Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 46
Nós mantemos esse amor em uma fotografia!


Notas iniciais do capítulo

Oiie galera!
Peço mil desculpas pela demora é que estou em semana de provas, então sabem como é né? Mas logo vou voltar a postar regularmente.
Capítulo cheio de emoções *--*
Espero que gostem!



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Quando chegamos a primeira coisa que notei é que diferente de quando sai dessa casa há um ano atrás, as coisas não estavam cinzentas e sem graça, ao contrário, estavam até coloridas demais. Era bom vê-la novamente assim.

Contudo, o que mais me chamou atenção foi a árvore de natal gigantesca estacionada no meio da sala.

— Desde quando temos tanto espírito natalino por aqui? — indaguei, observando Sophia que acabará de entrar em casa tentando se equilibrar com o punhado de coisas que haviam em seus braços.

— Muitas coisas mudaram desde que você foi embora — ela explicou com a respiração ofegante, jogando todas coisas que segurava em cima da mesa de maneira tão desajustada que comecei a rir compulsivamente.

— Por que não me ajudou? — perguntou parecendo irritada.

— Talvez porque você não tenha pedido ajuda?

— Quando alguém está morrendo você não precisa escutar um "socorro" para ajudar, América.

— Okay Sophia, larga de drama e me explica essa árvore aqui — falei me aproximando da árvore que tinha o triplo do meu tamanho.

— Você sabe que essa casa é do Vitor agora, né? E quando não tem adultos na casa é isso que acontece! — falou.

— Não ficou tão ruim — olhei para o alto, para tentar encontrar o fim da árvore que ia até o teto — Na verdade até gostei.

— Eu também, até ajudei a montar — respondeu sorrindo.

— Agora que comentou que a casa é praticamente de Vitor, fiquei curiosa: Petterson não voltou mesmo aqui? — grunhi já sentindo meu sangue esquentar apenas ao lembrar daquele hipócrita.

— Ele apareceu, mas quando Vitor deixou claro que não queria falar com ele, foi embora novamente.

Sorri orgulhosa pelo ato de Vitor. Sei como é difícil lidar com o mundo desmoronando sobre você e junto a ele todas as máscaras das pessoas que você confiava. Não é fácil. Na maioria das vezes é complicado decidir se quer continuar vivendo a mentira ou se libertar.

— As coisas parecem iguais por aqui — comentei. 

— Você que pensa — Sophia devolveu e antes que eu tivesse tempo de questionar, ela continuou — Vai me ajudar a arrumar tudo pra festa, certo?

— Vai nessa, tô extremamente cansada. Só quero descansar o máximo que conseguir antes dessa festa.

— Você tá brincando? Como vou arrumar isso tudo sozinha? — Praticamente gritou.

— Até parece, Sophia, você contratou umas mil pessoas para fazer isso.

— É, mas preciso arquitetar tudo e não posso ser a chefe da operação sozinha. — falou como se fosse a coisa mais difícil do mundo observar outras pessoas trabalharem.

— Pode sim, acredito no seu potencial — respondi com o famoso tom de sarcasmo e antes que ela tivesse tempo de responder, subi as escadas correndo e pude ouvir apenas ela reclamando de longe.

Meu quarto continuava intacto, sem bebê nenhum no lugar. Respirei aliviada e me joguei em minha cama com um sorriso desnecessário nos lábios.

É bom estar de volta.

Horas mais tarde…

A tarde passou voando e eu dormindo.

Na verdade, não costumo dormir a tarde porém, estava realmente exausta pela viajem. Só acordei quando Sophia invadiu meu quarto, gritando:

— Não acredito que está dormindo, América.

— Qual é, não sabe bater? — reclamei, pulando da cama.

— Arrumei aquela festa toda sozinha e ainda consegui ficar pronta e maravilhosa uma hora antes de tudo começar. E você realmente só dormiu a tarde inteira?

— Não enche, Sophia. Já vou me arrumar, agora sai — retruquei esfregando os olhos e tentando arranjar forças para levantar.

— Ok, mas, devido a você ter sido uma garota muito má comigo hoje, terá que usar o vestido que comprei para você.

— Ata, vai sonhando. Detesto esse seu estilo exagerado, imagine para mim então. — reclamei, nem era verdade mas, amo irritá-la e além do mais, foi ela quem me acordou e causou o mau humor.

 

— Sério América, larga de ser chata. Eu comprei esse vestido apenas por que achei a sua cara e você me deve uma.

— Qual é o vestido? — perguntei revirando os olhos.

Então ela tirou as mãos de trás das costas, revelando o tal vestido. Fiquei de cara, era mais lindo e provavelmente mais caro que qualquer coisa que eu já havia usado.

— Você tá louca? Quantos isso custou? — pulei da cama, apalpando o vestido.

Era incrível.

— Talvez eu tenha me empolgado um pouco com a volta da minha melhor amiga pra casa e quis dar um presente a altura — sorri ao pegar o vestido e a abracei.

— Você realmente me ama muito, tô até com medo agora. Sabe que eu nunca te daria um vestido assim, né? — Brinquei.

— Dá pra se arruma logo? — Ela disse indo em direção a saída do quarto.

