Nothing Is What It Seems escrita por Vicky_Braz


Capítulo 4
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Finalmente terminei esse capitulo! E ele ficou bem longuinho. Espero que gostem



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                                          ...Ou não

 

 

Sete horas da manhã, eu ainda estava na cama depois de o relógio despertar pela terceira vez. Parece que o cansaço da viagem só foi me atingir hoje. Logo hoje que eu tinha escola. Argh!Mas..pensando bem não é tão ruim assim. Afinal estou muuuuito cansada, tenho que ficar descansando debaixo do edredom, me entupindo de chocolate e vendo os filmes do Brad Pitt. E depois quem sabe fazer umas compras, afinal comprar é muito terapêutico!

Toc, toc. Eu ouço meu pai bater na porta

- Entra, pai – ele abriu uma fresta de porta, olhou por ela e depois abriu ela toda e entrou

- Pensei que estivesse dormindo

- Er... não faz muito tempo que eu acordei

- Então porque não se levantou ainda?

- Arrrgh. Pai eu tenho mesmo que ir hoje? Eu estou tão cansada que hoje o meu ideal de dia perfeito é ficar o dia todo na cama

- Você sabe que não pode. E vamos filha. Você vai conhecer gente nova, professores novos e além do mais você ainda tem que se adaptar, eles não vão cobrar muito de você. E quem sabe depois nós podíamos passear.

- Tudo bem pai. Mas eu não vou sair de tarde, eu vou  é dormir a tarde toda.

- Bem, se é assim que você quer – ele deu de ombros – Agora vai se arrumar. Você já esta atrasada – Ele saiu do quarto e fechou a porta.

   Me levantei devagar com a mínima disposição possível e fui fazer as necessidades. Tomei café e me arrumei. O uniforme da escola era bem parecido com o uniforme do  clipe de Baby One More Time ( A musica mais perfeita do mundo: http://www.youtube.com/watch?v=TKo4fFVymqk) Bem que podia ser o colégio onde foi gravado o clipe. Eu ia surtar.

  O carro do meu pai tinha há acabado de estacionar suavemente junto a calçada da frente do meu colégio. Logo atrás tinha outros carros luxuosos, com pessoas luxuosas saindo deles. Medo!

- Pai, por favor me dá mais um dia para me preparar.

- Filha você vai se sair bem. Eles são pessoas normais

- Não considero pessoas que se arrumam para a escola como se fosse para o Grammy normais – disse olhando a rua pela janela.

- Não exagera filha

- Ta bom – respirei fundo – Mas se eu me der mal eu vou te culpar para sempre e você vai viver a vida toda amargurado pensando em como você fez sua filha sofrer

- UAU. Se Deus quiser e ele tem que querer você vai ser a garota mais popular dessa escola

- Vai sonhando. Tchau Pai

- Tchau filha, boa sorte – eu abrir a porta do carro e sai. No mesmo minuto varias pessoas olharam para mim. Ótimo. E para piorar um garoto ainda bateu de cara no poste. Ótimo mais ainda. Resolvi ignorar, até porque se não ignorasse nunca entraria em escola nenhuma.

Por mais que meu pai seja rico e participe da High Society de Nova York eu nunca iria me enturmar nesse colégio. Eu era completamente diferente deles. Eu vim do interior da Lousiana onde quem tem um computador é milionário. Por mais que eu quisesse ser uma cantora famosa, o colégio seria uma prova de que este não é o meu mundo. Já me senti intimidada só por observar o jeito deles de andar! Porém seria pelo menos um jeito de aprender e...

- Ai. Olha por onde anda – desviei-me do meu pensamento e olhei para a garota na minha frente. Alta, loira oxigenada e bonita. Deduzi que fosse aquele tipo de garota,muito comum em escolas, que é a capitã do time das lideres de torcidas, rica, metida e a mais popular da escola. Com certeza esbarrar com esse tipo de garota não pode ser considerado sorte.

- Me desculpe eu não vi você

- Eu percebi – ela disse com a voz carrancuda até olhar para cima – Hey, quem é você? Eu nunca te vi aqui

- Sou aluna nova. Isabella Swan, prazer – estendi a mão. Ela apenas olhou e ignorou o que me fez abaixar a mão totalmente envergonhada.

- Pela sua voz você parece ter vindo do interior da roça.

