Capítulo 6 - Sonhos e Promessas

As férias de verão já estavam chegando com ela o fim de mais um ano letivo em Hogwarts, faltava apenas mais um dia para os alunos irem embora, os corredores do castelo estavam vazios, todos estavam arrumando suas malas. Harry e Rony ficaram no quarto até a hora do almoço, quando deu o horário foram se encontrar com as garotas no salão principal. O almoço passou em meio de muitos choros e abraços, amigos se despediam em todos os lugares do castelo.

Hermione não se desgrudava das amigas queria aproveitar todos os momentos, afinal não voltaria para Hogwarts depois das férias. Harry estava distante e pensativo, preferiu não comentar nada a respeito dos acontecimentos daquela manhã, quando voltasse para casa conversaria com Sirius sobre isso. Rony passou o almoço todo abraçado com Luna, também não falou nada sobre a nova profecia, não se lembrava do que tinha acontecido na floresta. Gina passou a manhã pensando em Draco, não via o momento de encontra-lo de novo, toda hora era pega sorrindo e suspirando para o nada, definitivamente estava apaixonada.

Depois do almoço cada um foi para um lugar em especial, Rony e Luna foram até o campo de Quadribol passarem a tarde, Harry e Hermione subiram até a torre de Astronomia queria se despedir de Hogwarts na torre mais alta do castelo. Gina sem muitas explicações foi para o lago onde tinha marcado de se encontrar com o loiro, assim que chegou lá não o encontrou, não demorou muito para Draco parecer, ele estava com um semblante abatido, se aproximou da ruiva e a abraçou, ficaram alguns minutos abraçados.

– Gina, eu vou embora... – Afundou o rosto na curva do pescoço dela aspirando seu perfume, sentiu um aperto no peito ao falar aquilo, parou de abraça-la e se distanciou um pouco.

– Quando você vai voltar? – Balançou a cabeça, todos iriam embora no dia seguinte, as aulas tinham acabado.

– Eu... não vou mais voltar. – Desviou o olhar para o lago, dando alguns passos para longe dela.

– Eu sei, suas aulas acabaram. – Sorriu colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Caminhou até ele e percebeu a expressão em seu rosto, viu que ele não se referia só ao término das aulas. – Não estou entendendo...

– Eu vou me mudar para outro lugar, vou sumir por uns tempos. – Segurou as mãos dela. – Não dá mais para mim, eu não posso te explicar o que está acontecendo... – Ou o que estava prestes a acontecer, não queria entrar em detalhes. – Não quero que você fique brava comigo. – Beijou-lhes as mãos.

– O QUE?! – Puxou suas mãos bruscamente se afastando. - Você acha que é assim Draco? – Seus olhos estavam molhados. - Você faz eu me apaixonar por você e agora me diz que vai embora? – Passou as mãos pelo rosto limpando as lágrimas que escorriam.

– Eu não queria que as coisas acontecessem dessa maneira. – Aproximou-se da ruiva que estava de costas para ele. - Eu quero que você fique com isso. – Retirou do bolso uma pulseira dourada que tinha alguns pingentes de coração presos nela. - Era da minha mãe. – Colocou entre as mãos dela, viu que ela balançou a cabeça negando, estava sendo doloroso se despedir dela. - Não torne as coisas mais difíceis para mim. – Falou baixo, abraçou-a encostando os lábios nos dela que não correspondeu, beijou sua testa e foi embora.

– Espera... – Gritou correndo atrás dele, pulou em seus braços. - Eu vou sentir sua falta. – O beijou desesperadamente, quando faltou o ar se afastou para olhar para ele. – Essa é a ultima vez que nos veremos?

– Se tudo der certo... – Fitou aqueles olhos azuis que estavam vermelhos pelo choro, acariciou seus cabelos ruivos. – Eu venho para lhe buscar.

– Promete? – Olhou-o profundamente, segurando suas mãos. – Promete que você vai voltar para mim?

