Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 4
Meu objetivo agora é destruir Vitor de La Riva!


Notas iniciais do capítulo

Oi,oi,oi. Aqui está o capítulo e pra mim é o melhor da fic até agora! hahah` Eu espero que gostem! Ah, tenho um aviso: Estou com um pequeno problema no note então demore um pouco mais pra postar, ok? Mas, enfim... #Desfrutem.



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Rapidamente me levantei para me poupar de passar mais mico. Encarei Vitor furiosa, sem poder acreditar no que ele havia feito. Olhei em volta, todos continuavam a rir de mim.

— Cara, você ficou louco? — disse Daniel se levantando bruscamente da cadeira, ele parecia realmente estar muito irritado, coisa que era muito rara.

— Daniel, admita que foi muito engraçado! — Exclamou Vitor ainda rindo, colocando a mão no ombro de Dan. Ele parecia não ter desconfiado do que estava acontecendo ali.

— Engraçado vai ser o estrago que vou fazer nessa sua cara — Daniel gritou, socando o rosto de Vitor logo em seguida. Não consegui reagir. Todos os presentes na sala começaram a gritar, incentivando a briga. Incrível como esse povo só gostava de ver treta. Só me toquei realmente daquela situação quando Vitor retribuiu o soco na mesma intensidade. Então, do nada, eles estavam realmente tentando se matar. Eu tentei a todo custo entrar no meio da roda para impedir aquela bagunça, porém, aquela multidão de pessoas me impediam. Aquilo realmente começava a me preocupar. Estava com muita raiva de Vitor, o que ele havia feito era inaceitável. Mas depois acharia uma forma de me vingar que não prejudicasse o meu primo.

— JÁ CHEGA! — Gritou o diretor, aparecendo ali do nada, acompanhado do professor. Os dois estavam furiosos.

Todos os alunos se calaram e os que estavam de pé sentaram-se rapidamente em seus lugares. Aproveitei o momento e entrei no meio da briga dos dois, segurando Daniel pelo ombro e tentando fazê-lo cair na real.

— Controle-se por favor — Ralhei, com o semblante sério.

— Quem o Vitor pensa que é? Ele acha que pode tudo?! — Daniel ainda estava muito irado e continuava se debatendo.

— De qualquer forma, isso é problema meu — Dei ênfase na palavra ‘’meu’’ — Agradeço por se preocupar — Fui seca.

Segui o olhar de Daniel e vi que Vitor estava no meio de uma rodinha cheia de garotas consolando-o. Elas estavam passando a mão pelo seu rosto machucado e murmurando.

— Vocês três na minha sala –Exigiu o diretor, tentando manter a calma — Agora! — Ele foi em direção à porta, sem olhar para trás para conferir se estávamos seguindo-o.

Revirei os olhos e fui atrás dele, sendo acompanhada pelos dois brigões. Ótimo, confusão logo no primeiro dia de aula, tudo que eu precisava, eu sabia que esse dia não ia ser um dos melhores.

— Onde vocês pensam que estão? — O diretor estava andando de um lado para o outro na sala, gesticulando com as mãos furiosamente– Na escola ou em um zoológico para agirem como animais? — Ele perguntou, batendo a mão na mesa com força e praticamente cuspindo no nosso rosto.

— A culpa é toda dele — soltei bufando e apontei para Vitor. Quase soltei um palavrão, mas segurei a língua pois já estava encrencada o suficiente.

— Dá pra vocês me explicarem o que diabos aconteceu naquela sala de aula? — Indagou o diretor, sentando-se na cadeira e respirando fundo. Ele já estava mais calmo que antes.

— Foi ele que começou a me bater por nada — Disse Vitor na maior cara de pau.

— Por nada? — Daniel disse com um sorriso sarcástico. Entre os três, ele era o que parecia estar mais tranquilo — Qual foi o motivo da briga ter começado mesmo? — Daniel utilizou o sarcasmo, deixando Vitor com uma expressão nada agradável — Ah, é mesmo — Ele fingiu se lembrar de alguma coisa– O senhor imbecil resolveu colocar o pé na frente da minha prima quando ela ia passar, fazendo-a cair e pagar mico no primeiro dia de aula — Completou ele, dessa vez se referindo ao diretor, não parecendo estar intimidado com o olhar que o mesmo nos lançava.

— Não foi por querer! — Vitor se defendeu. Qualquer um que soubesse distinguir ‘’mais’’ de ‘’mas’’ saberia que ele estava mentindo.

Daniel enfiou a mão entre os cabelos tentando manter-se calmo, respirando fundo em seguida.

— E o que você tem a ver com isso? — Questionou o diretor se referindo a Daniel.

— Também gostaria de saber... — Implicou Vitor.

— Não me interrompa. — O diretor cortou-o.

