Arte de Amar escrita por Juliana Lestranger


Capítulo 15
De volta a Londres




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Capitulo 15 – De volta a Londres

Londres, Reino Unido

Terça, 22 de dezembro.

Erick depois que saiu de casa, correu sem rumo, estava irritado demais para conversar com qualquer pessoa, precisava esfriar a cabeça, caminhou até uma quadra de Basquete, a única coisa depois do quadribol que o acalmava. Passou boa parte da madrugada jogando e pensando em tudo que tinha descoberto... Seu pai não queria um filho, ele foi embora porque não queria a gravidez da namorada, ficou mais irritado, jurou para si mesmo que iria descobrir o resto da história. Erick ficou sentado no parque observando o nascer do sol, quando os primeiros raios brilharam no céu decidiu voltar para casa.

Assim que entrou viu sua mãe encolhida na poltrona da sala dormindo, viu uma garrafa de vinho próximo a ela, suspirou cansado, sabia que tinha pegado pesado com sua mãe, não podia culpa-la por nada ainda mais depois que descobriu o motivo do pai ter ido embora, mas não estava com cabeça para conversar, decidiu subir para o quarto, trancou a porta, precisava pensar e colocar seus pensamentos no lugar, não podia deixar suas emoções tomarem lugar de sua razão, não demorou muito e acabou adormecendo.

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Nova York, Estados Unidos

Terça, 22 de dezembro.

 O céu amanheceu escuro, nuvens carregadas impediam os raios sol iluminarem o dia, flocos de neve caiam cobrindo o chão faltava poucos dias para o Natal e a cidade estava movimentada. Nathalie Malfoy tinha acabado de chegar da Academia de Magia Beauxbatons, amava aquela época do ano, Nova York estava linda decorada para as festas de fim de ano, as ruas da cidade estavam cheias de pessoas animadas fazendo compras. Ao chegar em casa, correu direto para o quarto do pai, entrou no quarto, ele ainda estava dormindo de bruços na cama, sorriu estava com saudades do loiro, pulou em cima da cama para acorda-lo. 

— Pai! – Falou animadamente abraçando o loiro. – Estou morrendo de saudades, acorda! – Cutucou-o até ele acordar. 

— Nathalie. – Abriu os olhos devagar, acostumando-se com a claridade. – Que horas são? – Resmungou, sentando-se na cama.

— Dez horas, quanta animação para me receber... – Cruzou os braços rindo, estava acostumada com o jeito do pai. 

— Cheguei tarde essa noite. – Bocejou esfregando os olhos.

— Você não muda mesmo. – Cruzou os braços emburrada.

— Também estava com saudades. – Abraçou a filha, puxando-a para seus braços. – Como foram as aulas? 

— Maravilhosas! – Sorriu aconchegando-se ao pai. – Como está sendo suas férias? - Sai algumas noites, nada demais.  

— Conheceu alguém? – Arqueou as sobrancelhas vendo o pai rir. - Não!  

— Que bom! – Sorriu aliviada, odiava ver o pai com outras mulheres, nesse último ano Draco saia praticamente todos os finais de semana. – A cidade está linda esse ano. 

— Nem reparei.  

— Então vamos fazer compras! – Riu vendo a careta do pai. – Pelo menos tomar café da manhã, eu estou com fome. 

— Tudo bem, vou tomar uma ducha. – Bocejou novamente levantando da cama e indo para o banheiro.  

— Te espero lá fora. – Sorriu abertamente, saindo do quarto.               

Draco entrou no banheiro, tomou uma ducha fria para despertar sua cabeça estava latejando, bebeu muito na noite passada e estava com ressaca, tomou um remédio para aliviar. Terminou de se arrumar e escutou o telefone tocar inúmeras vezes sem parar.

— Maldito telefone, nem nas minhas férias, eu tenho paz. – Praguejou mal-humorado atendendo. – Alô.

— Nossa já está de mau-humor? – Perguntou a mulher do outro lado da linha. – Assim você vai envelhecer rápido.

— É mesmo?! – Perguntou sarcástico escutando a risada no outro lado da linha. – Vai o que você quer? Estou sem tempo, estou de saída...

— Nossa obrigada pela consideração. – Respondeu fingido estar magoada. –Então eu queria te fazer uma proposta.

— Lá vem bomba. – Murmurou irritado. – Qual é?

