Playing Dangerous escrita por WeekendWarrior


Capítulo 5
Is It Wrong?


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA!

Pensem no Jake assim ♥



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Uma semana e meia depois

Coloquei meu vestido vermelho curto de festa e calcei meu All Star, era praticamente meu uniforme para quase todas as festas. Passei delineador para realçar meus olhos e um batom vermelho forte em meus lábios cheios, os deixaria muito mais atrativos.

Sim, eu estava indo a festa do Nick, lá estariam meus novos amigos, lá estaria Bradley, lá estaria a pequena diversão. Minha última semana foi bem intensa se assim posso dizer, meu mais novo grupo de amigos fez questão de colocar-me dentro de suas saídas. Sentia-me bem por estar dentro de algo com pessoas divertidas.

Logo escutei a buzina da caminhonete do tatuado. Peguei minha jaqueta jeans e saí correndo as escadas abaixo, despedi-me de minha vó que estava escutando Elvis Presley no hall – sim, meus avós permitiram-me ir a festa – e adentrei a caminhonete, partimos em direção a festa.

Nick morava num sobrado num bairro de classe média, a casa estava a todo vapor, jovens entravam e saiam da casa aos montes.

Entrei na casa com Bradley tendo seu braço sobre meus ombros, todos os olhares vieram para nós dois. O cochicho logo começou, porém não importei-me até senti-me bem.

— Oh meu Deus, ela veio! – gritou Rose quando viu-me, a mesma segurava um copo plástico vermelho – Carmen, vem! Vou pegar uma bebida pra você.

Fui puxada para a cozinha, passei empurrando o pequeno aglomerado de adolescentes que dançavam ao som da música melodiosa. Brad ainda ao meu encalço.

— Isso aqui tá uma loucura, você chegou na hora certa – ela riu, parecia já estar sob o efeito da bebida ou talvez maconha. A loura estendeu-me um copo igualmente vermelho.

— Aposto que sim – beberiquei da bebida alcoólica – Fazia tempo que não me divertia.

— Então você veio ao lugar certo. Vem!

Rose puxou-me pela mão e adentramos uma roda de adolescentes que dançavam.

— Beba tudo! – ela empurrou meu copo de encontro a minha boca.

Olhei pro canto e vi Bradley encostado na parede fumando, ele ria. Dei de ombros e comecei a mover-me ao som melodioso da batida.

Depois de mais alguns copos de uma bebida qual não identifiquei, porém era forte e revigorante já estava um tanto solta, não uma bêbada doida, somente um pouco alta.

Fui até Bradley e o puxei de encontro aonde eu estava, a pequena pista improvisada no meio da sala.

Pus meus braços sobre os ombros de Brad. Encarei seus olhos verdes, um verde expressivo, ele tinha um olhar perigoso. Comecei a me mover um tanto sensualmente e o trouxe comigo para a dança. Sentia-me desinibida com Bradley, era diferente estar em sua presença, sentia-me livre. Era diferente de estar frente a frente com o Sheriff Jake, bom, não queria pensar nesse homem agora. Queria livrar-me dele, pois tinha Bradley aqui.

Ele beijou-me e eu retribui para afastar o homem mais velho de minha mente. Era o certo a se fazer, esquecer o acontecido.

As horas foram passando, os adolescentes ficavam cada vez mais agitados – talvez por causa das drogas que por aqui rolavam. Copo de bebida vem, copo de bebida vai e o pessoal estava em seu limite.

Cansei-me da agitação, estava um tanto retida num canto, sentada com Bradley ao meu lado, às vezes ele sumia, logo após voltava. Vi Rose beijar uns três garotos, parecia uma zona, eu já estava querendo ir embora. Vi uma garota sair correndo para vomitar, outro fazia uso de cocaína descaradamente.

Eu vim com a intenção de divertir-me, porém me retive, não sei o que houve. Algo em meu inconsciente dizia-me para correr dali.

