Prisoner of love and madness escrita por Lana


Capítulo 7
Sempre.


Notas iniciais do capítulo

OI, gente!! Primeiro capítulo da fic com mais de 2.000 palavras!! Tá bem grandinho e cheio de mistérios/revelações kkkkkk enfim, espero q gostem. Boa leitura:D



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VISÃO DO NARRADOR

10 de junho de 1963

– Ed, não consigo! – a morena ofegou. Sua varinha foi atirada para o outro lado da sala de treinamento após o feitiço que Edgar lançara. O homem estava apontando sua varinha para a jovem, em posição de plena finalização de ataque. Ou seja, em um combate real, Lena já estaria imobilizada ou, pior, morta.

– Claro que consegue. Não seja fraca, Lena – murmurou friamente. Após quase dois meses de treinos e mais treinos, Lena se acostumara com o tom frio e impenetrável de Edgar Kanevoc, mas ela estava machucada, cansada, irritada e furiosa, então aquele tom só a deixou ainda mais enraivada.

Pegou a varinha com certa dificuldade, já que suas costas estavam doloridas e soltou um gemido baixo. Virou-se para Edgar, ainda posicionado em ataque, e respirou fundo.

– Mais uma vez. Estupefaça!

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DIAS ATUAIS

VISÃO HERMIONE GRANGER

Aquelas palavras me atingiram de uma forma inusitada. Meu estômago quase congelou, minhas mãos suaram e meus olhos se arregalaram. Draco olhou para os lados e me puxou pela mão.

Chegamos até um corredor que eu conhecia bem. O loiro fechou os olhos e, por um momento rápido, o fitei admirada. Daquela forma, Draco até parecia uma espécie de anjo. Pena que era uma ironia da vida...

Logo a porta da Sala Precisa aparecera para nós e, mais uma vez, Malfoy segurou minha mão e entramos.

A sala parecia uma mini biblioteca, com poucas estantes, algumas poltronas, uma mesa redonda com apenas duas cadeiras, um sofá que aparentava ser bem confortável e, ao fundo, uma lareira acesa. Draco soltara minha mão e caminhou até uma das estantes.

De costas para mim, disse com sua conhecida voz arrastada:

– Hermione, preciso saber se o que você me disse na biblioteca era verdade.

Fiquei sem responder por alguns minutos, esfreguei as mãos umas nas outras e suspirei.

– Claro, Malfoy. Era tudo verdade.

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BIBLIOTECA – NOITE ANTERIOR

Flashback

– Não sei bem por onde começar... Lena Cork aparecera nos meus sonhos quando eu era segundo ano e me atormentou por três longos anos – falei sincera, engolindo em seco. Sabia que eu estava sendo estúpida em compartilhar aquilo com Draco Malfoy, mas, de um modo curioso, eu precisava colocar para fora tudo o que havia passado. Não falei nada disso para Harry ou Gina... eu só não queria deixar Harry em uma situação ainda mais difícil, atolá-lo com mais um mistério... E Gina, bom, eu não contei a ela porque sabia que iria deixá-la super preocupada talvez por uma coisa sem necessidade. Afinal, nem eu sabia o que estava acontecendo. Draco me encarava analisador, mas não esboçava nenhuma reação, deixando-me livre para continuar a falar. – Ela é morena, alta, acho que deveria ter uns vinte anos... No começo, ela era amigável e meiga, conversava comigo quase de forma maternal, só que, depois de um tempo, a aparência dela mudou, e ela ficou diferente.

Parei de falar enquanto relembrava a imagem daquela mulher. Balancei a cabeça para tirar a lembrança da mente e colocar aquilo em palavras.

– Aparecia visivelmente machucada, sangrando, enquanto pedia ajuda chorando copiosamente. Mas eu não sabia o que fazer... perguntei diversas vezes quem ela era, e ela me disse seu nome apenas. Eu estava no escuro. Por três anos eu tive que suportar esses pesadelos. A aparência dela era a única coisa que mudava. Estava sempre mais danificada, arrasada... Dormir tornou-se o meu maior medo e, aí, passei muito mais tempo na biblioteca. Foi nessa época que me candidatei a monitoria, para demorar a dormir... – fechei os olhos, tentando evitar que as lágrimas rolassem rebeldemente por minhas bochechas. – Draco, eu... eu acho que Lena morreu. Um dia, eu não tive mais nenhum pesadelo, nem sonhos. Só via a escuridão, o silêncio.

Quando abri os olhos, surpreendi-me. Draco estava ajoelhado na minha frente, encarando-me afetado. Acariciou minha têmpora e passou a ponta dos dedos na minha pálpebra, obrigando-me a fechar os olhos novamente. Soltei um suspiro.

