Playing Dangerous escrita por WeekendWarrior


Capítulo 19
Kill Kill (Bonus Chapter)




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Flashback

Bradley

Não sei como explicar o que sinto por Carmen, ela é diferente de qualquer garota que sempre conheci, não é como as garotas daqui, é espontânea e todos gostam dela.

Carmen Grant, acho que nunca esquecerei esse nome, a primeira garota por quem realmente me apaixonei.

Ela estava comigo, nós estávamos bem juntos, saíamos e nos divertíamos, tudo ia bem. Até que aquele bastardo cruzou nosso caminho, o meu caminho, o dela, a roubou de mim. Usou todo seu charme barato com minha garota.

Quando vi, Carmen já não era mais minha, havia me deixado. Me abandonou sem mais nem menos, uu sabia que ela mentia quanto a isso, sua real deixa era ele, Jake. O manipulador.

Ele a prendeu bem em suas presas, acabou a domando como uma presa indefesa, Minha garota agora já não era mais tanto assim, minha garota…

Fiz o que pude, consegui o número do avô de Carmen e soltei o verbo, porém eu não queria prejudicá-la, queria apenas cuidá-la. Quanto antes ela se afastasse de Jake e voltasse pra mim, melhor, isso era o certo. Eu tentei convencê-la a ficar comigo certo dia, porém meu estado fodeu tudo, bebi demais.

O avô de Carmen, Charles Grant, absorveu rapidamente minhas palavras, o dei provas verbais, coloquei dúvidas no velho, ele absorveu tudo rapidamente. Eu queria que ele realmente fodesse com Jake, pois Charles tinha poder para isso. Queria que acabasse com sua carreira, queria ele fora, que a máscara dele caísse e que Carmen visse a verdade.

Mal sabia eu que havia cavado minha cova.

Estava em casa, sozinho, era de tarde, mas não havia sol. As nuvens cobriam tudo e o cinza tomava conta.

Observava o grande campo – agora não tão verde – sentado na varanda dos fundos da minha casa. A grande fazenda que um dia foi dos meus pais, agora morria. Eles também estavam mortos, então…

Adentrei a casa em busca de uma cerveja. Minha mente não parava de pensar, era uma merda. Eu divagava sobre as merdas que andei fazendo ultimamente. Sobre tudo que fiz. Era uma grande bola de neve.

Escuto um carro se aproximar, vou até a janela, afasto a cortina e avisto Jake. Eu sabia o porquê dele estar aqui: Carmen. A cagada que fiz na noite passada… Sim, ele viria cobrar-me. Óbvio. Ele não contava que eu descobriria tudo.

Saquei o celular imediatamente e mandei uma mensagem para Carmen. Não sei o porquê, apenas mandei:

“Eu te amo. Nunca quis fazê-la chorar. Nunca quis magoá-la. Perdoe-me. Te amo e adeus”

Andei calmo até meu quarto, fui até o guarda-roupa e peguei uma arma. Talvez fosse o fim ou apenas o começo. Era pra ser divertido, não acreditando em ninguém.

 

Jake

Desci do carro com pressa e raiva, pegaria esse retardado e o daria uma boa lição. Ele nunca mais atreveria a chegar perto de Carmen, nunca mais.

Fui logo abrindo a porta de sua casa, ele já me esperava, estava de pé no centro da sala.

— Chegou tarde demais, Jake – disse Bradley em tom de escárnio.

— Você não sabe com quem se meteu, rapaz.

Ele sorriu de canto de boca.

— Eu posso não saber, mas em breve todos saberão.

Franzi o cenho não entendendo.

— O quê você fez, seu infeliz? – me aproximei mais dele.

— Nada de importante, apenas peguei o que é meu por direito: Carmen. Você a tirou de mim, ela era minha.

Ri com deboche.

— Poupe-me, Bradley. Logo vemos com quem Carmen realmente gosta de estar.

— Porque ela ainda não viu sua verdadeira face.

Agora foi minha vez de rir com deboche, nunca entendi esse tom do garoto, sempre desconfiando de mim, sempre achando que estive metido em coisas ilícitas.

— Olhe, Bradley, eu deveria estourar a sua cara, ainda não sei porque não fiz isso, porém tenho meios melhores de te prejudicar. Apenas vim te avisar, fique longe de Carmen, se eu souber que apenas colocou seus olhos sobre ela…

— Eu que devia te ameaçar, Jake, eu que devia te dar uma boa lição, pois Carmen é minha. Apenas minha e eu vou ficar com ela – ele sacou uma 38.

Ele somente podia estar louco, totalmente pirado, fora de si.

— Ah, o que é isso, Bradley? Você não é o único que tem uma arma aqui. Sou um policial, lembra? Ou melhor, um Sheriff.

— Ainda posso te matar de qualquer modo. Assim, com sua morte, Carmen voltará pra mim. Verá que me ama e que você não passou de perda de tempo. Mal saberá ela que estará se livrando de algo ruim, de você.

Eu não temia o garoto com aquela arma, mas sim, sentia uma raiva. Ele falava com tanta convicção sobre o amor de Carmen. Será que ela já disse que o amava? Um ódio se apossou de meu ser.

Ninguém me tiraria de Carmen, ninguém a tiraria de mim.

No segundo instante eu estava sobre Bradley, porém sua magreza apenas escondia sua real força, o garoto travou uma luta comigo, tentava pegar sua arma, tudo era apenas flashes. Eu pensava rápido e tudo durou segundos, um disparo foi feito, ele caiu no chão.

Puta que pariu.

Ele mesmo disparou em si, em sua mandíbula. Merda… e agora? Zanzei pela casa por alguns segundos pensando. O corpo de Bradley ali estirado, o sangue começava a escorrer.

Fiquei de cócoras ao lado do corpo do garoto tatuado.

— Merda, Bradley. O que você fez?

Passei a mão em meu cabelo, cocei minha barba rala. Teria que ir embora dali, por sorte ele não tinha vizinhos, apenas um amplo campo.

Logo o caso voltaria pra mim, tudo nessa cidade passava por mim, poderia dar isso como suicídio. Ninguém se importaria com a morte de Bradley ou sim? Suspirei.

Antes de sair da casa olhei o corpo dele pela última vez, realmente não tive a intenção, mas se assim eu ficaria em paz com Carmen, que seja.

Talvez eu seja frio demais e louco demais. Tudo se resume em matar, matar, matar.

— Sinto muito, Bradley.

Fecho a porta.


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