Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 49
O Vitor era meu, sempre foi!


Notas iniciais do capítulo

Este é o penúltimo capítulo da história e eu tô me tremendo na base de medo aqui, espero de coração que vocês gostem!
Esse capítulo ficou gigante por motivos de: eu não queria acabar ksksk, mas fazer o que né...



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Uma semana depois…

Essa semana havia sido confusa, não sei se a descrevo como boa ou ruim.

Por um lado, uma mídia extremamente curiosa e policiais nos interrogando como se fôssemos nos quem havia feito algo errado.

Mas pelo outro lado, tinha todos que eu amava ali, eu podia contar com eles. Principalmente, tinha o De La Riva outra vez.

— América – reconheci aquela voz no mesmo instante.

— Meredith – me virei, surpresa, e logo fui em sua direção, abraçando-a.

Desde que eu tinha voltado, havia acontecido tantas coisas que simplesmente não havia conseguido vê-la antes.

— Te procurei pela casa inteira – ela falou, afastando-se – Por que está aqui? – ela perguntou.

Olhei em volta, o jardim sempre havia sido minha parte preferida dessa casa.

— Gosto de vir aqui para pensar.

— Suponho que tenha mesmo muitas coisas para pensar. – Arqueei a sobrancelha por suas palavras – Tantas coisas mudaram.

— Ah, sim. É verdade. Minha vida virou de cabeça pra baixo. – afirmei.

— Nunca imaginei você apaixonada. Quer dizer, sempre notei algo entre você e o Vitor, mas pensei que você seria mais forte que eu. – ela disse, deixando-me confusa sobre o porque dessa conversa.

— Eu não sou você, nem a mamãe, Meredith. Não vou deixar o amor me destruir. – falei, sem ter muita certeza.

— O amor é auto - destrutivo, América. – ela rebateu e eu jamais poderia negar tais palavras.

— Eu posso correr esse risco pelo De La Riva. – dei de ombros.

A antiga América faria um discurso gigante, dando mil desculpas para o comportamento “destrutivo”, e depois provavelmente daria um jeito de afastar o Vitor pelas palavras de Meredith, mas essa não sou mais eu.

Já vi os estragos que o amor continua fazendo e sempre continuará, sofri feito louca por um ano por culpa desse desgraçado. Porém percebo que ele me venceu quando, mesmo sabendo disso, não consigo imaginar nem mesmo tentar afastar o Vitor novamente.

— Entendo você. – me surpreendi por suas palavras, contudo me surpreendi mais ainda quando ela me mostrou sua mão, onde tinha um anel com um diamante gigante. – O amor também me venceu.

Abri provavelmente um dos maiores sorrisos de toda minha vida.

— Você se casou e sequer me convidou? – berrei, incrédula. É difícil acreditar que no fim, até a bruxa do século vinte e um tinha coração.

— Se acha tão especial assim, garota? – gargalhei por suas palavras, ela definitivamente era a mesma.

— Quer saber? Seu novo marido deve ter muita paciência para aguentar dividir uma vida contigo. – retruquei, e nós duas começamos a rir.

Era bom revê-la depois de tanto tempo.

(…)

— Sabe o que eu quero? – falei pulando nas costas de Vitor, que conversava com Daniel, distraído.

— Puta que pariu, América – ele berrou, esforçando–se para ficar em pé – Você não pode fazer isso. – concluiu enquanto Daniel tinha uma crise exagerada de riso.

— Que se dane, você é um medroso. – falei sem sair de suas costas – Eu quero ir a um parque.

— Ah, isso explica o comportamento infantil – Vitor retrucou, fazendo-me revirar os olhos.

— É sério idiota, faz muito tempo que não vou há um parque e quero ver a família toda reunida.

— Larga de ser mentirosa, América – Daniel se intrometeu – Assume que você quer mesmo é ver Meredith se descabelando em uma montanha - russa. – segurei o riso, ele realmente me conhecia muito bem.

— Não confunda seus desejos sujos com os meus Daniel. – Agi como se aquilo fosse um absurdo.

— Se for pra ver Meredith gritando, eu topo. – Vitor falou e nós três rimos.

— Você liga para Sophia, Daniel, e você chama a Clarisse, De La Riva, eu vou ir convencer a bruxa do século vinte e um. – ordenei e logos eles me obedeceram.

(…)

Depois de muita insistência e esforço, finalmente todos nós estávamos reunidos no parque, as sete da noite.

— Me sinto uma criança novamente. – Sophia comentou, enquanto todos nós estávamos parados na entrada do parque, observando todas as outras pessoas se divertirem.