Olhei para Bradley, sentado ao meu lado no sofá, parecia relaxado, um tanto fora de si, com certeza havia feito uso de drogas. Sua cabeça estava pendida para trás, encostada no sofá.

O cutuquei, falando:

— Brad, quero ir embora – verifiquei a hora em meu celular: 3:30 da manhã – Brad?

Ele abriu os olhos que pareciam estar pesados e um tanto vermelhos, olhou-me de relance.

— O dia ainda nem raiou – ele forçou um sorriso.

— É sério! Quero ir agora.

No momento em que ele ia abrir a boca para falar Nick gritou:

— Fodeu! Polícia! – o vimos sair correndo pela porta dos fundos.

Brad levantou num pulo e me puxou. Rose apareceu do nada, com o cabelo igual um ninho de vespa.

— Eles só vão querer falar com os maiores de idade – falou Rose tão depressa que quase não entendi – O Nick se mandou, ele tá metido com coisas erradas, então…

Eu era a única de menor no meu mais novo grupo social, com certeza a casa estava repleta de menores, agora apavorados.

A porta abriu-se e policiais entraram, pareciam entediados. Seria esse tipo de abordamento rotineiro? Os jovens pareciam estáticos, aproximei-me ainda mais de Bradley.

— Você não vai fugir também? – perguntei ao tatuado. Ele havia falado-me sobre estar envolvido com gente da pesada.

O alto deu um sorriso de canto.

— Eu não! Olha quem está ali – ele apontou e olhei na mesma direção – O Sheriff bonitão – debochou.

Arregalei meus olhos. Ferrou! Se ele me visse aqui contaria para os meus avós ou será que não? Seria ele capaz depois daquele beijo? Claro que aquele beijo não significou nada pra ele. Tarde demais porque ele me encarava.

— Me leve embora, Brad – meu corpo estava elétrico. Queria correr para longe dali.

— Ninguém sai da casa! Identidades de todos! – exclamou Jake alto e merda, ele estava se aproximando. Parou perto de nós – O que faz aqui? Seus avós ficarão nada contentes quando souberem quem são seus novos amiguinhos – encarou Bradley, depois seu olhar raivoso pousou sobre mim. Engoli em seco.

— Ela está comigo. Ia levá-la embora.

Disse um firme Brad.

— Ótima companhia para se estar, hein, Carmen? – ironizou – Vem, vou levá-la embora.

Senti um pequeno medo em meu íntimo.

— Ela vai ficar comigo – esbravejou meu acompanhante. Jake o encarou profundamente, eles conversavam pelos olhares, havia algo ali, eu sentia.

— Sr. Soileau a sua ficha na delegacia já está cheia, não seria nada bom algo a mais lá por conta de desacato à autoridade – vi um pequeno sorriso nos lábios do Sheriff.

O ar fugiu de meus pulmões, não queria ninguém se ferrando por minha causa.

— Brad, deixe! É melhor que eu vá. O Sheriff Jake conhece meus avós – afastei-me do garoto. Ele tinha o maxilar travado, estava com raiva, óbvio.

— Venha Carmen – Jake puxou-me com força pelo braço – Foster, cuide de tudo por aqui, vou levar a srta. Grant para casa – o outro policial assentiu e nós saímos pela porta da frente. Ele andava com rapidez.

— Tá me machucando – queixei. Ele soltou meu braço, passei a mão no local.

— Eu devia te dar uma boa surra por estar aí – paramos ao lado de seu carro.

— Vai se ferrar – foi automático, logo após me arrependi.

Seus olho azuis se nublaram.

— Entre logo nesse carro, garota!

Entrei no carro com um pouco de medo, sabia que ele ia me dedurar para meus avós. Que merda! E eu nem ao menos havia feito algo. Ele entrou no carro batendo a porta.

A casa de meus avós era longe, levaria ao menos dez minutos para chegarmos. Eu estava quieta em meu canto, reprimida, pois o homem ao meu lado parecia tomar conta do ambiente. Ele segurava fortemente o volante.

