A história de um dragão chamado Sombra escrita por G S Bello


Capítulo 1
O Jovem da tempestade de gelo ( Reformado )


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem de uma boa leitura, se fizerem questão de ler até o final vão ver que valhe o tempo ♥



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"Bem, imagine, cair... Mas não somente tropeçar, imagine como é cair do mundo... Bem, eu sei como é... imagine como seria, esquecer do passado, esquecer de quem você era e não fazer a menor ideia de como chegou aqui, imagine que em um belo dia, você descubra que se tornou tudo o que mais odiava, imagine que seus pesadelos o cercam, e não te deixam esquecer a única coisa que queria nunca ter vivido, bem vindo a minha vida, mas não importa o quanto você tente correr, pois, aonde existe esperança haverá uma luz, e aonde houver uma luz, haverá Sombra..."


Este é o começo, tudo deve ter um começo, eu estou certo ?

O começo da história deste dragão é bem longa e traiçoeira, sombria e dramática, um verdadeiro tirano apaixonado por alguém ao qual ele não pode amar, alguém que morreu por causa de seus feitos, alguém que fez ele sofrer da mesma forma que si mesmo... Uma bela dragonesa que ele amou um dia, que o ajudou e que esteve lá quando ninguém mais estava, ela precisou ir quando ele mais precisou, sentiu como se fosse jogado fora como lixo. O pobre dragão foi tomado por dor e desespero, medo e decepção, o pior de tudo foi que ele foi tomado por algo que faz parte do seu sangue, as sombras e o medo...
Até hoje existem historias, contos de botar o filhote para dormir mais cedo, algo simples que sobreviveu por gerações... Digamos que ele não nasceu, ele foi criado a muitos tempo atrás, e bem, esse conto começa mais ou menos assim...

"Os maiores tiranos do grandioso reino de ametista, todos reunidos em um deserto de gelo, era uma noite sombria, as duas luas brilhantes eram totalmente escondidas pelas nuvens obscuras que todo o céu de horizonte a horizonte se alastravam, as tempestades de neve avassalava todo o deserto congelado constantemente, tão constante quanto a essência escura que era sugada dos pesadelos de outros dragões para o cristal, diversas, diversas nuvens negras mal distinguidas da tempestade vindo de diversos pontos daquele enorme mundo, direto para o cristal e... Lá estavam eles...
Um grandioso dragão dourado com as asas rasgadas e diversas cicatrizes, seus olhos eram castanhos, tinha colossais garras e um tom agressivo em seu olhar.
Uma grandiosa dragonesa vestida numa carapaça preta como o carvão ao invés das naturais escamas, tinha um ar de morte na sua companhia, havia um único chifre no meio da testa, afiado, longo e ondulado, estava pendurando uma coroa de prata com toda a sua pose esnobe.
O terceiro sujeito era uma grandiosa quimera com patas de bode e tigre, corpo de leopardo e sua cauda era a cabeça de uma cobra, tinha a cabeça de um leão e asas de águia.

Estavam todos envolta de um colossal cristal enterrado no meio do deserto de gelo, bem no meio de uma cratera. possuía a cor do vinho porém ele era simplesmente tenebroso, exalava medo e terror, dentro dele a energia escura pulsava como um coração batendo... os três tiranos se prepararam, ficaram em uma certa pose de guerra, prepararam suas magias, tinham um plano bem simples: Unirem suas forças para tentar domar e ter o poder que o cristal abandonava bem nas garras deles. A tempestade de neve ficou mais forte, o vento começou a circular o local quando todos lançaram suas magias no cristal... todos manteram a sua forma, firme e forte. Mas algo inesperado aconteceu, o cristal simplesmente se recusava, a magia de todos foram se esgotando aos poucos, horas e horas, como uma batalha, o vento forte da tempestade, o frio, o calor magico, o suor, as faiscas e os colapsos do cristal... E finalmente, ele cedeu. O cristal vinho, começou a cuspir para fora, uma essencia escura e grotesca, uma gosma que cheirava a morte, que se agrumerava e se mexia, como se lutasse pela propria vida, todos sorriram satisfeitos... Porem algo ainda mais inesperado aconteceu, a gosma começou a crescer e crescer, fora de controle, ninguém conseguia a domar, ninguém conseguia lidar com esse poder malevolo, e eles naquele momento sabiam de uma coisa, sabiam que se aquilo ficasse livre, cresceria e cresceria se alimentando do medo de todos, e não restaria uma coisa viva de pé... Todos ali eram maus, porém, queriam um lugar para governar, e não a morte de todos... Tinham sede de poder... A luta recomeçou, com todos quase esgotados, usaram o que restava de suas magias e corpos, lutando até o fim com a força malevola... finalmente, quando o ultimo caiu, o dragão dourado bateu o seu rosto contra a neve congelante, a criatura parecia finalmente morta...
A essencia escura voltou a se agromerar... Criar algo vivo... Lutar, cada mizero pedaço lutando pela chance de viver, ela não queria morrer... Ela começou a crescer, formar um corpo fisico... e imitou o dragão mais proximo... O maximo que podia... E então, um pobre e inocente filhote abriu os seus olhos e se levantou do chão gelado, e ela sentia fome... "

