Dramione - Whispers in the Dark escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 6
Ah, dear Hogwarts...


Notas iniciais do capítulo

Traduçãozinha -----> Ah, dear Hogwarts = Ah, querida Hogwarts...
Hey, pipou!! Acho que não demorei tanto dessa vez, hein?
Bom, capítulo novinho que a beta acabou de entregar (tudo já corrigido, ok?) Mas enfim, espero que gostem! Obrigada pelos reviews no capítulo anterior e por todos os acompanhamentos, seus lindjos!! Vocês são demais ♥♥♥♥
Agora vão ler! Go, go, go!



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POV Hermione Granger

 

Ah, Malfoy... tinha que estar atrasado!

Era muita falta de respeito. Eu havia sido bem clara ao dizer oito e meia da noite. Sinceramente, de onde ele havia desenterrado uma “prerrogativa de meia hora”!? Agora eu estava ali, plantada, no meio da Estação de King’s Cross, esperando a donzela.

Admito, a ideia de marcar o encontro lá havia sido minha, mesmo que não fossemos pegar o trem. Na hora me pareceu apropriado, devido ao nosso passado como estudantes, coisa e tal. Agora já não tinha mais tanta certeza disso.

De braços cruzados, batia o pé, impaciente, ora olhando para meu relógio, ora para a passagem, sem nunca ter nenhum sinal de vida humana além da minha. Bufei. Onde quer que estivesse, era melhor que Malfoy começasse a rezar. Eu não estava em um humor muito receptivo e atrasos não ajudavam nem um pouco!

Ainda estava surpresa por ele ter, de fato, aceitado entrar no meio desse jogo. Digo, liberdade era uma recompensa bastante satisfatória, dado o estado em que ele se encontrava. Mas agora... aceitar se casar comigo? Ainda que falsamente? E sem se descabelar antes? Foi um choque quando Kingsley saiu daquele quarto, com um sorriso triunfante e me disse que sim, Draco havia cedido. Quase despenquei da sacada.

Mas tinha que admitir: me senti ofendida. Desculpe-me, mas, por mais que fosse o Malfoy, receber aquela reação como resposta a uma proposta de casamento comigo... era quase humilhante. Claro, eu já esperava um escândalo, mas quando de fato aconteceu, não sei, apenas doeu.

Na verdade, nunca me importei muito com isso. Afinal, rejeição sempre esteve presente em minha vida. Mas nesse quesito... Quero dizer, eu não sou tão indesejável assim, não é?

Não, claro! Que besteira a minha. Era muito desejável, sim! Podia até não fazer TODOS os homens caírem aos meus pés, mas tinha meus dotes. E eles eram muito satisfatórios... Certo? Ah, que lindo, muito obrigada Malfoy! Por que tinha que me deixar me sentindo insegura? Espero que uma azaração te acerte e você fique sem cabelo!

Revirei os olhos. Desde quando me importava com o que ele pensa?

Mas... Não era só a demora que estava me incomodando. Digo, em grande parte, era sim, só que... Estava sentindo alguma coisa estranha. Podia até estar ficando louca, mas algo parecia suspeito.

Talvez fosse só minha mente me pregando peças. Afinal, o ambiente, começava a perceber, não estava muito acolhedor.

Era uma noite sem estrelas, as nuvens do dia anterior ainda tomando conta de todo o céu. A Lua estava totalmente encoberta, de forma que não havia um único raio luminoso cortando a névoa que se formava, devido ao frio que começava a chegar. Havia alguns postes de luz acesos na estação, iluminando diferentes pontos, mas nenhum deles conseguia iluminar o buraco pelo qual entrava o trem, que estava completamente negro.

Evitava olhar para aquele lado, pois tinha a horrível sensação de estar sendo observada... Como se o perigo se revolvesse lá. Como se um mero olhar para aquela escuridão pudesse sugar minha vida.

Ah, mas que droga! Onde diabos estava Draco?

Aquilo foi uma péssima ideia. Não devia estar ali. Não estava segura, podia sentir isso.

Estava exposta.

Comecei a olhar para os lados, sentindo uma leve gota de suor frio descer pelo canto do rosto, minha mão fechada com força ao redor de minha varinha, no bolso do casaco.

