O Diário de ártemis escrita por LucasLight


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 15

 

Roxanne... Essa garota não saía de minha mente. Seus olhos diferentes, seu sorriso, sua voz, seu jeito de se vestir, eu adoro aquela garota.

- Nate?  - Eu me viro para o emissor.

- Hey Michael!

- Por que está aqui sozinho?

- Pensando...

- Em Roxanne? – Fiquei um pouco envergonhado, mas assenti.

- Eu também fiquei assim... Quero dizer eu não conseguia tirá-la da cabeça. – Continuou

- Eu não consigo! Penso em como ela sorri, como aquela garota é contraditória, se veste de um jeito mais sombrio e tem uma personalidade alegre! – Falei eu um só fôlego.

- Calma, respira...

- Ah não sei o que aquela garota fez comigo... Mas eu simplesmente... – deixei as palavras no ar.

- Você se apaixonou por ela sem se falarem? – Perguntou Michael rindo.

Eu corei.

- Creio que não. Primeiramente eu necessitaria conhecê-la de forma apropriada, para depois pensar em cortejá-la.

- Que falou em cortejá-la?  - disse Michael usando a mesma palavra que eu.

- Você! – Acusei me lembrando do que ele disse, muita vergonha!

- Nem vem cara! Eu disse que você se apaixonou por ela sem nem ter conversado!

- Michael... Tanto faz!

Levantei-me e fui para o acampamento que nós havíamos montado. Não posso ter me apaixonado por uma garota que não conheço... Posso? Claro que não!Tenho que esquecer isso, foco na missão! Garotas ou preocupações banais, mis tarde!

Eu sentei escorado em uma pedra e peguei o diário de dentro da mochila. A capa branca com as letras prateadas brilhava forte a luz da lua. Eu ainda tentava compreender o por que de todos eles querem abrir o diário e para mim ser algo tão seletivo, sem importância. O que atraia tanta atenção?

Toquei a minúscula chave que ficava encaixada dentro do local para destrancar o diário, eu hesitei e então a girei. Com um leve, click,o diário se abriu. Ao longe ouvi um uivo de lobo. Não dei muita atenção para isso, aliais era o diário da deusa da caça então...

Olhei a primeira pagina do diário não me importando com invasão de privacidade, odeio os deuses!

Ela estava em grego a primeira coisa que estranhei foi o fato de as letras aparecerem de acordo por onde meus olhos passavam:

“A vida é algo tão belo, estonteante. Estou apaixonada.Nunca pensei que poderia gostar de alguém tanto quanto gosto de Orion!

Sinto que preciso estar ao lado dele nós vamos nos casar, ele é o meu amado. Nunca poderei esquecer quando o conheci, aquele dia foi maravilhoso! Ele me acompanhou o dia inteiro desde a caça até o fim do dia ao redor da fogueira de histórias!”

 

Só isso estava escrito, por muitas paginas a deusa Artemis falava desse tal de Orion, fiquei folheando até que li:

“Não consigo entender! Meu irmão, Apolo  não permite meu amor com Orion. Acho que ele deve sentir atração por ele como eu sinto, mas eu conheci Orion primeiro!”

 

As reclamações sobre Apolo continuavam e então achei algo realmente interessante:

 

“Oh! Como a vida é cruel! Por eu ter sido tão vaidosa, destruí minha felicidade! Por que dei ouvido a meu irmão? Ele me desafiou e eu aceitei antes mesmo de saber o que teria de fazer, Tinha de acertar aquele pontinho negro tão longe de onde eu estava. Minha flecha acertou o alvo. As águas do mar trouxeram Orion, meu amado, com minha flecha cravada em seu peito! Eu o matei, ele estava fugindo de um escorpião que Apolo enviou atrás dele.

Pedi a meu pai, Zeus, que transformasse Orion e o escorpião em constelações. E jurei castidade perante meu pai. Nunca poderei amar novamente!”

 

Agora eu entendia o porquê da castidade e tudo mais as próximas páginas eram lotadas de lamentos e sofrimento pelo o amor perdido, havia citações sobre a primeira caçadora e outras coisas, mas teve algo em particular que chamou minha atenção:

“Não tenho certeza se é possível, mas creio que por alguém me apaixonei...”

 

- Nate! – Gritou Annabeth, assustado fechei o diário e coloquei dentro da mochila e corri ao encontro dela.

- Oi? – Perguntei – Me chamou?  

- Rox vai procurar alguma lanchonete, você tem o cartão do cassino lótus então... Vai com ela?

Eu vou sozinho com Roxanne? Não havia muito que pensar...

- Claro! Eu vou! – concordei sem pestanejar.

- Tudo bem... Vem te levo até ela.

Nós caminhamos até umas pedras, passamos delas e paramos ao pé de uma estrada.

- Rox! – Chamou Annabeth – O Nate vai com você!

- Oh sim! Por que não? – Disse ela animada.