- É, mais ou menos. Sou de Kentwood, Louisiana – ela bufou

- Então você só deve ser mais uma que se mata de trabalhar para poder pagar o colégio e ter um futuro melhor – ela disse debochando

- Na verdade não

- Então, deixe-me adivinhar. Seus pais ralam duro para pagar esse colégio e você não esta nem ai

- Hum... Também não

- Que seja. – ela pareceu irritada por não conseguir adivinhar -  Não sei por que ainda estou perdendo meu tempo aqui – ela se virou e saiu andando rebolando como uma prostituta. Eu apenas  revirei meus olhos e segui andando para a diretoria.

  Lá eles me deram o horário, um mapa e me apresentou ao professor de matemática, Mrs Bank,  que me daria aula agora. Segui com ele para a sala de aula. Chegando lá ele me pediu para esperar do lado de fora que ele iria me anunciar. Pude ouvir ele de desculpando pelo atraso e mandando a turma sentar. Em poucos segundos ele iria chamar meu nome e eu teria que ficar em frente a uma turma cheia de patricinhas e mauricinhos. Tomara que ele não me faça fazer um discurso .

- Bom, hoje temos uma novidade. Creio que você saibam que esta semana a escola ganharia uma aluna nova. Srta. Swan entre por favor – respirei fundo, dei um sorriso colgate e entrei. A sala era como eu tinha imaginado: cheia de patricinhas e mauricinhos e coincidência ou azar, a menina que encontrei na entrada estava lá. Mais azar ainda, estava do lado do único lugar vazio. Pelo visto o dia não esta indo bem

- Srta. Swan, poderia fazer um discurso de apresentação? – Não

- Claro – respirei fundo – Olá, meu nome é Isabella Swan, mas prefiro Bella. Vim de um fim de mundo que se chama Kentwood. Para quem não sabe fica no interior do interior da Louisina e só.

- Hum... Belo... ham... Discurso Srta. Swan. Mas sinto que devo acrescentar que é filha simplesmente do maior neurocirurgião de Nova York, doutor Carlisle. Estou certo? – neste momento um coro de Oooh ecoou pela sala. Corei mais que pimenta.

- Sim, esta.

- Ótimo, então pode sentar ali – ele apontou a cadeira vazia e como não tinha opção fui para lá. O jeito com que eu joguei minha mochila com força na cadeira refletiu meu humor e mesmo mantendo o olhar fixo na carteira pude sentir a maioria de pares de olhos da sala olhando para mim como se a lua estivesse agindo como holofote em cima de mim. AAAAAAAAAAAAAH

- Vamos começar a aula. Abram o livro na página 152 – ouvi a ordem do senhor Bank por fundo enquanto a minha mente se concentrava em como enfrentar este dia, mas uma voz já um pouco conhecida perturbou minha concentração:

- Oi, não sabia que era filha do Carlisle – eu me virei para ver a garota da entrada – Minha mãe faz parte do conselho de medicina de Nova York junto com ele

- Nossa – procurando algo para responder – Que legal, eu acho. – A menina pareceu irritada com a minha lerdeza mental mas não respondeu. Simplesmente virou-se para para pegar seu livro, colocou-o em cima de sua mesa e abriu-o na página certa. Aproveitei para fazer o mesmo e o que eu menos esperava aconteceu: Ela se virou e começou a falar comigo novamente:

- Então, suponho que você vá ao jantar

- Que jantar?

- O jantar do conselho dos médicos semana que vem.

- Eu não sei. Meu pai ainda não falou comigo, mas eu não gosto muito dessas coisas

- Pra falar a verdade nem eu. Sempre tem esses jantares e sempre minha mãe me obriga a ir. Mas eu só faço uma presença básica. Depois de um tempo eu e uns amigo fugimos de lá.

- E para onde vocês vão?

- Pras boates, claro. Não há lugar melhor em Nova York do que as boates. Você já foi a uma boate certo?

