O Diário de ártemis escrita por LucasLight


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Well, como sempre. Milhões e milhões de anos sem escrever nada.. Mas enfim consegui. HAHA' Espero que quem ainda esteja lendo goste. AIAI, o fim está próximo...:3



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POV – Michael

 Nate começou a convulsionar logo depois da injeção, fiquei preocupado, mas meu pai disse que aquilo era um efeito colateral, mostrava que a batalha havia sido iniciada.

Annabeth e Roxanne ficaram ao lado de Nate se revezando ao cuidar dele, controlando temperatura etc. Literalmente trabalhando como enfermeiras. As duas primeiras noites foram as mais intensas, onde ele vomitava e a ferida se rompia liberando sangue e mais pus. A febre chegava a temperaturas elevadíssimas e Nate transpirava tanto que deixava os lençóis e os travesseiros completamente encharcados.

Na terceira noite, a febre começou a diminuir, assim como as convulsões, entretanto a ferida se recusava a cicatrizar.

- Se ele tivesse tido alguma chance já teria vencido! – disse meu pai preparando uma compressa de água fria.

- Mas a febre... o pior está passando! - gritou Roxanne a ele.

 Apolo se abaixou e tocou a cabeça dela com ternura. Afagando levemente os cabelos negros de Roxanne ele sussurrou a resposta:

- A ferida continua aberta, deixa o corpo vulnerável a bactérias e afins.

Mais uma vez Roxanne derramou-se em lágrimas.

Na metade da quarta noite a secreção e o inchaço da ferida diminuíram. No fim, meu pai avaliou que seria possível a cicatrização. E que talvez tudo ficasse bem, mas ele fez questão de ressaltar o talvez.

Na quinta feira de manhã ouvi Nate resmungando, balbuciando. Nada que fizesse sentido, mas aquilo era animador e sobre a ferida já começara em mínima escala o processo de cicatrização.

Passaram-se mais dois dias e Nate já estava perfeito. Nós fizemos curativos na ferida e tudo ia bem. De noite, no último dia ele sentou-se abruptamente gritando que havia mudado o futuro, pelo movimento brusco um dos pontos se desfez e com a dor ele desmaiou novamente.

Com permissão do meu pai os remédios foram completamente ignorados e apenas o néctar e a ambrosia continuaram a ser ministrados. Ele ficou desacordado por mais um dia inteiro. Mas isso não me preocupava tanto quanto antes, afinal de contas tudo indicava que ele havia sobrevivido e que ficaria bem. Eu, Percy, Annabeth e Roxanne ficamos no dia seguinte em volta de Nate esperando que ele acordasse, estávamos todos muito ansiosos.  

Perto do meio dia ele começou a abrir os olhos e pedir por água. Roxanne foi prontamente até ele inclinando um copo com água para que ele bebesse.

- O-o que aconteceu? – ele gaguejou, sua voz soava pastosa e as palavras saiam emboladas.

- Você sobreviveu cara, sobreviveu! – disse Percy com um sorriso animado.

Os olhos de Nate se iluminaram.

- Sobrevivi... ? – ele parecia confuso – Eu consegui? 

Roxanne sorriu contendo as lágrimas, dessa vez de alegria, e apertou a mão dele.

- Sim, você venceu o veneno. – disse ela.

Todos estavam muito contestes pelo fato de ele ter acordado, mas o que ninguém disse e não deixou de pensar é que a profecia dizia que um deles não voltaria. Nate interpretou errado quanto a sua morte, mas isso não significava que algo ainda pior não poderia ainda acontecer, afinal de contas, a missão ainda não havia acabado.

POV – NATE

Um pouco mais tarde naquele dia eu ainda me sentia fraco, mas muito melhor. Meus amigos me ajudavam em tudo o que eu precisava e eu não poderia descrever o quão grato eu me sentia por eles estarem comigo. Mas eu não podia mais aguentar aquilo, sempre fui forte e independente. Sentia-me como uma criança com todos aqueles cuidados. 