Annabeth me deixou lá e foi embora. Ela correu para longe rapidamente, por isso comecei a estranhar o fato de ela só não ter pedido o cartão.

- Nate, certo?

- Isso! Roxanne?

- Só Rox! – Ela disse dando um sorriso de tirar o fôlego. Ela era muito simpática.

- Ok!  – Olhei para a estrada – Deve ter uma lanchonete de beira de estrada por aqui. Para que lado vamos primeiro?

 - Para o certo! – ela sorriu novamente olhando ao redor – Nate, me faz o favorzinho de pegar aquele copo de refrigerante? – Perguntou apontando para uma pedra um pouco atrás de mim.

 - Claro! – respondi juntando o copo do chão.

- Ai que nojo! – gritou ela pegando o copo de minha mão.

Ela tirou um livrinho roxo de dento da bolsa que estava usando, dentro da bolsa só cabia o livrinho.

Roxanne sentou de pernas cruzadas no ar e disse:

- Sect Aprium Masgh Sent!

O copo ficou envolto por aquela luz verde fantasmagórica e subiu até a altura dos olhos de Roxanne que também estavam verdes como a luz.

O copo girou no ar e começou a ir para a estrada pro lado direito.

- Vem! Já sei onde fica a lanchonete! 

Roxanne caiu com graça no chão e o copo atrás dela.

- C-como você faz isso?

- Bem... Quando descobri que minha mãe era deusa da magia, fui a uma biblioteca gótica e peguei um livro de feitiços... Eu duvidava que isso realmente acontecesse, mas...

- Hum... Isso aprece legal... – afirmei

- E é! Mas cansa muito, a maior parte dos feitiços cansa! – Ela Parou esperou que eu ficasse ao seu lado e perguntou – Quem é o seu parente olimpiano?

- Eu tenho uma mãe, mas não sei que é...

- Oh! Sinto muito!

- Sem problema, já me conformei... – Mentira! Mas quando eu vi que ela realmente ficou triste com a informação eu simplesmente TIVE que mentir.

 O trajeto até a lanchonete era longo, mas Roxanne estava certa. Entramos na loja pedimos o lanche e eu paguei. Fomos pelo caminho comendo batatinhas e brincando. E agora eu tinha certeza eu realmente estava encantado por ela.

Ela era perfeita para mim! Nunca encontrei uma pessoa que me alegrasse tanto e me fizesse querer agradar e tudo o mais. Essa garota é pára mim!

- Rox... O que aconteceu com o garoto que você conheceu? – Perguntei após um pouco de silêncio.

- O Philip? – ela baixou os olhos com uma expressão triste – E-ele... M-morreu.

 Disse ela soluçando.

- Eu não consegui o defender e uns monstros o mataram! – Agora ela já chorava, uma vontade de consolá-la se apoderou de mim.

- Roxy... Não fique assim! – disse eu a envolvendo em meus braços. Ela deitou a cabeça em meu peito e passou os braços a minha volta e chorou mais.

- Ninguém me chama de Roxy... – Eu fiquei assustado – Mas gostei quando você falou!

Eu sorri.

- Tudo bem, só não chore!

Roxanne se afastou de mim. Eu queria puxá-la e ficar abraçado com ela, mas eu me controlei.

- Nate! Eu te conheci hoje e já estou chorando no seu peito e te abraçando! – Ele enrubesceu – Desculpe!

-Tudo bem! Minha culpa, eu não devia perguntar sobre sua vida! Você me desculpa? – Disse fazendo minha voz rouca e serena que sempre deixavam as garotas “abaladas”.

Ela sorriu torto com um suspiro e depois de ver minha expressão disse rapidamente.

- Claro!

E assim voltamos ao acampamento, demos a comida para todo mundo e ficamos envolta da fogueira conversando. Mas tarde eu dei boa noite a Rox e fui me deitar. Quando eu fechava os olhos a imagem do diário aparecia e a frase: “ Não creio que seja possível, mas acho que por alguém me apaixonei.”

Eu queria ler o resto, saber o resto. Peguei o diário e girei a chave. Antes que pudesse começar a folheá-lo um lobo uivou novamente. E rosnados a frente de minha cabana me assustaram.

Joguei o diário dentro da mochila e peguei a flauta.

- Anksus! – falei baixinho.

 Saí da cabana e um lobo enorme pulou em cima de mim.

“O diário tu não podes ler!” – A voz ecoou em minha mente.

- O que? – Perguntei. – Saí de cima de mim!

“Não me interessa que seja tua mãe! O diário tu não podes ler!”

- Ok! – respondo.

O lobo saiu de cima de mim.

“Senhor Nate, meu nome é Logus. Minha senhora deseja te falar.”

 - Logus, eu não entendo! Primeiro você me ataca e depois me chama de senhor?

“Um dia compreenderá! Vamos minha senhora quer vê-lo!”

- Tudo bem! Eu vou, deixe-me chamar meus amigos!

“Não!”

O lobo começou a me irritar.

- Logus! Irei chamá-los e avisá-los!