– Prometo. – Selou seus lábios nos dela. - Quando tudo estiver bem, eu te busco nesse mesmo lugar.

– Fica com isso. – Tirou o colar que estava usando e entregou para ele, o colar era prata com um pingente do símbolo do infinito escrito “love” em um dos lados. - Não se esqueça de nós.

– Nunca vou esquecer... – Pegou o colar, deu um beijo nele e o guardou no bolso, lágrimas molharam seus olhos, não queria fraquejar na frente dela e tornar as coisas mais difíceis, encostou os lábios no dela dando um beijo calmo e cheio de emoção pararam quando precisaram de ar, depositou um ultimo beijo na testa dela e se afastou, seguiu seu caminho sem olhar para trás.

Gina observou ele se afastar, lágrimas grossas escorriam por seu rosto, sentou próximo ao lago, abraçou as pernas e apoiou a cabeça nos joelhos, não poderia voltar para o castelo e encontrar o pessoal naquele momento, ficou ali por mais algum tempo, seu coração estava despedaçado, não queria que tivesse acabado assim, ainda tinha esperanças, ele tinha prometido lhe buscar, era só esperar.

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A tarde passou rápida, antes de anoitecer Minerva mandou chamar Luna em sua sala, a loira acompanhada do namorado foi até a diretora, ao entrarem na sala, viram ela com uma expressão triste, ao seu lado estava um homem com um terno preto, parecia membro do ministério.

– A senhora precisa falar comigo? – Entrou de mãos dadas com Rony, sentiu um clima ruim.

– Sr. Weasley e Srta. Lovegood sente-se, por favor. – Apontou para duas poltronas no canto da sala. – Algo ruim aconteceu com seu pai... – Falou cautelosa, sua voz estava triste.

– Com meu pai? – Olhou para a diretora, apertou a mão do namorado. – Ele está bem?

– Não... – Minerva não conseguiu conter as lágrimas. – Ele está morto Luna.

– Como? – Sentiu um aperto no peito e um nó na garganta.

– Seu pai foi encontrado morto hoje de manhã, acreditamos que foi algum assalto ou ataque, ainda estamos investigando. – Falou o homem se aproximando dela. – Sei que o momento não é o melhor, mas como você ainda é menor de idade terá que ir para um abrigo até que seja encontrado algum parente para ficar com sua guarda.

– Não! – Gritou, tampou o rosto com as mãos, sentiu o namorado lhe abraçar, estava soluçando. – Eu não acredito.

– Você tem algum lugar para ir? – Perguntou Minerva.

– Ela vai para minha casa, não se preocupem. – Falou Rony, abraçando fortemente a namorada. O homem fez mais algumas perguntas para eles, Luna já não aguentava tudo aquilo, precisava ficar sozinha, correu da sala deixando todos ali.

– Vai atrás dela, Sr. Weasley. – Falou Minerva preocupada. – Eu termino de resolver o que for preciso. – Rony confirmou com a cabeça e foi atrás da namorada.

– Luna, espera! – Gritou o ruivo, correndo atrás dela, conseguiu segurá-la, abraçou fortemente a loira.

– Me deixa Rony, eu quero ficar sozinha. – Tentou afastá-lo.

– Eu estou aqui, Minha Luna! – Beijou a testa dela, passando os braços em torno dela.

– Oh, Rony... – Envolveu os braços em volta do pescoço dele, apoiou o rosto na curva de seu pescoço. Chorou não se conformando com a morte do pai, se soltou do ruivo e sentou-se no chão.

– Eu estou com você! – Sentou-se ao lado dela, puxou novamente a loira, envolvendo-a em seus braços. Tentou acalma-la, ela chorava muito, ficaram algum tempo daquela maneira. – Eu te amo! – Beijou-lhe as mãos, enlaçando seus dedos nos dela.

