revelando no pior momento possível, todo o passado deles dois para a família toda. Uma gritaria aconteceu pelo Hospital, até que eu gritasse mais alto que todos, já chorando. Percy tentou me ajudar, mas eu corri para fora do Hospital após empurrá-lo. E depois disso que decidiram manter um adulto de olho em mim.

— Hey. - Tia Dite apareceu e sentou na minha cama, de onde eu mal saía, faltando milhares de aulas. - Fiz uma comida boa pra você, mas antes queria conversar com você.

— Não temos nada para conversar se o assunto for minha mãe, Perseu ou Poseidon.

— Sim. nós temos Annie. O assunto é você. Você e seus cortes que eu fingi não ver ano passado. Você e seu temperamento que me fez cuidar de você agora. Pensei que fosse mais inteligente, Annabeth. - ela falou séria.

— Todos pensam várias coisas sobre mim. - respondi, rude. - Minha mãe pensa que eu sou um erro, burra e fria. Você pensa que não conseguiria me apaixonar, por isso armou para eu ficar com o Percy. Todos pensam que eu sou uma vadia, chata e nojenta, mas eu sou virgem e nem ao menos sei quem sou. É, eu também achei que fosse mais inteligente, tia. - funguei e a mandei sair. Precisava ficar sozinha comigo mesma.

 

Poseidon POV

 

— Como está Annabeth? - Percy perguntou antes de eu sair, mas dei de ombros. Estava com pena do garoto, mas ele passava exatamente pelo que eu passei a vida toda. Amar uma Chase não era fácil, não mesmo.

Caminhei até o ponto marcado por Afrodite, que decidiu conversar comigo antes que eu fosse para o Hospital visitar Atena. Sentei no banquinho que tinha na praça, onde costumavam ficar os adolescentes e a esperei.

— Precisamos dar um jeito nos filhos de vocês. - ela me assustou como sempre, chegando por trás de mim. Sentou ao meu lado e parecia abatida. Afrodite nunca parecia abatida na vida dela, exceto se algo acontecia a Atena ou a sua amada Annie. - Annabeth está na cama há dias, quase não come, evita o seu filho e você não faz nada, Poseidon?

— Só para lembrar, eu sou o cara que ama a mulher que perdeu a memória. - bufei e senti um nó crescer na minha garganta.

— Você que faça de tudo para lembrá-la do que quer, Poseidon. Se nunca tivesse machucado Atena, ela estaria te amando mais do que nunca agora, no entanto, você fez o que fez e essas cicatrizes na sua cara, feitas pelas unhas dela, são bem merecidas.

— Ah, obrigada, Afrodite. Se veio conversar assim, prefiro ir embora. - me levantei e ela me encarou séria, me puxando para o banco novamente.

Meu rosto tinha arranhões enormes, assim como partes do meu corpo, resultado de observar Atena acordando após uma cirurgia. Porém, sem memória desta vez. Mas meu coração doía mais do que os arranhões em si.

— Meu assunto não é você e Atena, isto eu resolvo rápido. Eu acho. - ela fez uma careta, mas começou a tagarelar como quando tinha ideias incríveis. - Vamos ajudar Percy e Annabeth. Hoje.

— Sem chances do Percy sair daquela piscina e da depressão eterna que as Chase causam nos Jackson.

— Nossa. - Dite deu uma risadinha. - Me lembre de perguntar a Atena qual é o poder dela sobre os homens e como ela faz isso.

Revirei os olhos, acidentalmente lembrando de momentos bons com Atena. Sacudi a cabeça e voltei a prestar atenção na louca ao meu lado.

— Quero que eles parem com essa palhaçada e se reconciliem, então, vamos seguir meu plano à risca, ouviu?

— Sim, senhora. Mas qual é esse plano.

— Vamos deixá-los trancados na sua casa. Brigando. Bastante.

A encarei e ela sorriu. Parecia a mesma Afrodite de sempre. Louca de pedra. Aparentemente, meu filho morreria esta tarde.