— E eu mal posso esperar para ir na montanha – russa – Daniel falou, e todos nós seguramos o riso ao observarmos a reação de Meredith.

— Brinquem vocês, crianças, vou apenas ser a responsável daqui e observar. – ela tentou escapar da forma mais adulta possível, porém, ninguém ali estava disposto a aceitar essa resposta.

E depois de tanto ouvir Daniel gritando, ela acabou aceitando; ninguém resistia a ele por muito tempo.

Era o mais insuportável da família.

— Como você está casada com esse monstro, Sophia? – Meredith comprovou minha hipótese, levantando-se finalmente e fazendo todos gritarem comemorando.

Era a hora de ver a ‘tia’ Meredith em ação.

— Estou louca para ver isso, vão logo! – falei, cruzando os braços.

— Acha que vai escapar, América? Você pode até ter vindo para ver Meredith sofrer – Daniel falou, fazendo Meredith arregalar os olhos com tal confissão – Mas eu vim para ver você sofrer! Sei que você nunca foi fã de montanhas – russas.

— Você é insuportável, Daniel – reclamei.

— Eu sei. – Ele disse, mexendo no cabelo como se tivesse orgulho disso.

— E eu não vou mesmo, mas não é por que tenho medo, por que fique sabendo que eu não tenho medo de nada.

— Ah, então não quer ir por que? – Foi a vez de Vitor falar.

— Até você vai se virar contra mim? Não podemos mesmo confiar em ninguém. – critiquei, revirando os olhos.

— Chega de perder tempo, okay? Temos muita diversão para hoje! – Vitor falou, e depois me pegou no colo, jogando-me em seu ombro e correndo em direção a aquele brinquedo assustador.

— Nunca vou te perdoar por isso – berrei, tentando me soltar.

No fim, nem foi tão ruim quanto eu imaginei, chegou a ser quase divertido. Infelizmente, Meredith não teve a mesma impressão, saiu de lá gritando que éramos uns monstros e nunca mais sairia com a gente.

Era tão divertido seu desespero, que apenas ríamos mais quando ela dizia essas coisas, o que provavelmente há deixou mais irritada ainda.

Após sair da montanha – russa, todos estavam a caminho de algum outro brinquedo que os fizessem ficar com o estômago na garganta mas, de repente Vitor me puxou, desviando nosso caminho do resto da turma.

— Onde estamos indo? – indaguei, sem soltar sua mão.

— Não posso ficar sozinho com minha namorada por um tempo? – sorri por suas palavras, mas logo me lembrei de Paula e aquele sorriso morreu.

— Daniel falou que a Paula voltou ontem, Vitor. – comentei.

Paula havia viajado para Nova York na mesma noite em que Vitor e eu ficamos, o que fazia com que ela não tivesse noção que estávamos juntos.

— E daí?

— Você vai falar com ela?

— Ah – ele respirou fundo – É isso que está incomodando você? – não respondi, apenas continuei a observá-lo – Claro que vou falar com ela. O que está pensando? Que vou fazer você ser a minha “outra” para sempre? – gargalhei por suas palavras, o abraçando.

O pior era que durante essa semana eu havia mesmo me tornado sua amante e odiava precisar lidar com isso.

O Vitor era meu, sempre foi;

Não é justo ter uma mulher do outro lado do mundo, o chamando de namorado para todos.

Só percebi que estávamos parados na fila da roda – gigante, quando um moço nos mandou subir.

— Não precisamos ir aí – falei, olhando para Vitor, que tentava me puxar.

— Precisamos sim! É o brinquedo mais lento do parque, não acredito que esteja com medo. – ele retrucou, irritando-me.

— Se você balançar essa gaiola estranha, irá me pagar. – falei sentando-me naquele banco, apenas para ele não dizer que eu estava com medo novamente.

— Você fica linda com essa cara de quem está morrendo de medo, sabia? – Vitor disse, sentando-se ao meu lado.

— Okay, pode parar. Não estou com medo. – falei, cruzando os braços, então o brinquedo começou a subir e eu só consegui abraçá-lo, fazendo com que ele gargalhasse ainda mais. Eu tinha mesmo um problema sério com altura. — Para de rir, você não entende, altura é horrível.

— Eu entendo sim, fico tão distante do chão perto de você, que também tenho medo de cair. – Estávamos parados no topo da roda- gigante, porém quando ele disse tais palavras, meu medo sumiu completamente, só conseguia fitá-lo feito uma idiota, com um sorriso bobo nos lábios.