– Você é a única pessoa que eu tenho agora. – Seus olhos estavam inchados, apoiou a cabeça no peito dele. - Eu preciso de você, Rony! – Levantou a cabeça olhando para ele.

– Eu vou estar sempre com você, aconteça o que acontecer. – Acariciou o rosto dela, beijando sua testa. - Eu nunca vou te deixar. – Voltaram a se abraçar. - Eu prometo!

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Harry, Hermione e Gina, quando souberam do acontecido apoiaram à amiga, Rony ficou com ela o resto do dia, quando anoiteceu, acompanhou a namorada até o Salão da Corvinal, ela queria ficar sozinha. Não demorou muito e também foi se deitar, Harry conversou um pouco com o amigo e logo adormeceu. No meio da noite, sonhou que...

“ Ele andava por um corredor escuro, escutava um riso cruel no ar, caminhou lentamente e parou em frente a uma porta, esta se abriu Voldemort estava lá, esperando-o com um sorriso maldoso.

– Ora vejam, Potter veio se juntar a festa. – Falou cinicamente. - Estávamos a sua espera, não é mesmo querida? – Neste momento dois comensais traziam Hermione, Bellatrix apareceu com um sorriso cínico, puxando-a pelo cabelo.

– Mione. – Sussurrou ao vê-la. - Solta ela agora! Seu desgraçado. – Gritou indo em direção a ela, dois comensais vieram segurá-lo. - Deixe-a em paz! É a mim que você quer.

– Potter, você é um idiota se envolvendo com uma sangue-ruim, eu pensei que você fosse fazer uma escolha melhor. – Voldemort se aproximou de Hermione. - Pode soltar ela, Bella.

– Mas Millord... – Bellatrix segurava a garota, passava a varinha em seu pescoço. - Eu estou me divertindo.

– Agora! – Ordenou, Bella apenas se curvou e empurrou-a para seus braços. - Sabe Potter, olhando bem ela não é de se jogar fora. –Terminou, passando a mão pelo rosto dela e descendo vagarosamente abrindo dois botões de sua blusa, aquilo deixou Harry possesso.

– Tira as mãos dela seu nojento!

– Ela é gostosa... não é Potter? – Voldemort passou a língua pelo rosto dela, deu uma risada alta, aquilo tudo estava sendo divertido para ele, ainda não estava satisfeito queria ver o garoto sofrer. - A brincadeira acabou. – Apontou a varinha para Hermione e pronunciou gélido. - Crucios!

– Não! – Harry já estava chorando, tentou se aproximar, mas dois comensais seguraram seus braços. - Não faça isso...

– Nenhum Potter irá me destruir, afaste-se dela ou eu mesmo vou mata-la da pior maneira possível. – Seu tom já era mais grosso, seu olhar recaiu sobre Hermione, nesse momento pronunciou as palavras que o fez gelar. - Avada Kedavra...”

– Harry? – Chamou Rony o cutucando. - Harry acorda cara.

– Rony! – Abriu os olhos, percebeu que era um pesadelo, o pior que já teve, seu corpo tremia e estava soando. - O que aconteceu?

– Você estava se debatendo e gritando NÃO, falando coisas sem sentido. – Contou meio assustado. - Foi mais um pesadelo com aquele-que-não-deve-ser-nomeado?

– Sim. – Falou atordoado, sua respiração estava desregulada. Fitou o teto por alguns minutos, não queria preocupar o amigo. - Vamos dormir.

– Ok, qualquer coisa me chama. – Desligou a luz, voltando a dormir.

– Amanhã será um novo dia. – Sussurrou para si mesmo.

Harry fechou os olhos tentando regularizar sua respiração, aquela noite ele precisava colocar os pensamentos no lugar, a noite foi longa, custou a voltar a dormir, não era coincidência tudo o que estava acontecendo, precisava tomar uma atitude o mais rápido possível, antes que fosse tarde demais.