Cependant, Je t'aime escrita por Dreaming Girl


Capítulo 7
La colère et Découverte


Notas iniciais do capítulo

*título bem merda, sorry*
Capítulo dedicado à Mari RizzoT q o niver dela é hj ♥
Bem, não sei quando sai o próximo ja que minhas aulas vão voltar logo, logo ;u;
De toda forma, aproveitem ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666096/chapter/7

Adrien acordou cedo, mais do que estava acostumado. E ele estava com medo.

Medo de que Marinette estivesse realmente mal, medo de ficar sozinho enquanto seus outros dois amigos conversavam entre si, medo de Rachel não ir e deixá-lo "para morrer" naquele local, apenas com uma certa loira chata como companhia.

De toda forma, ele chegou na escola muito mais cedo do que previra. Estava muito frio naquela manhã, ele usava uma blusa de frio preta com um sobre-tudo da mesma cor por cima, o cachecol que sempre o acompanhava e calças azuis-claras.

Enquanto seu chofer dirigia o carro até a escola, o loiro apenas conseguiu olhar pela janela e pensar, pedindo para Deus que Marinette estivesse bem, e que aquele frio não fosse incomoda-la.

Ele queria vê-la, ela tinha desmaiado em seus braços no meio de uma conversa importante, ardendo em febre, tremendo e murmurando. Ela estava péssima.

Ele tinha a colocado em sua cama, levado o prato para o andar de baixo sem ser visto e ficado ao lado dela até que seu anel começasse a apitar. Sua noite de sono fora tanto feliz, desconfiada quanto triste.

Feliz por ter seus sentimentos correspondidos por sua amada, desconfiada devida identidade de sua amada, e triste pelo que ocorrera com sua amiga.

Tentando ser otimista, ele saiu do carro e ficou no pátio, esperando que alguém chegasse, era realmente muito cedo. — Adrien! — uma certa morena falou, se aproximando dele.

Ela usava várias blusas mais finas por baixo de um moletom que ficava bem grande nela, jeans, all stars, luvas, seu inseparável colar e uma touca que cobria suas orelhas. Seu sorriso era grande, mas ela tremia também. — Bom dia, Rach...

— E-eu consegui falar com Chat ontem — ela falou, se abraçando e tremendo. — Ele é b-bem legal, muito bonito na verdade. 

Adrien sorriu. — Como foi então? Qual era o assunto?

— Assunto secreto — ela falou mostrando a língua e depois começou a rir, pensando no que sua melhor amiga diria se estivesse junto com ela nesse momento. — De qualquer jeito, vamos entrar logo, tá muito frio!

Ele apenas riu do desespero dela e ambos seguiram para a sala. — Tem problemas com o frio?

—Não, na verdade eu amo o frio, é que essa época do ano faz calor no Brasil, então essa troca de temperatura está me dando sérias confusões no cérebro...

Eles continuaram andando até a sala. Conversa vem, conversa vai, pessoas chegam, vão para seus lugares e a aula começa.

Pleno intervalo, nenhum sinal de Mari, aquilo estava preocupando muito o menino. Ele avistou Alya e Rach conversando e foi até elas.

— A mãe dela me ligou — a morena declarou. — Estava com quase quarenta graus de febre.

Rachel fez uma careta, aquilo devia ser horrível. — Que ruim... Vou passar na casa dela depois da aula, quer vir?

A melhor amiga concordou com a cabeça. — Vou chamar o Nino, você chama o Adrien? — a estrangeira concordou com a cabeça e ambas seguiram caminhos opostos, mas dá pra dizer que Rachel teve menos trabalho para encontrá-lo. Logo seguiu até o loiro, seus lábios e nariz estavam vermelhos pelo frio, e ela segurava um copo de papel com café dentro, tomando alguns goles enquanto se aproximava dele.

— Melhorou? — Adri perguntou, abrindo um sorriso. Ela fez uma cara de dúvida, mas depois lembrou-se da bebida e abriu a boca como sentir-se se lembrado.

— Ah, sim, bastante — ela sorriu e bebeu mais um gole, soltando uma fumaça branca pela boca depois de tomar. — Eu e Alya vamos na casa da Mari depois da aula, quer ir também? 

— Claro, vai ser legal...

— Você poderia se desculpar pelo beijo — ela falou antes que ele terminasse.  — e pedir um outro, talvez...

Adrien ficou vermelho pelo sorriso malicioso da menina e revirou os olhos. — Você gosta de me provocar, né?

