Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 1
Welcome To My World, Baby!


Notas iniciais do capítulo

Oii :3 Aqui estou com minha primeira fanfic original... Prestem atenção: Primeira fic original, pode ter muitos erros, ainda estou começando nisso. Nos nomes em azul está a aparência dos personagens.
Boa leitura e bem-vindo ao universo de '' Welcome to my world``
Espero que gostem!



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Segunda, 27 de agosto..

— Eu não quero pai. Não quero — Voltei a insistir.

— América, é o melhor pra você. Uma mocinha na sua idade precisa de muitos cuidados, e você sabe que eu trabalho muito, não posso dedicar todo meu tempo a você –Disse meu pai pela milésima vez.

— Eu não quero ir morar com a minha mãe, não quero ter que conviver com ela.

— Você não pode odiar sua própria mãe, América! A mulher que te colocou no mundo! Você sabe que ela está arrependida e te ama tanto quanto eu.

— Me ama? O senhor tem certeza? Ela nunca ligou pra mim, me abandonou por sua culpa –Disse, cruzando os braços logo em seguida.

— Filha, será que você não sabe do amor e do perdão? — Ótimo, lá vai ele repetir a mesma ladainha de sempre — Já te disse muitas vezes que devemos perdoar, principalmente se tratando da própria mãe. Compreenda, América, ela havia ficado muito magoada...

— Não é por que você não presta que ela tinha que descontar em mim –Percebi que havia falado besteira quando vi o olhar assassino que ele dirigiu a mim — Pai, escuta. Eu não a odeio, já a perdoei, apenas não quero ter contato com ela, simples.

— Mas terá que ser assim, America! Você precisa de alguém que cuide de você, está muito rebelde... Só esse ano você já foi expulsa de cinco escolas! –Ele começou a ficar realmente irritado com a minha desobediência.

— Papai, por favor. Eu prometo, eu juro, que vou mudar. Irei me comprometer com a escola, não irei mais aprontar, mas, por favor, não me mande pra longe — Praticamente ajoelhei aos pés dele, implorando.

— Filha, você sabe que eu te amo muito. Será difícil saber que você não estará mais aqui, mas é o `melhor para você`. — Argumentou.

Com certeza, ir para o Rio de Janeiro morar com a minha mãe não seria o melhor pra mim, não mesmo.

— Pai, eu já tenho 16 anos. Você vai ter que me aturar só por mais dois anos e depois eu me mando.

— América, queira ou não, aceite ou não, você vai pro Rio de Janeiro amanhã e não se fala mais nisso. Eu sou seu pai e você me deve obediência. Entendido, mocinha?

Depois disso, só se pode ouvir a porta do meu quarto batendo. Eu estava furiosa, não queria deixar toda minha vida aqui. Não que eu tivesse muitas coisas a perder, é claro. Não tinha amigos, namorado, não era muito sociável. Mas eu já tinha me acomodado a minha vida assim, já tinha acostumado a ter a solidão como minha amiga, eu não queria mudar isso. Não queria ir morar com uma mãe melosa tentando ganhar o meu perdão. Não queria fazer amigos, não queria ter mimos. Sim, me julgue, me recrimine como quiser, mas vou continuar gritando aos quatro ventos: Eu prefiro a solidão a qualquer um dessa sociedade medíocre. 

Terça, 28 de agosto...

Acordei um pouco antes de 5 da manhã com o som do enviado do inferno, quer dizer, despertador. Tentei ignorá-lo, mas não deu muito certo. O empurrei de qualquer modo e ele caiu no chão. Devo ter estragado o coitado.

— América, hora de acordar! —  Disse meu pai, entrando no meu quarto. Bem que eu havia estranhado, estava tudo bom demais pra ser verdade.

Rio de Janeiro...

