Meu Vizinho Proibido escrita por La Loca


Capítulo 2
Capítulo 2 – Você está bem?


Notas iniciais do capítulo

Oiii amores!!
Eu acho que vou começar a postar um capítulo por semana, espero que gostem desse e dos demais ♥
Beijooos e uma ótima leitura :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666132/chapter/2

Depois de algumas horas, chegamos até o nosso destino. Nós nos agasalhamos, pois o clima era completamente diferente do que eu estava acostumada e fomos até a nova casa. A cidade até que era bonita.

— Que tal acordarmos cedo amanhã e conhecermos um pouco a cidade? Perguntou meu pai entusiasmado.

— Wohoo! Disse Rodolpho animado.

Ele era o mais novo, então não se importava com amigos velhos ou novos, nem nada, o que viesse para ele estava bom, principalmente se fosse algo novo.

— Pelo menos alguém está feliz de estar em algum lugar novo. Disse minha mãe esperando que eu ou Samuel disséssemos algo e não, não dissemos.

Finalmente chegamos a casa nova. Na verdade, todas as casas se pareciam uma com a outra e isso era bem estranho, mas até que eram bonitas as casas.

— Finalmente, lar doce lar. Disse o meu pai sorrindo.

— Você tem certeza que é essa? Perguntou Samuel.

— Por que não teria? Perguntou ele.

— Talvez porque todas as casas são idênticas, só uma suposição. Disse Samuel.

— Talvez o número da casa seja o mesmo que o que está no documento de compra, só uma suposição. Respondeu a altura.

Eu tive que rir dessa. Peguei algumas coisas e entrei. Até que era, não, ela era linda por dentro, mais linda que a antiga, nossa... E tão quentinha... Coloquei a primeira caixa no pé da escada e fui até o carro terminar de pegar as outras, e assim foi até a última que eu iria pegar. Eu já estava cansada de tanto entrar e sair, na hora em que subi na calçada, eu pisei numa bolinha e escorreguei caindo de bunda no chão e droga, tinham vidros na caixa.

— Ai... Murmurei.

Um garoto veio até mim, se agachou pegando a caixa e disse:

— Você está bem?

Eu confesso que já vi muitos garotos bonitos na vida, mas aquele era diferente, eu não sei o que aconteceu comigo, mas droga, eu ainda estava caída no chão olhando para ele com cara de idiota, mas aqueles olhos, aquela boca... Rebecca...

— Ei? Está tudo bem? Insistiu ele estendendo a mão para me ajudar a me levantar.

Eu saí do meu transe e disse:

— Ah... Sim, estou... Eu acho — segurei em sua mão e me levantei.

— Ah... Que bom — Ele sorriu — Pelo visto é minha vizinha nova.

— É, acho que sim. Respondi sem graça.

— Eu moro ali do lado — ele apontou — espero que não se incomode comigo cantando, às vezes.

— Você canta? — Que pergunta mais idiota a minha.

— É... Canto — É claro que ele canta se não ele não teria dito lerda.

— Filha, vem me ajudar a arrumar seu quarto. Disse minha mãe na porta.

— Ah... Eu tenho que ir — peguei a caixa das mãos dele, esbarrando sem querer meus dedos nos dele — Obrigada por me ajudar e até mais, vizinho.

Ele sorriu, abaixou a cabeça e disse:

— Até mais, vizinha.

Eu sorri me virei e entrei.

P.O.V Shawn Mendes

— Ah… Qual é o seu — meu celular tocou, eu o peguei e atendi, dizendo — Alô?

— Babe. Disse Camila.

— Oi. Respondi sendo um pouco seco.

Ela tinha acabado de terminar comigo, ou melhor, fazia quase uma semana que ela tinha me pedido um tempo para pensar e ver se realmente ficaremos juntos. Eu estou falando direto aqui e nem me apresentei... Eu sou o Shawn Peter Raul Mendes, moro em Toronto com meus pais Karen e Manuel Mendes e, minha irmã Aaliyah Mendes. Eu respiro música, não consigo realmente viver sem ela, não mesmo. Tenho alguns amigos como David Lawrence, Nash Grier e Cameron Dallas, que conheço desde que me conheço por gente e Camila Cabello, que conheci no colegial. Eu e ela namoramos desde o segundo ano, mas por algum motivo que até hoje eu não sei, ela me dispensou.

