Parque de diversões Oceano/São Paulo

Jaime e Mari foram caminhando até o parque, já que as asas de Mari não funcionavam a noite, logo eles avistaram Elizabeth e Jack junto com os irmão de ambos, Mari e Jaime ficaram observando sentados no banco do parque, vai que rolava um clima sem nem precisa da ajuda deles.

— Quando nós vamos entrar em ação, já cansei de ficar vendo eles comerem pipoca. – falou Mari emburrada apontado em direção ao casal.

— Se acalma Mari, por falar em pipoca eu estou morto de fome, nem jantei pra vim pra cá. – comentou Jaime, a garota revirou os olhos.

— Está esperando o que pra comprar um lanche pra nós? Pelo que eu sei você tem dinheiro, cansei de comer frutas e verduras. – ordenou Mari.

Jaime suspirou e seguiu até o carrinho de sorvete, Mari observava o garoto até que não estava sendo tão ruim assim aquela missão, logo ela desviou o olhar e percebeu que Jack e Elizabeth estavam conversando.

Pov Elizabeth

Eu e Jack conversávamos animadamente, até que ele não era um pouco legal, está bem eu admito, Jack era um fofo, o parque não estava muito cheio, na verdade tinha pouquíssimas pessoas.

— Que tal andarmos no carrossel? – perguntou Jack me olhando, eu apenas sorri como resposta.

— Carrossel? Legal, vamos todos juntos então, não tem ninguém andando no carrossel mesmo. – disse Cameron abraçando a minha irmã.

Eles foram comprar nossos ingressos e eu e Jack ficamos esperando em frente ao carrossel, foi quando do nada ele segurou a minha mão, o que está acontecendo aqui? Juro que senti meu coração bater mais forte.

(...)

Jaime entregou o sorvete de Mari e sentou-se o banco, ao observar Jack e Eliza os dois sorriram vitoriosos, porém Cameron e Taty chegaram e interromperam o clima do casal, Jaime suspirou.

— Ah não vou ficar aqui parada, já sei o que eu vou fazer Jaime, me aguarde! – falou Mari caminhando em direção a eles com o sorvete em mãos, ela tinha acabado de lembrar da técnica do sorvete

— Mari espera! Mari espera! – gritou Jaime baixinho, já que ele não podia chamar a atenção de todos.

Pov Elizabeth

Nós já estávamos prontos para entrar no carrossel todos juntos, porém de repente uma desastrada derrubou sorvete na roupa da minha irmã, e como minha irmã é louca começou a gritar, afinal, era a roupa mais nova que ela tinha, e eu estou rindo litros por dentro.

— Sua maluca, não olha por onde anda não? – perguntou minha irmã indignada, percebi que Jack estava morrendo de rir.

— Desculpa foi sem querer, acho melhor você ir tentar lavar isso o mais rápido possível, tinha muita cobertura no meu sorvete. – falou a desastrada do parque, pera, essa não é a novata?

— Você não é a Mari a novata? Está fazendo o que aqui? – perguntei curiosa, ele me olhou e sorriu, o que essa garota está fazendo aqui.

— O que todo mundo faz em uma parque de diversões, você é a Fernanda não é mesmo? – indagou Mari, ela nem lembra meu nome.

— Eu sou a Elizabeth e esse é o Jack lembra? – perguntei e Mari assentiu com a cabeça, de repente não vi mais nem minha irmã nem o Cameron.

— Cadê eles? – perguntei para Jack curiosa, será que ela tinha ido embora e me abandonado nesse parque? Eu vou matar a Taty.

— Eles foram no banheiro, iam tentar tirar a mancha de sorvete. – respondeu Jack – bom, acho que agora é só nos dois...

( Coloquem: https://youtu.be/zAB5AC9yhY0 ) 

E de repente até a novata havia sumido, só estava nós dois naquele carrossel, ele segurou minha mão e caminhamos até o brinquedo, quando o carrossel começou a girar era como se fosse o mundo girando e só nós dois ali presentes, nunca senti essa sensação com ninguém.

— Você está linda hoje sabia? – disse Jack, apenas sorri e senti minhas bochechas queimarem de tanta vergonha.

— Nunca pensei que fosse tão legal andar no carrossel. – comentei e ele sorriu, Jack adorava andar nesse brinquedo.

— Me dá sua mão? – pediu e eu dei, quando ele segurou forte a minha mão e me senti completa por dentro, não acredito, acho que estou me apaixonando. – agora feche os olhos.

Fechei meus olhos e pude sentir o vento frio da noite bater sobre meu rosto, de repente eu esqueci de tudo em volta, era como se só existisse eu e Jack ali, e mais ninguém.

(...)

Mari e Jaime observavam tudo com muita atenção, eles estavam bem animados, pelo visto aquela missão já podia se considerar cumprida, era tão bom para os anjos-cupidos verem duas alma-gêmeas juntas.

— Beija! Beija! Beija! – Mari batia palminha e gritava bem animada, enquanto Jaime se desmontava quase chorando.

