Arte de Amar escrita por Juliana Lestranger


Capítulo 5
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

“Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.” Charles Chaplin



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Capítulo 5 - Descobertas

Hermione acordou, fitou por alguns minutos o anel que estava em seu dedo, sorriu lembrando-se do baile. Se arrumou e foi para o salão comunal da Grifinória procurar por Harry, ele ainda estava dormindo, deixou um recado com Rony para quando ele acordasse ir encontra-la no lugar deles no castelo. Caminhou até lá, apoiou-se no parapeito, sentindo a brisa tocar sua face, não demorou muito e o moreno apareceu, tinha nas mãos uma rosa branca, deu-lhe um beijo entregando para ela que sorriu.

– Bom dia! –Abraçou a namorada. – O que você precisava falar comigo, Mione? – Notou ela morder o lábio inferior e desviar o olhar.

– Harry, eu... Estou grávida. – Suas mãos estavam suando, foi direto ao assunto, notou a surpresa dele. – Eu sei que é uma responsabilidade muito grande, nós não tínhamos planejado isso, mas aconteceu... – Falou com a voz trêmula, lágrimas já lhe escapavam dos olhos, viu um misto de emoções passar pelo rosto dele, ambos ficaram em silêncio. – Você não vai falar nada?

– Hermione... – Aquele notícia de fato tinha o pegado de surpresa. –Eu... Fiquei feliz. – Segurou as mãos dela e as beijou. – Quando você descobriu?

– Um dia antes do baile. – Sorriu sentindo ele tocar-lhe o ventre. –Não está com raiva?

– Não... – Na realidade estava confuso. Envolveu os braços em torno dela. – Eu te amo. – Beijou-a carinhosamente. – Tenho certeza que você será uma ótima mãe. – Envolveu as mãos dela entre as suas, colocando-as sobre o ventre da garota.

– Oh, Harry, eu te amo! – Sorriu emocionada, lágrimas grossas escorriam de seus olhos. – Não sabe como eu estou feliz. – Beijo-o carinhosamente, estava tudo bem, ficaram mais algum tempo ali namorando, curtindo o momento e fazendo planos para o futuro.

–--------------------- Arte de Amar –--------------------

Rony como de costume era um dos primeiros a começar a comer, depois de alguns minutos os amigos aproximaram e se sentaram a mesa, não demorou para ele ficar sabendo da novidade e claro não deixaria de ser padrinho. Depois do café, Harry e Rony decidiram dar uma volta por Hogwarts para se despedirem da escola, as meninas preferiram ficar no quarto para arrumarem as malas, mais tarde eles se encontrariam no salão principal.

Os dois andaram praticamente por todo castelo, faltava um lugar em especial que eles não tinham ido, a Sala de Dumbledore, depois da morte do Bruxo nunca mais tiveram coragem de entrar lá, sentiam muita falta dele. Como era o último dia, foram se despedir, embora os objetos estivessem cobertos de pó, tudo estava como antes, olharam cada objeto com cuidado, muitas lembranças vinham em suas mentes, cada um tinha seu significado.

– Harry, achei uma coisa. – Gritou do lado oposto da sala, era o único objeto que estava coberto por um pano e tinha uma plaquinha.

– Vamos ver o que é. – Ignorou a placa e puxou o pano, era algo grande, já tinha visto aquele objeto ali, no quarto e no sexto ano. – É uma penseira, guarda os pensamentos dos bruxos.

– Eu sei. Mas será que é de Dumbledore? – Estava curioso, afinal se realmente fosse, estariam diante das lembranças do melhor bruxo que já conheceram.

– Vamos descobrir. – Abaixaram as cabeças, sentiram seus corpos serem puxados e levados até um lugar que eles conheciam...

“Estavam na casa de Sirius, no Largo Grimmauld, 12. Caminharam pelo corredor e viram uma reunião com os membros da Ordem. Eles estavam nervosos e preocupados.

– Como assim surgiu uma nova profecia Dumbledore? – Perguntou Arthur Weasley.

– Isso é possível? – Sirius franzia a testa de preocupação.

– Sim, meu caro Sirius. – Confirmou Dumbledore. – Não sei os motivos Arthur, tenho minhas suspeitas, mas prefiro não compartilhar até ter certeza.

– Você pode repetir? – Nymphadora Tonks se manifestou. - O que a nova profecia revela.

– A nova profecia diz: "Somente um bruxo mestiço, aquele vindo da união de um bruxo com sangue puro e uma bruxa descendente de trouxas terá o poder total e será o único que matará aquele que todos temem, terminará o que o pai começou." – Repetiu Dumbledore.

– Mas por que um bruxo mestiço? – Arthur olhou para os outros. –Não alguém descendente somente de sangue-puro?

– Muito simples, a quantidade de bruxos que descendem dessa maneira é menor. – Como a da profecia, referia Dumbledore. – Se fosse descendente só de sangue-puro, qualquer um poderia ter esse poder.