Respire Hermione. Talvez seja só sua imaginação...

Um barulho de passos atrás de mim quase me fez morrer.

Movida pelo susto e pelo medo que já vinha cultivando em minha mente, me virei violentamente, a varinha apontada com firmeza.

Isso tudo apenas para dar de cara com Malfoy, acompanhado pelo ministro. Ambos me olhavam confusos, como se perguntassem “enlouqueceu?”.

Subitamente envergonhada pelo meu ataque, pigarreei, recolhendo minha varinha e a guardando novamente. Passei a mão pelo cabelo, ajeitando os fios rebeldes.

— Você demorou. Não conhece a palavra “pontualidade”?

— Hã... Creio que a culpa foi minha. — Kingsley se pronunciou, parecendo encabulado — Tive que escoltá-lo até aqui, mas fiquei preso no Ministério alguns minutos além do que devia. Por isso o atraso.

Pisquei, ainda mais envergonhada. Certo, tinha que começar a tomar cuidado com o que falava. Surtar com Malfoy era uma coisa, agora, com Kingsley...

— Não, está tudo bem. Eu só... Fiquei um pouco... Apreensiva. — Abaixei o tom de voz nessa parte, olhando ligeiramente para a negritude atrás de mim.

Ouvi Malfoy titubear.

— Hã, está... Tudo bem, Granger?

Virei-me de novo para eles, uma sobrancelha levantada em questionamento. Ele coçou a nuca.

— Bem, você parecia um pouco assustada quando chegamos. Digo, acho que uma varinha apontada em nossa direção não é a melhor saudação...

— Medidas de precaução. — Cortei-o, já envergonhada o suficiente para mais aquilo. — Podemos ir?

— Ah, claro, claro. — Kingsley afirmou, retirando uma minúscula mala de seu bolso e entregando-a a Malfoy — Pode a desencolher assim que chegarem ao seu destino.

Assentimos, enquanto o loiro se posicionava ao meu lado.

— E não se esqueçam: aparatem nos jardins. Minerva abrirá essa pequena brecha na proteção para que não corram perigo fora das fronteiras do castelo, mas vamos evitar alarmar os alunos. Já sabem o que devem fazer.

— Sim, não nos apresentarmos como membros do Ministério. — confirmei.

— Exato. E caso ocorra algum erro...

— É só improvisar. — Draco completou — Sim, sou um mestre nisso.

— Não duvido. — Ri pelo nariz.

— Quer dizer alguma coisa com isso, senhorita? — se virou para mim, uma leve ironia na voz. Passei a olhar para cima, sorrindo irônica.

— Não, imagina.

— Certo, não é hora para isso. — Kingsley se pronunciou, visivelmente mais agitado, olhando para seu relógio de bolso. — Agora, se preparem...

Voltamos à nossa posição. Focalizei em minha mente o castelo... Ah, que saudade sentia de lá... Configurei em minha mente os terrenos... O antigo Salgueiro Lutador — aquele infeliz —, o Lago Negro... Tentei me lembrar da sensação da grama em meus pés durante o verão, do frio gostoso causado pela neve quando recobria o campo, do barulho das folhas secas se quebrando aos nossos pés quando corríamos, sem rumo, pelos terrenos e das pequenas e delicadas flores que desabrochavam até os limites da Floresta Proibida, preenchendo o ar com seu perfume...

Estava tão perdida nessas memórias que apenas ouvi quando Shacklebolt proferiu:

— Agora!

Girei no ar, sentindo meu corpo ser sugado para dentro de mim mesma, os olhos fechados, ainda me recordando de todos os momentos que tivera naqueles jardins.

Apenas os abri novamente quando senti o cheiro de orvalho invadir minhas narinas.

E lá estava o castelo em toda sua magnitude. As janelas estavam quase todas iluminadas — provavelmente por ser hora do jantar. Conseguia ver as diversas velas através dos vidros, sendo assaltada por uma súbita e esmagadora saudade. Precisava entrar lá dentro; ver as carinhas dos novos alunos, sentir o cheiro delicioso da comida deliciosa dos elfos, cumprimentar, abraçar, esmagar, tanto faz, os professores — que já deviam estar só o pó, mas ainda assim! Não fazia parte da minha missão ali, mas o que me impedia de reviver, ainda que por 10 segundos, meus tempos de estudante?

