Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 2
Eu quero permanecer apaixonada, com minha tristeza!


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!! Lá vai mais um capítulo, quero agradecer pelos lindos comentários do capítulo anterior, vomitei arco-íris lendo! ♥ #BoaLeitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665859/chapter/2

Quarta, 29 de agosto...

Acho que em alguma vida passada eu devo ter salgado a santa ceia. Ou devo ter sido uma serial killer, ou sei lá, uma torturadora de crianças. Algo assim bem ruim, pra ter que pagar meus pecados em pleno século XXI .

Isto é a pior coisa que poderia acontecer comigo, definitivamente. Ter que acordar 6 da manhã é pior que ser esquartejada até a morte -Talvez eu esteja exagerando um pouco.

Levantei-me da cama e cambaleei até um quarto, seguindo o som da música. Ficava bem ao lado do meu; isso explicava o som estar tão insuportável. Parei na porta do quarto e não pude deixar de notar que de perto a música era bem mais agradável, mas, isso de forma alguma significava que eu tinha gostado de acordar ouvindo-a. Notei que a porta estava entreaberta, então depois de alguns minutos sem ver ninguém eu entrei no quarto. Fui em direção ao rádio que estava em cima de um criado e tive que abaixar bastante para que o som não me deixasse surda. A porta do banheiro estava fechada e o chuveiro ligado, provavelmente o dono ou dona do quarto estava tomando banho. Me concentrei no rádio e vi que a música se chamava Can You Feel My Heart, da Bring me The Horizon. Anotei o nome da música em meu celular e saí correndo quando ouvi o chuveiro ser desligado. Eu Gostaria muito mesmo de saber quem naquela casa tinha um gosto musical tão bom.

Horas Depois...

Eram um pouco mais de uma da tarde quando uma empregada foi ao meu quarto mandando-me descer para almoçar. Tirei o pijama e coloquei um short jeans escuro, uma blusa branca curta e um blazer preto por cima e para finalizar um all star. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo e desci as escadas. Na mesa estavam sentados a família completa, pelo visto eu estava atrasada.

— E aí — Cumprimentei sem animo algum e sentei-me na mesa.

— Oi filha. Você dormiu bem? — Minha mãe perguntou.

— Na medida do possível — Dei de ombros.

— Olhe América, eu sei que você não gostaria de estar aqui e acha que todos estamos contra você mas, quero que saiba que não. Todos queremos ajudar você a se instalar e se você precisar de qualquer coisa pode contar conosco — Falou Peterson.

Ótimo, ele estava querendo pagar de ‘’o padrasto bonzinho’’ logicamente para eu não dar trabalho. Mas se esse homem pensa que eu vou dar trégua está muito enganado.

—Não são vocês que estão contra mim, eu sei disso — Vi meu padrasto dar um sorriso e logo acabei com isso — Eu é que estou contra vocês!

Todos na mesa ficaram sem graça, e eu nem olhei para o Vitor, que estava na ponta da mesa. Clarisse estava concentrada demais em seu celular para prestar atenção na conversa.

— Vamos comer então! — Disse minha mãe com um sorriso forçado.

— Finalmente — Resmungou Vitor, ele parecia irritado ou melhor, com fome. — Ah filha, esse é o Vitor, que eu disse que ia te apresentar ontem — Disse minha mãe sorrindo.

— Ah, sim, eu já tive o imenso prazer de conhece-lo — Disse a ela, encarando Vitor e dando ênfase em ‘’prazer’’.

Vitor rolou os olhos e eu acho que minha mãe deve ter percebido o mal clima sendo que ela logo mudou de assunto.

— Se você quiser mudar qualquer coisa no seu quarto fique a vontade. Eu posso comprar o que você quiser — Disse minha mãe me observando.

— Pode deixar que logo eu vou arrumar um emprego, não preciso que você me dê nada. Vocês não vão me comprar com dinheiro ou coisa assim.

Todos me olharam incrédulos, menos Clarisse que continuava olhando para aquele celular, sem nem piscar os olhos. Pelo visto, não ia ser difícil fazer todos naquela casa se virarem contra mim. Afinal, só faltavam mais dois.

