Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 47
Alguns amores nascem para serem calmos e outros para serem épicos!


Notas iniciais do capítulo

Feliz 2018 á todos você, pessoal!
Peço mil desculpas pela enorme demora, juro que tinha planos de acabar essa fanfic ainda em 2017, mas o fim de ano foi mais corrido do que eu planejei... mas, prometo que agora não terá mesmo mais enrolação! Afinal, férias né? haha



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Não podia acreditar no que estava vendo, aquilo era mesmo sério?

Fitei Vitor que apesar de retribuir o beijo mantinha os olhos abertos e, por um minuto pensei que ele havia olhado para mim como se não fizesse noção do que estava fazendo, mas se vi não poderia afirmar porque da mesma forma que apareceu, sumiu muito rapidamente quando ele finalmente fechou os olhos entregando-se completamente aquele beijo.

Não sei o que mais me machuca: Saber que ele está namorando justo Paula, ou perceber que realmente o perdi de vez.

Fugi dali o mais rápido que pude.

Conseguia ouvir minha própria respiração ofegante enquanto andava em passos longos em direção a saída de casa. Meus pensamentos estavam mudos, não pude formar nenhuma opinião sobre aquilo, tudo que consegui era apenas sentir a dor me consumindo e se materializando em formas de lágrimas.

Estava andando tão rápido que só notei que tinha alguém em minha frente quando bati meu corpo contra o da pessoa com força.

Esperei que o ser que eu havia atingido começasse a me xingar ali mesmo, mandando-me olhar por onde andava e outros xingamentos, entretanto, senti apenas os braços fortes de Daniel me acolherem em um abraço.

Agradeci por ter caído nos braços justamente da única pessoa que poderia fazer com que eu me sentisse melhor.

Agradeci aos céus por ser ele.

— Hey, calma – Ouvi sua voz, enquanto ele apertava mais aquele abraço e passava a mão repetidas vezes por meu cabelo, e então deixei as lágrimas livres de vez, enquanto retribuía o abraço com força – Respira fundo, pequena.

— Isso dói tanto. Eu não consigo mais segurar isso sozinha, Daniel. – Falei entre soluços, sem enxergar nada além das minhas próprias lágrimas.

— Tudo bem, não precisa. Eu seguro seu mundo para você até que se sinta melhor. – Falou parecendo estar incomodado e sem saber o que fazer com aquela situação.

— Obrigado por ser meu abrigo. – Falei em baixo tom, deitando minha cabeça em seu ombro.

— O que aconteceu, América? – ele se afastou um pouco apenas para me encarar – Eu odeio vê-la assim e nem sei o que fazer para ajudar.

— Apenas fique por perto.

— Não precisa nem pedir, sempre estarei ao seu lado e quando não estiver, é só você gritar que eu apareço, tá bem!? – falou sorrindo de leve.

— Eu amo você.

— Eu também te amo, priminha. – Ele retrucou e em seguida, me sentou em um banco e só então percebi que estávamos no jardim. – Se sente melhor?

— Sophia tinha mesmo razão, as coisas mudaram muito por aqui mesmo, não é? – Falei fugindo de sua pergunta.

— Ah, entendi… Você já viu o novo “casal do momento” – Falou com cinismo.

— Quanto tempo eles estão juntos? – Perguntei sentindo o mesmo aperto de antes em meu coração.

— Desde que você foi embora o Vitor ficou meio louco, América. Ele não funciona bem sem você, parece que perdeu alguns bons neurônios e faz essas coisas sem sentido.

— Então já faz muito tempo… – foi tudo que consegui assimilar.

— Ele não a ama, ok? E é só questão de tempo até vocês encontrarem o caminho de volta um para o outro. – filosofou como de costume.

— Você acredita mesmo nisso? Por que eu já deixei de acreditar em nós dois faz muito tempo. – disse, olhando-o em busca de ajuda.

— Vocês se amam de verdade América, e vou te dizer que é um amor bizarro; – respondeu, dando ênfase em bizarro. – Pois continuaram se amando mesmo com a distância e toda mágoa que mantiveram nesse tempo, isso é doentio e mágico ao mesmo tempo!

— Não entendo por que tem que ser tão difícil. Queria que fôssemos como você e Sophia, sem tantas complicações.

— Alguns amores nascem para serem calmos e outros para serem épicos! – soltou mais palavras bonitas, porém que me fizeram questioná-lo.

— Não acha seu casamento épico? – perguntei, confusa.

— É mais difícil do que você pensa manter o amor depois do casamento, América. Acaba sendo mais complicado do que a distância. – Explicou.

— Ele nunca vai me perdoar, não é? – Balbuciei com certo desânimo.

— Deixe essa parte por conta do destino.