Agitada, olhei para os lados, procurando por Draco.

— Vamos Malf... Malfoy?

Certo, ele, hã... Não estava ali? Girei no mesmo lugar, não o encontrando em lugar nenhum.

— MALFOY? — chamei novamente, já gritando.

Esperei alguns segundos. Não houve resposta.

Deus do céu, onde aquele homem estava? Não captava sinal nenhum dele, por mais que já estivesse correndo pelo terreno, colina abaixo. Sei que era irracional, mas um leve pânico começava a tomar conta de mim. Afinal, ele seria praticamente meu escudo, não é? Não podia perdê-lo antes mesmo de começar a agir!

— MALFOY!

Gritei mais uma vez, parando à beira do Lago Negro, os olhos viajando ao longo de toda a propriedade — ou, pelo menos, a parte que conseguia ver. Nada. Passei as mãos pelo cabelo, nervosa. Será que ele tinha nos enganado? Dito que iria nos ajudar e aparatou para outro lugar? Ou estrunchou? Ou ainda...

Minha linha de pensamento foi cortada violentamente por uma súbita agitação. Quase enfartei quando algo emergiu do Lago à minha frente. Gritei, cambaleando para trás com o coração na mão. Caí no chão, tremendo, para, ao focalizar a visão completamente embaçada pelo susto, encontrar Draco saindo de dentro da água, ensopado.

Respirava pesadamente enquanto o via sacudir os braços, lançando uma chuva de pingos para todos os lados, imediatamente passando a mão pelos cabelos, retirando os fios grudados de sua testa. Um ainda teimou em voltar, o qual ele assoprou com o canto da boca.

Parecia enfurecido, mas, ao me ver jogada no chão, o rosto em choque e já com um pouquinho de raiva, sorriu, sem graça.

— Não sabia que se assustava tão fácil. — E me estendeu a mão.

Olhei furiosa e estupefata para aquela mão. Ele era louco?

Voltando o olhar para ele com raiva, estapeei sua mão, a qual ele logo retraiu.

— Por que você não fica quieto e se concentra no que temos que fazer? Por favor, você só tinha que aparatar nos jardins! Não era algo tão difícil assim! — reclamei, me levantando com dificuldade, as pernas ainda bambas.

— Bom, tecnicamente eu aparatei nos jardins. Só não foi em terra firme. — Deu de ombros.

— Ah, claro, muito normal! O que foi? Queria nadar um pouco? Ou só perdeu a prática? — ironizei, logo voltando a subir para onde estava.

— Ah, com licença, eu sei apartar muito bem, obrigado. — respondeu, logo começando a correr atrás de mim. – Mas acho um pouco difícil de fazer isso perfeitamente quando algo me acer...

E parou de falar.

Revirei os olhos, me virando para ele.

— Sua desculpa falhou, Mal... Ah-Meu-Deus!

Engoli as palavras.

Agora que estava sem seu casaco, podia ver que, em suas costelas, havia um enorme – e, provavelmente profundo — corte. Sua camisa social branca estava empapada de água e sangue na lateral, e o casaco, que agora estava esticado em seu braço, pingava vermelho, manchando a grama.

Entrei em tanto pânico que não sabia se gritava, corria buscar ajuda ou o socorria, enquanto Malfoy apenas olhava para o machucado com uma leve careta de dor.

Afinal, por que eu estava em pânico mesmo?

— Malfoy, ah meu Merlin... Espera, eu te ajudo. — Procurei minha bolsa com o feitiço de extensão nos bolsos; nunca saía sem aquele negócio – Eu devo ter algum... Alguma coisa que o ajude...

Minhas mãos já voltavam inutilmente a tremer — POR-QUÊ? —, e nada de achar a dita cuja.

Draco apenas deu uma risada.

— Vejo que temos alguém preocupada aqui... O que foi? Consciência pesada? Ou só não quer perder seu lindo marido?