Dizem por ai que ela comeu a carne dos tiranos, que ficou má por isso, mas não sei se isso é bem verdade... bem... talvez tenha dado umas mordidinhas sim porem não acho que isso o tenha deixado mau... agora, vou continuar por onde eu tenho certeza de como foi...

Ele foi encontrado por um guarda de um grandioso castelo que ficava próximo dali, inocente e perdido, sem saber dizer nada alem de seu fatídico nome que fostes lembrado por coisas terríveis, é um nome amaldiçoado e temido, que será lembrado, pobre do guarda que não sabia de nada e o levou a um orfanato na grande cidade do castelo.

Ele bem que tentou ser normal, porém, sempre foi maltratado e esnobado por outros jovens de sua espécie, desrespeitado por muitos adultos, pelo simples fato de suas escamas serem negras... No orfanato, começou a estudar com jovens de sua idade, acabou ficando por trás dos estudos, por ter tido dificuldades para se comunicar, cá entre nós, não é fácil sobreviver sabendo apenas dizer o próprio nome... Ao menos ele aprendeu a se comunicar melhor com os estudos. Nada mais que o tempo o ajudou ... Não agora ...

Quando tinha completado doze anos, uma nova dragonesa, jovem como ele foi transferida para seu orfanato escola, ela era linda aos seus olhos, tinha um corpo minimamente robusto, um focinho longo e fino, uma cauda média com uma grande pena de ferro na ponta dela, olhos amarelos mel, chifres envergados pra frente, patas aparentemente delicadas e um flanco um gordo. Ela era oque um dragão chamaria de perfeita, ela foi extremamente gentil com ele, apenas se sentou do seu lado e disse - Bom dia - com um largo sorriso dentado no rosto. Por mais que isso fosse comum pra ela, era motivo pro nosso dragão ganhar o dia, ele respondeu ela a gaguejar - Bo-bom... Dia! - ele deu grande ênfase na última frase, ficou completamente corado pela maneira que falou. Esse dia foi o início de uma grande amizade, uma amizade simplesmente amável.

No mesmo ano, depois de se conhecerem melhor e se tornarem colegas de quarto, ela o contou de um grandioso festival que acontecia a cada cinco anos, falou que esse festival era uma comemoração ao grande prisma, os dragões e outras espécies como grifo, chitas e outras coisas, festejavam com alegria e doavam o seu amor ao cristal, para que ele afastasse a escuridão, aproveitou e falou que a rainha iria visitar e saudar a todos durante o evento, ela convidou nosso dragão enquanto o chamava calorosamente pelo seu nome, convidou ele a ir junto à ela nesse festival, para ele isso significava muito, ele não poderia perder a chance.

Era manhã, dia do festival, ele acordou, tentou se levantar mas caiu de forma terrível no chão, não sentia suas pernas e logo entrou em desespero... Sua companheira de quarto foi até ele, tentar ajudar ele, mas não pode fazer nada alem de chamar ajuda, o pobrezinho não conseguia se mexer, nem falar podia direito, apenas resmungava e se contorcia de dor, nisso uma das supervisoras do orfanato, o levou em pleno festival a um hospital simples da região.

No hospital, ele havia sido diagnosticado por um doutor experiente, de cabo a rabo, não havia uma escama sequer fora do lugar, ninguém podia explicar a sua dor, mas seus gritos eram verdadeiros e ninguém podia negar isso, todos saíram aos poucos para comemorar o festival, apenas sua amiga ficou do seu lado, ela não saiu de perto dele por um momento, ela o prometeu que passaria o próximo festival com ele, que esperaria mais cinco anos para levar ele ao festival...