— Tudo que esse tal destino fez até hoje é me foder, me foder verdadeiramente com força. E eu já cansei de ser fodida por essa porra de destino maldito, então não vou deixar nada por conta dele. – Falei com mais raiva que o necessário, fazendo Daniel começar a rir descontroladamente.

— Senti mesmo a sua falta. – Ele me abraçou novamente.

Também havia sentido a dele.

(…)

Depois de um tempo voltei para a festa junto com Daniel e para minha surpresa, Clarisse já estava ali.

Larguei o braço de Daniel e corri em direção a minha meia irmã, que estava mais linda que nunca. Era muito bom vê-la assim.

Assim que Clarisse me viu, parou de conversar com algumas pessoas que eu sequer pude notar quem era e me abraçou.

— Como eu senti sua falta – falou, sorrindo.

— Também senti muito sua falta. – respondi, me afastando um pouco para encará-la – Essa viajem realmente te fez bem. Você está incrível.

— Me fez muito bem, foi a melhor viajem da minha vida, eu aprendi tanto… E um das principais coisas que aprendi é que não podemos fugir das coisas só porque elas ficaram ruins. – Não entendi o que ela queria dizer com isso.

Será que ela estava falando daquela noite que me assombrou por tanto tempo?

Será que estava mesmo disposta a depois de tudo, finalmente denunciar o ocorrido?

Nem eu sei se estou preparada para isso. Reviver cada instante daquela noite, compartilhá-lo com outras pessoas…

Meus pensamentos foram interrompidos quando vi Vitor aproximando-se de Clarisse, mal conseguia encará-lo e não o fiz.

— Clari, tenho certeza que você tem muitas pessoas para cumprimentar, então depois conversamos, okay? É muito bom ver você de novo. Aproveite sua festa. – dei um beijo em seu rosto e antes que ela tivesse tempo de responder, sai em passos longos dali.

Para mim aquela noite já havia chegado ao ápice.

Não conseguia mais continuar naquela festa e nem tinha motivos agora que Clarisse já havia chegado.

Então simplesmente subi para meu quarto e dormi, tenho certeza que amanhã tem mais coisas para eu me preocupar.

Dia seguinte…

Assim que o dia amanheceu, eu tinha levantado para ir buscar minhas malas na casa de Dan.

Ele havia levado-as para lá, pois eu ainda não tinha decidido se queria ficar mesmo naquela casa que me trazia tantas lembranças, mas, com certeza prefiro ficar aqui a ter que suportar a presença de Paula todos os dias na casa de Daniel.

Estava prestes a subir a escada de casa quando vi Vitor no topo da mesma, tive vontade de sair correndo dali apenas para não precisar falar com ele;

Fiquei tão nervosa que acabei deixando minha mala gigante cair no chão, derrubando várias coisas que estavam dentro, com certeza eu sou mesmo a pessoa mais azarada da terra.

— Eu ajudo você – Vitor falou descendo as escadas mais rápido e se abaixando ao meu lado.

— Eu não quero sua ajuda, quero apenas que saia daqui – berrei o empurrando para longe das minhas coisas.

— Por que você está com raiva de mim, América? – Apenas continuei jogando minhas coisas de qualquer forma dentro da mala. – Eu que era pra estar com raiva de você, porém sei muito bem que seria infantil demais guardar mágoa por um relacionamento que não deu certo.

— Justo a Paula, Vitor? É sério? – o encarei com a voz carregada de raiva e ele, apenas não respondeu. – É pouco demais até pra você! – peguei minha mala de qualquer forma e subi as escadas praticamente correndo.

Cheguei em meu quarto devastada, qual era a dele?

Qual era a minha?

Podia apenas ter ficado calada, provavelmente teria sido melhor.

Coloquei minha mala em cima da cama, ainda atordoada pelo acontecido, e só então notei que nem sequer havia a fechado, provavelmente várias coisas haviam se espalho pelo chão novamente.

Sai do meu quarto novamente para confirmar minhas suspeitas de que algo havia caído e até metade do caminho não achei nada, apenas quando cheguei novamente na escada me assustei com o que vi.

Vitor estava segurando a carta que eu havia escrito para ele há um ano atrás.

A maldita carta onde eu havia escrito tudo que tinha acontecido comigo.

Nem me lembrava de ter levado aquela carta pra lá, e não acredito que dentre todas as coisas que estavam ali, justo ela tinha caído e ido parar justamente nas mãos de Vitor.

 

"Você não pode controlar as coisas que acontecem com você, mas pode controlar a forma que reage a elas." — Você de novo. 


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Notas finais do capítulo

Como acham que o De La Riva vai processar essa notícia?
Faltam tipo uns três capítulos pra fanfic acabar e meu coração está destruído aqui. Só queria dizer mesmo haha.
Mas e aí, o que acharam do capítulo? comentem por favor, fantasminhas, pelo menos na reta final, poxa! haha.



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