— Soso — ela me fitou — Obrigado, okay?

— Sempre quis ser a fada madrinha de alguém — foi tudo que ela disse antes de sair do quarto.

Sorri e fitei novamente aquele vestido, mal podia esperar para vesti-lo.

(…)

Antes de sair do quarto me olhei no espelho, para dar uma última checada no visual e de brinde, contemplar aquele vestido maravilhoso mais uma vez, encaro minha imagem e como das outras vezes, gosto do que vejo.

Então finalmente, sai do meu quarto e comecei a andar pelo corredor gigante que tinha ali, já conseguia ouvir o barulho alto de música vindo do andar de baixo. Até que quando olhei para a frente, meu coração disparou.

Era ele.

De La Riva? foi tudo que consegui dizer em um sussurro forçado, respirei fundo tentando acalmar meu coração que batia descompassado.

— O único — ele brincou, fazendo-me sorrir de leve.

Apenas continuamos parados nos olhando em silêncio por um longo tempo, feito dois idiotas. Tive tempo para observá-lo nos mínimos detalhes, ele continuava sendo o mesmo, sendo o meu Vitor.

Aquele semblante de anjo, cabelos tão lisos que eu sentia vontade instantânea de bagunçá-los e principalmente, mantinha o mesmo olhar capaz de me hipnotizar. Havia poucas diferenças, a que mais gostei era a barba que ocupava seu rosto agora.

Continuamos um tempo assim, até que ele soltou:

— A gata borralheira usando vestido? — sorri novamente.

— O Bad Boy usando terno? — ele sorriu de volta.

Antes que pudéssemos dizer ou fazer qualquer outra coisa, ouvimos Sophia dizer pelo microfone:

— Peço aos cavalheiros que chamem a dama mais próxima para uma dança, pois hoje eu e Daniel fazemos um ano de casamento e exigimos uma dança romântica de todos em homenagem a nós!

— Havia esquecido totalmente que hoje eles fazem um ano de casados, a Sophia deve estar querendo me matar — falei realmente sentindo-me uma péssima amiga.

— Então sugiro que participe da dança para ela não te odiar mais e como sou uma pessoa boa, acho que posso fazer o favor de dançar contigo.

— É sério isso? — o sorriso bobo se mantinha em meus lábios.

— É apenas uma dança. — ele parecia sem graça e confuso por suas próprias palavras e eu o entedia. Contudo, era bom saber que em algum lugar dentro dele ainda havia um espaço para mim!

Entretanto, tenho plena consciência que isso deve ser apenas um efeito causado por ficar tanto tempo sem me ver e que provavelmente passará logo e Vitor se lembrará de todo mal que eu supostamente causei a ele, com tal constatação decidi aproveitar aquele momento o máximo que eu pudesse.

Afinal, seja qual título eu tenha perante as pessoas: "Traíra", "pobre coitada", "garota em chamas" ou a controvérsia, "garota fria".

Nesse momento eu sou apenas uma garota morrendo de saudades também.

Segurei em seu braço e fomos para o centro daquela sala enorme que após toda decoração de Sophia, parecia mesmo uma pista de dança agora.

Paramos no meio da pista e nos encaramos sem jeito, a música “Photograph” começava a ecoar pelo local, quando Vitor finalmente me aproximou lentamente grudando nossos corpos, o contador de luz disparou fazendo com que todas as luzes se apagassem e apenas a lua iluminasse o salão pela janela.

Vitor jogou meu corpo para trás, me deixando solta e deslizando a mão por minha cintura. O mesmo me rodou e quando voltamos a ter nossos corpos juntos, não consegui fazer nada além de encará-lo profundamente.

— “Nós mantemos esse amor em uma fotografia" — Citou um pedaço da música me encarando profundamente, a essa altura meus olhos já estavam cheios de água e minha vontade de beijá-lo se intensificava cada vez mais.

A música pareceu se tornar abafada, e o tempo pareceu congelar naquele instante e nossos rostos pareciam ter ganhado vida própria ao se aproximarem com tanta precisão. Já podia praticamente sentir seus lábios contra os meus, quando as luzes se acenderam novamente nos assustando e fazendo-nos perceber que a música já havia terminado.

Não tivemos tempo de dizer nada, pois assim que nos afastamos o mínimo possível ouvi uma voz conhecida.

— Oi meu amor - Era Paula.

Mal tive tempo para me perguntar com quem ela estava falando, logo vi a garota puxar Vitor para si e beijá-lo.

“Nós fizemos estas memórias para nós mesmos, onde nossos olhos nunca fecham, nossos corações nunca estiveram partidos e o tempo está congelado para sempre. Então você pode me guardar no bolso do seu jeans rasgado, me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem, você nunca estará sozinha, espere por minha volta para casa” Photograph.

 


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Notas finais do capítulo

E aí?
O que acharam?
Sou muito mal né? Mal dou tempo para processarem o momento fofo entre Méritor e já estrago haha, o que acharam dessa história do Vitor estar namorando justo a Paula? Comentem!
Muitas revelações SUPER IMPORTANTES no próximo capítulo, fiquem ligados.



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