— Eu estou em casa sozinha hoje... Você bem que poderia vir e a gente podia ver um filminho juntos, que tal? Disse ela.

— Não sei se você se lembra, mas não estamos mais juntos. Respondi.

— Ah... Não precisa vir como meu namorado, ou ex, que seja, só como meu amigo, vai... Por favor! Disse ela fazendo voz manhosa.

— Não, eu tenho que fazer tarefas de casa, não dá. Respondi não querendo mesmo ir.

— Isso você pode muito bem fazer outro dia. Disse ela.

— Poderia se não fosse para entregar amanhã, vou até começar a fazer agora, tchau. Falei desligando o telefone e o guardando.

Eu olhei novamente para a casa, sorri por me lembrar da vizinha nova e me lembrei de não ter perguntado o seu nome, droga...

P.O.V Rebecca Oliver

Assim que cheguei ao meu novo quarto eu simplesmente amei, era simples grande e bonito.

— E então, quem era o rapaz que você estava conversando? Perguntou minha mãe.

— Ah... É o nosso vizinho. Respondi evitando olhar para ela, ou ela notaria que fiquei balançada com o garoto.

— Conversou esse tempo todo e nem perguntou o nome dele? Perguntou-me.

— Não. Respondi me lembrando disso e me xingando mentalmente por isso.

— Até que era bonitinho, mas você sabe como as coisas funcionam, não sabe? Disse ela me olhando nos olhos.

Meus pais sempre me diziam, desde quando eu era mais nova que eu não deveria, nunca me envolver com qualquer rapaz que não fosse negro, eu nunca entendi o motivo, mas nunca reclamei por isso, até porque os lugares que eu frequentava tinham muitos rapazes negros que tiravam a graça de todos os brancos juntos, mas eu não sei, algo naquele garoto me chamou muita atenção, mas o que era?

— Sim mãe, eu sei... Eu não me interessei por ele, ok? — menti — Até porque sei muito bem que não posso ficar com ele mesmo.

— Pelo menos essa preocupação eu não terei com você, não é mesmo? Disse ela me abraçando.

Acho que não ou será que sim? É melhor eu deixar isso quieto...

— E então filha, o que achou do seu quarto novo? Perguntou meu pai escorado nos umbrais da porta.

— É lindo, obrigada pai. Respondi sorrindo.

— De nada, princesa. Amanhã você já pode começar na escola nova, a empresa já cuidou da matrícula e tudo mais, então trate de arrumar seus materiais, entendido mocinha? Disse ele.

— Argh... Entendido... Respondi.

Ele sorriu, veio até mim, deu-me um beijo na testa e saiu do quarto.

— Eu vou ajeitar as minhas coisas agora, aproveita para descansar, porque amanhã você irá acordar bem cedo para procurarmos sua nova escola. Disse minha mãe indo até a porta.

Eu até estava cansada, mas a fome predominava em mim. Eu desci as escadas, fui até a cozinha e peguei um copo de leite e alguns biscoitos, me sentei na cadeira da bancada e comi.

— Becca, você gostou daqui? Perguntou Rodolpho.

— Ah... Até que é legal. Respondi sorrindo.

— Você acha que vou fazer amigos aqui? Perguntou-me subindo na cadeira.

— Tenho certeza disso. Respondi pegando mais um biscoito e comendo.

Ele pegou alguns biscoitos e disse:

— Aqui faz muito mais frio que lá na Flórida.

— É mesmo... Será que tem internet? Perguntei.

— Acho que sim. Respondeu-me.

Então peguei o meu celular e tentei entrar nas redes sociais e consegui, dizendo:

— Wohoo!

Eu vi que Keila estava online e mandei mensagem para ela dizendo:

Amiga, acabei de chegar. Até que não é tão ruim aqui.”

“E aí, já conheceu algum gato? No aeroporto, avião ou sei lá?!” Perguntou ela.

“Não, quer dizer, sim conheci. Na verdade da forma mais constrangedora do mundo. Eu caí no chão e ele me ajudou a levantar”.

“Quem é ele? Já tem ele no Facebook?” Perguntou ela.