Pela manhã do dia seguinte, ele simplesmente levantou da cama do hospital como se nada tivesse acontecido, se levantou e abraçou bem apertado a sua amiga, que tinha passado todo o dia, apenas ali, sentada ao lado dele, para dar forças a ele, ela apenas acordou com um sorriso meigo e dentado no rosto, deu uma leve lambida em sua bochecha e disse a ele simples palavras, palavras que ele segurou no próprio coração de forma possessiva, - Eu sou sua amiga, sempre estarei ao seu lado. - foram ditas de forma meiga e marcante, depois disso apenas se abraçaram com suas asas e caminharam em direção a sua quase casa.

Houve um dia, um dia que eles decidiram visitar a estrela de cristal que se erguia em uma bela escultura no centro do reino. Já tinham ouvido falar que quando olhado no coração da estrela de cristal, despertava uma grande e bela magia, uma magia que fazia você ver seu futuro... Jovens dragões em toda sua inocência foram ver oque os aguardava. Depois de longas horas de caminhada lado a lado, eles chegaram lá, uma praça tão bela, digna de um templo. Nera, a dragonesa amiga do nosso dragão, apenas almejava o dragão com seus olhos alegres e sua posição ansiosa para seu amigo, depois disso, apenas caminhou até ficar cara a cara com o cristal, olhou dentro dele, olhou seus próprios através do reflexo do espelho, viu a si mesma, viu a si mesma adulta, linda e esbelta, com uma linda coroa e um lindo vestido, viu a si mesma como uma princesa. Depois disso tudo, ela apenas saiu sorridente e saltitante até pular e abraçar nosso dragão. Logo após esse acontecimento alegre, sombra caminhou muito ansioso para olha o cristal também, mas o que vem a seguir é terrível. Ele olhou dentro de seus próprios olhos através do reflexo mágico, tudo começou a queimar, queimar e queimar mais, as chamas negras consumiam tudo, ele viu a si mesmo ou oque quer que fosse aquilo, um dragão negro gigante, chifres enormes e uma coroa, de uma prata brilhante, Tudo ao seu redor eram desastres e gritos, tinha um manto preto com detalhes vermelhos que cobria toda sua asa e costas, ele ouvia gritos de dor, soltava risadas malucas... As sombras saíam dele tudo parecia cruel, atrás dele havia um lustre feito das escamas ainda ensanguentadas de outro dragão, e ele apenas encarou ele mesmo parando de rir aos poucos, como se soubesse que alguém estava ali, ele se sentou em um trono de ossos e segurou um taça de ouro bebendo o sangue de alguém... O atual ele se afastou assustado do cristal, respirou fundo e ofegante, estava assustado e não sabia muito bem oque fazer.

— Ei, bobinho, o que você viu ? - falou Nera, animadamente.

Ele disfarçou e disse - ah... Nada de mais, apenas algumas bobeiras , que coisa, não ? - falou meio nervoso, porém Nera acreditou.

Algo que ninguém esperava aconteceu, um dos príncipes em pessoa apareceu lá na hora, olhou seriamente para o nosso dragão e sem delongas começou a falar - o seu futuro é decidido por ninguém além de você, não tenha medo pelo que viu, independente de tudo, as escolhas são suas e podem trazer resultados diferentes dos visto no cristal.- o príncipe disse isso olhando a expressão de medo que o jovem dragão tinha, depois disso apenas foi embora tão rápido quanto chegou.

O nosso dragão ficou meio desnorteado mas entendeu o recado, é difícil para alguns jovens verem alguns futuros trágicos. Imagine que um jovem inocente vê a si mesmo como um maluco perdido através do cristal ? Nem sempre pode ser a coisa mais agradável, o príncipe não era um dos mais importantes do reino, apenas detinha o título, é legal que ele ajude os visitantes com esses imprevistos.

O resto do dia foi basicamente Nera, contando cada detalhe de sua visão de forma super alegre.

Os dias foram se passando, as semanas, os meses, até os anos...
Cada vez mais que o tempo passava, fortalecendo aos montes sua amizade de um pelo outro.