- Não. Por isso que o interior é interior. Graças a Deus sai de lá – ela deu uma risadinha

- Nossa, você é muito inocente. Que pena – pensei bem. Com certeza “inocente” não seria a palavra certa. Não mesmo

- Não acho que esta seja a palavra certa

- E qual seria

- Lolita. É, seria mais correto – ela sorriu no exato momento em que o professor parou a explicação para olhar para a gente

- Vocês tem alguma coisa para dividir com a turma Srtas? – ele perguntou e minhas bochechas queimaram. Abaixei a cabeça

- Não – eu e ela dissemos em coro. O professor continuou a explicação e eu manti meus olhos no livro

- Esqueci de dizer que meu nome é Megan – a menina cochichou para mim. Eu olhei para ela, mas ela estava – ou fingia estar – concentrada no livro.

   Até que o dia não foi tão horrível quanto eu pensava. Claro que não foi maravilhoso, mas pelo menos eu não passei nenhuma vergonha. No intervalo Megan me apresentou ás amigas dela. Nós conversamos. Talvez não possa ser considerada bem uma conversa já que elas falaram bem mais do que eu. Enquanto me contavam coisas das vidas delas, tentei não parecer horrorizada. NY é bem diferente de Kentwood.

  No fim do dia, a minha agenda já estava lotada de compromissos. As “amizades” que eu fiz não foram bem com as pessoas do meu tipo, mas elas não eram tão ruins. Afinal debaixo de toda aquela água oxigenada deve ter uns neurônios. Eu acho

  Me despedi delas e esperei meu pai. Passou um tempo. Passou mais tempo. Passou muito tempo. Passou tempo até demais. Decidi ir sozinha, afinal não deve ser tão difícil achar minha casa, pelo que eu percebi Nova York é cheia de placas e minha rua é conhecida.

   Comecei a andar pelo caminho que eu me lembrava de onde veio o carro do meu pai. Andei, andei,andei. Não demorou tanto assim de carro, eu pensava. Andei mais um pouco. Tudo bem, andei mais um monte de chão até que parei porque percebi que estava andando em círculos. Forcei a minha memória e veio um esboço do caminho. Andei mais até que percebi que não adiantava o quanto eu andasse eu não fazia a mínima ideia onde eu estava. AAAAAAAAH.

   Desabei no chão, sem mais forças para andar. Por quê? Por quê? Porque eu não fiquei lá esperando o meu pai? Agora eu estou aqui cansada,  morrendo de fome, com vontade de ir no banheiro e pior: perdida. Meu pai iria me matar.

  Resolvi pegar meu celular na mochila para ligar para o meu pai. Disquei o numero e deu sem sinal. Resolvi levantar e agora estava chamando. Ouvi o a voz de meu pai falando alô e já fiquei aliviada. Ele viria me buscar, eu iria para casa, tomaria um banho e ficaria tudo bem! Mas foi justo nesse momento que eu senti algo – uma pessoa – me agarrando por trás e pressionando os meus braços contra a parede. Com o susto meu celular caiu no chão e saiu a bateria. Puta Merda. Meu coração começou a bater muito rápido e eu gritei – por causa da dor e do medo -  com os olhos fechados. Ótimo, eu ia morrer no meu primeiro dia em Nova York. A mão do desgraçado tapou a minha boca, mas mesmo assim eu não parei de gritar. Senti o rosto da pessoa chegar ao lado do meu e sussurrou com uma voz bem conhecida:

 

- Abre os olhos e vê quem ta aqui

 

  Há não. Só me faltava essa. Não é possível. Porque senhor este homem tem que me seguir até aqui. Grande Meeerda.

 Parei de gritar e abrir os olhos tremendo de raiva para ver o rosto daquele vagabundo olhando para mim com um sorriso cínico. Meu corpo tremia de raiva

- Sentiu saudade?

   Mordi a mão dele e ele soltou. A madeira da cara dele devia ser muito boa

- O que você ta fazendo aqui? Me esquece – eu gritei. Mas não adiantou, ele aproximou-se de mim novamente e eu quase vomitei de nojo

- Porque não quer admitir que você esta quase morrendo sem o seu James

- Você acredita mesmo nisso?

- Sim e você também

- Me solta

- Você sabe que me quer

- Eu não quero nem olhar mais pra sua cara

- Vamos ver

    Ele chegou perto da minha orelha e pude sentir sua respiração contra minha pele, o que me fez arrepiar. Ele mordiscou minha orelha e meu queixo e passou os lábios suavemente nos meus lábios. Eu tive que ceder

  Minha raiva era mais de mim mesma do que dele. Como eu pude, depois de ele me trair com a minha melhor amiga, deixar ele invadir minha boca novamente.