— Vem passar o restante das suas férias comigo para você esquecer os problemas. Estou em Londres...

— Não! Londres, não me traz boas lembranças. – Suspirou, sentando-se na cama.

— Draco, você tem que esquecer um pouco seu passado e viver seu presente. –Falou meigamente. – Vem... Eu tenho uma novidade para você também, que tal?

— Ok, eu vou pensar. Qual novidade?

— Oba! – Comemorou a mulher do outro lado. – Só vou te contar quando chegar aqui...

— Eu disse que ia PENSAR. Se não me contar, vou desligar e não pensarei a respeito. Falou por fim.

— Eu estou grávida! – Falou animadamente. – Preciso que você me ajude a comprar as coisas para o bebê. Estou com saudades suas! 

— Nossa... Você está grávida? 

— Sim, não é incrível? – Confirmou animada. – Vem, por favor!! 

— Tudo bem. – Fechou os olhos pensando. – Vou ficar só até o Réveillon, vou falar com a Nathalie.  

— Maravilha! Vou te mandar o endereço por celular. Vem antes do Natal, terá uma festa que você vai comigo.

— Te aviso quando nós sairmos daqui. Devemos ir amanhã ou quinta. – Combinaram mais algumas coisas sobre a viagem, se despediu da mulher e desligou.

Draco não tinha voltado para Londres desde fim das aulas em Hogwarts, passaram-se muitos anos seria interessante voltar para cidade, não tentaria encontrar a ruiva seria difícil reencontra-la e descobrir que ela estava com outra pessoa, preferiu não imaginar como seria a vida dela atualmente. Sabia que a filha iria adorar conhecer a cidade, saiu do quarto e foi encontrar a loira. Ambos foram até o Starbucks para tomarem café, passaram a manhã conversando, Nathalie adorou a ideia de viajar, ficou super animada, obrigou o pai a acompanha-la na compra dos presentes de Natal, mais tarde arrumariam as malas para viajarem, naquele momento iriam curtir a magia de Nova York.

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Londres, Reino Unido

Terça, 22 de dezembro.

O aeroporto internacional estava cheio, como era esperado devido ao fim de ano, o ministro convocou a presença de alguns aurores para garantir a segurança de Harry. Sirius foi até o portão de desembarque esperar por ele, fazia anos que não via o afilhado a última vez foi quando Sophie tinha três anos, aguardou ansioso por alguns minutos e logo avistou um moreno alto vindo em sua direção, acompanhado por uma menina e uma japonesa mal humorada.

— Sirius? – Harry se aproximou sorrindo.

— Harry, quanto tempo. – Deu um abraço apertado no afilhado, se afastou e viu Sophie encolhida atrás do pai. – Nossa que linda a menina.

— Filha esse é o meu padrinho, Sirius Black. – Apresentou Harry vendo a filha ficar tímida.

— Oi. – Sophie sorriu envergonhada segurando a mão do pai.

— Nossa como você cresceu. – Sorriu passando a mão no cabelo liso da menina.

— Eu estou aqui. – Resmungou a japonesa irritada por ser ignorada.

— Ah, oi Cho. – Cumprimentou Sirius sem dar importância, nunca gostou dela. – Como vai?

— Como sempre. – Murmurou pegando a bolsa. – Vamos logo!

— Ok, Harry vocês irão ficar em um hotel no centro de Londres. – Comentou acompanhando os três até o estacionamento do aeroporto. - Suas malas serão entregues no apartamento por alguns ajudantes do ministério.

— Tudo bem. – Harry pegou Sophie no colo e entraram no carro, não demorou a chegarem ao Hotel. Ficaram na cobertura, o apartamento de luxo era grande, todo no porcelanato branco, detalhes em mármore negro e lustres de cristal, Harry não ligava para o luxo, Cho sorriu satisfeita assim que entraram na sala de estar, Sophie correu animada pela casa para conhecer os cômodos. 

— Descanse, quinta teremos um jantar para comemorar o Natal e desejar boas vindas para vocês. – Sirius sorriu animado. – Será na minha casa, depois nós acertaremos tudo.

— Tudo bem, tchau Sirius. – Despediu-se do padrinho, assim que ele saiu foi conhecer o apartamento.

Depois de organizar as coisas decidiu visitar o ruivo, avisou Cho e foi para casa do amigo, estava com saudades, preferiu ir sozinho para reencontrar o pessoal.