— Ah eu não resisto, acho que vou chorar... – falou Jaime tentando se manter firme, Mari o encarou incrédula.

— Mais que vergonha em seu Jaime, um homenzão desse tamanho chorando por isso! – Mari o reprendeu com a voz engraçada.

— Olha lá Mari, os dois saíram do carrossel, e é óbvio que eu não ia chorar né? Quem falou em chorar aqui? – falou Jaime disfarçando.

Eles aguardaram alguns minutos até que os irmãos de Jack e Eliza apareceram, os anjos se deram por vencidos, naquele noite não ia mais rolar beijo, pelo menos eles já estavam apaixonados um pelo outro, Mari e Jaime já iam embora quando uma cena chamou sua atenção, Jack estava um pouco afastado de Elizabeth e conversando com outra menina.

— Eu não acredito nisso, agora eu entendo porque as mulheres falam que homens são todos iguais. – disse Mari cruzando os braços.

— E você já viu um homem igual ao Jack? Aliás o que as meninas querem dizer com isso em? – perguntou Jaime coçando a nuca.

— Ah sei lá, só sei que elas falam isso, mais eu descordo, a verdade é que os humanos são todos iguais, muito complicados. – Mari disse indignada batendo o pé no chão, Jaime riu.

Pov Elizabeth

Eu não acredito nisso, Jack estava dando em cima de outra garota na minha frente? Mais que ódio, senti meu coração doer nessas horas, e agora eu entendo porque os apaixonados sofrem de amor, homens são todos iguais mesmo, vou tentar ficar calma e não me abalar.

“Eu nunca mais me interessarei por Jack, ele é um verdadeiro Don Juan e isso está bem claro, e eu não posso estar gostando dele “

Casa dos anjos/São Paulo

Pov Edy

Quatro dias já se passaram desde do encontro de Elizabeth e Jack, ao longo desse tempo tentamos de todas as formas juntar os dois, mais a Eliza está muito afastada do garoto, agora sobre os outros casais, confesso que estou cansado de tanto fazer missões.

Relato de quase uma semana bem complicada:

Quarta-feira/09 de julho

— Fazer a Nanda e o Marco se conhecerem melhor – missão.

Eu e Mari tivemos a ideia quase perfeita de trancar os dois em uma das salas vazias, por enquanto tudo estava dando certo, eu já tinha dito pra Fernanda que tinha uma surpresa pra ela lá dentro e ela tinha entrado.

— Marco? A Fernanda está em perigo lá dentro! – gritei assim que vi ele chegar arrastado pela Marisol.

— Como assim em perigo? – ele indagou, porém fomos interrompidos por um grito de Fernanda, digamos que a surpresa dela era um rato.

Marco correu para salvar sua amada, eu e Mari corremos atrás e trancamos os dois lá dentro, espero que dê certo, de repente eu ouvi passos e corri para me esconder no banheiro, Mari fez a mesma coisa.

— Espero que não seja o Simon, porque ele só quer afastar a Fernanda do Marco, morre de ciúmes dela... – comentei baixinho.

— Como você sabe? Pelo que eu sei nós sabemos toda a história dela sim, porém não dá pra adivinhar os sentimentos do Simon. – indagou Mari

— Sempre que você tem um melhor amigo, acredite, ele é apaixonado em segredo por você. – comentei, Mari arregalou os olhos.

— Pera, você não é... – antes que Mari terminasse de perguntar isso eu a interrompi rapidamente, droga, eu e minha boca grande.

— Claro que não, estou me referindo aos humanos. – fale tentando soar o mais natural possível, logo ouvi a porta se abrindo, e não é que era o Simon mesmo.

Eu e Mari saímos do banheiro e podemos ver a Fernanda abraçada com o Simon, o chamando de herói, também não é pra tanto né? Coitado do Marco, percebi que ele ficou se roendo de ciúmes.

— Ai gente, eu não sei o que aconteceu de repente a porta se trancou eu tentei abrir mais estava emperrada. – mentiu Mari.

— Essa porta estava trancada na chave dona Mari. – falou Simon e deixou Mari, ele está querendo incriminar a gente?

— Tudo bem eu confesso, eu só queria dar um susto na Fernanda com o rato, só que eu acabei trancando os dois um pouquinho, foi só uma brincadeirinha de nada. – comentei envergonhado, eles riram.

— Fiquem tranquilos, não sou uma pessoa irritada e fresca, até que eu achei divertida a brincadeira. – falou Fernando sorrindo para Marco.

“Até que essa missão não foi tão inútil assim! “

Quinta-feira/ 10 de julho

— Fazer o Pedro e a Rebeca ficarem um tempo juntinhos.

Eu e Lana vamos fazer o Pedro passar um tempo com a amiga dele, o objetivo é convida-los para irem assistir um filme no cinema com a gente, creio que essa missão será perfeita, esperamos os dois saírem do colégio, já tínhamos os dois ingressos em mãos.

— Rebeca? Pedro? Venham aqui! – Lana os chamou, Vick estava mais ocupada discutindo com o Diego que nem prestou atenção.