Parei de procurar, irritada. Que mania ele tinha de reaproveitar minhas frases!

— Na verdade, eu quero evitar que morra de hemorragia, já que é você quem vai salvar minha pele nos próximos meses. Mas já que não quer ajuda, acho que posso me virar muito bem sozinha, como sempre.

Empertigada, dei-lhe as costas e saí pisando duro. Ele deu outra risada, e logo ouvi seus passos.

— Espera um pouco, senhora Dona da Verdade... Ah!

Deu um gemido, o barulho de passos cessando. Tentando ignorar a pontada no peito que senti, me virei novamente para o encontrar ajoelhado, a mão segurando firmemente a região machucada. Sua cabeça estava abaixada.

Voltei, tentando não correr, as mãos de volta à procura. Achei a bolsinha no momento exato em que me ajoelhei à sua frente, o frasco de essência de Ditmno na mão.

— Deus, Malfoy. Como você faz essas coisas?

Balbuciei, enquanto retirava delicadamente sua mão da ferida, encontrando um corte ainda mais fundo do que imaginava. Arregacei as mangas, começando o serviço.

— Ah, sabe como é, tenho algumas tendências suicidas. — falou, em uma tentativa de brincadeira. Levantei o olhar para ele, contrariada; aquilo não era algo para se fazer piada. Draco notou minha careta de desaprovação, logo se retraindo — O que foi?

— Só acho que são dois problemas bastante sérios para se brincar. — ralhei, terminando de pingar a essência, ouvindo-o chiar de dor — Só ainda não entendi como conseguiu fazer isso.

— Muito menos eu. Digo, sei que alguma coisa me atingiu quando fui aparatar, só não sei o que foi... Ou como aconteceu.

— Bom, seja lá o que for, conseguiu fazer um belo estrago. — disse distraída enquanto fechava o frasco. — Agora, tire essa camisa.

— Desculpe, o que disse?

— Tire essa camisa — repeti, como se fosse óbvio. — Ela está completamente inutilizável, tenho outras aqui. A não ser que queira entrar lá dentro coberto de sangue.

Ele revirou os olhos.

— Certo, tudo bem.

Com um pouco de dificuldade, se contorceu para abrir os botões, retirando o que restava da blusa, esfrangalhada na lateral.

Tentava desviar o olhar enquanto procurava bandagens, mas meus olhos sempre voltavam direção a ele. Seus músculos estavam retesados pelo esforço, sua boca formando uma linha fina. Quando finalmente retirou a peça, deu uma leve esticada nos ombros, e eu juro que não queria olhar, mas Merlin, ele estava tão impossivelmente sexy que senti minhas mãos se fecharem sobre a gaze, inquietas.

Afinal, o que eu queria fazer?

Tocá-lo?

Pff, que besteira. É claro que não. Estava inquieta por causa da ferida, é claro.

É, era isso.

Então, se era isso... Por que sentia meu rosto incrivelmente quente? Estava pegando fogo, por acaso?

Mas o que estava acontecendo comigo naquele dia? Malfoy, sexy... Era só o que me faltava.

Draco, que até então estava distraído com sua silenciosa dor, focou em mim, dando um sorriso de canto.

— Tem certeza que era só por causa do corte que você queria que eu tirasse a camisa, querida esposa?

Praticamente grasnei, indignada.

— Diminua seu ego, Malfoy. Nunca iria me rebaixar a esse nível.

E, irritada, lhe arremessei a gaze. Ele estreitou os olhos, sorrindo desconfiado, mas logo voltou a atenção para sua costela machucada.

Suspirei, me levantando. Bati na saia algumas vezes, olhando distraída para o castelo. 1º de setembro sempre fora uma data agitada. Imaginava quantos alunos novos não adentraram aqueles portões, maravilhados com cada centímetro daquele castelo monumental, assim como eu ficara quando o adentrei. Claro, foi um choque maior para mim, já que sou uma nascida trouxa e não tinha muito contato com magia, mas ainda assim...

— Hã... Granger?

Ouvi a voz hesitante de Malfoy. Mesmo ainda constrangida, me virei para ele, os braços cruzados. Ele estava sentado, coçando a nuca, parecendo indeciso. Levantei a cabeça, como o incitando a continuar.