***

A casa de Rony era grande, tinha um enorme quintal com lindas flores no jardim, caminhou até a porta de madeira e bateu algumas vezes, escutou a movimentação lá dentro, sorriu escutando a voz de Luna lá dentro.

— Rony, amor tem alguém batendo na porta. – Gritou Luna terminando de arrumar o café. 

— Já vou atender. – Rony levantou do sofá, indo em direção à porta. Assim que abriu ficou surpreso com a visita. – Harry, cara quanto tempo! – Abraçou o amigo. 

— Rony, tudo bem? – Harry sorriu feliz ao reencontrar o amigo. 

— Tudo ótimo e como você está?

— Está tudo bem, você já deve saber por que eu estou aqui, Voldemort voltou. – Suspirou entrando na casa acompanhado do ruivo.

— Eu sei. E Sophie, cadê ela?

— Ela está no apartamento com a Cho. - Comentou logo mudando de assunto ao ver a mulher loira se aproximando. – Luna. 

— Oi Harry. – A loira cumprimentou o amigo. – Me desculpe, mas já estou de saída, sabe como é o trabalho. – Luna sorriu pegando a bolsa.

— Eu entendo. Foi bom revê-lá.

— Tchau Roniquito. – Se despediu do marido dando-lhe um beijo e saindo de casa em direção ao St. Mungus. 

— Vem Harry, vamos pra cozinha, me conta as novidades. – Rony foi até a cozinha preparar seu café.

— Como estão as coisas por aqui?  

— Estão como sempre, novos ataques, novos indícios da volta de Voldemort. – Suspirou sentando-se a mesa. 

— E o Erick? – Encostou-se a pia, fazia alguns meses que não tinha noticia do filho. 

— Ele chegou sábado de Hogwarts, continua o mesmo, cada dia mais parecido com você, essa semana Herm...  

—E ela como está? – Intenrrompeu não conseguindo esconder a ansiedade. 

— Ela está bem... 

— Roooony, você não vai acreditar. – Interrompe a ruiva, entrando na cozinha, sem perceber a presença de Harry. – Harry chegou a Londres, você acredita que o Sirius vai dar um mega jantar pra ele e para a cobra japonesa?? – Bufou Gina sem acreditar, Rony ficou desconcertado e Harry sorriu. 

— Gina, o Harry... – Tentou falar, mas foi interrompido pela irmã. 

— A Hermione vai, quero até ver a rea... – Harry da uma pequena tossida estilo Dolores Umbridge. – Ele está atrás de mim não é?! – Perguntou para Rony que apenas concordou com a cabeça. 

— Olá Gina. – Riu Harry divertido vendo a ruiva ficar corada. 

— Harry! – Grita Gina o abraçando fortemente. - Quanto tempo, você não mudou nada, ainda continua um pedaço de mau caminho. – Piscou maliciosa, o fazendo rir. – Ah o que eu falei mais cedo sobre a “cobra japonesa” não é nada pessoal, sabe como é à força do hábito. 

— Gina, você continua a mesma. – Ri Harry, achou engraçada a reação da ruiva. – E ai já casou? 

— Eu? Que nada, ainda estou solteira. – Riu mordendo uma maçã. - Ainda não encontrei meu príncipe. – Ironizou no final. 

— A ruiva mais cobiçada de Londres solteira? Que desperdício. – Suspirou fazendo uma cara de decepção. 

— Ah, eu ainda estou com raiva de você. – Apontou o dedo para ele. – Não acredito que você se casou com aquela cobra. – Resmungou cruzando os braços.

— Eu...

— E o piro??? Eu só descobri pela TELEVISÃO, você sabe o que é isso?  

— Pensei que você não iria querer ir, por isso não mandei o convite, foram poucas pessoas... 

— Isso não justifica! Se bem que se eu fosse... Iria voar na cara daquela japonesa sem graça. 

— Gina! – Repreendeu Rony, Harry apenas riu. – Você não tem que se intrometer na vida dele. 

— Eu não me esqueci de o que você fez com minha amiga! – Encarou o moreno que ficou desconcertado. – Só estou falando com você agora porque trabalharemos juntos. 

— Preciso reencontra-la. Como ela está? 

— Ótima! – Mentiu olhando para Rony que ia abrir a boca. – Nem ligou para o fato de você estar vindo. 

— Ela vai no jantar? – Perguntou observando a ruiva sorrir. 