A respiração de Draco estava se aproximando – podia sentir – e eu deveria, sem dúvida, me levantar e sair dali. Mas aquele garoto tinha muito poder sobre mim. Ainda bem que estava sentada, pois minhas pernas estariam bambas. Não demorou muito para os lábios do loiro encostaram-se aos meus. Foi apenas um selinho, mas eu senti algo profundo que aquele sonserino nutria por mim.

A boca gelada de Draco afastou-se.

Abri os olhos. Ele já não estava mais lá.

:::

Sendo assim, acho que encontrei algumas informações sobre Lena Cork.

– Onde?

Andei até uma das poltronas esverdeadas e sentei-me. Óbvio que Draco não iria colocar poltronas vermelhadas, pensei divertida.

– Na seção restrita da biblioteca e digamos que eu tenha alguns amigos em Durmstrang que me ajudaram.

Arqueei uma sobrancelha de forma questionadora.

– E pode me dizer como conseguiu tudo isso de um dia para o outro? – perguntei desafiadora e cruzei os braços. Draco aproximou-se e logo senti o cheiro adocicado que emanava dele.

– Eu tenho alguns truques na manga.

Tentei impedir um sorriso diante daquela afirmação, mas não consegui. O loiro franziu o cenho aborrecido.

– O que foi?

– A frase que você falou foi bem parecida com uma frase trouxa. Mas no lugar de “truques”, eles falam “cartas”.

Draco pareceu relaxar e acho que vi a sombra de um sorriso aparecer no rosto do sonserino.

– Mas, enfim... o que você descobriu na seção restrita?

– Parece que Lena Cork foi uma bruxa brilhante da Grifinória. Estudou aqui de 1954 a 60 – Draco começou a falar. Pegou um livro grosso da estante e eu tentei olhar o título de onde estava sentada – foi em vão. – No entanto, acho que você está pensando o mesmo que eu pensei quando encontrei o nome dela na seção restrita: o que uma brilhante grifinória fez para estar lá?

Agora que eu me toquei que aquelas estantes eram da seção restrita, por isso os livros estavam todos empoeirados. Draco sentou-se na poltrona ao meu lado e abriu o exemplar, que pude ver que não possuía título. Hum, estranho...

– Folheei alguns exemplares da seção restrita após tentativas inúteis na seção normal de encontrar alguma informação sobre Lena. Estou nessa busca há alguns dias, desde que você esquecera o diário na biblioteca – fiquei vermelha de raiva enquanto Draco folheava o livro. – Enfim, me intriguei com as suas narrações a respeito dessa mulher. Até que pensei na possibilidade de haver algo na seção restrita e, para minha surpresa, eu estava certo.

Draco entregou-me o livro aberto e coloquei-o no colo. Nossa, como era pesado.

– Essa página aqui – apontou. – diz que Lena cometera um homicídio grave em Hogsmeade, na véspera de Natal de 68. Assassinou um bruxo chamado Edgar Kanevoc e uma bruxa que não se sabe o nome. – Draco falava e eu ia lendo o conteúdo. O mais estranho era que o autor (se é que aquilo podia ser considerado um livro) parecia narrar uma história jornalística. Li que Lena Cork sumiu depois dos assassinatos e nem os aurores mais experientes conseguiram achá-la. Passei as páginas e me deparei com folhas vazias, sem nada escrito. Folheei até chegar ao final do livro e não havia absolutamente mais nada.

Encarei Draco indagadora e ele apenas deu de ombros, como se também tivesse se questionado a mesma coisa.

Resolvi dar uma olhada nas primeiras páginas do livro, e nelas havia, sim, algo escrito. Algo ainda mais estranho: havia informações sobre o tempo e o clima de Hogsmeade nos últimos 30 anos e outras informações aparentemente aleatórias. As duas páginas que falavam sobre Lena Cork estavam no meio do livro, e parecia que, quem escrevera aquilo, estava tentando esconder o conteúdo.

– Draco, isso é estranho demais – minha voz saiu rouca e baixa. Fechei o livro com cuidado para a poeira não ser levada pelo ar. Draco encostou-se na poltrona e massageou as têmporas, confirmando com a cabeça.

Ficamos em silêncio por muito tempo, até que Draco resolvera falar alguma coisa.

– Precisamos ir, deve ser tarde. Ainda temos a monitoria e, depois, detenção – olhei para meu relógio de pulso e assustei-me: eram seis horas da noite. Levantei-me rapidamente, guardei o livro na estante e virei-me para Draco, que já estava de pé.

Meu estômago reclamou audivelmente e ruborizei. Não comia desde o dia anterior e só agora senti fome. Draco sorriu de lado e disse que poderíamos ir até a cozinha ver se havia alguma coisa do jantar. Assenti com a cabeça e fomos.