— É o principal objetivo da minha vida — ela responde rindo, mas recupera uma expressão séria logo em seguida. — Agora sério, preciso falar algo importante com você. Me espere na frente da sala antes de irmos na casa da Mari.

Aquele olhar o assustou um pouco, lembrando-se levemente da anti-heroína* que vira na noite passada. Apenas concordou e pôde ver um sorriso retornar ao rosto dela. Como poderia ser tão bipolar?

De toda forma, não demorou tanto para que as aulas acabassem. Nino e Alya saíram na frente a pedido de Rachel, que puxou Adrien para algum lugar pouco movimentado, um beco mais especificamente.

— O-o que você quer? — ele perguntou vermelho esse distanciando um pouco da garota, que subia nas frestas da tijolos e nas latas de lixo para conseguir chegar em uma desigualdade na parede, se sentando nela. Ele a olhou perplexo, como conseguirá fazer aquilo? Era uma ótima pergunta.

— Você me olha como se eu fosse te estuprar — ela implica, batendo os pés na parede de tijolos. — Mas então, loirinho, precisava te falar algo realmente importante. Sabe, eu te conheço a dois dias mas isso está me intrigando bastante.

Ele ficou incrivelmente vermelho. Iria receber uma declaração de amor tão rapidamente? Ele havia pensado que Rachel era diferente das outras meninas, mas talvez não mudasse tanto. — V-você não vai... Você sabe...

Ela arqueou as sobrancelhas, não entendendo o que ele falava, até que sacou, abrindo a boca levemente e fazendo um facepalm. — Por Deus, não Adrien! — ela falou. — Eu te conheço a três dias, como eu poderia estar apaixonada por você?!

— Se você passasse quase todos os dias da sua vida em sessão de fotos e conhecendo pessoas aleatórias que dizem te amar nas primeiras duas horas de conversa você entenderia...

— Não, eu não entenderia Adrien, para uma garota realmente se apaixonar por alguém demora bem mais de três dias! — ela reclamou. — Se alguém disse que te ama em duas horas é óbvio que ela quer se aproveitar de você! Quando uma menina realmente gosta de um menino ela age mais como a Marinette, ou como a Ladybug!

— Que? Como você sabe que... — ele juntou um pouco as peças do quebra-cabeça, a mecha loira, a nacionalidade, a voz, o fato de ter conversado com ela sem nem tê-la visto... — Você é...?

— Génisse, portadora do kwami bezerro e conhecida no Brasil como "a sonhadora"? — ela usou português para pronunciar seu codinome.—  Sim, sou eu, senhor gato preto aproveitador de novinhas! — ela se irritou e pulou do local que estava, caindo em pé no chão. Ele estava perplexo, o olhar amedrontador da menina que se aproximava o deixava levemente hipnotizado, assim como Géni, mas ela tocou o peito dele com o indicador, fazendo ele mudar o rumo do olhar. — Eu queria te dizer que sei quem você é, não ia me declarar pra você! Ia te pedir ajuda, não te obrigar a me beijar, nossa, eu me sinto tão idiota agora!

Ela se afastou dele e bufou alto. — Rach, não se preocupe com isso, eu te disse que ele era um mané! — uma voz masculina mas meio infantil foi ouvida.

— Eu sei Bezzé, só... — ela se acalmou. — Não queria acreditar quando você disse que a maior parte dos Chat's são assim.

— Você sabe bem como garotos são, sabia que isso aconteceria — a voz lamentou novamente.

— Eu só não sabia que seria dessa forma! — ela grita. Da sua bolsa pequena preta voa um kwami branco com cabelos bem enrolados, orelhas de carneiro e olhos azuis.

— Da pra parar de drama, mulher? — ele briga.

— Rachel, não foi isso que eu...

Vá se fuder, loirinho — ambos a menina e o kwami disseram em português, fazendo Adrien virar a cabeça sem entender.

— Rach, francês, por favor — ele respondeu com um pouco de medo da menina.

— Que seja! — respondeu, agora de um modo que ele entendia. — Vamos logo.

No meio tempo que andavam pelas ruas parisienses, os kwamis que a muito tempo não se viam conversaram dentro da espaçosa bolsa de Rachel e Adrien ficou pedindo desculpas até que ela aceitasse de uma vez. Chegaram à casa de Mari, sendo ambos recepcionados pelos pais dela, e então subiram para o quarto de cima.

Alya e Nino estavam sentados no chão conversando e Marinette estava dormindo com uma toalha na testa. Eles olharam para os que acabaram de chegar. — Demorou, em — Alya sussurrou.

