Predestinados escrita por Isabela Faria


Capítulo 2
Uma pequena invasão humana.


Notas iniciais do capítulo

Gente eu voltei, fiquei muito feliz com os comentários e amei as fichas de cada um, quem quiser manda ficha pode mandar! ♥

Boa leitura meus amores ♥ (leiam as notinhas finais)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666458/chapter/2

Sede dos Anjos/Floresta desconhecida.

Pov Marisol

Eu estava deitada na arei com a cabeça encostada sobre a árvore, os três bobalhões estavam fazendo bobagens como sempre, as vezes eu me pergunto que espécie de amigos eu tenho? Lana estava parada com a mão da cintura me explicando como era legal ser anjo-cupido e blá blá blá

– Entendeu? Você tem que sempre fazer isso ok? – perguntou Lana, do que ela estava falando? não ouvi absolutamente nada.

Apenas concordei com a cabeça suspirando, ela começou a tagarelar de novo, observei Niel que estava um pouco afastado, ele estava sentado no topo de uma árvore penteado seus cabelos e sorrindo para o espelho, beleza não é tudo meu querido, enquanto o Edy observava as formigas caminhando e carregando um pedaço de folha, tá vendo? Meus amigos são tão normais, as vezes fico admirada com tanta normalidade.

– Galera, vamos aprontar alguma coisa? – perguntei me levantado e dando alguns pulinhos, ok? Eu confesso sou um pouco levada.

– Ah não Mari, isso ia dar problemas, além do mais eu preciso tomar meu banho de beleza até mais galera. – falou Niel saindo voando dali, as vezes eu acho que ele se acha demais, na verdade tenho certeza.

– Também não posso amiga, será que você nunca aprende a se comportar? – perguntou Lana, essa menina é um senhora de idade né? Nem parece que é uma adolescente.

– Eu topo, mais tem que ser algo bem louco. – falou Edy, é como sempre só ele concordou com as minhas loucuras.

Sorri sapeca e sai voando junto com ele em direção ao acampamento dos humanos, chegando lá só vimos dois bocós de beijando, era uma garota que usava um vestido rosa cheio de frescuras... essas humanas são todas fúteis? Vai entender né?

– Parece que os outros humanos foram embora, só restou os dois namoradinhos aí. – falou Edy sorrindo, homens são todos iguais.

– Você não acha melhor agente ir indo? Nossos amigos foram embora há um bom tempo com a professora Helena. – falou o garoto sorrindo, até que ele gatinho... pera, desde quando você se importa com isso Mari?

– Tudo bem, vai lá desmontar a barraca, eu vou ficar tirando algumas fotos ali naquelas árvores! – falou a garota da voz de taquara rachada.

O garoto sem nome concordou e foi para detrás da cabana, eu e Edy seguimos a taquara rachada até uma árvore, a lesada começou a sorrir parecendo uma louca da cabeça, parece que ela estava tirando foto, na verdade eu só sei que a foto ficou horrível porque ela fez uma cara de quem comeu e não gostou.

– Aaaaaaaah! – gritou, ótimo ela tinha acabado de ver o Edy atrás da árvore, estou cheia de incompetentes.

Sai voando com Edy a idiota ficou correndo seguindo nossas asas, pelos menos essa patricinha sabia correr, eu e Edy entramos rápido na sede dos anjos, ufa, será que ela seguiu a gente? Se uma humana descobrir a sede dos anjos ela ficará presa aqui pra sempre, mais quem será aquela garota?

São Paulo/Brasil

Vitória entrou na pequena casa irritada com uma pequena mala em mãos e se jogou no sofá empoeirado, Batista e Matheus entraram logo em seguida, os pais de Batista tinham acabado de se mudar para São Paulo, Vitória acabou vindo junto já que no Rio de Janeiro as pessoas já estavam desconfiando que a garota e Matheus eram órfãos.

– Bom, eu vou indo pro novo apartamento que meus pais compraram aqui perto, mais tarde volto pra visitar vocês. – falou Batista dando um beijo na testa da amiga e saindo.

– Eu já estou com fome! – reclamou Matheus se jogando no sofá e abraçando a irmã.

– Então fica quieto aí ouviu? Tem uma padaria aqui do lado e eu vou lá comprar um lanche para nós. – respondeu Vivi se levantando e pegando alguns trocados de dentro da bolsa.

– Estou com saudades dos amigos que deixei pra trás. – falou Matheus de cabeça baixa.

– Ei não precisa chorar não, afinal, seria muito pior se a gente se separasse caso eles descobrissem a verdade... – falou Vitória sorrindo compreensiva para o irmão.

– Promete que nunca vamos nós separar? – perguntou Matheus limpando uma lágrima solitária.

– Prometo, nem que seja preciso rodar o mundo, mais nós nunca vamos se separar, eu te amo e você é a coisa mais importante da minha vida. – falou Vivi abraçado o irmão.

