The Marauders escrita por Juh Acker


Capítulo 5
Eu te odeio Lílian Evans


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos vocês que comentaram e estão acompanhando a minha fic, espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura!



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Lílian despertou primeiro que todas em seu dormitório. O dia estava nublado, mas as árvores se libertavam de suas folhas dando indícios do outono que se iniciaria.

Ela tomou banho e seguiu para o salão principal de acordo com seu dia rotineiro. O único que se encontrava no local e possuía capacidade suficiente para acordar tão cedo quanto ela, era o seu melhor amigo Remo.

— Bom dia, Lily! – cumprimentou ele.

— Bom dia, Remo! – respondeu a garota animada ao vê-lo sem machucados, o que era incomum e indicava que as noites de lua cheia do ciclo nesse mês, logo se iniciariam esse era um sinal horrível, entretanto, Remo aparentava estar tão bem que ela não se preocupou no momento, somente se sentou ao lado dele e apanhou uma porção de ovos mexidos recém saídos do fogo, que aparentavam estar deliciosos e macios. – Teve uma boa noite de sono, Remo?

— Bom... Se você considerar como uma boa noite de sono a guerra entre os dois lutadores e o ronco de Pedro, que me fez apertar o travesseiro contra o rosto e desejar não ter orelhas. Então eu tive uma ótima noite, Lily – falou sarcasticamente, esperando um sorriso da ruiva, que se concretizou em seguida, como sempre acontecia quando ele demonstrava seu lado sarcástico. – Ainda não sei a mágica que Alan realiza para dormir naquele lugar.

— Pergunte a ele – sugeriu Lílian colocando um garfo bem recheado de ovos em sua boca. – Acho que ele precisa se enturmar conosco, vocês nem o apresentaram para o resto de nós.

— Ah – disse Remo encabulado, havia se esquecido desse detalhe – é que nos acostumamos tanto com ele que esquecemos que ainda não foram apresentados, não se preocupe, farei isso hoje mesmo.

Após se despedir momentaneamente do seu amigo, Lílian sobe para o dormitório feminino, porque precisava realizar sua tarefa diária de acordar Alice, Dorcas e Marlene.

Alice e Dorcas normalmente são fáceis e neste dia não foi diferente. Reclamaram um pouco antes de se livrem de seus cobertores, mas nada tão intenso quanto Marlene, que gritou desesperadamente. Quem entrasse no quarto imaginaria que Lílian estava torturando-a com a maldição cruciatus.

— Vamos! – ordenou Lílian no tom mais autoritário que possuía – levante Lene!

— Eu ainda estou dormindo – ela tentou imitar um ronco, mas não conseguiu.

— Como esta falando então? – indagou Lílian.

— Só mais uma horinha Lily, prometo que nunca te peço mais nada.

— Você sempre fala isso – comentou a garota envolvida em uma tentativa de roubar o cobertor de Marlene.

— Se você alguma vez tivesse aceitado a minha proposta eu nunca mais pediria. Só continuo pedindo porque você nunca aceita.

— Para alguém que ainda está dormindo, você fala bastante.

— Aah! – gritou Marlene estressada e aparentemente desistindo de resistir – eu te odeio Lílian Evans!

Em poucos minutos, e após vários murmúrios de xingamentos à Lílian, todas estavam prontas e caminharam em direção ao salão principal, lugar onde se reuniram aos seus outros amigos.

— Olá garotas, sou Alan Mihn – disse Alan acenando no final da comprida mesa pertencente à Grifinória. – Remo comentou que ainda não me apresentei para vocês, desculpe, ainda estou me acostumando à Hogwarts, tive uma grande e cansativa reunião com McGonagall ontem para resolver todas as documentações e saber quais matérias eu poderia frequentar no N.I.E.M.

— Parece que seu início em Hogwarts, não foi muito bom – afirmou Marlene se sentando ao lado de Alan e pegando um copo de suco de abóbora. – Sou Marlene, aquelas são Lily, Dorcas e Ali.

— Prazer em conhecê-las – disse o garoto com um sorriso carismático no rosto, Marlene ficou estupefata, porque aquele era um sorriso que nem Sirius possuía em seu arsenal.

— Então – Alice se juntou a eles no café – Você veio da Bulgária, não é?

— Sim, junto com meu pai.

— O Professor David, certo? Tive aulas com ele semana passada, parece ser bem legal, mas as matérias se tornaram especialmente difíceis esse ano, queria que ele tivesse vindo para escola antes, eu gostaria muito mais dele.

— É... Seria ótimo se ele tivesse vindo para escola antes – concordou Alan pesadamente.

Lílian logo percebeu a tristeza em Alan ao dizer aquilo e com rapidez mudou de assunto:

— Quais matérias você irá prestar esse ano?

— Transfiguração, poções, feitiços, defesas contra as artes das trevas e herbologia – comentou o menino – pretendo me tornar auror.

— Incrível! – exclamou Alice parando um garfo repleto de ovos mexidos que estava a caminho de sua boca – Frank e eu também seremos aurores; Lily quer ser medibruxa; Dorcas, jornalista; Lene, desfazedora de feitiços; e bem, os marotos ainda não se decidiram, mas Remo falou para McGonagall no ano anterior sobre ser mestre de poções só que ele ainda não tem certeza disso.       

