O Diário de ártemis escrita por LucasLight


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Pois é, após muito tempo finalmente eu tô postando um novo capítulo! Espero que gostem e por favor me deixem reviews!!!!



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- Nate? – alguém chamou, era uma voz distante. Abafada por um grito. – Acorda!

Vagarosamente a imagem começou a ganhar nitidez e o grito mais próximo, real.

- Sério cara para de gritar! – Agora tudo ficou bem, exceto por eu estar gritando feito um idiota sem saber que sou quem está fazendo isso.

Eu paro de gritar.

- Nate? – Roxanne chama.

- O que? – pergunto me levantando.

-O que aconteceu? Por que você estava gritando feito louco? – louco? Ela queria dizer idiota.

- Eu não sei... Não lembro.

A expressão dela mudou de assustada para preocupada. Eu realmente não lembro o que aconteceu, não sei se sonhei com algo, tudo é apenas...

- Vem comer algo, talvez ajude a lembrar... – sugeriu Percy estendendo a mão para me ajudar a levantar.

- Obrigado! – Agradeci segurando a mão dele e usando-a como apoio.

Ninguém falou mais nada, Michael e Helena foram para perto de uma árvore, Percy para a fogueira que crepitava lentamente esperando os primeiros raios de sol, Roxanne foi para sua cabana e Annabeth nem apareceu.

Eu me senti estranho, não sabia o que estava acontecendo... Todos apenas me ignoraram. Se eu sonhei algo não sei o que foi, não entendo nada do que está acontecendo.

- Nate! Vem, o café ta pronto! - disse Percy.

Caminhei para perto da fogueira e me sentei, ele colocou o “café” em uma caneca improvisada e me deu. Aquilo tinha um gosto esquisito, porém era bebível. Durante o café e praticamente o resto do dia ninguém falou comigo, fiquei cansado disso. Então resolvi que continuaríamos a missão pela noite.

Fui à cabana de Annabeth, anunciei-me e entrei. Ela estava debruçada sobre um livro e fingia que eu não estava ali.

- Annabeth? – perguntei.

Ela não respondeu.

- O que aconteceu?

- Nada! – disse em um sussurro.

- Como assim nada? Ninguém está falando comigo!

- V-você mentiu...

- Menti? – perguntei descrente, a única coisa que não contei foi... – A profecia... – disse em um fio de voz.

- É! – gritou ela. – Um deles não retornará! Acho que essa era uma parte meio importante! Você não acha?

- E-eu... – comecei

- Você? Por que não contou? – ela estava realmente alterada – Todos achavam que a missão seria tranqüila, sem problemas.

Eu fiquei em silêncio, não queria contar que quem não vai voltar sou eu. Eu vi no sonho, o monstro vai me matar.

- Por que você não nos disse?

- Não pude!

- Ah! – urgiu ela – Você não pode? coitadinho de você! – ela hesitou – Alguém nesta missão corre o risco de não voltar e você não nos conta?

Seu tom era de escárnio, grosseria.

- Simples! – digo sentido controle sobre a situação – Não é do interesse de vocês!

Eu me viro para sair da cabana, abro a porta e respiro o ar da noite. Annabeth saí logo atrás de mim.

- Não é do nosso interesse? – grita ela.

- Não! Nenhum de vocês vai morrer ou qualquer coisa do tipo!

- Como você pode ter certeza?

- Por que eu vi! Quem morre sou eu!

 Seu rosto ficou pálido, sua expressão de raiva se dissolveu como se ela nunca houvesse existido.

- Está feliz? – Eu sorrio sarcasticamente, sentindo-me feliz pela falta de palavras, pela culpa que ela sentia. – Eu que vou morrer! E isso era algo que eu não queria compartilhar, pois isso é assunto meu!

Ela ficou em silêncio por uns instantes.

- Nate eu...

- Não quero saber! – disse eu grosseiramente – Agora que o fato da minha morte se tornou publico você poderia fazer o favor de parar de me perturbar?

Eu não esperei resposta. Andei em direção a praia me afastar dela de tudo aquilo. Precisava descobrir o que fazer... O sonho que eu tive sobre minha morte, o por que de eu acordar gritando feito um panaca e como encontraríamos a deusa.

Havia muita coisa para pensar... muita... Deitei-me na areia e fiquei olhando para a lua. Emitia seu brilho calmamente durante a noite, apenas com suas companheiras. Eu sentia ódio da lua, queria poder ser ela, estar lá no topo, onde é silencioso, não há intrigas nem nada, apenas o silêncio.

O tempo passou lentamente. Todos haviam me deixado em paz como eles fizeram o dia inteiro só me ignoraram.

- Nate? – perguntou a voz que jamais poderia esquecer.

- Roxanne? – pergunto mansamente – O que?

- Eu ouvi a sua briga com Annabeth e...

- Oh! Esqueça aquilo!

- Mas você realmente viu que vai morrer?

- Sim eu vi ou sonhei, mas sabe como é... Se meios-sangues sonham que morrem antes de uma missão então... – deixei as palavras no ar.

Ela sentou ao meu lado, a luz da lua deixava sua pele branca mais branca.

- Eu fiquei o dia inteiro traduzindo um feitiço para recuperar o sonho... O que você teve hoje.

- Sério?

- Aham!  - disse com a voz doce.

- Vamos tentar então! – digo alegremente.

Seus olhos se iluminaram.

- Ok! Senta de frente para mim!

Eu a obedeci. Ela segurou minha cabeça com as duas mãos e encostou sua testa na minha. A proximidade me deixou esquisito, eu queria ficar assim para sempre, perto dela.

- Mear us vum!

De repente tudo em nossa volta ficou preto, segundos depois cores apareceram formando o local dentro da minha cabana. Eu pegava o diário e o abria, então ouvia grunhidos. Eu saio da cabana e me deparo com enormes lobos cinzas.

Converso com um deles e o monto, ele corre para o oceano e pula no reflexo da lua. Coisas borradas se seguem a partir daí até que tudo fica novamente nítido.

Estou em uma floresta e há uma mulher ruiva sentada em uma clareira, eu falo com ela e a magôo. Ela ordena algo e eu desmaio.

Tudo fica negro mais uma frase fica ecoando na escuridão: “Maldito espírito da caça com que eu o abençoei, retira-se do corpo da minha criança!”

De repente eu volto ao mundo real. Roxanne se afasta de mim ofegante e espantada,  ela respira fundo e sussurra:

- Se esse sonho for uma visão... – ela hesita – Descobrimos sua mãe!


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Notas finais do capítulo

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