— Vai mesmo contar a eles? Eu não fiz nada.

Tentei fazê-lo mudar de ideia. Meus avós me deram um voto de confiança, não poderia desperdiçá-lo assim.

— Não vejo por que não. Pelo que sei, foi mandada pra cá por causa de confusões em sua antiga cidade. Deveria evitar essas companhias.

Franzi meu cenho o encarando. Então meus avós haviam falado de mim pra ele? Mas que ódio!

— Como se você fosse muito diferente deles – ele encarou-me por um segundo, mantive seu olhar.

— Precisa segurar essa sua língua venenosa, pequena Carmen, ainda sou um policial.

— Um policial que beija garotas de dezessete anos e não me chame de pequena.

Vi seu maxilar travar, o ar pareceu sumir, me afundei mais no assento. Eu estava entrando num campo minado, não deveria ter tocado nesse assunto.

— Você quem teve a audácia de me beijar.

— E você a audácia de retribuir.

— Já chega, Carmen! – ele proferiu alto. Dei um pulo e arregalei meus olhos.

Jake entrou com o carro no acostamento de terra, quase encostou nas árvores. Meu coração deu um pulo, meu Deus, o que ele estava prestes a fazer?

O homem desligou o carro e ficamos ali, naquela penumbra. A respiração dele era acelerada, a lua estava encoberta pelas nuvens, tudo cooperava para meu desespero.

— Carmen, eu… – passou as mãos no rosto, pude distinguir isso – Você não sai da minha cabeça. Eu só quero saber o que você fez comigo.

O silêncio tomou conta. Eu simplesmente estava pasma, minha cabeça pareceu contorcer, minha respiração logo disparou e minha mente estava amarrotada. Estaria eu ouvindo bem? Eu não saía da cabeça dele? Deus, era ele quem me atormentou a mente nessa última semana.

— Eu sinto muito – tentei desculpar-me mas pelo quê? Por tê-lo atormentado a mente? Sou uma estúpida.

Ele se virou em minha direção, chegou próximo de mim.

— Eu não consigo parar de pensar em você – sua mão foi vagarosamente até meu rosto, tocou meus lábios. Admito que gostaria de senti-lo mais perto – Não quero me afastar de você, pequena Carmen.

Se eu retribuísse a isso estaria mudando tudo para frente daqui em diante. Não consegui ponderar as coisas, os prós e os contras porque meu corpo pecaminoso implorava por um novo beijo. Estaria me enganando se o repelisse, no ímpeto aproximei meu rosto do seu.

— Então não se afaste – sussurrei.

Senti seus lábios sobre os meus. Tudo havia sido rápido demais, tudo com ele parecia correr na velocidade da luz.

Agarrei seus cabelos e aprofundei o beijo. Tinha algo em Jake que me despertava o errado, se isso era errado, então que eu fizesse certo.

Jake puxou-me para si. Fiquei escarranchada sobre suas pernas, meu vestido havia subido, sentia um calor inexplicável. Nossos corpos conversavam entre si, nossas línguas travavam uma luta, era uma sensação deliciosa, admito. O perigo deixa tudo mais excitante, nós dois ali na penumbra, aos beijos em seu carro policial. Ele era um policial! Eu era louca pra caramba! Apenas o queria, estava metida em problemas. Foda-se. Problemas parecem ótimos pra mim.

Separamos nossos lábios. Meu peito subia e descia, Jake apertava minha cintura com força.

— É errado mas eu… eu quero – consegui dizer fracamente.

— Sente que é errado?

— Não inteiramente.

Ele segurou meu rosto com suas mãos.

— Você vai ser o meu fim, Carmen – depois disso, beijou-me novamente.

Não entendi de imediato suas palavras, mas num futuro bem próximo elas me fariam todo sentido.

 


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Notas finais do capítulo



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