— Que ótima filha você foi arrumar, Emily — Disse Vitor com um sorriso sarcástico.

— Ninguém te perguntou, babaca! — Gritei, me levantando da mesa e encarando-o com certo ódio.

— E eu não estou falando com você, garota! — Ele disse se levantando da mesa também.

— Parem por favor... Vamos pelo menos comer em paz — Pediu Peterson na maior calma possível.

Nós dois resolvemos ouvi-lo, nos sentamos e começamos a comer, ninguém se atreveu a dizer uma só palavra. Até que minutos depois Vitor resolveu manifestar-se.

— Emily, porque você abaixou o som hoje cedo? Nunca teve problemas comigo ouvindo música alta.

— Não foi eu, Vitor — Disse minha mãe o olhando.

— Filho, agora que a América está morando aqui acho que você não deveria ouvir o som tão alto — Disse Peterson.

— Quem tem que se adaptar aqui é ela, não eu.

Naquele momento desliguei meu ouvido me concentrando somente em meus pensamentos. Então aquele quarto era dele? Bem ao lado do meu? Não posso acreditar. E pensar que a musica era boa, isto quer dizer que ele tem alguma qualidade? Não, me recuso a admitir que aquele garoto mimado e sem educação (olha quem fala) tinha alguma qualidade.

Horas Depois...

Agora eu estava sentada no jardim, outra parte da casa que realmente tinha me encantado naquela casa, o cheiro de terra, de árvores e tudo mais. Pássaros cantando, o barulho da água caindo na fonte que havia atrás de mim... Era tudo tão lindo naquele lugar. Eu estava ouvindo a música Lithium, da banda Evanescence. Pensava no meu pai enquanto cantarolava a música baixinho.

``Lithium- I want to stay in love with my sorrow ``

                                                                         ***

``Litio- Eu quero permanecer apaixonada, com minha tristeza``

Apesar de tudo ele sempre tinha sido muito bom pra mim e parecia me amar tanto, mas no fim outra vez era pura falsidade. Assim como minha mãe ele quis se livrar de mim. Eu não posso confiar em mais ninguém, nem na minha própria família, porque no fim todos sempre me machucam. Se seus próprios pais, que de acordo com a lógica, deveriam te amar, também sempre acabam te magoando, imagina o que os outros não podem fazer com você, com a sua vida, com os seus sentimentos. Por isso, sempre busco ficar afastada de tudo isso. Tudo. Deixo uma lágrima escapar e logo meus pensamentos foram interrompidos por uma voz me chamando incessantemente.

— América, minha filha — Eu a olhei. Será que essa mulher não me deixaria em paz em nenhum momento? — Eu só quero te avisar que amanhã suas aulas começam, ok? Eu já acertei tudo antes mesmo de você chegar — Disse sorridente, para mim. aquilo não era nenhum pouco legal.

— Ok — Foi a única coisa que eu disse.

Logo ela voltou a sair, me deixando sozinha. Ótimo, agora eu teria que estudar. Que horror. Só espero não ter que estudar junto com o tal de Vitor e nem a esquisita da Clarisse. Já basta ter que aturar os professores, que provavelmente devem ser tão chatos quanto os da minha antiga escola. Ou até mais.

Dia Seguinte...

Estavam 5hrs45min da manhã e eu acordada,outra vez. Porém agora seria para ir a escola, acho que acordar ouvindo música foi mais agradável que isso. Desci com pijama mesmo para tomar café e não tive uma surpresa muito agradável, Vitor e Clarisse apenas estavam sentados na mesa.

— Onde minha mãe está? — Indaguei cruzando os braços.

— Dormindo — Disse Clarisse, falando comigo pela primeira vez.

— Ah, agora a princesa quer que eu adivinhe onde é a escola? — Berrei nervosa.

— Você vai comigo. — Disse Vitor bebendo seu café.

— O que?—Estufei os olhos, agora realmente irritada.

“Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentindo.”John Boyne


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esses dois anda se matam, haha! E vocês gostaram? Espero que sim. Comentem por favor! :)
Bjoos :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Welcome to my World!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.