My morphine escrita por Gabi magnago


Capítulo 3
Fodeu


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeee, me desculpem pela demora. Eu estava lotada de coisas para fazer. Mas fica certo assim, eu postarei capitulo novo sempre que puder
espero que curtam, beijos ♥



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Não atendi ao telefone, deixei tocar até a chamada cessar. Se tiver que ligar, ligue, mas não ligue restrito né caralho. O telefone tornou a tocar e dessa vez, eu iria atender. Olhei para chaz e sinalizei para ele rastrear a ligação, deixei dar o terceiro toque e atendi.

Ligação ON

–Fala – Disse de súbito.

–Como vai menino Bieber? – A voz soou do outro lado, tranquila. – Vejo que o tempo te favoreceu não é mesmo?

–Quem é caralho? – Ignorei as perguntas.

–Pattie não te ensinou que é legal responder as pessoas com elegância, Bieber? – Não tinha me tocado até o presente momento, Como não reconheci aquela voz? El diablo.

–Não te devo satisfação sobre minha mãe, e você não merece nem um pingo da minha elegância, Jason. Está me ligando porque, Quer brigar de novo e perder tua dignidade outra vez? – Provoquei-o

–Bieber, Bieber. Você não mudou nada.

–Um ganhador, nunca para de ser ganhador.

–Isso até o presente momento. Veremos quando nos encontrarmos mano a mano outra vez.

–Se estiver disposto a perder de novo. – Chaz me tacou uma borracha chamando minha atenção. Virei-me de súbito e ele me deu um sinal positivo para a localização encontrada.

–Escute Bieber. Eu fui embora sim, derrotado por você, mas agora e voltei e pode ter certeza que vou ter tudo que era meu de novo. – A raiva era clara em sua voz.

–Não sonha muito alto não, a queda pode ser grande. Passar bem, Jason.

Ligação OFF.

Desliguei sem dar tempo para explicações. Chaz me mostrou o notebook, o filho da puta estava mesmo na fronteira. Fui ao porta- malas buscar minha maleta preta.

–Temos que carregar essa porra toda amanhã. – Joguei a maleta com armas em cima do sofá. – Isso e todo resto que temos escondido aqui, inclusive as armas maiores também.

–Não está pensando em encontrar ele de cara assim, né? – Ryan se aproximou – Não é nem um pouco seguro. Ele deve estar armado até os dentes agora, Justin.

–Somos a maioria por enquanto, mas nunca se sabe o que nos espera- Bufei.

–Mando os caras fazerem uma ronda na casa de Jason por uns dias. –Dei de ombros – Vou nessa –Olhei para o relógio.

–Até mais – Disseram em coro.

Abandonei o casebre e peguei estrada.

P.O. V Ágata

Esperar estava me deixando esgotada, odeio esperar. Ele disse que pensaria se me deixaria sair daqui e até agora nada. Já estava escurecendo e o sol era provavelmente minha única fonte de luz, eu não queria ficar ali, tenho pavor de escuro, não quero dormir naquele chão úmido e sujo. Ouvi o portão se abrir e o motor de um carro, O quartinho onde eu estava era um pouco longe, mas o barulho do que acontecia fora dali era perceptível. Levantei o mais rápido possível e me animei totalmente, eu estava parcialmente convencida de que era ele que havia chegado e me tiraria dali.

(...)

Por dentro eu estava esperançosa, mas por fora já não estava tão animada, já fazia uns trinta minutos que ele havia chegado, se é que era ele mesmo, e nada. Desanimei por completo, deitei ali no chão mesmo, o quarto já estava escuro apenas a luz da lua entrava. Mergulhei em meus pensamentos me lembrando de Beth, saudades da forma que ela me acalmava e dizia que tudo iria ficar bem, agora era eu por eu mesma, não tinha ninguém para me encorajar. Do meu pai, por incrível que pareça, não sentia um pingo de saudade. Pensei que iria chorar e estar emotiva por ficar longe dele, mesmo que ele tenha feito tudo que fez, mas não. Sua ausência era normal para mim. Bateram na porta, abrindo-a em seguida, me retirando de meus devaneios.

–Menina? – Uma senhora com aparência de uns cinquenta anos entrou. – Te trouxe uma comida.

Meu estômago roncou, estava morta de fome. Levantei e fiquei em sua frente enquanto me olhava quieta.

– Obrigada, muito obrigada. – Ela estendeu o prato em minha direção. – Sou Ágata. – Continuou quieta, agora fitava o chão.

–Me desculpe menina. – Disse cabisbaixa. - Não me deixam falar com você.

–Quem? –Indaguei.

– O Senhor Justin – Disse já se retirando.

Eu não tive tempo de responder, ela saiu me deixando com o prato em mãos. Abaixei-me e apoiei os pratos no joelho, engoli tudo com muita avidez, no final não havia nem um resquício de sopa ali. Deixei o prato perto da porta e ela não demorou voltar para busca-lo.