— Desculpa, assuntos a tratar — Rach respondeu com um sorrisinho. Alya arqueou as sobrancelhas, mas deu de ombros.

— De toda forma, não faz muita diferença — Nino suspirou. — Ela está dormindo desde antes de chegarmos.

— Ah, sim, ela irá acordar logo, logo — Rachel completou, sorrindo e se sentando no chão ao lado deles. — É só matarmos o tempo enquanto isso.

Ela virou seu olhar para o loiro, mandando ele se sentar lá também, e assim o fez. Logo começaram a conversar sobre assuntos aleatórios, perguntaram um pouco sobre a brasileira que sempre respondia tudo com um sorriso. As questões não eram muito pessoais, se concentravam no lugar em que morava, na escola que estudava, o porque de ter entrado no meio do segundo bimestre, como eram as pessoas de sua nacionalidade e, no máximo, o que a garota fazia em tempos livres.

Adrien se surpreendeu ao descobrir que a morena tocava violoncelo, e pensou que poderiam fazer uma dupla algum dia. Nino mexia no celular dela, procurando musicas da sua nacionalidade e Alya conversava com ela sobre os heróis que Rach dizia conhecer.

Sabrine levou bolo para as pessoas no andar de cima e agradeceu a todos por estarem passando a tarde lá, mas logo o tempo se deu e Alya e Nino tiveram de sair de cena, entregando as anotações para a morena.

— Eai, como vão as pessoas do Brasil? — Adrien perguntou em busca de um assunto.

— Ah, eles estão bem, eu acho — a garota que até agora estava de cama começou a acordar, fazendo o rumo da conversa mudar. — Mari, finalmente acordou! — Rachel completou, indo para perto da amiga.

— Bom dia Rach... O que faz aqui? — perguntou com sono, se virando para ela e se levantando um pouco.

— Você é minha amiga...? — ironizou, abraçando a joaninha, que teve um pequeno susto pelo ato, mas logo contribuiu. — Alya e Nino estavam aqui até agora também, mas você estava demorando pra acordar, então a mãe dela ligou e os dois foram embora.

— Ah, que bom, eu acho — resmungou meio sonolenta. Ela correu os olhos pelo quarto, tentando se lembrar do que acontecera para ela desmaiar durante a noite, olhou para sua mesa de costura, para seu computador desligado e seguiu o olhar até a figura de cabelos loiros. Ela corou fortemente, como se uma tsunami de informações a atingissem de uma só vez.

Adrien tinha dito que a amava.

Na verdade fora Chat, mas ela sabia que aquela era sua verdadeira personalidade, então havia probabilidades de que seu amor platônico estivesse realmente apaixonado por ela. Claro, se aquela declaração não tivesse sido da boca para fora.

Ela recuperou sua mente, voltando o olhar para a morena. — Desculpa, eu tive um surto de anemia ontem — ela falou coçando a cabeça.

Não era mentira, ficar praticamente sem comer por horas, perder o sono e ainda fazer seus exercícios de Ladybug formaram um combo muito perigoso para alguém com mente instável como ela estava na noite passada. Sem contar com as outras noites de insônia e dos pensamentos que a perturbavam.

Quando Chat disse aquilo, todo o seu corpo se amoleceu e todo resquício de força que nele existia foi por água abaixo, fazendo com que todas as coisas ruins que conseguira evitar por todo o dia a atacassem de uma só vez, foi inevitável.

— De toda forma, eu tenho que ir, minha mãe vai se preocupar — Rachel falou, entregando as anotações nas mãos do loiro. Era mentira, sua mãe não se importava muito com que horas ela voltava, contando que lhe dissesse onde estava e que não estava morta. Não é como se Hellen não se preocupasse, ela apenas sabia que não conseguiria segurar sua filha para o resto de sua vida. — Aproveite a oportunidade — ela murmurou para ele, que ficou vermelho com o comentário.

De toda forma, Rach colocou alguns pedaços de bolo dentro de sua bolsinha e correu, se despedindo dos dois, que se olharam meio envergonhados.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Anti-heróis: são pessoas que tem uma especie de poder sobre as outras, e que lutam nem pelo lado do bem, nem pelo mal, eles meio que ditam as próprias leis e defendem o próprio ponto de vista, no caso, a Rach é assim.
—____
Beeeeem, espero que tenham gostado, Kissus de paçocaa



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cependant, Je t'aime" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.