Casa da família Andrade/São Paulo

Pov Elizabeth

Tem como um ser humano ter uma vida mais perfeita? Espero que tenha percebido a minha ironia, neste exato momento estou fazendo alguns biscoitinhos deliciosos, adivinha pra quem? Ah, pro meu cunhado chato e pro irmão do meu cunhado que parece um mostro de tanto que come.

– Traz logo esses biscoitos Elisa! – gritou Taty a minha irmã adorável, eu já disse que amo ela?

– Calma, eu só tenho uma mão ok? Aliás eu não sou sua empregada queridinha. – falei soando o mais doce possível.

Depois de finalmente prontos eu peguei os biscoitinhos e levei até os adoráveis, pacientes e mortos de fome, coloquei os biscoitos e me sentei no sofá, pro meu azar estava passando jogo de futebol na TV.

– Finalmente cunhadinha. – falou Cameron o namorado da minha irmã, ele ia pegar um biscoito mais Jack puxou a bandeja e começou a comer os biscoitos sozinho.

– Cameron mano pode ficar namorando aí, deixa que dos biscoitos cuido eu. – falou Jack devorando meus biscoitos. – aliás, meus parabéns Eli você cozinha muito bem, esses são os melhores biscoitinhos que eu já comi. – falou Jack piscando para mim.

Senti minhas bochechas queimarem de tanta vergonha, acho que estou vermelha que nem um pimentão, apenas sorri em resposta para Jack, pelo menos alguém me elogiou hoje né?

Mansão da família Vaz/São Paulo

Fernanda estava encostada na janela, já estava quase anoitecendo e a lua já aparecia bastante, a garota suspirou, ultimamente ela se sentia tão sozinha, ainda mais agora que Simon seu amigo tinha ido viajar por dois dias com a família, pelo menos ele ia voltar amanhã já que era segunda.

– O que você está fazendo aí? – perguntou Eduardo gritando, com a intenção de dar um susto na irmã.

– Esqueça, você não conseguiu me assustar, eu estou observando o céu, hoje é dia de lua cheia e eu quero muito... – Nanda ia terminar de falar, porém é interrompida.

– Me poupe das suas loucuras, é muito chato ficar observando a lua não sei como você aguenta, só podia ser uma mulher mesmo. – falou Eduardo suspirando e ligando a TV.

– Você está irritadinho hoje, agora que fui reparar, o que você está fazendo em casa em pleno domingo? – perguntou Nanda curiosa se jogando no sofá do lado.

– Se esqueceu que hoje os nossos pais querem levar a gente pra pizzaria? Vamos passar uma bela noite em família. – falou Eduardo rindo.

Fernanda levantou do sofá e seguiu em direção ao quarto para tomar um banho, pela janela ela pode observar um garoto sentado em um banco da pracinha ali perto observando a lua, a garota sentiu seu coração palpitar mais forte.

“É, pelo visto não são só as garotas que gostam de observar a lua, mais quem será aquele garoto? “

Pensou Fernanda, o garoto estava de costas e não dava para ver seu rosto, a garota ouviu sua mãe gritar mandando ela tomar banho e se vestir para irem a pizzaria, Fernanda suspirou e entrou no banheiro que ficava dentro do quarto.

Mansão da Família Albuquerque/São Paulo

Pov Rebeka

Eu estava em casa deixando tédio tomar conta de mim, Pedro tinha saído com a Vick novamente, as vezes esses dois esqueciam que eu existia, mais também de que adiantava eu ir pra ficar segurando vela, todos tem sorte no amor menos eu, ainda me lembro do que o Fernando, o irmão do Pedro fez comigo.

Flashback On

– Mãe eu vou sair com o Fernando, está bem? – pedi sua permissão, minha mãe apenas abaixou os óculos e concordou com a cabeça. – só isso? Não vai me dar hora pra voltar? – perguntei incrédula.

– Volta quando quiser, por mim tanto faz. – respondeu Sofia minha mãe, como ela pode me desprezar tanto?

Apenas suspirei e desci as escadas seguido até a sala, me joguei no sofá e fiquei a espera de Fernando, ouvi a buzina do carro e fui ao seu encontro, depois de um tempo calados ele parou o carro em frente a casa dele.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntei ao entrar dentro da casa.

– Essa era a surpresa, um tempo só pra nós dois. – respondeu Fernando sorrindo para mim.

– E o Pedro? – perguntei enquanto observava os cantos da casa, eu sentia falta dele, não conversamos mais como antes.

– Ele saiu com aquela sua prima uma tal de Tori, é por esse apelido que ele chama ela, acho que estão se conhecendo ainda. – falou Fernando.

– Que bom pra eles... – falei encarado o teto, não sei porque mais senti um pequeno incomodo ao saber disso.