 

Percy POV

 

Annabeth não falava comigo. Eu não falava com ela. Como pode uma garota te proibir de falar com ela ou se aproximar? Ela era uma louca, isso sim. E quando tudo isso acabasse, nada mais de Annabeth Chase e seus rastros na minha vida. Sem amizade, sem namoro, de preferência enviá-la para dentro de um shopping com MUITO dinheiro. Nua. Para comprar mais coisas do que o necessário.

Eu simplesmente tentava não pensar nela todos esses dias, mas parecia ter sido infectado por Annabeth Chase. Pelo menos nadando eu não pensava tanto. Ou era o que eu achava.

— PERCY! PERCY!

Ótimo, agora eu também alucinava. Ouvia a voz de Annabeth debaixo d’água, até sentir algo caindo na piscina. Merda. Fui a superfície e vi os cachos ensopados na minha piscina, o que Annabeth fazia na minha casa, foi a primeira coisa que pensei. Então lembrei de arrancá-la da água antes que se afogasse.

A puxei com esforço, já que ela se debatia loucamente tentando tirar minhas mãos dela. A deixei no raso e me afastei.

— Mas que merda Perseu! Qual é o problema do idiota do seu pai?

— Então você saiu da sua casa, pra vira na MINHA casa, insultar o MEU pai, Annabeth? Pensei que fosse melhor que isso. Além do mais, existem telefones pra isso. Seria mais fácil desligar na sua cara do que te colocar pra fora.

— Ah, ótimo! Então vai me pôr pra fora, Jackson? Vai me abandonar lá fora exatamente como o babaca do seu pai fez com a minha mãe? - ela gritou e revirei os olhos.

— Hora de insultar meu pai. Vai, pode continuar. Eu realmente não ligo. Vou nadar enquanto isso, espero que não se incomode. - comecei a me mexer e ela pegou um potinho de tinta azul. - Que?

Fiz uma careta e ela abriu, ameaçando jogá-lo na água.

— NÃO FAÇA ISSO, ANNABETH! EU DEMORO ANOS LIMPANDO ESSA PISCINA!

— Eu sei, fofo.

— Que porra você veio fazer aqui com essa tinta?

— O estúpido…

— Ótimo, mais um belo adjetivo para o substantivo pai. Realmente eu queria ouvir um Adjunto Adnominal desses saindo da sua boca no dia de hoje!

— Ah, cala a sua boca, nerdzinho. O boçal do seu pai me trouxe aqui correndo, dizendo que precisava que alguém ficasse com você enquanto ele buscava um médico, porque você tinha se afogado e estava desacordado ainda. Só que eu cheguei aqui e não vi um corpo horrendo atirado na beira da piscina, então eu ia procurar!

— Primeiro, eu nado desde que saí do útero da minha mãe, praticamente. Como eu me afogaria?

— Não faz pergunta difícil. - ela cruzou os braços e tremeu de frio, me incomodei mas fiquei quieto.

— Segundo, meu pai também nada e sabe como resolver esse tipo de problema. Por que ele iria atrás de um médico?

— Ah sei lá, Jackson.

— E terceiro, PRA QUE A TINTA AZUL? - arregalei os olhos e ela deu de ombros.

— Ué, sua cor favorita, se você estivesse desacordado, eu jogaria a tinta pra ver se você acordava e ainda por cima, seria a primeira coisa que você veria. Te deixaria feliz, dã! - ela falou como se fosse óbvio e ri.

— Fecha a tinta, não vou te colocar pra fora.

— Odeio números ímpares, além do mais, você esqueceu o quarto item. - ela disse fechando a tinta.

Pensei e neguei com a cabeça.

— Não, tem um quarto item. - disse.

— Tem. Mas você é muito babaca pra saber qual é. Portanto… - ela se levantou revelando um vestido vermelho ensopado, o que mexeu comigo, não posso negar. - Tchau, Perseu.

Annie saiu da área da piscina e respirei aliviado. Mas a curiosidade maldita apareceu, me tirando daquela piscina correndo, ignorando o fato de eu estar molhado dentro da sala do meu pai.