– Será que se trata de Harry Potter? – Comentou Remus Lupin, analisando as possibilidades.

– Mas é claro! – Sirius bateu o punho na mesa. – Harry é fruto dessa união... James tinha o sangue puro e Lílian descendia de trouxas, só pode ser ele, afinal ele irá terminar o que os pais começaram naquela noite.

– Calma Sirius. - Falou Dumbledore cauteloso. – Não podemos afirmar nada. – Passou as unhas sobre a grande barba branca, como de costume. – Muitas coisas ainda vão acontecer. – Tinha um tom de mistério, havia ainda muitas dúvidas em relação a essa nova profecia.

– Voldemort já sabe?

– Acredito que não, Sibila Trelawney estava comigo quando viu a profecia inconscientemente, num transe profético, somente nós sabemos sobre isso.

– Então o que vamos fazer? – A voz de Molly Weasley vinha do fundo, trazendo um prato com pedaços de bolo.

– Esperar! – Respondeu calmamente, deixando os outros ainda mais preocupados. – Não há nada que possamos fazer. – Foi a última coisa que Dumbledore falou antes de por fim a reunião...”

Os jovens caíram próximos a penseira, estavam assustados, Rony estava com os olhos arregalados e Harry tinha as mãos trêmulas.

– Harry... – Começou analisando o que tinha acabado de acontecer. – Será que você era o garoto dessa profecia?

– Não sei, Rony. – Estava confuso. – Eu não sabia da existência dessa segunda profecia, ninguém nunca comentou nada.

– Comigo também não, mamãe e papai não me falaram nada a respeito. – Falou chateado. – Acho que Sirius estava certo em relação a você, a profecia aconteceu, afinal você matou você-sabe-quem.

– É, pode ser. – Confirmou, pensando no assunto. – Acho melhor irmos falar com o Hagrid, contar o que descobrimos ele deve saber de algo.

Ambos cobriram novamente a penseira e correram até a cabana de Hagrid, bateram na porta alguns vezes até o grande homem aparecer, entraram na cabana e ficaram um bom tempo conversando, Hagrid sabia da profecia, mas como prometerá a Dumbledore, não falaria nada para os garotos, depois de muita conversa e algumas bebidas eles foram embora, pelo visto não tinham com o que se preocupar. Enquanto caminhavam em direção ao castelo escutaram um grito vindo da floresta proibida, para não perderem o costume correram até lá.

– Potter. – Uma voz fria surgiu.

– Quem é? – Um frio percorreu-lhe a espinha, olhou para o lado e viu Rony paralisado, seus olhos estavam arregalados, segundos depois o ruivo desmaiou. – O que você quer? – Escutou uma risada irritante.

– Quanto tempo não o vejo, Potter. – Era Bellatrix Lestrange. –Millord mandou um recado!

– Como você está aqui? Eu vi você morta! – Pegou a varinha e apontou para ela.

– Deixa de ser tolo! – Gritou se aproximando dele. Segurou com força seu braço derrubando para longe sua varinha. – Eu fingi estar morta. – Deu outra risada que ecoou entre as árvores. – Millord, quer que você se afaste da sangue-ruim. Se você não se afastar...

–Se não o que? – Enfrentou a bruxa.

– Ele vai matá-la... – Sorriu cínica. – E qualquer um que estiver em seu caminho. – O empurrou grosseiramente derrubando-o no chão.

– Você quer que eu acredite nisso? – Deu uma risada e se levantou. – Voldemort está morto, eu mesmo o matei.

– Acredite no que quiser seu tolo. – Passou a unha pelo rosto dele. –O recado já está dado. – Seguiu rumo ao interior da floresta.

– Espera... O que ele quer com ela? – Gritou tentando se aproximar.

– AFASTE-SE dela, só assim você poderá deixar ela e seus amigos vivos. – Bellatrix tinha um tom irônico, balançou a capa e se afastou. – Se não, você vai ter que viver com a culpa de ver todos seus amigos mortos. – A voz tinha mudado, por um momento, parecia à sombra de Voldemort próximo a ela, em questões de segundos eles desapareceram em uma fumaça preta.

– Seu desgraçado. – Gritava na direção de onde eles estavam. Não fazia sentido, Voldemort estava morto, todos sabiam disso... pelo menos até aquele momento. Só podia ter sido alguma alucinação, era ele o garoto da profecia, sua cabeça estava doendo, sua cicatriz ardia.

– Harry? – Chamou o ruivo abrindo os olhos, estava meio tonto. – O que aconteceu?

– Não sei, Rony. – Passou a mão na testa, tentando aliviar a dor, omitiu o encontro com Bellatrix. – Acho melhor voltarmos para o castelo.

Os dois voltaram, não comentaram nada a respeito das descobertas, preferiram não alarmar ninguém, não sabiam exatamente o que tinha acontecido, então o melhor fazer era esquecer tudo aquilo.


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Notas finais do capítulo

As coisas começaram a esquentar!!



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