The Marauders escrita por Juh Acker


Capítulo 12
Namorada de James


Notas iniciais do capítulo

Olá meus potterheads!
Desculpe a demora, mas me desanimei de escrever, pois não estava recebendo nenhum retorno.



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Estava em casa de novo. Tudo era como antes. A casa branca, o grande jardim na frente, a vizinhança pacata, foi como se nunca houvesse saído de lá. Mica está sentada no chão, desenhando e com sua fiel companheira ao lado, Satori a boneca que não larga nem por um segundo. Ela está com quatro ou cinco anos, suas bochechas ainda são redondas como as de um bebê. De tempos em tempos ela levanta e pede que o irmão julgue a sua arte. Papai esta na sua confortável poltrona lendo o jornal bruxo tinha acabado de chegar do emprego. Mamãe preparava o seu habitual bolo de carne o cheiro subia pela sala e como sempre fingiríamos que adoramos aquele bolo para não magoá-la.

Após algum tempo, ele levanta a cabeça para ver o que Mica desenha. A princípio não consegue distinguir o que significam as imagens, estão todas misturadas em um amontoado de contornos esboçados pela sua mãozinha frágil. Olha mais de perto e percebe que ela está desenhando comensais invadindo a casa com um giz de cera vermelho que domina todo o papel. De repente foi como se o desenho virasse realidade os comensais invadindo, papai tentando impedi-los, mamãe sendo levada, Mica chorava assustada, ele não conseguiu se mover estava inerte vendo a cena como se não fizesse parte dela, deveria proteger Mica, não poderia deixá-la sozinha era o seu irmão mais velho, em quem ela confiava, precisava deixá-la segura. Pegaram ela, pegaram...

— MICAAA!!! – gritou Alan apavorado, gotas de suor pingavam do seu corpo. Aquilo não era real, nada daquilo existia mais.

Estava em Hogwarts e pelo que parece não acordou ninguém com seu grito. Exceto, ele, que parecia mais desconfiado do que nunca.

— Está tudo bem com você Alan?

— Sim, estou bem Remo, apenas um pesadelo.

— Quem é Mica? – perguntou o garoto desconfiado.

— Ahn... Ninguém, somente uma invenção da minha cabeça, um sonho.

— Hum... Pra mim essa Mica pareceu bem real.

— Impressão sua amigo, agora se me der licença, vou tomar um banho bem gelado.

— Você pode confiar em mim – falou Remo, pensando se deveria continuar – como disse ao seu pai.

— Você estava escutando nossa conversa? – questionou Alan incrédulo, agora deveria se preocupar com Remo o vigiando para todo lado?— E ainda acha que posso confiar em você?

— Eu estava passando pelo corredor e ouvi a conversa, apenas isso. Mas você parece esconder algo Alan, eu só não sei o que é?

— Porque não experimenta confiar em mim, então Remo.

— Eu só quero saber o que está acontecendo. É meio estranho sabe... Vocês aparecerem do nada... No meio da guerra.

— Ah meus parabéns, Remo, você acabou de descobrir. Meu pai é um comensal da morte e estamos infiltrados a serviço de Lord Voldemort, era isso que esperava escutar? – disse Alan em completo deboche, olhando para Remo com expressivo desprezo.

— Não brinque, estou falando sério.

— Ha e acha que vou te dizer alguma coisa só porque disse isso?

— Não... Acho que vai me dizer por que me preocupo com você e sou seu amigo.

— Você esta desconfiando de mim e isso não me parece amizade. – disse Alan irritado, batendo a porta do banheiro.

Remo desce ao salão principal preso em seus pensamentos, parece que estragou tudo com Alan e que nunca mais ganharia a sua confiança. Quando entrou no cômodo se alegrou, ao menos sua habitual companheira estava lá como sempre, pelo menos esse problema havia sido resolvido.

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James congelou. Sirius cutucou o livro, nervoso. A coisa tornou a se fechar com um ruído. O garoto apanhou o abajur na mesa-de-cabeceira, o outro o agarrou com firmeza com uma das mãos e ergueu-o acima da cabeça, apontando para que o amigo desferisse uma pancada. Então agarrou o resto do livro com a outra mão e puxou. Sem que eles percebessem o livro estava mordendo a mão de James. E Sirius só teve tempo para jogar o livro do outro lado do quarto, então ele começou a correr como um caranguejo esquisito.