   A língua dele percorreu cada canto da minha boca. Nossas línguas dançavam em uma perfeita sincronia que me fez lembrar os nossos bons tempos. Ele ia para o pescoço quando sussurrou na minha orelha

- Talvez a gente termine aqui mesmo o que a gente não conseguiu terminar naquele dia

 Só essa declaração me fez lembrar toda a raiva que eu sentia dele minutos atrás. Eu mordi com toda a minha força a língua dele. Ele imediatamente se afastou de mim com a mão na boca, me aproveitei para cuspir na cara dele. Aquele canalha merecia mais.

- Como você teve coragem de fazer isso – ele berrou comigo

- Eu que devia perguntar – Berrei de volta. O corpo dele tremeu de raiva e o meu tremeu de medo. Ele veio para cima de mim como um leão e agarrou os meus braços com o dobro de corça de antes. Eu chorei num misto de raiva e de dor

- Você ta muito assanhada por meu gosto. Esqueceu quem é seu dono. Em? – ele gritou com toda a força da sua voz e minhas lágrimas jorravam.

- Me solta

- Te soltar? Acho que não

- Me solta

- Não

- Me solta – eu gritei

- Eu já disse que não – ele gritou e volta. Eu estava completamente desesperada, não conseguia raciocinar para formar palavras. Eu já tinha desistido, mas outra voz, desconhecida, gritou

- Solte a moça – era uma voz grossa, de homem. Senti James se virar para a tal voz e respondeu:

- E se eu não solta o que você vai fazer? – O aperto de James afrouxou. Eu olhei para cima, para o rosto de James e segui o seu olhar assustado. Ele olhava – e agora eu também – para a arma debaixo da blusa do homem. Eu poderia ter me assustado ainda mais, já que James não tinha uma arma e eu sabia o que ele queria. Mas algo nele me fez sentir protegida, como se o perigo estivesse acabado. Que tola eu era.

  De repente os meus braços foram libertados e uma enorme dor atingiu por causa da circulação. Eu olhei ele correr para a esquerda e desabei no chão e chorei como nunca. Senti o homem chegar perto de mim, se agachar e com a mão, suavemente, tirou uma mecha de cabelo do meu rosto.

- Hey, você ta bem? – ele perguntou. Eu apenas balancei a cabeça e olhei pela primeira vez no rosto dele. Era bem diferente do que eu tinha imaginado para a voz dele. Ele tinha um rosto infantil, brincalhão. E não dava para negar que ele era bonito, muito bonito. O tom de pele moreno combinava com o tom escuro dos cabelos. Ele mostrava os dentes dele incrivelmente branco num belo sorriso para mim

- Sim, obrigado.

- Não foi nada. – ele percebeu que eu olhava fixamente para onde ele segurava a arma – Há o que foi? É só a minha bombinha de ar – ele riu, mostrando a bombinha de ar. Não pude deixar de soltar uma risada

- Nunca pensei que ele fosse tão covarde – ele riu se levantou e estendeu a mão para mim

- Eu conheço o tipo de cara dele. Têm muitos em Nova York.

- Há, mas ele não é de Nova York – as sobrancelhas dele se juntaram em um tom de confusão

- Como você sabe? Conhece ele?

- Infelizmente sim. Ele era o meu namorado em Kentwood, mas eu terminei com ele quando eu descobri que ele me traia com a minha melhor amiga

- Nossa, que barra. Mas ele te seguiu do interior da Louisiana até aqui?

- É...Pe-pera ai. Como você sabe que Kentwood fica na Louisiana. Quer dizer, quase ninguém sabe – ele deu de ombros

- Acho que sou bom em geografia – eu sorri – Então, acho que esta perdida

- Acertou

- Então onde você mora?

- No centro, primeira avenida

- Endereço chic

- É

- Eu sei onde é, posso te levar lá

- Não precisa...

- Claro que precisa. Há não ser que queira se perder de novo

- Tudo bem. Mas a gente pode parar pra fazer um lanche? – ele riu

- Claro, e há meu nome é Jacob

- Prazer, Isabella

- Bom te conhecer Isa

- Há... Não. Bella

- Então, bom te conhecer Bella – eu ri e ele também – Você é nova aqui né. Porque esta bem distante do centro. Quase no Brooklin

- Sou nova mesmo, nunca mais saio sozinha  - ele riu

- Também acho melhor não – nós rimos e fomos para o centro

   Realmente andamos muito até chegarmos ao centro. Mas foi bom para conhecê-lo melhor. Jacob  era muito legal e engraçado e muito parecido comigo quando estava nos meus melhores dias. Nós paramos no Mcdonalds e lanchamos.