P.O. V Justin

Pedi a Maria que levasse alguma coisa pra ninfeta comer e subi rapidamente, tomei um banho e me deitei um pouco. Minha cabeça estava explodindo, já tinha cheirado umas duas carreirinhas de pó. Eu confesso que estava preocupado quanto à volta de Jason, meu passado voltou outra vez pra me assombrar, já to de saco cheio dessas porras que o destino arma para mim.

–Maria! Maria! –Gritei descendo as escadas indo em direção à cozinha.

Encontrei-a na cozinha fazendo as diárias orações sinistras. Ela ta sempre me repreendendo quando eu trago mulheres pra casa, ou faço festas. Essa porra é louca.

– Sim, Senhor Justin – Se levantou deixando a bíblia e o terço em cima do balcão.

–Me faz um sanduiche – Sai da cozinha indo à sala, antes dei uma passadinha no escritório pra fechar a porta. – E me traz um remédio pra dor de cabeça que eu tô explodindo – Gritei do sofá.

Meu celular tocou, mas resolvi não atender quando li o nome da minha mãe no visor. Já basta os meus problemas. Não tava com saco pra aguentar frescurite de mulher.

–Justin? – Um dos meus seguranças entrou me chamando.

–Que é caralho? – Bufei.

–Jaden tá ai, é pra o deixar entrar?

–Manda subir.

Só me faltava essa. Jaden não costuma vir atoa aos meus aposentos, só quando alguma coisa fugia de seus controles nas minhas boates. Desde que abri eu o deixo tomando conta junto com Alfredo, não tenho tempo pra ficar pagando de cafetão por lá, apenas faço os recolhes a cada dois dias. Fui a cozinha e disse a Maria pra deixar meu sanduiche em qualquer canto que depois eu comia, Não dispensei o remédio. Vi o carro de Jaden atravessar o portão e me dirigi ao escritório.

–Falta pouco pra eu meter um tiro naquela porra de Senador – Ele disse entrando no escritório.

–caralho fala baixo que não é sua casa não. O que houve agora?– Cruzei os braços fitando-o.

–Falta pouco pra ele ser linchado de lá pelos caras que frequentam a boate. Drew, na boa a pior decisão da sua vida foi deixar aquela porra ter passe livre pra comer quem ele quiser. –Bufei. O Senador tinha passe livre para entrar na boate, eu dava propina a ele, pagava seus caras para fazer vista grossa quando as novas mulheres, que vinham do tráfico, passarem sem problema pela fronteira de Atlanta. – Ele chega todo topetudo achando que manda naquela porra toda, se bobear ele passa por cima das minhas ordens.

–Você não tem moral não porra?- Indaguei – Ele tem passe livre, mas não comanda nada lá.

–Vá falar com ele porque eu não me arrisco mais, ele não me ouve. – Jaden era um bom cara, mas era o maior cuzão pra assuntos sérios.

–Tanto faz. - Dei de ombros.

–E tem mais, descobri uma parada hoje que não vai te agradar nem um pouco - Voltei a fitar Jaden, agora realmente prestando a atenção – Como você já deve estar sabendo Jason voltou. – Assenti – Eu e o Alfredo resolvemos fazer os recolhes mais cedo hoje antes das meninas dançarem e quando chegamos à sala do cofre o Senador tava lá.

–Como?- Perguntei mais uma vez, só para ter a certeza do que estava ouvindo.

–É, ele tava lá conversando no telefone com alguém e o cofre tava aberto.

–E vocês não fizeram porra nenhuma?

– A gente achou melhor não intervir, Justin. Primeiramente era é melhor que você soubesse.

Se aquele filho da puta pensa que pode roubar dinheiro meu, está muito enganado. Eu e o Senador precisávamos ter uma conversa séria, eu já pagava o suficiente pra ele e os paus-mandados dele ficarem de bico fechado e ainda dava um passe livre e o filho da puta tava deitando e rolando nas minhas custas pela minhas costas.

Sai do escritório com o saco cheio e a porra da dor de cabeça não tinha passado, peguei meu celular e disquei o número dos moleques. Estava destinado a por um fim nesse problema com o Senador e eliminar qualquer chance de estar sendo roubado, nem que pra isso seja preciso eliminar ele também. Peguei minhas chaves e Jaden me acompanhou.

–Senhor Justin? – Maria me chamou antes que cruzasse a porta. – Sua mãe ligou.

–Tô ocupado agora, Maria. Diga que falo com ela depois. –Sai.

–Mas Senhor Justin, ela deixou recado. – Parei mais uma vez e respirei tentando manter a calma.- Disse que o voo dela se adiantou e ela vai chegar amanhã bem cedo. – Fodeu.

–Se ela ligar de novo, diga que me ligue que eu a busco no aeroporto.

Alguém lá em cima estava contra mim hoje. Ágata me veio a mente, minha mãe detesta quando eu trago as mulheres pra cá, se o dia já estava ruim antes, agora fodeu a porra toda.


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