“Não posso permitir!”

Agora estou realmente irritado.

- Não me interessa! Saia de meu caminho!

“Não” rosnou Logus

A força que senti quando lutava contra Percy se apoderou.

- LOGUS! Faça o que eu mando saia do meu caminho!

O lobo se retesou e saiu da minha frente.

“Como quiser senhor!”

- Agora você está submisso!

Corri primeiro para a cabana de Annabeth e descobri que o Percy veio fazer uma “visita noturna”.

- Annabeth! Percy! – gritei – Vou me encontrar com a deusa!

- O que? -  eu os ignorei e fui para a cabana de Michael e depois para a de Helena avisei-os.

Por último fui a de Roxanne.

- Rox? – Perguntei calmamente – Estou indo ver a deusa...

Roxanne abriu os olhos e perguntou:

- O que?

- Durma... – eu disse

- Ok! – ela se deitou e dormiu

Voltei para os lobos.

- Logus! – chamei

O lobo enorme apareceu.

“Senhor, podemos ir agora?”

- Certamente! Onde ela está?

“Eu o levarei, posso carregá-lo?”

- Pode...

O lobo se aproximou e deitou, agora ficou em uma altura em que eu pude montar. Subi nele, seu pêlo era macio e quente, confortável.

“Segure em meu pêlo”

Obedeci, ele começou a correr em direção a água, as coisas ao meu redor eram apenas vultos e a água parecia tão longínqua e parada, nela podia-se ver o reflexo perfeito da lua.

Logus saltou em direção ao reflexo, parecia que estávamos flutuando.

“Senhor, encolha suas pernas!” Comandou.

Em uma explosão, prateada, silenciosa  apareceram asas brancas como a lua no lobo. Ele bateu as graciosas asas e subiu de altitude, nada mais fazia sentido. Eram apenas pontos prateados e brilhantes, estrelas e o maior deles a lua.

Ao nosso lado os outros lobos voam também, todos com asas como as de Logus. Eles apontara as asas para trás e a velocidade aumentou. A lua esta a um palmo do rosto de Logus. E então como se atravessássemos a água.

Estávamos em uma floresta verde, iluminada pela fraca luz prateada de uma dama sentada em uma pedra com uma borboleta azul pousada em seus dedos.

 Seus cabelos eram ruivos e estavam presos em uma trança,  seu vestido era prata que oscilava de acordo com o seu movimento, por cima do vestido ela usava um robe transparente.

“Desça meu senhor.”

 Com um leve aceno eu desci. Não conseguia tirar os olhos da moça. A luz do luar fazia sua pele ficar muito branca.

- Aproxime-se! – disse ela friamente, o que não combinava com o que eu via.

Cheguei mas perto e percebi que o luar tinha o mesmo efeito em minha pele, ela fica ainda mais branca.

- Nate! Devolva o que é meu. – disse ela ainda friamente esticando sua mão.

- Creio que não sei sobre o que me pede! – disse com a voz meio falha – Não sei quem és!

- Ártemis!

Era meio obvio, depois da luz prateada os lobos mais eu esquecia de pensar naquele lugar.

- Minha... Senhora!

Abri a mochila retirei o diário, os olhos da deusa se iluminaram.

- Pegue! – falei esticando meu braço.

- Diga-me homem – ela fez uma expressão de nojo ao pronunciar homem – O que leu de meu diário?

- Nada de mais... – aquele maldito espírito desafiador se cansou do jeito que ela me tratava e se apoderou de mim – Tu amaste dois homens algum deles chegou a lhe profanar deusa?

Ele me olhou com ódio.

- Como ousa estúpido! Criatura nojenta!

Eu ri com escárnio.

- Se Orion estivesse vivo você estaria casada com ele!  - Eu fitei a expressão de dor no rosto da deusa – Tenho certeza de que você não seria devota a castidade!

Os olhos da deusa se encheram de lagrimas contidas. Eu sentia pena do que eu estava fazendo a ela, mas eu simplesmente não conseguia parar.

- O que aconteceu com o segundo? Você o matou também?

Ela se levantou e bateu em meu rosto, tão forte que me jogou no chão.

- Chega! Você não sabe! Você não entende!

Eu toquei meu rosto onde ela bateu e comecei a rir.

- Não sei... Diga-me deusa, tu sofres pelos amores perdidos ou porque nunca se deitou com um homem?  

A deusa chorava.

- Oh! Pare!

Eu ri mais alto.

- Maldito espírito da caça com que eu o abençoei, retira-se do corpo da minha criança! – Urgiu a deusa.

Senti todo aquele poder que tinha desaparecer, o medo e a insegurança que nunca senti se apoderaram de mim de uma vez só. Não agüentei ficar em pé, caí por terra de rosto no chão.

- Oh meu filho, perdoe-me! – foram as ultimas palavras que escutei antes de desmaiar.


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Notas finais do capítulo

reviews??? Eu mereço alguns certo???? - dúvida - =S