- Então, você veio da Louisiana para cá, só para tentar seu sonho de ser a princesinha da América?

- Isso mesmo – ele riu de um tom debochado. Eu sei que muitos duvidavam de mim e do meu potencial e eu não gostava nada disso

- Hey, eu tenho talento

- Pode ser, mas as vezes, nesse mundo, você tem que ter mais que talento. Você sabe, tipo ser..há você sabe. E você é muito inocente

- Afff. Porque todos que me acabam de me conhecer me dizem isso?

- Deve ser porque você é inocente

- Acredite, não sou

- Ata, qual foi a pior coisa que você já fez? – pensei um pouco. Eles estavam certos. Eu podia ser atrevida para Kentwood, mas aqui eu era uma santa.

- É, talvez eu seja mesmo

- Viu, eu sempre estou certo – eu ri e meu  celular tocou me fazendo lembrar do mundo. Conversar com Jacob era muito bom, ele me fazia sentir em casa e esquecia todos os problemas.

- Não vai atender?

- Há, é – depois de agir como uma retardada, peguei meu celular. Era meu pai, ele devia estar furioso, preocupado e furioso.

- Alo

- Filha?

- Sim

- Onde você esta? Aconteceu alguma coisa? Você esta bem? Você não imagina o quanto eu fiquei preocupado – ele me bombardeou de tantas perguntas que nem entendi direito

- Calma pai. Relaxa, respira fundo

- Filha...

-Ta bom. Olha, não aconteceu nada. Sério, mas em casa eu explico

- Tudo bem. E onde você esta?

- No Mcdonalds

- Quer que eu va te buscar?

- Não vai te atrapalhar?

- Claro que não

- Então ta

- Em dez minutos estou ai. Não saia daí, entendeu?

- Entendi. Até mais pai

- Tchau – ele desligou o telefone e eu fiz o mesmo e o guardei.

- Acho que eu não devo te perturbar mais

- Que nada. Você não me perturba, mas acho que já to indo. Promete que não vai mais entrar em confusão?

- Prometo

- Então, talvez a gente se encontre outra hora

- É, eu realmente espero que sim. Pode ir, você deve estar cansado. Eu pago a conta

- Nada isso. Eu pago

- Não vai querer da uma de cavalheiro

- E se eu quiser

- Aff. Tudo bem se a gente rachar?

- Não.

- Acredite é o melhor que vai conseguir de mim – ele respirou fundo

- Tudo bem então, já que você insiste – ele desistiu e pediu a conta. Muitas pessoas já haviam dito para mim que era impossível discutir comigo.

- Você é persistente heim. Moderna também – eu só sorri. Não sabia bem se era um elogio ou uma critica. Nós pagamos nos despedimos e ele foi embora.

   Esperei meu pai, que não demorou muito. Assim que avistei o carro dele fiquei arrepiada de medo. Eu ia receber uma baita bronca e devia ficar de castigo no mínimo para sempre.

  Respirei fundo e entrei no carro.

- Oi pai. – eu fechei os olhos me preparando para a bronca, mas de repente ele me abraçou.

- Há filha. Que bom que você esta bem. Você não imagina o quanto fiquei preocupado. Não faça isso de novo, promete?

- Prometo. Mas você não esta bravo?

- Não, filha. Eu sei que demorei e você deve ter ficado impaciente e pensou que conhecia o caminho

- Acertou direitinho

- Você é muito parecida com a sua mãe. Mas o que aconteceu quando você havia me ligado e de repente ouvi um grito e a ligação caiu. Aconteceu alguma coisa?

- Não pai – eu não iria conta-lo sobre James nunca – Só que – pensa rápido – ele caiu

- E porque não ligou de volta?

- Porque nesse exato momento eu tinha ouvido passos e me assustei por isso o telefone caiu. Mas era um garoto legal que me trouxe até aqui. O nome dele era Jacob

- Mas quando eu cheguei você estava sozinha

- É porque ele já tinha ido embora. Ele até rachou a conta comigo.