— Espera. - pedi e ela parou de frente para a porta. - Você como minha namorada tem que me contar o quarto item.

— Percy. Não namoramos de verdade, é um teatro para família e você sabe disso, concordou com isso. Além de que deve acabar em breve. Não posso mais sustentar isso.

— Mas Annie…

— Mas nada. Isso é tóxico, para nós dois, pra a família. Fingir é péssimo, Percy. E eu só vejo isso agora. Eu fingi durante anos, ser quem não sou. Estou mudando. Eu preciso mudar. E esse namoro falso está me impedindo.

— Quem disse que é fingimento? - sussurrei me aproximando e ela saiu de perto.

— Você. Sua babaquice. Perseu Jackson. Você é idiota o suficiente para não perceber que o quarto item foi eu ter me jogado na merda da água. Eu me joguei na água gelada, estou ensopada até a calcinha e o sutiã, meu cabelo está uma merda, quase me afoguei, podia ter morrido se você não estivesse naquela piscina. Tudo por você. Então sim. Esse namoro é falso. Você e eu, isso é falso. Eu mesma, sou toda falsa. Você não me conhece tão bem como diz que me conhece.

Senti algo batendo em mim por dentro. Cada palavra de Annabeth me fazia sentir um covarde burro. Eu não sabia o que sentia por ela. O que eu ia falar? Te odeio e te amo?! Não, né!

— Annie, eu..

— Eu sei, Jackson. Você nem tem o que dizer. Isso prova o fingimento. Agora se me dá licença, eu vou indo para a minha casa..

Eu respirei fundo, fechei meus olhos e fui. É como dizem, “Se der medo, o leve junto.”. Minha boca encostou na de Annie em segundos, ela tentou falar mas minha língua entrou em sua boca, sendo correspondida rapidamente. Senti seu corpo amolecer em meus braços, enquanto passava a mão pelo seu corpo molhado. Como eu queria tirar aquele vestido.

Não Percy. Annabeth é virgem, lembre disso, falei mentalmente comigo. Minhas mãos percorreram o formato do corpo de Annabeth, tão… perfeita. Eu tinha perdido tanto tempo brigando com ela, quando poderia ter dado mais beijos como esse. Beijos que deixavam minhas pernas bambas como um garotinho virgem, que me arrepiavam da cabeça aos pés, que me faziam querer mais.

Mordi seu lábio inferior e puxei delicadamente, ouvindo um suspiro dela. Suas mãos estavam em minha nuca, unhas afiadas arranhavam-me de leve. Passei as mãos pela sua coxa e a ergui contra a porta, ouvindo um barulho bizarro do choque dos nossos corpos. Ah, droga, Annabeth! Me manda parar logo! Mas a levei até o meu quarto, sem parar com o beijo, sem ouvi-la reclamar.

Era uma atração que me deixava dopado. Essa era a palavra certa. Uma sensação de sonho misturado a realidade. Assim era beijar Annabeth Chase. Como aqueles sonhos maravilhosos que nossos pais nos acordam antes da parte boa acontecer, mas sem a parte do acordar. Como…

— Eu te conheço sim Annie. - parei de beijá-la, ofegante. - Você… - falei a colocando deitada na minha cama.

— Percy, estou encharcada.

— Isso! Você é como… - beijei seu pescoço, descendo aos poucos para seu decote. - ...o mar. Achamos que está num bom dia, mas simplesmente se rebela quando chegamos perto. - não tirava os olhos daqueles olhos cinza hipnotizantes, observando os sinais de desejo misturados com risos presentes nele. Ainda a olhando, segurei a barra do vestido e o subi vagarosamente. - Se rebela... mas se nós soubermos como lidar… não como nadar. Não é essencial nadar. Se soubermos pelo menos nos impulsionar para cima quando sua onda aumenta e vier com força, já é suficiente. Eu… Consigo me impulsionar. - o vestido ensopado estava no chão, já.