Faltavam apenas um único dia para o festival, eles haviam crescido muito, o nosso dragão negro já estava com dezessete anos, parecia um jovem adulto, esguio porém forte, suas asas eram gigantes e majestosas, seus chifres impecáveis, seus olhos vermelhos brilhavam como nunca, sua cauda era muito mais longa. Sua amiga, que atendia pelo nome de Nera, havia ficado com o corpo de uma adulta, seus chifres, cauda, asas e corpo, estavam simplesmente belos como nunca. Eles estavam morando numa espécie de apartamento bem simples, haviam juntado suas economias trabalhando como ajudantes em alguns restaurantes, estavam felizes pois iam completar um sonho de infância amanhã, estavam ansiosos e alegres, se abraçavam de cinco em cinco minutos, já ele pensava em se declarar a ela no dia, parecia uma ideia perfeita... Ou não...

Esse dia foi terrível. Ele agonizava de dor, se contorcia e arranhava o chão ou tudo que chegasse perto, batia os dentes de dor, Nera acordou assustada e tentou ajudar ele, não pode fazer mais que trazer um mordedor e sua companhia, ela ficou ali ao lado dele, o tempo passava e ele apenas agonizava e tinha febre, ela lhe deu algumas ervas medicinais mas nada que o salvasse.
Já estava na metade do dia, Nera se segurava para não começar a chorar, nosso dragão estava largado na cama, fraco e cada vez mais acinzentado, estava de olhos fechados, dormindo por baixo de uma coberta quando de repente... O dragão começa a gemer de dor, abre seus olhos enfurecidos, se contorce até se encolher cada vez mais, Nera estava desesperada, não sabia oque fazer, apenas o abraçava e falava em seu ouvido que tudo ficaria bem, as escamas do dragão começaram a cair dele, começaram a se desfazer como poeira no vento, uma energia escura e estranha saia de dentro dele, Nera começou a chorar, deseja mais que tudo que seu amigo fique bem... Tanto desejou que acabou fazendo uma magia muito poderosa, tão poderosa que o salvou, o chifre vermelho que crescia de sua testa voltou, suas escamas pararam de cair mas já estavam simplesmente horríveis, mesmo que ferido e quase inconsciente, ele sabia que os dragões dotados de tal poder mágico, seriam levados como alunos especias da realeza, foi a última coisa que pensou antes de desmaiar.


Três longos dias se passaram, três longos dias deitado inconsciente em uma cama de hospital. Ele acordou no hospital assustado, perguntou ofegante a primeira enfermeira que viu - que dia é hoje ?! - endagou desesperado.

A enfermeira o olhou preocupada e lhe disse que tinham se passado apenas três dias, ele ficou indignado pelos seus motivos próprios, mas, a enfermeira lhe explicou que devido a seu estado, era impressionante não ter ficado em coma por semanas, assim que recebeu alta naquele mesmo dia, saiu do hospital e correu como nunca até chegar em seu apartamento, mas, ela simplesmente não estava lá, a flor que tinha guardado pra dar a ela estava mucha, uma bela orquídea vermelha, era simples mas era a favorita de Nera, ele sabia disso, foi ela que o contou, mas nada importava, seu plano de declaração foi um fracasso. Mais tarde na casa, ele encontra uma carta encima da mesa da cozinha, a carta era branca e tinha as seguintes palavras escritas no verso ao qual ele leu em voz alta - Para o meu querido amigo. - Leu em um tom triste.

Ele rapidamente começa a ler a carta em voz alta.