Alan sentiu um aquecimento acolhedor passando de um canto ao outro do seu corpo, tão quente quanto as panquecas de sua mãe, sentia falta daquilo e fazia tempo que não sentia nada, aquela era uma ótima nostalgia. Apesar de tudo que passou antes de chegar à Hogwarts, Alan agradeceu internamente ao Dumbledore por ter o colocado ali.

Em pouco tempo o grupo já caminhava pela horta em direção às estufas. Uma estranha névoa permeava a manhã, e gastaram mais tempo do que o habitual para encontrar a estufa certa.

— Uau, que ótimo jeito para começar o dia – disse Sirius baixinho, quando Remo, ele e James tomaram seus lugares ao redor de um dos tocos nodosos de Arapucosos, que faziam parte do programa do trimestre, os meninos riram e começaram a calçar as luvas de proteção.

— Melhor do que ficar ouvindo o professor Binns não acha? – sugestionou Remo com a voz pastosa por causa do protetor de gengivas.

— Claro quem não ama lidar com uns Arapucosos pela manhã – respondeu James colocando seus óculos de proteção.

— Chega de conversa aí! – disse a professora Sprout, em tom enérgico, aproximando-se com ar severo. – Vocês estão se atrasando, todos já começaram e Frank já colheu a primeira vagem!

Eles se viraram para olhar; de fato, lá estava Frank com os lábios ensaguentados e vários arranhões feios na bochecha, mas apertando um objeto verde, do tamanho aproximado de uma laranja, que pulsava hostilmente. Atrás dele, Lílian e Alice lutavam contra um Arapucoso violento para tentarem arrancar mais vagens dele.

— Certo, professora, já estamos começando! – disse James.

 Os três tomaram fôlego.

— Caso eu não sobreviva a isso, lembrem de dizer à minha mãe que eu a amo – exclamou James em sua voz de zombaria.

— Caso eu não sobreviva a isso, lembrem de dizer à minha mãe que eu a odeio – disse Sirius, os amigos iriam rir, mas fitaram a professora Sprout os observando e não se manifestaram sobre o assunto, apenas atacaram o toco nodoso.

A planta imediatamente ganhou vida; galhos longos, urticantes e espinhosos saíram do toco e chicotearam o ar. Um deles atingiu Remo na bochecha que começou a sangrar; Sirius tentou cortar aquele que acertou Remo e era o mais próximo dele, com uma tesoura de poda, mas acabou tendo seus pés presos por outro galho que não tinha se dado conta. James conseguiu livrar Sirius daquele galho e prendeu-o em um nó; abriu-se um buraco no meio desses tentáculos; Remo corajosamente enfiou o braço no buraco, que fechou como uma armadilha em torno do seu cotovelo; James e Sirius puxaram e torceram os galhos, obrigando o buraco a reabrir, e Remo desvencilhou o braço, trazendo entre os dedos uma vagem. Na mesma hora, os galhos urticantes tornaram a se recolher e o toco nodoso se imobilizou, parecendo um inocente pedaço de madeira seca.

— sabe, acho que vou dar uma dessas plantas para minha querida mãe de presente de natal – comentou Sirius, empurrando os óculos para testa e enxugando o suor do rosto. Os outros fizeram o mesmo e descansaram por alguns segundo, até que viram Frank exibir sua terceira vagem em aspecto de desafio ao verem isso, os garotos abaixaram os óculos sobre os olhos e retornaram a ativa.

Enquanto Remo consultava seu exemplar de Árvores do mundo que se alimentam de carne, para descobrir o modo correto de espremer as vagens de Arapucosos. James, por sua vez mergulhou novamente no toco. Sirius lutava com u galho espinhoso decidido a esganá-lo, mas tinha uma pequena intuição de que o galho ganharia.

— Peguei! – berrou James, puxando uma segunda vagem do toco, na hora em que Remo conseguia partir a primeira, fazendo a tigela se encher de tubérculos que se torciam como vermes verde-claros.

O restante da aula passou como uma disputa. E Frank ganhou, mas os marotos não acharam justo, pois ele havia começado antes.

Ao final do dia, James estava feliz de seu último horário ser livre. Com toda certeza, ele se jogaria no sofá da sala comunal da Grifinória, todavia, pensamentos sobre os deveres que possuía de cada tarefa os assombravam e perdido em seus devaneios, já nem sabia para onde estava seguindo, até que BUM...

Alguém em muita velocidade o atingiu em cheio, sua mochila se arrastou pelo chão e foi parar do outro lado do corredor. Ele que já não estava tão bem situado, se desnorteou ainda mais. Levantou cambaleando como um ébrio, guinou à esquerda e à direita e quase escorregou quando Sirius o segurou.

— Ei! – gritou ele como se James tivesse além de tonto perdido a audição.   

— a batida foi tão forte assim? – questionou, mas não obteve a resposta ligeira que queria. – ah não importa – disse Sirius impaciente – venha rápido, precisamos correr. – então agarrou o braço de James colocou sua mochila nas costas e puxou seu amigo para a torre da Grifinória.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ter lido esse capítulo. Comente sua opinião sobre a fic para que eu possa melhorar cada vez mais.
Comentem, favoritem, acompanhem, recomendem e nos vemos no próximo capítulo.
Beijos & Abraços!



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