— Claro, ainda vai acompanhada com o namorado. - Sorriu vitoriosa vendo Harry fechar a cara. 

— Namorado? – Olhou para Rony, o amigo não tinha comentado nada. – Quem ela está namorando? 

— Krum. – Rony respondeu. – Viktor Krum, novamente.

— Ele não perdeu a oportunidade. – Harry soltou o ar irritado, outra vez perdia Hermione para o jogador. – Não acredito... 

— Escuta aqui Harry James Potter! – Gina o encarou, irritada. – Eu espero que você não atrapalhe a vida dela novamente! Se não eu mesmo irei acabar com a sua! – Ameaçou Harry apontando o dedo para ele. – Entendeu? 

— Sim. – Respondeu encarando a pequena ruiva na sua frente sabia que não podia desafiar Gina, não queria ver ela brava outra vez. 

— Está avisado! – Observou ele por alguns segundos, se despediu deles e saiu da casa pela porta da cozinha. 

— Harry, você... 

— Tio abre aqui, sou eu Erick. – Grita o jovem do lado de fora, fazendo Harry arregalar os olhos. 

— Eu não quero que ele me veja aqui. – Harry foi para dispensa e fechou a porta, podendo ouvir e observar o que estava acontecendo no lado de fora. 

— Estou indo! – Gritou Rony assustado, indo em direção à porta. – A que devo a sua visita?  

— Preciso conversar com você! – Falou Erick entrando na casa.

Assim que ele acordou, se arrumou e não encontrou a mãe na sala, saiu rapidamente de casa afim de não conversar com ela ainda, decidiu ir até quem sabia da verdade e não mentiria para ele.  

— O que aconteceu? Você parece sério. – Rony se sentou no sofá acompanhado do afilhado, raramente via Erick daquele jeito. 

— Rony, você viu minha bols... – Gina tinha acabado de entrar na cozinha indo até a sala. – Erick?!

— Que bom que você está aqui. – Erick permaneceu sentado com o cotovelo apoiado em um dos joelhos. – Preciso conversar com vocês dois

— Aconteceu alguma coisa? – Gina se aproximou olhando para o irmão de forma interrogativa para o que estava acontecendo, olhou em volta procurando Harry, Rony olhou para a dispensa e a ruiva entendeu. 

— Ontem eu descobri algumas coisas sobre meu pai, quero que vocês me digam a verdade. – Começou respirando profundamente. – Quem é ele? 

— O que?! – Gina arregalou os olhos. – Como assim? O que você descobriu

— Encontrei algumas coisas da minha mãe. Ontem discutimos... 

— Você discutiu com sua mãe? – Rony repreendeu o afilhado. – Por quê?

— Estou cansado dela mentir para mim! – Erick começou a ficar nervoso, lembrando-se da noite passada. – Durante a discussão ela falou que meu pai nunca me quis, isso é verdade?

— Sim. – Murmurou Gina, recebendo um olhar de alerta de Rony. 

— Então é verdade. - Murmurou Erick soltando o ar e fechando os olhos. 

— Não julgue seu pai, ele teve os motivos dele, Erick. - Rony falou ficando nervoso com o rumo que a conversa estava levando. 

— Eu quero saber o que aconteceu. – Erick abriu os olhos avermelhados, estava se segurando para não deixar as lágrimas escorrem. 

— Erick, querido... – Gina sentou próxima do afilhado e segurou uma das mãos dele. – O que aconteceu entre seus pais não cabe a mim ou seu tio contar para você, eles devem explicar o que aconteceu naquele dia... 

— Que dia? – Interrompeu Erick notando a tia ficar com as bochechas vermelhas por falar mais do que devia. 

— O dia da briga, quando eles terminaram e ele foi embora. – Gina falou recebendo um olhar fulminante do irmão. -

Erick, seu pai se importa com voc... 

— CHEGA! – Gritou Erick irritado se levantando do sofá, assustando os padrinhos. – Chega de mentiras! Estou cansado de todos mentirem para mim. Nunca me falarem NADA! 

— Erick... 

— Eu quero saber e vocês vão me falar a verdade! – Erick respirou profundamente tentando se acalmar. Gina olhou para Rony buscando respostas, não sabia o que fazer.

— Tudo bem, se acalme. – Rony se levantou e caminhou até o jovem que estava próximo a cozinha. – O que você quer saber? 

— Harry Potter é meu pai?


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