Como monitores-chefes, tínhamos certas liberdades. Uma delas era “assaltar” a cozinha se sentíssemos fome, depois do jantar no Salão Principal. Eu nunca tinha feito isso, mas era uma situação extraordinária.

Draco, mais uma vez - e acho que estava virando mania -, pegou minha mão e caminhamos até a cozinha do colégio.

Lá, o loiro usou seu tom frio e calculado de sonserino. Os elfos, todos amendontrados, obedeceram às ordens do garoto, trabalhando agilmente. Aquilo revirou meu estômago mais ainda. Odiava como os elfos eram tratados...

Draco conjurou uma mesa e duas cadeiras, uma de frente para a outra, no lugar mais vazio da cozinha. Sentamo-nos.

Demorou menos que dois minutos até os elfos nos servirem com pedaços suculentos de peru com molho, purê de abóbora e algumas torradas. O suco de abóbora logo apareceu na mesa também.

Não tentei ser educada e ataquei a comida. Quando terminei, Draco me encarava divertido, enquanto tomava o suco. Fiquei inevitavelmente vermelha e beberiquei o líquido.

O loiro não parava de me fitar e isso já estava me deixando irritada.

– Assim não dá, Malfoy.

– O que?

– Ficar me encarando toda hora.

– Não é culpa minha se você possui os olhos castanhos mais fascinantes que já vi – disse arrastado e eu quase engasguei com o suco. Por sorte, disfarcei com uma tosse educada.

Tive o bom senso de não falar mais nada e, alguns minutos depois, Draco terminara a refeição. Saímos da cozinha e pude ver por cima do ombro que os elfos já estavam limpando a mesa, resmungando algo como “esses sangues-puros insistem em se envolver com sangues-ruins”.

Parece que Draco também ouvira aqueles comentários e puxou-me para perto de si, colocando o braço por cima do meu ombro. Estava, claramente, atiçando os elfos.

Quando saímos de perto da cozinha, Draco afastou-se de mim, mas não muito, o suficiente para não nos encostarmos tanto e continuarmos perto um do outro.

– Obrigada – sussurrei, sem encará-lo.

– Não há de quê – respondeu-me distante. Acertamos quais corredores cada um iria monitorar e depois iríamos até a biblioteca cumprir a detenção.

Então nos separamos.

:::

Hermione... Hermione...

Hermione... Hermione...

Acordei assustada ao ouvir aquela voz conhecida. Estava suando e ofegando. Olhei ao redor e todas minhas colegas e Gina estavam dormindo. Passei a mão no rosto, tentando me acalmar.

Não era possível! Não era!

Levantei da cama atrapalhada, quase tropeçando em um livro. Vesti uma blusa regata e calça jeans, peguei minha varinha e saí do quarto.

Assustei-me quando vi Harry sentado no sofá, encarando as chamas na lareira.

– Harry – chamei-o e ele me olhou por cima do ombro. Seus olhos estavam vermelhos.

Com certeza Harry Potter não dormia direito há várias noites.

– Oi, Mione.

– O que aconteceu? – sentei-me ao seu lado e o abracei. Harry apoiou a cabeça no meu ombro e permaneceu ali por muitos minutos, deixando minha pergunta no ar.

– Voldemort. Ele está ficando cada vez mais forte – disse com raiva, se afastando de mim para me olhar nos olhos. – Dumbledore quer conversar comigo amanhã, acho que vamos sair do colégio.

Já tinha sacado tudo.

– Vocês vão procurar mais uma Horcrux?

Harry confirmou e eu estremeci.

– Dumbledore é o bruxo mais poderoso que existe. Tenho certeza que ele sabe o que está fazendo.

– E eu, Hermione? Eu sei o que estou fazendo? – perguntou visivelmente abalado e eu o abracei de novo.

– Harry, você não pode, nem em um milhão de anos, duvidar da sua capacidade. Durante todos esses anos você demonstrou ser a melhor pessoa do mundo, mesmo diante de circunstâncias desfavoráveis. Eu sei – dei ênfase a última palavra – que você vai conseguir derrubá-lo.

Harry Potter deixou escapar uma lágrima e eu a limpei.

– Ron e eu sempre estaremos aqui com e por você. Sempre.

Ficamos abraçados por bastante tempo até Harry resolver voltar ao quarto. Estava muito cansado e, segundo ele, graças a mim, a sonolência e o relaxamento estavam o alcançando. Sorri para ele e quando ouvi o barulho da porta se fechar, saí da Sala Comunal da Grifinória.


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Notas finais do capítulo

E então, pessoal?? Preciso saber a opinião de cada um de vocês!! Comentem ^^ caso contrário, posso demorar a atualiar muahaha ~risada maléfica~~~Beeeijos!



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