Mione e Harry estavam em frente a minha cama e sumiram, mas no mesmo instante aparecera em outro lugar. Eles estavam unidos por um colar, o famoso e proibido vira-tempo.

— Vocês alteraram o passado ?- perguntei imediatamente e eles acenaram confirmando, pareciam muito cansados- E as coisas? Estão melhores agora? – e antes que respondessem Lupin apareceu.

Ele caminhava calmo, porem notei uma tristeza em seu olhar.

— Estão bem? Que bom- disse ele a nossa confirmação- Crianças Almofadinhas esta no topo da torre norte, ele espera por vocês, para que possa se despedir.

Ficamos alegres, fui dar um pulo e logo me encolhi de dor.

—Vamos- disse Harry correndo.  Ele nem me esperou Hermione ajudou Rony e Lupin quase me carregou para irmos a torre.

Chegando lá Sirius estava em forma de Primus. Quando nos viu se transformou rapidamente em homem, ele estava reluzente, nunca vi tanta alegria em um homem só.

A noite se fazia linda, Dumbledore mandou os dementadores embora de lá, o que nos deixava mais a vontade na torre.

Harry correu para os braços de seu padrinho e o abraçou forte, porém um pouco envergonhado,  deve ser desconfortável para ele ter odiado tanto Sírius por um crime que ele jamais cometeria.

— Eu queria te pedir desculpas, te julguei mal, nada que eu faça agora remediaria as coisas ruins que eu imaginava fazer quando eu te encontrasse... Eu... Eu realmente sinto...

— Harry meu menino, não tenho que te desculpar de nada, tudo indicava que era eu, as provas me apontavam como um criminoso- disse Sírius o apertando em seu abraço- Vamos fazer o seguinte, como você me salvou dos dementadores esse será seu pedido de desculpas, devo a minha vida a você, a todos vocês- completou abrindo os braços para o resto de nós nos aconchegar.

— Você tem que ir meu amigo- informou Remus- logo os Aurores viram a sua procura, e não queremos que você leve o beijo do dementador.

— Sim Sírius, meu padrinho esta certo, nós acreditamos em sua inocência, mas como o diretor disse o ministério não iria levar em consideração o depoimento de crianças.

Ele deu um aperto de mão a Lupin  o puxou para um abraço, depois disse algo a Mione, pediu desculpas ao Rony pela perna.

Ele se ajoelhou em frente de Harry e eu e olhava profundamente em nós, em cada detalhe de nossos rostos.

— Harry não tem diferença alguma de seu pai, a não ser os olhos. Pode ter certeza que eles se orgulham de vocês. Cuide bem da sua irmã, ela é uma garota preciosa assim como você, e não deixe qualquer um se aproximar dela- disse ele pegando nos ombros de meu irmão, aparentemente ele estava se referindo ao Pietro.

— Cuidarei sim.

— Ravenna, eu te acompanhei por um tempo, pude ver suas aflições, sei o que você imagina- por uns segundos fiquei perdida sobre a que ele se referia-  mas saiba que Pontas, esse era o apelido do pai de vocês, ele sempre te amou, não duvide disso- ele sabe sobre Thiago não ser meu pai, isso foi reconfortante, mesmo não sendo fila dele, Thiago não restringiu seu amor por mim.

— Obrigada- Ele nos deu um abraço de urso que me fez sentir um pouco de dor, não somente dor física, mas também emocional. Era um abraço de um homem que mesmo fora das grades de Azkaban ainda era um homem afugentado, que jamais seria livre.

— Quem sabe um dia, nós quatro não podemos ser uma família feliz?- disse ele enxugando algo que parecia ser lagrimas, subiu no Bicuço, deu um comando ao animal e partiram dali.

...

— Não acredito que vai parar de dar aula- disse Harry ao meu padrinho.

— Gosta tanto de dar aula, não pode simplesmente jogar isso pro ar- acrescentei.

— Não posso crianças, vocês bem viram o que eu sou capaz de fazer...

— Mas é que não tinha tomado sua poção

— Srt Granger, não posso me arriscar, não posso arriscar a vida de vocês, além do mais, alguns pais já estão cientes do ocorrido,  isso é tão arriscado para mim quanto ao Dumbledore por contratar um lobisomem.

Ficamos em sua sala até ele terminar de apanhar suas coisas.

— A Srt não deveria estar indo para sua escola hein mocinha?

— A srt Tonks está vindo me...

— Evans! Vamos antes que eu me encrenque mais. Ah, oi- disse ela olhando para meu padrinho ignorando os demais na sala- desculpa interromper eu sou a Tonks a Auror, eu sou...

— Prima de Sírius, eu sei, sou Lupin, padrinho da dona encrenca- disse ele meio que esquecendo do resto de nós. Eu tossi sutilmente e eles voltaram pra terra.

