Dentro de um coração vazio escrita por Drylaine


Capítulo 9
Epílogo




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Epílogo

— Vamos Damon... — Ele podia ouvir uma voz familiar lhe chamar ao longe. — Companheiro, você precisa acordar. — Mas, ele não podia, pois ainda estava mortificado, agonizando amargamente naquele maldito Caixão. — Nós precisamos da sua ajuda. Ou vamos todos morrer aqui. — Ele queria desesperadamente chegar até aquela voz, porém seu corpo ainda permanecia dormente. Então, ele ouviu várias vozes desesperadas e tensas ecoarem ao redor:

— Droga, eles estão vindo, Caroline!

— Eu sei Ric. Acelera, rápido! Estão chegando mais perto!

— Quero deixar bem claro, que não estou afim de morrer aqui!

— Enzo para de reclamar. Isso não ajuda em nada.

— Que merda! Porque estamos aqui mesmo? Ah, sim para resgatar um caixão com um vampiro idiota.

— Eu também odeio Damon, mas precisamos dele. Lembra? Seu amigo.

— Amigo?! Você acha que ele se importa com nós. Ele abandonou o próprio irmão!

Havia três vozes distintas que se alternavam entre gritos raivosos ou apenas murmúrios frustrados. Damon também podia ouvir barulhos como tiros incessantes, seguidos por sons de motores de carros como se tivessem riscando o asfalto em alto velocidade. De repente o vampiro dessecado começou a sentir o gosto quente, metálico e fresco de sangue escorrer por entre seus lábios, penetrando por cada célula do seu corpo, recarregando suas energias e trazendo-o de volta a vida. Minuciosamente aquela solidão e dor sem fim, foi se apagando de sua mente.

— Damon, seu irmão precisa de você. Ou eles irão matar Stefan! — Ao ouvir o nome de seu irmão, algo dentro dele se abalou desesperado e, como num passe de mágica, o vampiro sentiu seu corpo morto sendo puxado violentamente para a realidade e num solavanco despertou se sentindo tão desorientado, confrontando os olhos pretos conturbados de Enzo. — Até que enfim, companheiro. Temos que ir! — A voz de seu amigo soava impaciente como uma ordem. Os dois vampiros estavam escondidos dentro do compartimento de carga de um caminhão que estava a toda velocidade.

— Por que? — Damon perguntou em desgosto ainda sentado no caixão. Sua mente trabalhava sem parar tentando se orientar no meio daquela confusão.

— Porque estão nos caçando! — Enzo exclamou sem fôlego, sentindo o caminhão seguir desgovernado pela estrada escura.

— Em outro cenário, era pra Stefan estar aqui. Me esperando!— Damon sentia-se ainda desnorteado e incrédulo. Nada parecia real.

— Eu sinto muito por Stefan. — Enzo dizia dando de ombros.

— Onde está Stefan? — Damon questionou franzindo a testa, com um olhar apreensivo .

— Ele tomou uma decisão difícil e a culpa é sua. — Então, Damon ouviu a voz de Caroline ecoar, vindo de dentro da cabine do caminhão, a vampira loira tentava abrir fogo contra seus inimigos que continuavam os perseguindo, enquanto Ric permanecia dirigindo desesperado. — Só voltamos pra te buscar porque seu irmão está em perigo. A questão é... — Carol furiosa continuou atirando nos pneus de um dos carros inimigos que capotou e depois explodiu. Ela ainda podia ouvir Damon reclamar lá trás. — Você ainda se importa com Stefan? Ou vai abandona-lo mais uma vez?

— Estamos aqui correndo contra o tempo, tentando sobreviver nessa nova realidade. — Damon podia ouvir o murmúrio atordoado de Alaric ressoar no meio daquela confusão. Parecia que algo muito ruim estava acontecendo e tudo estava fora de lugar. De repente houve uma explosão destruindo as portas do compartimento de carga.

— Isso é real? — Damon se questionava frustrado quando foi pego de surpresa por uma bala com verbena que passou raspando seu rosto.

— Sim é muito real, Damon. — Numa ação rápida, Enzo puxou o caixão improvisando um escudo para lhes proteger dos tiros que atravessavam o ar tentando os matar.

— Uau, se isso é real... Essa é uma terrível festa de boas-vindas! — Disse Damon sarcasticamente. — Isso soaria quase divertido se não fosse tão irritante e assustador.

— Companheiro, você ainda não viu nada. — Enzo disse desviando dos tiros, ao mesmo tempo, que ambos tentavam manter o equilíbrio dentro do caminhão que oscilava demais sobre o asfalto.

— Estão tentando nos encurralar! — Ric esbravejava na cabine do caminhão, chamando a atenção dos dois vampiros. Seus inimigos continuavam atacando furiosamente, enquanto Alaric dirigia a mil por hora, numa corrida alucinante, fugindo da nova ameaça.

— Ela está de volta. Se segurem! — Alaric gritou parecendo assustado.

— Mais que merda é essa! — Damon grunhia de dor e raiva ao ser atingido por uma bala direto no joelho, desejando arrancar a cabeça de alguém. — Afinal, o que isso quer dizer. Quem está de volta?! — Ele questionou entre dentes, sentindo a adrenalina tomar conta de seu corpo, decidido a entrar no meio do confronto e acabar com cada um daqueles perseguidores estúpidos.