Então ele me beijou, fazendo com que eu me sentisse em um daqueles filmes românticos que Sophia vivia assistindo.

(…)

Infelizmente logo que chegamos em casa toda aquela noite incrível, pareceu ter um fim brusco e repentino, quando vi o carro de meu pai parado ao lado da casa.

Isso nunca significava algo bom.

Entrei em casa com todos os outros, e a primeira coisa que vi foi meu pai sério, olhando-me como se tivesse vergonha de mim.

— Eu tenho vergonha de você. – ele disse exatamente o que eu imaginei.

— Acho que devemos ir embora agora, Sophia. – Daniel falou.

— Não, não vou sair daqui, Daniel – Sophia retrucou.

— Tudo bem, Sophia, pode ir. – falei já sentindo meus olhos se encherem de lágrimas – Eu consigo me resolver com ele, todos vocês podem ir.

— Okay, devemos ficar. – Daniel falou, sendo o mesmo bipolar de sempre.

— O que houve, pai? – resolvi ser direta e ignorar o fato de que todo a família estava ali.

— Acha que convenceu quem com essa história de abuso sexual? – Meu coração se quebrou em mil pedaços ao ouvir aquilo.

Eu nunca esperei muito do meu pai; sempre soube que ele não era do tipo que se importava comigo mais que tudo e que me considerava a princesa dos seus olhos, mas algo que nunca imaginei foi que ele seria capaz de duvidar de mim em algo assim.

— Qual é o seu problema, seu otário? – Vitor se envolveu no mesmo instante.

— O meu problema é o nome da minha família estar em todos os jornais por um estupro que nem aconteceu de verdade. – meu pai retrucou no mesmo tom.

— Aconteceu de verdade, eu estava lá. Você não é ninguém para vir aqui falar alguma coisa. – Clarisse se intrometeu também.

— Eu conhece minha filha. Ela é a pessoa mais manipuladora que eu conheço, provavelmente convenceu você a dizer isso. – Cada vez doía mais ouvir suas palavras.

— Eu não sou manipuladora – tentei estabilizar minha voz – Sinto muito que você me conheça tão pouco assim – foi tudo que consegui dizer, com a voz ainda embargada.

— Você não é manipuladora? Sempre se julgou a dona da verdade, a correta, ninguém nunca era bom o suficiente para você. Lembra como fez o maior drama ao descobrir que sua mãe foi embora? Fez com que eu acreditasse que ela foi embora por minha traição, mas é óbvio que esse não era o motivo, se ela te amasse não teria ido.

— Você não vai falar da minha mãe – foi minha vez de gritar.

— Você me manipulou a acreditar que era minha culpa ela ter ido… – ele continuou dizendo, fazendo lágrimas caírem por meus olhos – Mas foi você que sempre destruiu tudo, América. Você é como uma granada, e quem fica perto de você se machuca feio. É por isso que te mandei ir para longe, mas infelizmente você precisou voltar e continuou a fazer estragos em minha vida... Tem noção de como está sendo difícil para minha mulher lidar com todas as fofocas? Você foi meu maior erro. Mas não vou deixar que você destrua a vida de um inocente também, pois o único erro de Rafael foi ter perdido tempo com você. – antes que ele dissesse mais alguma coisa, Vitor deu um soco em seu rosto, assustando-me, após isso, os dois começaram a brigar feito loucos.

E eu não conseguia dizer nada, aquele momento acontecia em minha mente como se estivesse em câmera lenta.

Eu ainda estava tentando processar suas palavras tão duras. Elas não teriam doído tanto se fossem meras mentiras.

Depois de alguns minutos consegui voltar minha atenção para a realidade, quando vi Daniel separando Vitor de meu pai, fazendo eles pararem de tentar se matar.

Era verdade, eu destruía tudo ao meu redor. Essa cena provava isso.

— Para sua informação, América, o Rafael está no Canadá, super feliz com sua família, suas acusações falsas não vão mudar nada para ele. – foi a última coisa que meu pai disse, antes de sair dali feito um rato, assustado. Seu rosto sangrava muito e isso fazia com que eu me sentisse ainda pior.

Subi para o quarto o mais rápido que consegui, deixando todos ali intactos e com dó de mim.

Eu não precisava da pena de ninguém. Apenas de um novo dia.

"Não importa o quanto você é forte, o mundo vai te derrubar. Você vai colher o que você plantar, ninguém vai te machucar mais do que a vida." — Orange is the new black.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Preciso da opinião de vocês para fazer o último capítulos, pesoal ksksk
comenteem!



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