— A América é a minha prima! Eu tenho que defendê-la. Além do mais, eu o conheço muito bem para saber que foi sim por querer — Daniel olhou para Vitor– Afinal, éramos melhores amigos — Ele disse secamente, dando ênfase nessa frase, fazendo Vitor arquear a sobrancelha.

— Olha, é até uma melhora que pela primeira vez não esteja aprontando com o De La Riva e sim agindo contra ele. Porém, nada se resolve com brigas, muito menos no meu colégio, por isso você está suspenso por uma semana — Informou o diretor —  E se reclamar, a senhorita Collins também será suspensa — Completou ele, percebendo a minha reação.

Eu iria protestar, mas Daniel pediu para que eu me calasse com o olhar.

— Tudo bem, eu realmente me excedi. Aceito o castigo — Respondeu no mesmo tom de voz.

— Ótimo! Agora, se me dão licença, eu vou sair desta sala — Vitor revirou os olhos, erguendo as mãos em comemoração, levantando logo em seguida.

— Nem pensem nisso — Vitor travou no lugar em que estava, voltando ao seu lugar em câmera lenta, parecendo irritado — Vocês dois também serão castigados.

— Mas eu não fiz nada — Protestei.

— Não quero saber, Collins, você é o motivo dessa confusão ter começado — Argumentou o homem, como se eu já não soubesse.

— Nada disso, eu não mereço ser castigado — Discordou Vitor, ainda se fazendo de santo.

—Os dois irão ficar depois da aula durante toda a semana para fazer trabalhos voluntários — Em outras circunstâncias eu faria um escândalo e não aceitaria, porém, no momento eu só estava me concentrando em me sentir culpada por Daniel ter sido punido e percebi que eu merecia o castigo. Então aceitei assim como Dan aceitou a suspensão.

— Jamais — Vitor se opôs.

— Ou isto ou ambos também irão ficar suspensos! — Vitor rolou os olhos ao constatar que não teríamos outra opção.

— Olha, por mim tudo bem. Mas não quero ficar aqui depois da aula junto com o Vitor. Tudo menos isso — Eu disse, mantendo a cabeça baixa e ainda imaginando uma maneira de me desculpar com o meu primo.

— Sinto muito, América. Porém o castigo serve justamente para isso. Para que aprendam que no meu colégio pelo menos terão que manter uma boa relação — Explicou o diretor.

— Como se não bastasse ter que suportar essa menina na mesma casa, mesma escola e mesma sala, agora terei que fazer `serviços voluntários` com ela. Seja bem vinda ironia! — Resmungou Vitor em tom quase imperceptível.

— Podem sair agora, a partir de amanhã o castigo começa para os três. Irei me encarregar de avisar seus pais — O diretor nos dispensou, então nos levantamos e fomos em direção a porta.

— Ah, Bracho — Disse o diretor se referindo a Daniel quando estávamos prestes a sair da sala, Dan o olhou. — Tente não arrumar mais confusões. — Concluiu voltando sua atenção para a papelada e parecendo esquecer da nossa presença ali.

(...)

— Muito obrigada mesmo por ter me defendido, mas, por favor, não faça isso novamente — Disse observando Daniel que dirigia seu carro.

Ele tinha se oferecido uma carona de volta para a casa, pois eu realmente não estava com um pingo de vontade de olhar na cara daquele garoto.

— Não me peça isso, é sério. Você é como uma irmã pra mim, sabe disso. E você também sabe que eu jamais permitirei que ninguém te machuque ou te deixe constrangida — Daniel falou ao parar no sinal. Sorri e me deitei no seu ombro.

— Maninho... — Brinquei e mostrei língua pra ele, fazendo gracinha. Ele, por sua vez, apenas bagunçou meus cabelos.

Apesar dessa manhã de hoje ter sido cheia, eu estou muito feliz. Estou feliz por ter reencontrado Daniel, meu primo, meu irmão. Por que ele é o Daniel e é simples assim, sempre será o mais perfeito de todos os perfeitos. Olhar para ele me faz sentir confortável, ele é a única família que eu tenho. Não no sentido literal, mas posso considerar assim pois ele é o único que eu confio e que se importa comigo realmente.

Alguns minutos depois já havíamos chegado em minha casa, se é que eu poderia chamar aquele lugar de casa. Agradeci pela carona e pedi desculpas para ele novamente, recebendo um sorriso sincero e um beijo na bochecha em troca

— Você sabe que eu te amo, não é? — Ele brincou.

— É claro que eu sei –Brinquei de volta —  Quem não me ama? — Ele sorriu.

— Quero que vá na minha casa hoje. Aposto que meus pais adorarão te ver depois de todo esse tempo —  ele pediu, ainda sorrindo.

— Não acho que seja oportuno. O clima vai estar meio tenso hoje, não?

— Ah, não. Quando eu explicar os detalhes para eles, eles irão entender. De qualquer maneira, a hora que eles te verem a tensão vai evaporar.

— Tudo bem — Concordei —  Vai ser bom sair um pouco dessa casa, afinal. — Conclui saindo do carro.