— Eles a chamam de... Sentinela!— Ele ouviu Carol, sussurrar num tom horripilante. — A Sentinela, criada estrategicamente para caçar vampiros. E não vai parar até nos matar...

 

Era hora da Sentinela entrar em ação...

A cena a seguir se transformou num confronto violento entre ambos os seres opostos, entre chutes, murros, terra, grama revirada e corpos se chocando novamente entre si. No meio disso, a Sentinela e Damon acabaram num confronto apenas entre os dois como se isso fosse algo pessoal, tendo como testemunha toda a floresta.

Ele percebeu que a tal Sentinela era humana com um coração vivo pulsando normal e agitado no calor da batalha. Mas, ela era um melhor combatente que ele, se mostrando mais hábil, resistente e imparável, como se Ela fosse outro ser imortal mais astuto, feroz e poderoso. Além disso, ela nunca esteve com o corpo dessecando num Caixão, o que também limitava Damon de entrar na luta como um bom combatente no mesmo nível dela. Ele sentia a dor lhe penetrar a cada novo golpe certeiro dela, já sentindo a exaustão.

— Vamos acabar logo com isso! – Ela saltou veloz e ágil sobre ele prendendo seu pescoço entre as pernas dela o derrubando mais uma vez sobre a terra molhado do orvalho da noite. — Olha só pra você... Apenas um monstro caído e derrotado. — Suas pernas continuavam a apertar forte o pescoço dele que Damon sentia que estava prestes à sufocar até que a Sentinela saiu de cima dele, dando algum tempo para ele respirar. — Você agora não é tão poderoso sanguessuga!

Damon tinha que admitir que sua nova inimiga era muito forte e Ela tinha uma voz poderosa e um cheiro indescritível escondido sob aquela máscara por baixo do capuz e seu manto negro esvoaçante, fazendo-a parecer etérea, intocável, com ar de mistério, que em outras circunstâncias, Damon chamaria de "Sedutoramente Fatal!"

— Quem é você? — Ele dizia exausto caído ajoelhado diante dela com sua face suja de sangue e terra. A Sentinela caminhava suavemente empunhando uma estaca nas mãos. — Se vou morrer aqui ao menos eu gostaria de ver seu rosto... – O modo como a sua voz soava sedutora era tão familiar. – Será que o rosto da Morte seria mesmo feio? Ou seria tão bonito e sedutor hipnotizando-me para o inferno. — Ele dizia ainda mantendo sua postura petulante, sabendo que era injusto compara-la a própria figura da Morte, pois a morte sempre seria sinistra e horripilante.

— Tudo o que você precisa saber é que eu sou a Sentinela. E que sua alma pertencerá a mim. — Ela disse se aproximando dele pronta pra dar o golpe final.

— Eu posso morrer aqui. Mas, minha alma nunca pertencerá a você. — Damon dizia com obstinação, enfrentando aquela figura enigmática. Quando seus olhares se fixaram, houve uma atração forte os prendendo naquele momento crucial. — Minha alma já tem dona. E eu estou aqui por ela. — Seu sorriso torto era tão irritante quanto bonito, sua voz transmitia coragem e seus olhos... Seus olhos que antes estavam escurecidos de furia e desprovidos de humanidade, agora possuíam um azul magnífico, tão hipnotizante, fazendo novamente a Sentinela sentir aquela estranha sensação de familiaridade. — Eu estou aqui por minha bruxinha orgulhosa. E meu coração e minha alma sempre pertencerão à ela...

Damon havia despertado se deparando com uma nova realidade. Uma realidade cruel, onde uma nova ordem foi restabelecida e uma nova guerra explodia lá fora. Vampiros, bruxas e humanos agora estavam em pé de guerra. No meio disso, ainda havia sua nova inimiga misteriosa e implacável. E, entre encontros e desencontros, Damon iria encarar seu desafio mais perigoso, mortal e, inesperadamente, emocionante e Sedutor!

Em sua nova jornada Damon encontrará a sua salvação ou a sua total condenação...


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal, então aqui saiu o epílogo pra chamar atenção e ver se a galera vai curtir essa ideia. Dependendo do retorno de vcs pra esse epílogo, aí eu farei a continuação a partir dessa ideia e eu já tenho o prólogo da próxima fic quase pronto. O prólogo consiste basicamente em partes do epílogo com muito mais detalhes q vcs vão entender na próxima fic. A continuação deve se chamar Bring Me To Life e será uma short fic onde cada capítulo terá um título e a letra das músicas de Evanescence, uma ideia q há tempos eu tinha, mas só não sabia como desenvolve-la. Mas, vamos ver oq vcs pensam e se vão me apoiar. Queria agradecer o povo q me acompanhou todos os capítulos e q me deixaram sempre comentários bacanas de motivação. Obrigado tbm a quem favorito e recomendou minha fic. Muito obrigada mesmo pessoal, vcs não imaginam o quanto pra um autor é tão bom e inspirador ver os leitores nos apoiando. "Dentro de um Coração Vazio" foi um grande desafio pra mim e saber q vcs estavam lá juntinho comigo a cada capítulo é muito gratificante. Bjus e espero ve-los em breve em "Bring Me To Life."

















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