— Sem querer ser estraga prazeres, Jackson. - ela falou enquanto a encarava. Suas bochechas estavam coradas e eu ri ao perceber isso. Era impossível não olhar. Ela era perfeita. Era minha Annie. Não, Percy! Ela não é sua. - Você está me comparando ao mar no meio das preliminares? Pensei que fosse mais capaz do que isso. - ela mordia os lábios de nervoso, mas logo parou pois voltei a beijá-la, já em cima dela, apoiado nos braços evitando que meu peso caísse sobre ela.

— Vou te mostrar o incapaz. - sussurrei no ouvido dela, dando uma mordidinha em seguida, a arrepiando. Sorri. Gostava de ver o poder que tinha sobre Annabeth. Mas ela ainda era virgem, eu não mudaria isso.

Beijei seu corpo, ouvindo gemidos tímidos saírem de sua boca. Respire, Percy. Falei comigo mesmo e parei. Sentei na cama e ela me olhou com uma feição estranha.

— Eu… Eu não posso, Annie. - falei.

— Ah. Você… Você não gosta de mim. Okay. Eu.. entendo. - ela falou e neguei.

— Não, não. Não é isso.  Não repita isso Annie. Você parece cega! Eu estou completamente apaixonado por você Annabeth Chase! E você não vê, não liga! Eu conheço a garota sensível que está aí dentro, a mesma que chorou comigo no banheiro aquela vez!

— Você é o cego. Eu tentei. Tentei te dizer milhares de vezes que estava apaixonada por você e… Espera. Isso, saiu. Saiu. - ela começou a rir e chorar ao mesmo tempo. - Eu… Eu estou apaixonada por você, Perseu Jackson.

— Ah. Merda. - sussurrei antes de continuar de onde havia parado. Desta vez, mais urgente.

Annabeth gemia um pouco mais alto, eu gemia junto. Nossos corpos já não estavam mais molhados e sim suados, ambos estávamos ofegantes e urgentes. Queríamos ali, agora.

— Se quiser que eu pare, avise.

— Não quero que pare. Nem agora, nem até que eu seja sua, Jackson.

— Você é minha, Annie. Eu amo você.

— Eu… Amo você. - ela respondeu antes de seu corpo amolecer em meus braços.

 

Annabeth POV

 

Eu estava dormindo em algum lugar quentinho. Provavelmente o edredom do qual não saía fazia uma semana, mas então, ouvi gritinhos animados e abri os olhos. Devia ser mais uma tentativa da Tia Dite de me fazer sair de casa. E então, as memórias da noite passada me atingiram como um raio.

Percy me beijando, nós gemendo, algumas vezes. Puta. Que. Pariu. Eu não era mais virgem. Eu… Eu tinha transado com o Percy.

— Vou deixá-los a sós! POSEIDOOOOOOOOOON, NOSSOS BEBÊS CRESCERAM! - ouvi os saltos ecoando pelas escadas e me levantei para fechar a porta. Eu estava com mais uma das camisas de Percy, que me fazia suspeitar dele ter me vestido.

— Bem. Isso foi… - ele começou e completei.

— Estranhamente bom. - ri e mordi o lábio.

— Você devia usar minhas camisas 24 horas. Fica bem gostosa nelas. - ele falou e arregalou os olhos, parecendo ter pensado em voz alta.

Ri e tranquei a porta. Fui até a cama e engatinhei sobre ele deitado, até meu rosto ficar a altura do dele. Senti a atração da noite passada e tentei abrir a boca para falar, mas os malditos olhos verdes me chamavam para beijá-lo.

— Será… - comecei dando selinhos nele, enquanto falava. - Que… Posso… Ter… Uma segunda… primeira vez?

E então subitamente, estava deitada na cama e ele por cima de mim.

— Seu pedido é uma ordem, Annie. - ele disse e o puxei para sussurrar em seu ouvido.

— Annie não. Sua Annie.

— Seu Percy. - ele falou e mordeu meu lábio, provocando um gemido baixo.

Deuses, como não se apaixonar por Perseu Jackson?!


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Notas finais do capítulo

E aí genteeeeen? Gostaram do foco no nosso casalzinhooo? Até o próximo cap, onde o futuro de Poseithena será decidido ein!



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