- Acho que vou acreditar em você, mas só dessa vez

- Obrigado pai – eu sorri aliviada. Pelo visto nada de bronca. Ufa

- Mas onde você foi parar?

- Jacob me disse que eu estava perto do Brooklin

- Nossa, ali é meio perigoso. Podia ter acontecido algo pior – eu apenas assenti com a cabeça. No resto da viagem ele me perguntou como tinha sido na escola e ele falou que ia me deixar faltar amanhã, porque segundo ele eu havia passado por muita coisa hoje. E ele não sabia nem a metade.

 Quando cheguei em casa fui rapidamente tomar um banho, me sentia horrivelmente suja, porque havia sito tocada pelo James. Depois perdi a conta de quantas vezes escovei o dente.

 Já havia me preparado para dormir quando Carlisle disse que ia sair para um encontro. Diferente de muitas filhas, eu o incentivei. Havia bastante tempo desde que  meus pais se separaram e eu nunca soube de alguma namorada. Era bom pro meu pai ter companhia da idade dele.

  De repente resolvi  ligar para a Alice.

- Alô – ela atendeu com sua voz de fala

- Oi Allie

- Bellaaaaaa. Que bom que você ligou, já estou morrendo de saudades.

- Eu também, Polly.

- Para, sabe que eu não gosto que me chamem assim

- A culpa não é minha se você é baixinha

- Até parece que você tem dois metros

- Há tudo bem. Como vocês estão ai?

- Estamos bem. Todo mundo esta morrendo de saudade, minha mãe não ligou porque esta com medo do papai e...

- Pêra ai. Mamãe esta com medo do papai, sério?

- É mais ou menos. Acho que ela tem vergonha

- E Emmett?

- O de sempre, continua me perturbando. Bel, eu estou sofrendo aqui sem você para me proteger

- Há você vai ficar bem

- É, talvez sim eu sou bem ágil.

- Porque ele não ligou?

- Porque ele não tem tido tempo. Sabe, ele esta estudando bastante para as provas que conta para a faculdade e para o vestibular também. Sem contar o trabalho dele que agora resolveram pegar no pé

- Há que pena. Ele esta em casa agora?

- Não, eu estou sozinha. Mamãe saiu com o Charlie e Emmett com a Cassie – ela falou o nome de Cassie meio que com nojo. Allie dividia o mesmo sentimento que eu sobre ela.

- Aquela garota ainda não parou de incomo...

- Há eu preciso te contar, ele falou pra eu não te contar, mas eu tenho que contar – Alice explodiu de repente me deixando assustada.

- O que foi Alice? Aconteceu algo grave?

- Pelo nosso ponto de vista sim

- Fala logo

- Ta – ela respirou fundo antes de despejar um monte de palavras em cima de mim – Emmett pegou dinheiro emprestado com a mamãe e levou ela para o restaurante mais caro de Nova Orleans e comprou um anel caríssimo para pedir ele em casamento. Pronto falei

- O QUE? Eu não posso acreditar nisso. Nãããão. Isso é uma das piores tragédias da minha vida. Não posso aceitar aquela vagabunda na minha família

- Eu também não Bella

- Então faz alguma coisa!

- Fazer o que? Eu já tentei de tudo, mas ele esta irredutível. – algo surgiu na minha cabeça

- Eu tenho um plano Alice. Ouça atentamente e faça o que eu disser.

    Depois de contar todo o meu plano resolvi contar sobre James.

- Alice, você não sabe o que aconteceu hoje

- Não sei mesmo não

- O James foi um dos principais motivos para eu me mudar né

- Sim, porque

- Allie, eu quase morri. Você não vai acreditar, mas ele me seguiu até aqui

- Meu Deus! Eu não acredito que ele fez isso.

- Isso nem é o pior. Tipo, hoje depois da escola, meu ia me buscar mas ele tava demorando demais...

 Contei tudo para ela. Ela falou que eu devia contar para o papai, mas eu não queria preocupa-lo. Desliguei o telefone e fui dormir.

  Hoje, definitivamente, apesar de eu ter conhecido o Jacob, não foi um dia bom. Primeiro a escola, segundo o James e agora o Emmett faz essa burrice. Espero que a Alice consiga.


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Notas finais do capítulo

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