— Espero que não fique triste, você sabe que eu o tive como meu único e melhor amigo por toda a vida à partir do ponto em que nós nos conhecemos. Indo direto ao ponto, com a sinceridade absoluta que pregamos entre nós dois, eu fui convidada pela própria princesa, em pessoa, no momento que ela começou a me pressentir, pressentir minha aura mágica, ela soube do que eu era capaz... Ela me disse que eu deveria estudar como sua própria aprendiz, que eu tenho a chance de me tornar uma princesa ou em algum alto cargo na monarquia, me tornaria a nível da classe de um ''sangue azul''. Apenas quero dizer que não vou poder manter um contato forte com você, não poderei lhe ajudar muito, nem estar ao seu lado num todo, apenas espero que me ame o suficiente para entender que isso será muito bom para mim... Com a bênção da princesa... - A esse ponto, nosso dragão já lia a carta as lágrimas e soluços, sabia que seria bom pra sua amiga, mas, sabia muito bem que não havia mais a chance de algo dar certo em sã consciência, ele sabia que ela não iria teria o mínimo de tempo com suas obrigações de estudo, muito menos caso se tornasse princesa ou qualquer outra coisa... As dragonesas levadas dessa forma, raramente voltam a ver sequer a propria familia de sangue, imagine ele... sabia que ela se tornando nobre não poderia sequer sonhar em ficar com um mero plebeu... Apesar de sua dor, apenas continuou a ler sua carta em voz alta - Com a bênção da princesa ... - soltou um soluço ...- você não terá que pagar mais o aluguel, ela conseguiu uma casa simples para você no fim da cidade, está foi minha única condição, que você não precisa de de mim para sobreviver, a sua nova casa fica ao lado da nova confeitaria torrão de mel, ela estará abrindo três dias depois do seu ... Coma... Espero que fique bem, desejo de todo meu coração que fique bem... Tenho um presente para você, está encima da sua cama. Até mais, jamais direi adeus." era o fim da carta, tudo que podia fazer era se lamentar, para quem achava que dragões não choravam ... Ele fez isso muito bem.

Quando ele conseguiu recuperar as forças, ele foi até seu quarto, virou a maçaneta de sua porta de madeira que abriu aos poucos arranhando o chão, fazendo um barulho estridente e familiar, olhou para as duas camas de solteiro uma ao lado da outra,ambas tinham o colchão branco e os mesmo lençóis, uma era pintada de preto e a outra de branco, estavam uma ao lado da outra dentre um quarto apertado com apenas um armário e espelho. Apenas escorreu mais uma lágrima de seus olhos já vermelhos. Olhou para pequena caixa branca com purpurina preta e um laço azul, abriu a caixa e encontrou uma rosa negra, um bilhete perfumado e a chave de sua nova casa. Ele apenas pegou a rosa e a segurou com sua boca enquanto cuidadosamente tirou o bilhete da caixa e viu oque havia escrito " lhe vejo quando olhar as estrelas, me veja quando olhar a lua. até cada noite meu querido dragão das sombras." estava escrito na carta, ele apenas fechou seus olhos e imaginou uma vida que nunca vai ter com ela, tanto por suas situações agora distintas, quanto sequer saber se ela o amava também.

Toda a sua essencia de esperança e bondade foi tirada dele, oque restava de amor foi estraçalhado logo de cara, tão jovem... A partir desse momento, tudo naquela maldita cidade o fazia se sentir mal, ele se sentia doente lá... E a cada segundo mais propenso a seguir rumo ao nada...
Um dia depois, logo após uma longa noite de olhos não pregados e cheios de lágrimas. Andou sem rumo até a beira da cidade, olhou para trás e viu um lugar onde ninguém se importava com ele, não mais... Olhou para frente, viu o horizonte, um deserto de neve onde nada se espera, apenas pensou em seguir o horizonte sem rumo, sem sequer olhar para trás, andar até suas patas queimarem com o frio e seu sangue congelar... Foi isso que ele fez, sem sequer exitar.

Ele gostaria de simplesmente morrer naquele momento de dor, não tinha ninguém para impedir ele de fazer isso. Ele apenas parou, olhou para trás e nada viu, a neve se tornou o nada, logo não havia qualquer coisa ao seu redor. Sentia frio, fome e dor, mas não podia fazer nada, se questionava ainda não ter sucumbido ao frio - POR QUE NINGUÉM QUER ME MATAR?! eu só quero morrer... - gritou no topo de seus pulmões e logo perdeu a força, finalmente tinha sucumbido ao frio, talvez a morte que tanto queria naquele momento. Ele tombou de lado na neve, fechou aos poucos e vagarosamente seus olhos enquanto sentia seu coração desacelerar.

Entre tudo isso, quem em sã consciência deixaria um amigo de lado dessa maneira ?

Quem não simplesmente desistiria de tudo ao perder seu próprio tudo ?

—-----FIM DO PRIMEIRO CAPÍTULO------


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Notas finais do capítulo

Há muito mistério e drama por vir, muahahahah, não espera... Acho que acabou de acontecer a maior parte dele nesse capítulo... Ou será que não ? Nananana! Acompanhe essa historia até o fim, sempre comentando, não vai se arrepender, se veio até aqui, com certeza gostou do enredo :D



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