Catherine escrita por Catarina Rego


Capítulo 8
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Antes de mais queria pedir desculpas por o capítulo ser tão curto, mas teve que ser...
Ultimamente tenho sentido falta dos vossos comentários.
Sinto que estou a escrever para o vazio.
Por favor mostre-se!
Boa leitura!



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Capítulo VIII

Todo o meu corpo doía. Parecia que tinha sido atropelada por um comboio. Tudo por causa daquele banho de água gelada. Sim, eu sou uma pessoa com o sistema imunitário fraco.

Estava na cama, morrendo aos poucos, provavelmente ardendo em febre, quando senti umas batidas leves na porta do meu quarto.

– Sim? - Falei com a voz extremamente rouca.

– Catherine, é melhor te despachares. Por este andar vais chegar atrasada... - O meu pai falava, com a porta ligeiramente aberta.

– Sinto-me mal... - Respondi, virando-me na sua direção.

– Ai esses olhinhos... Estás com febre com certeza... - O meu pai falou, aproximando-se de mim lentamente. Sem conseguir controlar, soltei uma gargalhada fraca, misturada com tosse - O que foi? - Perguntou confuso.

– Nada de mais... - Disse, assim que me recompus - Tu costumavas dizer sempre isso quando eu ficava doente...

– É... Isso já vai há uns aninhos. Agora já não és mais uma menina... - Ele falava com um olhar nostálgico - Há uma coisa que eu preciso de te dizer...

– O quê?

– É sobre a Emery... - E uma longa pausa - Ela andava a trair-me. Hoje mesmo ela já se vai embora...

– Finalmente! - Respondi, sem conseguir esconder o contentamento.

– Desculpa filha. Eu arruinei a nossa família por causa de uma mulher como ela... - No seu olhar havia muito arrependimento.

– Agora já é tarde para pedires desculpas - Falei de uma forma fria. Essa não era a minha intenção, mas sempre que o assunto era a nossa família, eu simplesmente não conseguia evitar.

– Eu sei. Por isso é que eu quero recuperar o tempo que perdi. E acima de tudo eu quero unir a nossa família outra vez. Fui eu que a destruí, e vou ser eu que a vou unir de novo...

– Desde que não nos faças sofrer mais, eu estou de acordo com a tua decisão... - Respondi sorrindo um pouco, tentando aliviar a tensão - E o que é que pretendes fazer agora?

– Agora? Bem se eu pudesse, gostaria de voltar para St. Antoine... Mas acho que isso não será possível até que eu melhore um pouco as coisas com a tua mãe...

Imediatamente várias coisas passaram na minha mente. Se fosse há um mês atrás, com certeza eu estaria totalmente de acordo com essa decisão, mas naquele momento, eu tinha algo a perder se deixasse assim tudo para trás. Algo com nome. Nathan. Aquele garoto tinha feito muita coisa por mim. Talvez a maioria das pessoas não partilhasse a minha opinião, mas alguém que como eu, sabe o que é estar sozinho, provavelmente daria valor às suas pequenas ações.

– Ahm... Voltar? - Respondi sem conseguir esconder o nervosismo.

– Bem, sim... Eu pensei que isto te deixasse feliz... - O meu pai falou confuso.

– Não é isso... Deixa-me feliz... É só que... É complicado... - Respondi.

– É por causa do nosso vizinho? - A sua pergunta surpreendeu-me - Não precisas de fazer essa cara... - Ele sorriu - Posso parecer uma pessoa ausente, mas eu observo o que acontece à minha volta...

– Até parece que não me conheces... - Forcei um um sorriso - Eu não me interesso por rapazes...

– Tudo bem... - O meu pai caminhou em direção à porta, e antes de sair ele voltou-se para mim - Eu não conheço muito bem esse garoto, mas daquilo que sei ele parece-me uma boa pessoa. Por isso, tens o meu apoio...

E com essas palavras ele abandonou o quarto, deixando-me ali a encarar o teto, pensando naquilo que ele me tinha dito. Realmente ele devia conhecer mais ou menos o Nathan, afinal eles eram vizinhos há mais tempo. Mas o que mais me surpreendeu foi o facto dele se ter apercebido que havia uma relação entre nós. Nós nunca aparecemos juntos na sua frente, e a primeira vez que ele o viu comigo, foi quando nós fomos aquele encontro. Talvez o meu pai fosse uma pessoa mais observadora do que eu pensava. Ou então tinha acontecido algo que eu não sabia.

Estava quase a adormecer quando vi o meu celular vibrar. Peguei nele e comecei a ler a mensagem que acabara de receber. Era de Nathan.

" Também estás doente? "

Ao fim de uns segundos a encarar o celular, acabei por responder:

" Eu não estou doente. Estou literalmente a morrer aos poucos... "

" Ahaha Desculpa. Eu acho que estou a sofrer o Karma por te ter jogado na água... Na próxima vez iremos no verão, assim não corremos riscos. "

Durante um tempo eu fiquei a pensar naquilo que o meu pai tinha dito. Acima de tudo eu tinha que me lembrar que ele era meu pai, e se ele confiava num rapaz, é porque ele é realmente boa pessoa. Independentemente do que Nathan tinha feito para que o meu pai confiasse tanto nele, eu simplesmente devia confiar na sua opinião.

" Então a próxima vez será só no verão? "

Eu própria fiquei surpreendida com a minha resposta. Nunca antes tinha dito de uma forma tão explícita a alguém que gostava da sua companhia.

" Por mim pode ser agora mesmo "

Mas a sua resposta conseguiu surpreender-me ainda mais. Não esperava que ele dissesse aquilo. No entanto, eu ainda sentia medo. Medo de ser magoada, e medo que ele não estivesse a ser honesto comigo. Eu já não podia mais mentir a mim mesma. Eu não o via só como um amigo. Eu via-o como algo mais. Apesar de eu não conseguir explicar direito o que era, eu sabia que o que quer que fosse era forte. Forte ao ponto de me deixar confusa e receosa. Eu precisava de garantias. Precisava de saber o que é que uma pessoa como ele via numa pessoa como eu.


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Notas finais do capítulo

Então?
Realmente eu peço desculpas por o capítulo ser um pouco curto, mas eu precisava mesmo de cortar aqui...
Bem é isso.
Por favor comentem!
Até ao próximo capítulo!



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