Fernando apenas sorriu e me puxou para um beijo apaixonado, ele aprofundava o beijo cada vez mais, logo tudo estava muito intenso, eu já estava quase me retirando dos seus braços quando eu senti sua mão apertar minha bunda, o empurrei rapidamente, acabei dando um tapa forte nele.

– Ficou maluco? Me respeita. – gritei com ele, odeio quando ele acha que pode ter essas liberdades comigo.

– O que foi? Achei que já estava na hora de nós... você sabe né?– Fernando falou enquanto sorria malicioso.

– Sinto muito mais isso não vai acontecer, eu só tenho 14 anos e não estou nem um pouco preparada pra isso. – respondi nervosa.

– Quer saber? Eu cansei de você, acho que você é a garota mais insuportável que eu conheci, não aguento mais escutar seus dramas idiotas. – falou Fernando rindo de mim, logo a turma de amigos dele apareceram, estavam todos escondidos atrás da casa.

– Porque você não me disse que tinha mais gente na casa? – perguntei sem segurar as lágrimas.

– Não seja boba, foi tudo uma aposta, isso mesmo, eu fiz uma aposta com meus amigos que ia te levar pra cama, porém você é uma criança lesada que não serve nem pra isso, aliás nem seus pais te aguentam então você achou que eu ia te aguentar? – falou Fernando rindo, logo todos começaram a rir da minha cara.

Flashback Off

E essa foi minha trágica história de amor, isso ainda me magoa mais não tanto quanto antes, já faz um bom tempo que isso aconteceu, hoje eu já tenho dezesseis anos naquela época eu tinha apenas quatorze.

Apartamento da Família Arantes/Nova York

Sofia estava em frente ao espelho dando a última olhada em sua roupa, a garota não estava nem um pouco afim de sair, mais Laura sua melhor amiga tinha praticamente a arrastado a força.

– Sofia? Está pronta? Sua amiga já está impaciente. – falou Amanda, a mãe de Sofia encostada na porta. – não gostei dessa roupa.

– Bom eu vou desse jeito. – falou Sofia por fim, ela tinha gostado da roupa e era isso que importava.

Amanda, saiu suspirando, Sofia apenas revirou os olhos e saiu ao encontro de Laura que estava na sala ansiosa, Sofia saiu sem se despedir de sua mãe, a relação das suas era bastante conturbada, desde que o pai de Sofia as abandonou, e apesar da relação das duas ser um pouco difícil, ambas sabiam que só podiam contar uma com a outra.

– Parece que amanhã vai entrar vários novatos na escola, espero que entre bastante garotos. – falou Laura animada, as duas caminhavam pela pracinha que ficava perto da casa de ambas.

– Eu acho que não devia entrar tantos garotos novos há essa altura do ano. – falou Sofia meio desanimada.

– Então amiga, que tal irmos amanhã a tarde para o shopping? – perguntou Laura alegre.

– Não amanhã vou dedicar minha tarde para ler o último capítulo do meu livro favorito, estou tão ansiosa. – falou Sofia com a cabeça nas nuvens.

– Eu não teria essa paciência pra ficar lendo livros. – falou Laura suspirando.

Sofia apenas sorriu em resposta, ler pra ela era algo mágico que a fazia fugir um pouco do mundo fútil que vivemos hoje em dia e embarcar em uma emocionante aventura.

Sede dos Anjos/Floresta desconhecida.

Clarice andava de um lado para outro, a mesma não sabia mais a quem recorrer, porém ela tinha que contar o ocorrido a alguém, a mesma ordenou que Flora chamasse Jaime, já que Flora era quase a única que sabia do que tinha acabado de acontecer.

– Me chamou rainha? – perguntou Jaime entrando apressado.

– Sim chamei, tenho que te contar uma coisa, mais você tem que prometer que não vai contar pra ninguém, promete? – perguntou Clarice arqueando as sobrancelhas.

– Prometo, agora me diga o que de tão importante aconteceu? – perguntou Jaime preocupado.

– Encontramos uma jovem humana em frente a sede dos anjos! – falou a rainha inconformada.

– Uma humana? Mais como isso é possível? – perguntou Jaime completamente surpreso.

– Não faço a mínima ideia, acho que ela seguiu algum anjo, tenho medo de que mais um humano esteja sabendo disso, ela viu os guardas na frente da sede e acabou desmaiando de susto, eu apliquei um calmante bem forte nela e a humana está dormindo num quarto secreto que tem aqui. – explicou Clarice nervosa.

– Quem será que se descuidou assim? Com certeza foi um dos anjos que vacilou. – falou Jaime firme.

– Só sei de uma coisa, essa humana nunca mais saíra da sede dos anjos. – falou Clarice com a mais pura certeza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? desculpa se não retratei bem seu personagem, é que eu tive que dar um jeito de encaixar pelo menos um pouco de cada personagem no capítulo, beijos meus amores, comentem!