— Aah – gemeu Remo quando voltou ao quarto e o livro veio em sua direção. – não entendo porque vocês não fazem logo carinho nele e acabam com isso.

— Porque assim não teria graça, Aluado. – disse Sirius se aproximando furtivamente do livro, enquanto James se atirava para frente conseguindo achatar o livro, pouco depois de este rasgar uma pequena mochila que Alan deixava sobre o seu malão. O rasgo permitiu com que uma veste branca fosse vista. Remo a pegou veste, leu Mahoutokoro e este foi o tempo para que Alan entrasse no quarto e visse Remo segurando aquilo. A fúria de um dragão prestes a soltar fogo pela boca domina Alan.

— Porque está mexendo nas minhas coisas, Remo?

— Ahn, não estou... – Remo tentou se explicar.

— Estava sim – disse Alan irritado - Será que dá pra parar de me importunar. – Alan arranca a veste da mão de Remo ajunta suas coisas e desce para a aula em chamas.

Ah perfeito, pensou Remo a caminho da aula de poções, agora eu finalmente consegui estragar tudo com Alan de vez.

Remo estava tão perdido em seus pensamentos que nem notou quando seus pés trombaram em algo no chão e sua distração resultara em uma queda. Esfregou as pernas, irritado, como se já não tivesse hematomas o suficiente por conta das transformações, ainda tinha que aguentar mais aquela. Olhou para o objeto que provocou sua queda com vontade de destruí-lo, só então percebeu o que era. Uma câmera, mas o que estava fazendo ali? Alguém deve tê-la deixado cair, mas quem? Sua mente se ligou como uma lâmpada iluminando o escuro. Dorcas. Só podia ser. Pegou a câmera, guardou em sua mochila e continuou em direção a aula de poções.

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Será que ele a esqueceu? Pensou desnorteada, dois dias foram suficientes para esquecê-la assim? Suas palavras foram realmente horríveis, mas estava tentando fazer o melhor para ele, percebeu que se afastar de todo mundo era idiotice tarde demais... Calma, disse Lílian a si mesma, enquanto tentava se livrar desses pensamentos. Ainda é o mesmo James Potter que sempre te irrita de quem estamos falando... E se tentasse arrumar tudo e dissesse toda a verdade pra ele? Sim, estava decidido diria toda a verdade a James... Aquela noite. Afinal ontem com a Chloe foi só um beijo, James já havia beijado varias garotas e mesmo assim corria atrás de mim. Exato, nada mudou, nada mudou.

— O que é isso? – disse Remo sorrindo por cima dos ombros de Lilian e admirando seu desenho no caderno.

— Nnada – disse Lilian ao fechar o caderno rapidamente e esconde-lo em seus braços – você deveria avisar quando chegar.

— Desculpe por não ter avisado – Remo sorria desconcertado – mas poderia jurar que aquele era um desenho de James.

— O qque? – Lílian gaguejou ligeiramente e desejou que Remo não tivesse reparado na sua mudança de entonação – você está ficando louco Remo.

— Bom dia alunos! – Slughorn entra na sala apressado carregando uma imensa quantidade de pergaminhos entre os braços – hoje veremos todas as incríveis utilidades do Bezoar no preparo de poções, sentem-se por favor.

Ufa, obrigado por me salvar pensou Lilian quando viu Slughorn.

Ao sair da sala Lilian estava extremamente decidida a contar toda a verdade para James, todos os seus sentimentos, todos os seus medos, tudo. E não voltaria atrás, não hesitaria. Não dessa vez, não outra vez. Por mais idiota que ele fosse era o idiota que ela gostava e estava mais do que na hora de aceitar isso.

— Lily pra onde está indo? – perguntou Remo confuso – Temos aula de Aritmância agora, na torre leste esqueceu?

— Ahn Remo tenho algo para fazer agora, não posso esperar – respondeu Lilian mais inquieta que o normal – guarde meu lugar na sala de aritmância estarei lá em um segundo.

No momento seguinte Lílian estava do outro lado da sala tentando encontrar James que aparentemente acabou de sair para a próxima aula, mas qual será? Como adivinharia em que lugar daquele enorme castelo James Potter estaria, seria mais fácil esperar pelo termino das aulas do dia, mas estava muito impaciente, não aguentaria esperar pelo final do dia.

Ali, pensou ela, essa foi fácil, aquele cabelo bagunçado é inconfundível.

