O Diário de ártemis escrita por LucasLight
Notas iniciais do capítulo
Pois é, após muito tempo finalmente eu tô postando um novo capítulo! Espero que gostem e por favor me deixem reviews!!!!
- Nate? – alguém chamou, era uma voz distante. Abafada por um grito. – Acorda!
Vagarosamente a imagem começou a ganhar nitidez e o grito mais próximo, real.
- Sério cara para de gritar! – Agora tudo ficou bem, exceto por eu estar gritando feito um idiota sem saber que sou quem está fazendo isso.
Eu paro de gritar.
- Nate? – Roxanne chama.
- O que? – pergunto me levantando.
-O que aconteceu? Por que você estava gritando feito louco? – louco? Ela queria dizer idiota.
- Eu não sei... Não lembro.
A expressão dela mudou de assustada para preocupada. Eu realmente não lembro o que aconteceu, não sei se sonhei com algo, tudo é apenas...
- Vem comer algo, talvez ajude a lembrar... – sugeriu Percy estendendo a mão para me ajudar a levantar.
- Obrigado! – Agradeci segurando a mão dele e usando-a como apoio.
Ninguém falou mais nada, Michael e Helena foram para perto de uma árvore, Percy para a fogueira que crepitava lentamente esperando os primeiros raios de sol, Roxanne foi para sua cabana e Annabeth nem apareceu.
Eu me senti estranho, não sabia o que estava acontecendo... Todos apenas me ignoraram. Se eu sonhei algo não sei o que foi, não entendo nada do que está acontecendo.
- Nate! Vem, o café ta pronto! - disse Percy.
Caminhei para perto da fogueira e me sentei, ele colocou o “café” em uma caneca improvisada e me deu. Aquilo tinha um gosto esquisito, porém era bebível. Durante o café e praticamente o resto do dia ninguém falou comigo, fiquei cansado disso. Então resolvi que continuaríamos a missão pela noite.
Fui à cabana de Annabeth, anunciei-me e entrei. Ela estava debruçada sobre um livro e fingia que eu não estava ali.
- Annabeth? – perguntei.
Ela não respondeu.
- O que aconteceu?
- Nada! – disse em um sussurro.
- Como assim nada? Ninguém está falando comigo!
- V-você mentiu...
- Menti? – perguntei descrente, a única coisa que não contei foi... – A profecia... – disse em um fio de voz.
- É! – gritou ela. – Um deles não retornará! Acho que essa era uma parte meio importante! Você não acha?
- E-eu... – comecei
- Você? Por que não contou? – ela estava realmente alterada – Todos achavam que a missão seria tranqüila, sem problemas.
Eu fiquei em silêncio, não queria contar que quem não vai voltar sou eu. Eu vi no sonho, o monstro vai me matar.
- Por que você não nos disse?
- Não pude!
- Ah! – urgiu ela – Você não pode? coitadinho de você! – ela hesitou – Alguém nesta missão corre o risco de não voltar e você não nos conta?
Seu tom era de escárnio, grosseria.
- Simples! – digo sentido controle sobre a situação – Não é do interesse de vocês!
Eu me viro para sair da cabana, abro a porta e respiro o ar da noite. Annabeth saí logo atrás de mim.
- Não é do nosso interesse? – grita ela.
- Não! Nenhum de vocês vai morrer ou qualquer coisa do tipo!
- Como você pode ter certeza?
- Por que eu vi! Quem morre sou eu!
Seu rosto ficou pálido, sua expressão de raiva se dissolveu como se ela nunca houvesse existido.
- Está feliz? – Eu sorrio sarcasticamente, sentindo-me feliz pela falta de palavras, pela culpa que ela sentia. – Eu que vou morrer! E isso era algo que eu não queria compartilhar, pois isso é assunto meu!
Ela ficou em silêncio por uns instantes.
- Nate eu...
- Não quero saber! – disse eu grosseiramente – Agora que o fato da minha morte se tornou publico você poderia fazer o favor de parar de me perturbar?
Eu não esperei resposta. Andei em direção a praia me afastar dela de tudo aquilo. Precisava descobrir o que fazer... O sonho que eu tive sobre minha morte, o por que de eu acordar gritando feito um panaca e como encontraríamos a deusa.
Havia muita coisa para pensar... muita... Deitei-me na areia e fiquei olhando para a lua. Emitia seu brilho calmamente durante a noite, apenas com suas companheiras. Eu sentia ódio da lua, queria poder ser ela, estar lá no topo, onde é silencioso, não há intrigas nem nada, apenas o silêncio.
O tempo passou lentamente. Todos haviam me deixado em paz como eles fizeram o dia inteiro só me ignoraram.
- Nate? – perguntou a voz que jamais poderia esquecer.
- Roxanne? – pergunto mansamente – O que?
- Eu ouvi a sua briga com Annabeth e...
- Oh! Esqueça aquilo!
- Mas você realmente viu que vai morrer?
- Sim eu vi ou sonhei, mas sabe como é... Se meios-sangues sonham que morrem antes de uma missão então... – deixei as palavras no ar.
Ela sentou ao meu lado, a luz da lua deixava sua pele branca mais branca.
- Eu fiquei o dia inteiro traduzindo um feitiço para recuperar o sonho... O que você teve hoje.
- Sério?
- Aham! - disse com a voz doce.
- Vamos tentar então! – digo alegremente.
Seus olhos se iluminaram.
- Ok! Senta de frente para mim!
Eu a obedeci. Ela segurou minha cabeça com as duas mãos e encostou sua testa na minha. A proximidade me deixou esquisito, eu queria ficar assim para sempre, perto dela.
- Mear us vum!
De repente tudo em nossa volta ficou preto, segundos depois cores apareceram formando o local dentro da minha cabana. Eu pegava o diário e o abria, então ouvia grunhidos. Eu saio da cabana e me deparo com enormes lobos cinzas.
Converso com um deles e o monto, ele corre para o oceano e pula no reflexo da lua. Coisas borradas se seguem a partir daí até que tudo fica novamente nítido.
Estou em uma floresta e há uma mulher ruiva sentada em uma clareira, eu falo com ela e a magôo. Ela ordena algo e eu desmaio.
Tudo fica negro mais uma frase fica ecoando na escuridão: “Maldito espírito da caça com que eu o abençoei, retira-se do corpo da minha criança!”
De repente eu volto ao mundo real. Roxanne se afasta de mim ofegante e espantada, ela respira fundo e sussurra:
- Se esse sonho for uma visão... – ela hesita – Descobrimos sua mãe!
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