— Então será que eu poderia me despedir do pessoal?- obtive um sim duplo dos dois abobados e os deixei na sala.

Não precisei andar muito para encontrar meus amigos.

— Não poderia ir sem dar um tchau a vocês- disse caminhando ate a escada que se amontoavam Fred, George, Lino e até mesmo Colin. Logo fizeram um bolinho em cima de mim- vou sentir saudades de vocês...

...

Procurei pelo Cedrico, mas não precisou fazer muito esforço ele estava vindo da direção da sala do diretor.

Ele caminhou em minha direção me puxou pela mão e me levou andando ate encontrar um lugar mais reservado.

— Olha, eu ia conversar com Dumbledore para me dar uns concelhos e ouvi ele falando sobre você estar em Beauxbatons. Você não esta lá pelos seus poderes, você nem sequer é uma delas,  é para proteção de alguém, não deu pra ouvir bem, mas é isso, você não é uma Vella.

— Bom, isso é grave e se  realmente for verdade não sei que reação ter, estou feliz por não ser, porem isso fez eu ficar distantes das pessoas que eu amo...

— Ravenna que bom que te achei, o diretor quer falar com você- disse Tonks vindo ao nosso encontro- Logo vocês se falam- disse me puxando para o encontro do diretor.

Quando chegamos a sala ele pediu para que nos acomodasse.

— Bom chamei-as aqui, pois a situação ocorrida nos últimos dias é um tanto quanto inaceitável, Srt Evans deixei claro que poderia perder a varinha pelos seus atos irresponsáveis, e ainda burla a regra de ir para uma escola onde não pertence mais.

Ele até tentou parecer rude, mas ele não consegue.

— Você tem noção do que poderia ter acontecido? E Srt Tonks, isso que fez poderá manchar sua carreira de auror, se passar por outra pessoa, sem a autorização do ministério, você não estava em uma missão.

—A culpa não foi dela senhor, foi minha, eu que pedi ajuda para fazer isso, eu precisava ver Harry.

— Pior ainda, uma auror cair na lábia de uma menina, não reistiu ao olhar de um gatinho pidão.

— Eu reconheço o meu erro, e responderei por ele- disse Tonks.

— OK- fiquei cansada de ouvir, resolvi perguntar o por que de tanta mentira sobre mim- Por que me mudou de escola? Por que toda a encenação de que eu era uma vella? Esta na cara de que não sou, fui reprovada em todos as matérias relacionadas a isso.

— Não tem como mentir mais senhorita. Acredito que a mentira segue a mesma linha do raciocínio de que quem cava uma cova acaba de enterrando nela. Imaginei que você e seu irmão não estariam seguros juntos. Voldemort quer vocês juntos  como se fossem uma porta e a chave. Entende?

— Acho que sim, então meu irmão e eu não podemos ficar juntos?

— Creio que como Voldemort era herdeiro de sonserina, como vocês são a chave e a porta podemos dizer que a casa é onde a câmara secreta está, por isso tive que separa-los. Espero que compreenda. Assim estariam salvando pessoas de algo que poderia ser muito perigoso.

— Sim, é por um bem maior.

— Então, fique tranquila, sua varinha não será quebrada, porém as regras são criadas no proposito de serem acatadas. Estão dispensadas.

Srt Tonks continuou na sala, eu sai logo para ir até Ced e falar tudo a ele.

—Entendi- disse ele- Ravenna sei que a tempos não nos falamos direito, mas sei que leu minha carta, e... Olha vou direto ao assunto, gosto de você, e gostaria de saber se quer namorar comigo?- fui pega de surpresa por ele, ele sabe que gosto dele, não consigo disfarçar - Harry disse que você não esta mais com o filho daquele homem...

— Não, não estamos mais juntos. Ced, me deixou sem ação.

— Isso quer dizer não?

— SIM....

— Sim quer dizer não ?

— Não, quer dizer sim, sim de eu aceito ser sua namorada.

— Nãaaaaãoooo,  você disse sim- concordei com a cabeça- ELA DISSE SIIIM – ele gritou me carregando e girando e quando me desceu pude ver a cara de desaprovação de Fred que logo saiu de lá, isso me deixou mal.

Ced tomou minha mao beijou e pediu formalmente e logo que aceitei me puxou para um beijo caloroso e estonteante.

Depois fomos ate Harry e Lupin, ele fez questão de pedir permissão a eles, que sem pensar muito aprovaram.

Sem demoras Srt Tonks apareceu e me disse que tínhamos que ir embora. A tristeza bateu na despedida.

— Vou sentir saudades de vocês, não esqueçam de me escrever.

Depois dos últimos abraços e do ultimo beijo aparatamos de volta ao palácio de Beauxbatons.