— James! – gritou ela por entre as conversas da multidão de alunos que andavam por todo lado.

— Ah olá Lilian – respondeu o garoto como se estivesse falando com qualquer pessoa. 

Aquilo realmente a feriu não pensou que um dia veria James a chamando de modo indiferente pelo seu próprio nome, mas continuou mesmo assim:

— Eu queria me desculpar pelo que eu disse aquele dia, realmente não deveria ter falado daquele jeito e a verdade é que eu g...

Lílian estava prestes a falar até que apareceu uma garota por entre a multidão se que pendurou nos braços de James e disse:

— Finalmente te encontrei gatinho, pensei que nunca te encontraria nessa multidão.

— Sim, achei que não conseguiria te ver daqui – disse James beijando a garota. – Ah, Lilian, essa é Chloe minha namorada.

— Nnos conhecemos... faz uns dias. É bom te ver Chloe – disse Lilian ainda desnorteada com que acabou de ver e o que James acabou de dizer.

Namorada?  Gatinho? Pelas barbas de Merlin aquilo era real? Ainda estava esperando que saísse uma câmera escondida de algum lugar dizendo que aquilo tudo era uma pegadinha, como aquelas que via na TV quando era menor. Dois dias? James Potter precisou de dois dias para me esquecer? Indagou Lilian para si mesma e fez uma força para não acabar falando sozinha como sempre fazia quando estava estressada. James passou inacreditáveis e irritantes cinco anos atrás de mim e só precisava de uma conversa - bem grossa, admito - e dois dias para me esquecer? A garota pensava ainda perdida em seus devaneios.

— Então pode continuar o que estava falando.

— Nada – disse Lilian se recompondo rapidamente – eu só queria me desculpar por ter dito aquilo, foi uma atitude grosseira.

— Você estava certa, aquela minha paixonite por você estava ficando ridícula.

— sim, ridícula – disse Lilian tentando fazer com que sua decepção não ficasse aparente em sua fala – agora tenho que encontrar Remo... Ahn, boa aula.

Naquela tarde os alunos se animaram e as conversas se intensificaram. Estavam todos animados porque na manhã seguinte embarcariam novamente no expresso de Hogwarts para irem às suas casas, comemorar as férias de inverno. Naquele tempo a neve já cobria Hogwarts inteira e tiveram que ser feitas várias limpezas e remoções de neve para que o trem andasse novamente, pois um tapete de neve estava cobrindo quase metade da sua lataria. Na manhã seguinte Hogwarts acordou mais cedo que o normal muitos diriam que o dia limpo e bonito havia tirado os alunos da cama, mas a verdadeira razão era a vontade de voltar para casa e passar uma semana inteira sem deveres ou professores gritando, por isso diversos alunos desciam excitados pelas escadarias arrastando as malas, exceto um que dessa vez seria realmente obrigado a ir para sua casa participar de uma estúpida reunião dos Black’s.

— Tem certeza que não quer ir comemorar o natal conosco? – perguntou James pela quinta vez. A ideia de deixar alguém sozinho naquele castelo enorme era triste. – meus pais adorariam te receber em casa.

 – Não precisa James, obrigado – disse Alan – vou ficar aqui com meu pai.

 – Esta bem, então, boas festas – disse James ao se despedir do amigo, logo antes de embarcar no expresso de Hogwarts.

James não teve dificuldade para encontrar uma cabine vazia, guardou os lugares de seus amigos e ajudou Chloe com sua mala, pois ela estava tendo problema para colocá-la no porta-malas.

— Ainda não entendo porque você leva tanta coisa, é apenas uma semana, não um ano, amor. – disse pulando de cima do sofá e se sentando ao lado de sua namorada.

 – Nunca se sabe o que pode acontecer – ela sorria satisfeita como se estivesse esperando que James dissesse aquilo. – Além do mais eu posso ser chamada para a mansão Potter, então tenho que ter várias opções de roupa para agradar os meus sogrinhos.

 – E agradar seu namorado não é importante? – disse James fingindo desapontamento.

 – Essa parte é a mais importante – Chloe se inclinou para beijá-lo.

 Remo entrou correndo pela cabine atrapalhando os dois, Lílian estava logo atrás dele e uma bruxinha má dentro de si, quis despejar um balde de água fria em Chloe e ela estava pensando seriamente em escutar aquela bruxinha.