“Hã? Não, não deu tempo nem de saber o nome dele, mas eu ainda posso descobrir, ele meu vizinho”. Respondi sorrindo.

“Arrasou gata, pega ele”. Disse ela.

“Quem sabe eu num pego mesmo”. Respondi sorrindo.

Nós conversamos bastante, praticamente durante a noite toda, eu comecei a sentir sono e acabei dormindo com o celular na mão.

No dia seguinte, eu acordei sem precisar de minha mãe, pois estava ansiosa para conhecer a nova escola. Tomei um banho, me arrumei, vesti uma roupa quente e confortável, passei pouca maquiagem, peguei minha bolsa e desci para tomar café da manhã.

— Bom dia. Falei chegando à cozinha.

— Bom dia, querida. Disse minha mãe fritando bacons.

Peguei algumas torradas, passei mel e comi.

— Hm, eu posso ir dirigindo hoje? Perguntei.

— Você sabe onde fica a escola? Perguntou minha mãe.

— Não, mas eu consigo descobrir sozinha. Respondi com um sorriso forçado.

— Nada disso, hoje eu te levarei, quando você aprender o caminho, aí sim, você pode ir sozinha. Disse ela.

Eu bufei, terminei de comer e fui escovar os dentes. Coloquei uma touca, luvas e fui até o carro. Depois de alguns minutos, minha mãe e Rodolpho chegaram, ela ligou o carro e fomos. Ela me deu um papelzinho com o endereço e paramos em quase todas as esquinas pedindo informação até chegarmos lá.

— Enfim, chegamos. Mais tarde eu passo aqui para buscar vocês, está bem? Perguntou-me.

— Tá bom, tchau. Respondi dando um beijo em seu rosto e saindo do carro.

Rodolpho saiu também, eu segurei em sua mão e entramos na escola nova. Até que estava bem calma, talvez pelo motivo de termos chegado atrasados. Andamos um pouco até encontrarmos com um aluno do comitê de boas vindas.

— Bom dia, alunos novos? Disse ele.

— Sim. Respondi.

— Prazer, eu me chamo Willian Scott, como se chamam? Perguntou-nos.

— Eu sou a Rebecca Oliver e esse é o Rodolpho Oliver. Respondi.

— Ah sim, tem o papel com seus horários? Sabe que está atrasada, não é? Disse ele.

— Infelizmente me perdi. Respondi procurando na bolsa.

— Mas e ele, é de qual série? Perguntou-me.

— Jardim de infância. Respondi.

— Então amiguinho, vou te levar até lá, só espere um pouquinho, está bem? Disse ele para Rodolpho.

— Tá. Respondeu ele sorrindo.

Finalmente achei o papel e estava escrito que minha primeira aula seria de inglês.

— Então, sua sala fica no próximo corredor, segunda porta à direita. Pode deixar que eu levo o seu irmão até a sala dele. Disse ele.

— Mas e depois, como vou saber onde é a sala dele? Perguntei.

— Hoje eu fiquei encarregado de colar em vocês dois, então quando você sair, pode ter certeza de que estarei na porta de sua sala te esperando com ele, ok? Disse ele.

— Está bem... Aquilo soou um pouco estranho, mas...

Fui até a sala, eu estava morrendo de medo de chegar lá e ser o centro das atenções, mas de um jeito ou de outro eu seria mesmo, ainda mais por ser aluna nova. Então entrei e tentei caminhar rapidamente até a primeira carteira que visse, mas o professor disse:

— Então esta é a aluna nova, Srta. Rebecca Oliver, poderia se apresentar para a turma?

Eu fiquei sem reação, neguei com a cabeça e ele disse:

— Isso não é um pedido e sim uma ordem, venha aqui na frente.

Eu já estava nervosa, aquilo foi o suficiente para que eu começasse a tremer. Eu fui até a frente de todos, respirei fundo e comecei a dizer:

— Hm... Meu nome é Rebecca Louise Oliver, tenho 17 anos, vim da Flórida e é isso — fui correndo até minha carteira.

No caminho, meus olhos bateram no meu vizinho que estava sentado no fundo da sala.

P.O.V Shawn Mendes

Eu não acredito no que estou vendo, a vizinha nova estuda aqui?! Ela está tão gata...