— Eu te busco ás quatro — Ele disse, ligando o motor —  Até mais tarde.

— Até... Ah, e eu também te amo, Dan! — Disse ao me lembrar do que ele havia dito alguns minutos atrás.

— Quem não me ama? — Ele me imitou e eu não pude deixar de gargalhar, só então ele acelerou o carro enquanto eu me virava de frente para a minha ‘’casa’’.

Subi para meu quarto dando graças a Deus por não ter me encontrando com ninguém pois eu não estava afim de trocar nenhuma palavra com as pessoas dali. Porém, tive uma surpresa bem desagradável quanto cheguei. Vitor estava sentado todo folgado na minha poltrona e, quando passei pela porta do meu quarto, ele me encarou com uma cara de quem não sabe de nada.

— O que você está fazendo aqui? — Meu sangue subiu. Não queria ficar nem mais um segundo com aquele garoto. Quanto mais tempo longe, melhor.

Ele se levantou da cadeira e se aproximou de mim lentamente. A cena me deu vontade de rir, mas me segurei. Ele devia estar se sentindo um serial killer psicopata daquele jeito. Não migo, não.

— O que aconteceu hoje foi apenas um aviso para que você fique longe de mim — Ele disse secamente.

— Ah, não se preocupe com isso — Falei, tentando manter a calma. Depois eu iria ter que lavar o meu quarto com desinfetante e tudo mais — A única coisa que eu quero da sua pessoa é distância — Na verdade, eu queria me aproximar dele. Mas só para poder terminar o trabalho de Daniel.

— Assim espero. Até agora sua presença aqui não está me beneficiando em nada, querida Méri — Ele disse, com um sorriso cínico — Por sua culpa não consigo ficar em paz nem na minha própria casa e briguei com meu melhor amigo. Espero que isso não continue assim ou então você vai pagar muito caro.

— Ah tá — Falei, sorrindo em seguida — Você vai fazer o que, imbecil? — Vi sua expressão ficar furiosa —  Talvez seja hora de perceber que o mundo não gira em torno de você.

Ele segurou meus punhos com força, puxando-me bruscamente para junto dele e colando nossos corpos, me fazendo estremecer com o ato. Ele me encarou e por um segundo fiquei na duvida se aquilo era um olhar ameaçador ou um olhar afetuoso. Apesar de sermos inimigos, ele era lindo. Tão perto assim, parecia perfeito. Talvez eu não devesse resistir à vontade de beijá-lo. Comecei a me perguntar se ele pensava como eu, mas ele me empurrou com força, fazendo-me cair sentada na cama.

— Olha aqui, garota, você nesta casa não passa de uma visita — Berrou — Sua presença aqui não passa de um peso na consciência que sua mãe tem por ter te deixado, nada mais que isso. Então se toque e se coloque eu seu lugar, sua patricinha de quinta! Nem sua mãe te quis, e acho que já sei o motivo. É difícil conviver com um NADA como você — Ele parou por um tempo antes de completar — Olha só, achei a palavra certa para descrever o que você é: um nada! — Foi tudo que ele disse antes de sair do meu quarto, batendo a porta.

Pela primeira vez na vida eu fiquei sem fala, sem reação alguma. Eu não sabia o que dizer. Ao contrário do que eu pensava, eu não senti raiva, não senti ódio. Eu senti tristeza. Aquelas palavras me magoaram profundamente. Me deitei em minha cama e comecei a chorar, abraçada em meu travesseiro. Isso de chorar e me machucar por palavras não faz meu tipo. Mas enfim, o que faz meu tipo? Enfim, quem eu sou? Eu realmente não faço ideia. Eu não sei se você já se sentiu assim, como eu me sinto agora, sem lugar no mundo, sabe? Sem saber o que fazer ou como agir ao conviver com pessoas tão diferentes. Mas depois que o Vitor de La Riva me disse aquilo, comecei a pensar: E se eu que fosse diferente, e não as pessoas?

Quer saber, dane-se, esse jeito é minha essência e não vou mudar para agradar ninguém, porra, eles que façam isso! Já perdi quase tudo, não vou abrir mão da minha personalidade também. Isso, sou exatamente assim, uma rebelde um tanto sem causa! Resolvi não chorar mais, não sofrer por causa daquele garoto. Limpei minhas lágrimas e me levantei da cama, observando meu reflexo no espelho da penteadeira. Eu iria me vingar. Meu objetivo agora é destruir Vitor de La Riva.

—Como me tornei tão detestável? O que você tem que me faz agir desse jeito? Eu nunca fui tão indecente Você pode me falar que isso tudo é só uma disputa? Aquele que ganhar vai ser o melhor. Mas amor, eu não quis dizer isso. É sério, eu prometo —Pink.

 


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM? Espero que sim. Podem deixar suas opiniões antes de sair da história? Seria maravilhoso e me inspiraria para fazer o próximo. Bjoos! :*



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