— O que foi galera? – perguntou Pedro simpático, Rebeca estava em silêncio, ela é meio difícil para fazer amigos.

— Então eu a Lana vamos ao cinema hoje, e os nossos irmãos estão ocupados e ficamos com dois ingressos sobrando, aí eu queria saber se vocês não quere ir junto? – perguntei já entregando os ingressos.

— E porque estão convidando justo nós? – indagou Rebeka curiosa, essa garota é bem esperta por sinal.

— É que de todos da sala vocês dois foram os que mais agradaram a gente, vai ser legal, vamos! – falou Lana animada.

Os dois acabaram indo junto com a gente, durante o caminho Lana ficava o tempo todo me abraçando, como se aquilo fosse normal, para Pedro e Rebeka era normal, afinal, somos irmãos de mentirinha, aliás pra ser sincero, Lana estava muito linda naquela noite.

— Nossa o cinema está quase vazio, mais também né? Nós estamos no meio da semana. – comentou Rebeka sentando em uma das poltronas.

Pedro sentou bem do lado da Rebeka e os dois ficaram dividindo a pipoca juntos, percebi que ela estava nervosa perto dele, isso sempre acontece com as alma-gêmeas, principalmente quando se está no escuro do cinema, Lana segurou firme a minha mão.

“ Rebeka e Pedro se divertiram muito no cinema, acho que eles se apaixonaram novamente, se é que algum dia deixaram de se amar “

Sexta-feira/11 de julho

— Fazer o Batista e a Vitória se beijarem

Eu e Jaime convidamos todo mundo do 9 ano para jogar o jogo da garrafa, e com o nosso poder de mover objetos iríamos fazer a garrafa cair no Batista e na Vitória é claro, isso seria demais, antes de mais nada fizemos a primeira garrafa cair no Kaleb e na Érica, porém o irmão mais velho dela chegou e atrapalhou tudo.

— Chegou a vez da Vitória e do Batista. – sussurrou Jaime como se mandasse eu usar meus poderes para fazer a garrafa parar neles.

Quando a garrafa parou os dois se encaram bem assustados, eles se aproximaram vagamente, Batista acariciou o rosto de Vitória e assim seus lábios se tocaram vagamente, e aquele foi o primeiro beijo de todas as alma-gêmeas da escola, os anjos da sede devem estar comemorando.

— Bauti, eu tenho que voltar pra sala. – falou Vivi assim que eles se separaram vagamente, as bochechas dela estavam vermelhas.

Batista correu atrás da garota com um sorriso nos lábios, foi um beijo tão lindo e romântico, até o Jaime chorou, mais isso não é novidade.

“ A Vitória e o Batista formam um casal perfeito, espero que eles percebam logo o quanto se gostam “

Sábado/12 de julho

— Fazer a Amanda e o Arthur se falarem novamente.

Eu e Niel estávamos em frente a casa do Arthur, nós ligamos para a Amanda e falamos que havia uma reunião de alunos na praça em frente a casa do Arthur, dissemos que era alguma coisa sobre o trabalho, Niel bateu na porta da casa do Arthur e arrastou ele até a praça.

— É uma surpresa cara, vem logo! – pude ouvir Niel gritar, Amanda estava sentada em um banco de costas.

( Coloquem: https://youtu.be/EQaQoYuWOzI ) 

— Seu maluco o que você... – Arthur parou de falar assim que deu de cara com Amanda, ela também se assustou muito.

— Arthur? – indagou Amanda com a voz falha, percebi o nervosismo dela assim que o viu novamente.

— O que essa daí está fazendo aqui? – perguntou Arthur a tratando com desprezo, nossa doeu até em mim.

— Eu não vim para uma... – antes que Amanda pudesse terminar de falar o Arthur a interrompeu rapidamente.

 - Cala a boca, eu não suporto ouvir a sua voz garota, não acredito como pude ter sido seu amigo no passado. – gritou Arthur saindo dali.

Amanda nem ao menos perguntou o porque de toda aquela mentira que nós inventamos, ela apenas saiu dali com a cabeça baixa, fiquei me sentindo culpado por isso, afinal a ideia era juntar eles.

“ Quando o Arthur vai esquecer o passado? Poxa, está na cara que ela ainda gosta muito dele “

Relatos de uma quase semana bem complicada, fim.

Pov Edy

Estava tão distraído escrevendo e lembrando dos últimos dias que nem percebi a Mari entrando dentro do quarto, ela estava soando frio e bem nervoso, logo de cara fiquei preocupado, o que será que houve?

— O que aconteceu? – perguntei preocupado, se algum desgraçado tiver feito mal a ela, eu vou acabar com a raça dele.

— A minha mãe acabou de ligar e ela descobriu quem é o amor épico, de todos da escola só tem duas pessoas que ela não conseguiu achar a alma-gêmea em lugar nenhum, então... – Mari sempre é direta ao ponto, mais hoje ela está fazendo rodeios.

— Fala logo, quem é? – perguntei muito curioso.

— O Paulo e a Valéria! – Mari falou rapidamente.

“ O QUE? Mais como pode isso? Eles são irmãos “