 – Ah desculpe, eu vim guardar minha mala, antes de ir para a reunião dos monitores – disse Remo constrangido. James riu e Chloe pareceu um pouco irritada por ter sido atrapalhada naquela hora.

 Remo entrou ainda extremamente constrangido pela situação, guardou a sua mala, ajudou Lilian. E saiu puxando a amiga para o corredor. Me larga Remo, eu vou queimar o cabelo daquela manticora nojenta e venenosa, me larga Remo, me deixa voltar lá e ela vai ver! Ela vai ver! Pensou Lilian e desejou ter a coragem para dizer em voz alta.

 Não demorou muito até que os outros amigos chegassem na cabine e, que Lilian e Remo estivessem na cabine dos monitores ouvindo as costumeiras instruções, no entanto, os pensamentos de Lilian voavam como um mosquito na cabine de James, querendo saber tudo o que acontecia lá.

 Logo que a reunião acabou, Lilian voltou rapidamente para a cabine onde estava os seus amigos, deixando Remo para trás em uma excitante discussão sobre os atributos de uma varinha devidamente tratada, com um monitor do sétimo ano.

Ela correu como se sua vida dependesse disso. Qual é Lilian? pensou, isso é loucura, isso é loucura, isso é loucura. James Potter? Aquele Potter? O mesmo que sempre te irritou? Chegou até a porta da cabine, vacilou por um segundo encarando a porta como se aquela fosse a decisão final, se passasse dali estava feito, não poderia voltar atrás. Sim, aquele Potter. Abriu a porta e seguiu em frente.

 Estava tudo normal na cabine, todos conversavam alegres, mas Sirius parecia mais quieto que o normal, ah certo ele iria para a casa dos pais, até mesmo eu estaria triste com uma notícia dessas. Chloe estava grudada em James, aquilo fez Lilian ferver como uma poção quente, pronta para ser servida. Ela sentou-se ao lado de Marlene e encarava os dois pombinhos com tanta insistência que não demorou até Marlene desconfiar de que algo estava errado, mas antes que pudesse descobrir o que estava acontecendo um pequeno voador entrou pela janela aberta da cabine, voando rápida e veloz.

— Uma fada - Alice se encantara e se aproximou da pequena criatura voadora, a fim de tocá-la, nunca havia visto uma de tão perto antes.

— Alice não se mova! – gritou Lilian. Todos se assustaram e viraram-se para ela. Alice parou instantaneamente. – É uma fada mordente.

Agora que todos prestaram atenção, e a fada não estava em tanta velocidade notaram o par extra de asas, pernas e braços. Aquela era a única diferença das fadas mordentes o que fazia com que fossem facilmente confundidas com fadas normais.

— Boa visão Lilian – Frank disse impressionado.

— obrigado – disse Lilian ainda muito atenta a fada – eu sei um fei...

Mas antes que pudesse terminar de falar. Remo aparece escancarando a porta da cabine com força, a fada até o momento imóvel, foi então atraída pela movimentação de Remo. Antes que pudessem fazer algo a fada mordente tinha a sua próxima presa, só que alguém se colocou entre ela e Remo. Ela foi atingida, uma mordida certeira na mão esquerda. E Dorcas cambaleou, nunca havia sido mordida por uma fada mordente, a sensação não era muito boa. Remo a segurou nos braços, impedindo que ela caísse.

— Dorcas você está bem? – Remo disse preocupado. E ela só pensou que queria ser mordida por fadas mordentes todos os dias se Remo cuidasse dela assim.

— Estou sim – disse se levantando ainda meio tonta, após a confusão a fada encontrou uma saída pela mesma janela que entrara – foi só uma fada mordente, não um trasgo, Remo.

O garoto sorriu por ver que ela estava bem e tirou a câmera da mochila devolvendo à dona que a recebeu radiante.

 – Eu estava louca a procura dela, onde a encontrou?

 – Em um corredor de Hogwarts.

 – Obrigado, muito obrigado Remo – ela o abraçou de forma que nunca teve coragem de fazer antes, talvez tenha sido a mordida ou apenas a felicidade de ter sua câmera de volta, independente do que fosse, se sentiu bem por isso.

 - Cuide bem dela e não se meta na frente de um idiota para salva-lo novamente. – sorriu desdenhosamente.

— Vou tentar - disse sorrindo ainda um pouco envergonhada.


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Notas finais do capítulo

Espero o retorno de você para ver se vale a pena continuar a história.
Beijos!



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