Father escrita por Thaís Zymor


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi! Voltei com mais uma one carregada no drama e... pessoal. Mas enfim, se alguém aqui tiver lido "Carta de Suicídio" e quiser adotá-la como sucessora, é possivel.
DEIXEM REVIEWS.
É só isso, vejo vocês nos comentários.



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Não tão querido pai,
Por muito tempo, tipo muito MESMO eu me senti mal por odiá-lo. Até porque, porra você é meu pai! Mas então, com mais tempo eu fui lembrando tudo que você me fez. Nos fez.
Você não deve se lembrar, mas eu sim. Lembra quando minha mãe tinha câncer e você me culpava pelo mesmo? Pois saiba que eu passei DEZ anos me sentindo culpada por isso. Porque sim, hormônios podem ajudar no aparecimento de doenças como o câncer. Mas então, eu resolvi tomar vergonha na porra da minha cara e procurar orientação que não fosse dada por um, literalmente, filho da puta acéfalo.
E sabe? Eu encontrei uma pessoa inteligente ou pelo menos menos burra e ignorante do que você e esta pessoa me disse que é praticamente impossível eu ter sido a causadora do câncer da minha mãe.
Pois, seu desgraçado, eu passei dois terços da minha vida me sentindo culpada por algo que VOCÊ pode ter ajudo a trazer a tona.
Sabe por que? Uma das coisas que podem ajudar a florescer um câncer é o sofrimento, a angústia. E o que você trazia a minha mãe? Amor que não era, posso garantir.
Agora eu posso te contar o que tudo isso me fez passar? Não, tenho que contar outra coisa que você fez.
Já ouviu falar que eu sofria bullying? Então, ele começou por causa de imagina quem? Por isso eu saí daquela escola e fui pra outra. Só que minha autoestima estava tão deteriorada que os filhos da puta da outra escola também o fizeram comigo.
E as vezes que eu fiquei sem comer? Os estudos que minha mãe parou, porque você ficava bêbado e me deixava NO MEIO DE UMA PORRA DUMA AVENIDA MOVIMENTADA segurando a porra da sua bicicleta? Me senti culpada por isso, sabia? As vezes que Você me virou contra meu irmão? Me deixava sozinha na sua loja enquanto ia pegar suas putas, e quando aquele seu amigo filho da puta pegava algum dinheiro, você me batia? Dos tapas na cara, das cintadas?
Bebida só não faz isso.
E meus aniversários esquecidos? Você sequer se lembra que amanhã é meu aniversário?
Você foi o gatilho do revólver que acarretou tudo que eu passei na vida. Tive princípio de bulimia, anorexia, fiz uma ou duas vezes auto mutilação, tive depressão, tentei suicídio. E por eventos acarretados por quem? Sim, papai, você.
Mas eu não me sinto mais culpada. Sabe porque eu estou escrevendo isso aqui? Só pra desabafar, pra tirar essa culpa que eu possuía dentro de mim. Mas, cara, acabou.
Eu não te odeio. Eu só me tornei indiferente a você.
E eu quero te agradecer, Rogério, por tudo. Se não fosse por tudo isso, eu não seria quem sou hoje. Mais forte, auto suficiente e auto confiante. Há o que melhorar? Sim, mas por causa disso também, eu aprendi que ninguém é perfeito.
Obrigada.
Se você precisar de um asilo algum dia, contribuirei.
Enfim, com paz e tranquilidade,
Belo Horizonte, 18 de Dezembro de 2015,
Gabriela Fernandes


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam, hein? Me digam, POR FAVOR. É isso, espero vê-los nos reviews.

Kisses;



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