Ele pigarreou, começando a se levantar com certa dificuldade.

— Bem, você se lembra do que Shacklebolt disse, não é? Sobre... Termos que fingir que somos casados.

Assenti.

— Sim, claro. Como poderia esquecer o feliz dia do meu casamento? — ironizei, fazendo uma pose sonhadora.

Ele pigarreou mais uma vez, já completamente de pé.

— Enfim, eu estava pensando... Se vamos fazer isso, temos que fazer direito, fazer parecer real. Então, acho que deveríamos ter pelo menos uma... Hã... — Coçou a nuca novamente.

Dei uma leve enregelada.

— Deveríamos ter o quê?

Meu Deus, o que ele estava pensando?

Draco notou meu estado levemente alarmado, logo estendendo a mão em um sinal apaziguador.

— Granger, pelo amor, não pense que estou... Não, não estou sugerindo nada.

Ele parecia estar em mais pânico do que eu.

Ah, por favor, de novo isso não. Repita para si mesma Hermione: você é perfeitamente desejável.

— Uma aliança. É disso que estou falando. Se vamos nos passar por um casal decente, ou pelo menos o mais perto disso, o normal é que tenhamos uma aliança, não é?

— Ah...

Disse simplesmente.

Mas o pior é que era verdade. Estava tão cega por, bem, tudo, que nem mesmo senti falta de uma.

Vi ele procurar algo em seu bolso, logo surgindo com uma pequena caixinha de veludo preto. A abriu, revelando um lindo anel prateado. Era delicadamente trançado, ornamentado com pequenos diamantes e, no centro, se encontrava o maior deles.

Era uma peça tão delicada e singela que me peguei duvidando se o loiro a minha frente poderia ter escolhido algo daquele tipo.

— Wow, ele é... Ele é lindo.

— Duvidou do meu bom gosto, por acaso? — provocou, retirando a peça da caixinha.

— É pra ser sincera? Duvidei sim.

— Ouch.

Fez uma fingida careta de dor, enquanto colocava o anel em meu dedo.

Senti um estranho calafrio, enquanto a delicada joia percorria minha pele. Levantei o olhar, observando Draco, tenho certeza, um pouco abobada, que parecia estar extremamente concentrado na tarefa.

Engraçado, era uma cena tão comicamente impossível, mas ainda assim... Deus, ainda assim era meu anel de casamento. E, por incrível que pareça, Malfoy estava sendo tão gentil que me sentia quase à beira das lágrimas.

Quase.

Levantei minha mão em direção à luz, observando o leve brilho prateado que cintilava em meu dedo.

É, estava oficialmente casada.

Ri pelo nariz.

— Hermione Malfoy... Esse é definitivamente o fim dos tempos.

— Certo, se já acabou de zombar do meu sobrenome, podemos entrar?

Assenti, ainda dando uma risada, me pondo a caminhar.

Que loucura... Ah, que loucura!

Estávamos perto da entrada, de forma que não precisamos caminhar muito. Fizemos o trajeto em silêncio, às vezes cortado pelos leves arfares de dor do loiro ao meu lado. Nessas horas, eu não sei que espécie de alma extremamente caridosa que baixava em mim, que me fazia sentir uma vontade incontrolável de correr até ele e ajudá-lo a subir. Tive que me controlar para não fazê-lo.

Quando chegamos ao átrio do castelo, estava tudo em silêncio. Nossa única companhia eram as malas dos alunos. Olhando para os quatro lados, me certifiquei de que realmente não havia mais ninguém.

Voltei-me para Draco, que estava levemente escorado na parede.

— Certo, agora temos que procurar Minerva.

— Mas a essa hora ela não deve estar no Salão Principal? Fazendo o típico discurso de diretor de início do ano? — Revirou os olhos.

— Bom, ela sabia que estávamos chegando. Provavelmente deve...

— WOW!

Alguém gritou.

Senti apenas um baque em minhas costas.


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Notas finais do capítulo

Reviews?? (^v^)/
Até o próximo capítulo, tortinhas de limão ♥♥♥♥