Entre Dois Mundos escrita por Bird


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

sim, sei que demorei. desculpa. não estava conseguindo organizar as ideias para transforma-las. espero que gostem (talvez, bem talvez, eu poste outro capítulo hoje). ah, eu mudei o nome da ambre no capítulo em que ela aparece querendo entrar no grupo para o nome da debrah, tinha esquecido que tinha planos para ela (ela=Ambre)



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  Capítulo V

  Essa vista pelo terraço é maravilhosa, pena que é arriscada. Dá pra ver toda a cidade daqui; as praças com suas árvores glamourosas, a rua com seus congestionamentos e buzinadas, as pessoas correndo ou andando nas calçadas. Tanta coisa, que seriam vistas como uma imensidade, reunidas de uma forma tão pequena, parecendo uma casa de bonecas.

  Até hoje de manhã esse lugar no colégio era inexistente para mim, o terraço. Mas eu acabei me perdendo e encontrando uma porta que as escadas dão para ele. É um lugar bem grande para não servir de nada. Deveriam deixar os alunos ficarem aqui, não sei para que eles usariam. Se bem que além das escadas do terraço tem outras, o problema deve ser essas outras escadas. Outro dia eu subo para descobrir o que é.

  Ultimamente ando tão desanimada, mesmo com a chegada dos meus primos. Porém esse lugar me ajuda a pensar por conta de sua calmaria. Meu irmão ficou chateado por eu não entender seus motivos para a sua ausência. É complicado querer ouvir depois isso se tornou tão repetitivo. Depois converso com ele. Vou tentar resolver as coisas.

  - Você tem que entender que as coisas não podem seguir assim, Faraize.

  “Quem é? A voz é de uma mulher. Preciso me esconder. Mas onde?” Procuro por um lugar seguro, entretanto tudo que vejo é extremamente visível. Continuo olhando para todos os lugares, ouvindo as vozes cada vez mais perto.

  - Mas nada de errado aconteceu para não podermos continuar juntos, Amélia. Por que insiste tanto nisso? – as vozes vão ficando mais claras.

  “Esse é o professor Faraize?”. Fico mais agoniada a todo o momento em que as vozes aumentam. “Finalmente! Corre, Alana.”. Encontro um ponto cego entre um vazo grande de planta e um banco, então me apresso para me esconder lá.

  - Eu insisto nisso porque eu sou a diretora e você é um professor desse colégio. Não podemos ter esse tipo de relacionamento.

  “Foi bem a tempo. Eles entraram poucos minutos depois que eu me escondi.”.

  - Qual o problema de estarmos namorando? Os alunos não sabem e isso não está afetando o trabalho de nenhum dos dois. – indignação na voz dele é bastante clara.

  - O problema é que não podemos ter relações com alguém do trabalho, Faraize. Tirando que se algum dos nossos alunos descobrisse, eles iriam achar que você trabalha como professor neste colégio porque eu consegui esse emprego para você.

  “Eu não consigo enxergar eles. Acho que se eu vir mais para cá, consigo vê-los. Sim! Estava certa!”. Faraize se aproxima de Amélia, abraçando-a por trás.

  - Senhorita Burnfield – aproxima seu rosto do pescoço dela – não se preocupe com coisas que ainda não aconteceram. Isso só vai nos trazer dor de cabeça.

  - Eu sei, mas a possibilidade me deixa bastante nervosa. É o meu emprego e minha reputação que estará em jogo.

  - Que tal deixarmos isso para lá, querida? – Faraize segura nos braços de Amélia e a vira de frente para ele – Poderíamos voltar para nossa rotina e quando chegássemos ao final do expediente nós dois iríamos comer naquele restaurante japonês que você tanto gosta. E então, o que você acha dessa possibilidade?

  Amélia parou para pensar. Olhou para alguns lugares, como se pensasse em mudar de assunto, mas não achou certo.

  - É. Não seria uma má ideia. Se alguém vir à gente, podemos dizer que estamos resolvendo algum evento novo para o meio do ano, algo assim.

  Faraize sorriu. Logo em seguida abraçou a diretora e deu um beijo na sua testa, dizendo:

  - Muito bem. Nós vamos conseguir continuar, mesmo com todos os problemas.

                                                         ******

  - Themis, precisamos conversar. – estou afobada de tanto correr. Apoio-me nos joelhos, esperando que ela venha até mim. Mas ela continuou sentada perto dos meninos.

 - Mas o que aconteceu, criatura? Se acalme . Antes disso, você não ia gazear a aula de história no terraço?

— Themis, vamos logo. – puxo-a pelo braço, fazendo com que ela se assuste com o movimento.

— Mas o quê?

Olho para todos os lados, tendo certeza que ninguém estava prestando atenção.

— A diretora e o nosso professor de história estão tendo em um relacionamento. – sussurro.

— O quê?! Você tá louca menina? Drogas? – sua expressão é extremamente engraçada; é confusa, mas ainda assim pensando na possibilidade.

— Então, do que as garotas estão falando? – Spencer chega perto de nós, colocando seu braço por cima dos ombros da Themis logo em seguida.

— Coisas de menina. – sorrio. Seu rosto expressa uma careta engraçada de quem não entendeu o que ouviu.

— Como assim? O que são coisas de menina?

— Você tem muito que aprender, pequeno gafanhoto. – O Castiel aparece ao meu lado. – Vamos, irei te explicar o que são coisas de garota.

 E assim ele nos ajuda a ficarmos sozinhas, dando uma piscadela enquanto conduz Spencer para nossos lugares no final da sala. Não duvido que ele explique só coisas superficiais sobre o assunto.

— Você sabe a potência dessa bomba que você acabou de me contar? Isso é verdade?

— Claro que sim, não inventaria uma coisa dessas. Principalmente porque quase fui pega no telhado por eles. 

— Mas então...

O sinal tocou indicando o final do intervalo.

— Depois continuamos essa coversa.

E agora é a aula da pessoa que eu menos queria ver no momento; senhor Faraize.

Foi difícil me concentrar nele depois de tudo que vi e ouvi, principalmente tendo duas aulas seguidas dele. Ele andava de um lado para o outro, explicando sobre a Segunda Guerra. Acho que especificamente sobre Hitler. Niet. Deve ter sido sobre as alianças com a Alemanha, não sei o certo.

Arranquei um pedaço da folha e peguei uma caneta:

 “Próxima aula a gente vai para o terraço.”

E passei para a Themis, que está na cadeira da frente.

— Não acredito que é esse monte de escada. Estou morrendo já.

  Themis está vermelha e afobada, com certeza essa subida entregou a realidade: precisamos participar das aulas de Ed. Física.

— É bom que nós saímos do sedentarismo juntas.

Subimos mais alguns degraus.

— Finalmente chegamos, não aguentava mais.

— Eles deveriam usar isso como tortura.

Rimos da ideia, principalmente porque o Bóris adoraria fazer com que pagássemos nossas aulas não feitas subindo e descendo essas escadas.


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Notas finais do capítulo

see ya o/



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