— Opa... Carne fresca na área. Disse David que já cresceu os olhos nela.

— Nem vem, eu vi primeiro. Disse Nash.

— Na verdade, quem viu primeiro fui eu. Ela é aquela vizinha nova que falei. Falei sorrindo.

— Ah... Mas você já está com a Camila, então cai fora. Disse Cameron.

— Estava. Falei.

— Ah qual é, daqui a pouco vocês estão juntos de novo, você é o cãozinho dela, você vai ver só, não dou uma semana. Disse David.

— Se você acha quem sou eu para discordar... Respondi abrindo meu caderno.

Meu celular vibrou, eu o peguei e vi que era uma mensagem da Camila, eu o guardei no bolso e voltei a prestar atenção na aula. Ok, eu não estava prestando totalmente atenção na aula, eu dividi um pouco para a aula e um pouco para Rebecca, que retribuía alguns olhares e sorria para mim.

— Acho que ela já fez a escolha dela. Disse Nash percebendo.

— O quê? Perguntei tentando disfarçar.

— Pensa que não estou vendo vocês sorrindo um para o outro o tempo todo? Perguntou-me.

— Espero que a Camila não tenha percebido. Falei.

— Tarde demais. Murmurou Cameron apontando disfarçadamente para Camila que me fuzilava com os olhos.

Merda...

P.O.V Rebecca Oliver

Pelo o que percebi, ele estava tão afim de mim quanto eu estava dele, eu acho. Que sorriso lindo, mas qual é o nome dele? Eu preciso descobrir...

Depois daquela aula, uma garota veio até mim, me olhou de cima a baixo e disse:

— Só vou te avisar uma vez, fique longe do Shawn, pode não parecer, mas ele tem dona e essa dona sou eu, então, por favor, pare de flertar com ele.

— Diga isso a ele também, até porque não parecia mesmo que ele tem algo com você. Respondi terminando de guardar minhas coisas e saindo em seguida da sala.

Ninguém merece, mal cheguei e uma patricinha já vem me torrar...

— Becca! Disse Dolph vindo me abraçar.

— Bom... Tarefa concluída. Amanhã você terá que se virar para achar a sala dele, boa sorte. Disse William indo embora.

— Que ótimo... Falei.

— Como foram as suas aulas? As minhas foram sensacionais! Tenho vários amigos. Disse ele empolgado.

— Foi... Legal. Respondi.

Ele começou a me contar como foi a aula, então ouvi alguém me chamar, dizendo:

— Rebecca! Você esqueceu isso aqui.

Eu olhei para trás e era o vizinho proibido. Ele veio correndo até mim e me entregou uma caneta, mas eu respondi:

— Essa caneta não é a minha.

— Não? Perguntou ele.

— Não. Respondi rindo, aquilo me parecia uma desculpa para vir falar comigo.

— Ah... Então, tem carona para leva-la para casa? Se não tiver, eu levo vocês. Disse ele.

— Minha mãe ficou de vir nos buscar, mas obrigada. Respondi.

— De nada... Antes que eu me esqueça de novo, meu nome é Shawn Mendes. Disse ele.

— E o meu você já sabe — sorri, mas quando vi a patricinha indo a nossa direção, desfiz o sorriso — eu preciso ir, até mais.

— Becca tá com namorado novo... Disse Dolph rindo.

— Ele não é meu namorado, está bem? Quem dera se fosse... Falei desanimada.

— Mas você queria que fosse. Disse ele.

Nossa... Crianças percebem tudo. Eu ri um pouco e fomos até a porta da escola esperar Sra. Rosana vir nos buscar. Depois de alguns minutos, lá estava ela. Fomos até o carro e lá veio ela com perguntas clichês:

— E aí, como foi o primeiro dia?

— Muito legal! Disse Rodolpho empolgado.

— Deu para sobreviver. Respondi pegando meu celular na bolsa.

— Fizeram muitos amigos? Perguntou ela.

— Eu fiz muitos. Disse ele.

— Se com muitos, você quis dizer nenhum, sim fiz. Respondi desanimada.

— Calma filha, esse só foi o primeiro dia, com o tempo você fará novas amizades, eu tenho certeza. Disse ela.

Eu me virei para a janela e fiquei observando o caminho para não errar no dia seguinte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!