Meus amigos me contaram sobre tudo o que aconteceu depois de eu ser ferido, contaram sobre minha mãe, como ela chorou por mim. Eu não podia acreditar. Ártemis chorando por mim? Eu não conseguia vê-la como minha mãe, afinal de contas ela odiava tanto os homens.... Tentei não pensar nisso e sim na missão. Ainda tínhamos que devolver aquele diário a ela.  Então chamei Michael e Percy.

- Então, o que vocês acham de irmos até o acampamento das caçadoras terminar nossa missão?

Michael ergueu uma sobrancelha.

- Do jeito que você está? – ele fez uma pausa – Meu pai nunca vai deixa-lo sair daqui de dentro.

- E depois – acrescentou Percy – Já tive minha quota de experiências num acampamento delas, eu é que não quero ir pra lá.

- Temos que  resolver isso de uma vez por todas. – eu insisti.

Antes que Michael ou Percy pudessem dizer qualquer coisa uma voz feminina e profunda nos interrompeu.

- Eu acho que posso ajudar nisso.

Então eu a vi ali. Uma mulher, como quando os lobos vieram me buscar naquela noite, não uma criança, de cabelos ruivos como os meus e olhos frios e sérios. Ártemis estava naquele quarto, ao que parecia havia se materializado ali sem que ninguém percebesse.

Ninguém disse nada por um momento, até que Michael pigarreou e disse:

- Vamos Percy, deixe-os aí.

Percy assentiu e saiu do quarto logo atrás de Michael. Assim que saíram Ártemis atravessou o quarto e se sentu ao meu lado na cama afagando meus cabelos.

- Meu filho... – ela me lançou um olhar amoroso que jamais julguei possível nos olhos daquela deusa – Meu querido filho... temi tanto por sua vida...Meu pequeno.

- Ártemis. – respondi frio.

Ela arfou surpresa e eu também. Muitas vezes imaginei como seria encarar meu parente olimpiano, mas nunca imaginei o quão ressentido eu me sentia dele. Sim, eu sentia uma pontada inesperada de raiva daquela deusa! Ela me deixou por anos no hotel Lotus. Nunca falou comigo, me deixou acreditar que não merecia a sua atenção.

- Nate... eu...

Eu levantei a mão interrompendo-a e puxei debaixo do travesseiro o seu diário estendo a ela. Ela o pegou delicadamente e o apoiou em seu colo, encarando a sua capa.

- Nate, meu filho..

- Não me chame assim. – respondi duro.

- Mas você é meu filho!

- Isso nunca pareceu importante, não é mesmo?  - retruquei me arrependendo logo em seguida pelo olhar machucado dela, mas não podia me conter as palavras vazavam – não acredito em você, nem na sua preocupação! Depois de tudo o que passei! Você me abandonou!

- Isso na é verdade!  - ela gritou. – Usei Apolo como um meio de chegar a você.

Agora sim eu fiquei surpreso e quieto.

- Eu te amo, meu filho. – ela começou – Mas meu juramento de castidade me proibiam de amá-lo. O que fiz com seu pai foi errado aos olhos de Zeus. E agora ele sabe... E você corre perigo, meu filho. Por isso nunca o revelei. Zeus não pode aceitá-lo, você fere a honra dele.

- Eu... mas como...?

- Meu juramento foi a ele. E por quebra-lo o envergonhei, Zeus não vai aceitar isso.  – ela voltou a me acariciar – Ah meu filho, quantas vezes eu quis mostra-lo ao mundo. O quão orgulhosa eu me sentia de você... mas eu não podia. E isso me dilacerava por dentro.

Eu comecei a sentir lágrimas querendo cair. Meus olhos ardiam por segurá-las.

- Mãe...

Pronunciei e então Ártemis começou a chorar.

- Oh Nate! Sinto medo do que acontecerá agora! O que será de você, meu pequeno campeão?

- Eu enfrentarei a ira de Zeus mãe. – respondi convicto.  – Eu irei encará-lo e provar de que não sou um erro.

Ártemis abraçou Nate e ele, a principio hesitante, a abraçou de volta com força.

- Estarei ao seu lado. O Enfrentarei com você meu filho... com você.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :p



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