Desci do avião e olhei em volta. O lugar era sociável demais em minha opinião. O Sol quente, muitas pessoas, praia, etc. Mal havia chegado e já estava odiando tudo. Dei de ombros, coloquei meu óculos de sol e segui em frente puxando minha mala cor-de-rosa. Assim que sai do aeroporto, chamei um táxi. Falei para o motorista o endereço da casa da minha mãe e em cerca de 30 minutos já havíamos chegado. Senti meu estomago embrulhar ao olhar para casa, era enorme. Tudo que eu mais temia: Uma mansão. Só tinha um ponto positivo nisso: Eu poderia manter distância de qualquer ser vivo que se encontrasse nesse lugar. Paguei o motorista e respirei fundo. Toquei a campainha da enorme casa e fui atendida por uma mulher negra muito bonita. Os cabelos no estilo black, o sorriso encantador parecia realmente agradável. Não que eu quisesse gostar dela, é claro. A minha única intenção era odiar todos os que moravam naquela casa e fazê-los me odiar também. Quem sabe assim eu não consigo voltar ‘pra minha casa.

— Olá eu sou... — Mal comecei a falar e já fui interrompida.

— Já sei quem você é. Sua mãe fala muito de você. Estamos muito felizes com sua chegada! — Falou a mulher.

— Ah sim — Digo balançando a cabeça em concordância.

— Entre. —  Ela pediu com os olhos reluzentes. Para eles minha chegada parecia realmente ser agradável. Logo os farei mudar de ideia. Andei vagarosamente até entrar na casa e antes que eu pudesse sequer respirar, uma mulher veio correndo em minha direção, me dando um abraço tão forte que espremeu minha alma.

— E você quem é? — Perguntei mesmo já sabendo a resposta, afinal, não poderia deixar de destilar meu veneno.

— Filha, você sabe muito bem quem eu sou. –Ela disse cabisbaixa, juro que quase fiquei com pena dela (quase).

— Ah, minha mãe. É que faz tanto tempo que não te vejo. Acho que tinha dez anos? Ou nove?

— Você sabe minhas razões para ter ido embora, filha.

— Eu não tinha nada haver com isso, era só uma criança. — Lembrei encarando-a.

Vou explicar, há alguns anos atrás, eu tinha uma família, eu minha mãe Emily e meu pai Alex eramos felizes. Tudo era um sonho. Mesmo os momentos de crise eram perfeitos e confesso que até deles eu sentia falta. Tudo era muito bonito até minha mãe pegar meu pai no flagra com outra mulher. Então, ela foi embora. Não me disse nada, não me explicou nada. Só foi. Eu a odiei. Mas quando soube o real motivo de ela ter partido, a perdoei. O que não significa que eu gostaria de conviver com ela. Se ela me amasse de verdade não teria ido embora, ou pelo menos teria me levado junto com ela, estou certa? Com tudo isso onde ficava o ditado clichê de que mães amam os filhos mais que tudo? Realmente não sei.

— Vamos esquecer isso, que tal? —  Sugeriu ela, esperançosa.

— Certo — Concordei, sem muitas opções.

— Filha, eu quero te apresentar meu marido, Peterson e nossa filha, Clarisse — Ela sorriu.

— Olá, seja bem vinda minha querida! — Disse o tal Peterson com um sorriso amarelo.

— Clarisse, minha filha, cumprimente sua irmã. — Disse minha mãe para Clarisse. A menina me lançou um breve olhar, mas logo voltou a mexer no celular. Pelo visto não precisaria me esforçar muito, aquela garota não foi muito com a minha cara.

— Clarisse! — Repreendeu Peterson.

— Ah, olá –Ela foi seca e não parou de olhar para o celular nenhum minuto.

— Pirralha –Sussurrei irritada, não gostava que as pessoas me tratassem mal.

— Meu amor, onde está o Vitor? –Perguntou minha mãe ao Peterson.

— Não sei, amor. –Resmungou o homem.

— Bom, o Vitor você conhece em outra ocasião! O que importa é que você já conheceu sua meia irmã e meu marido –Disse minha mãe sorrindo.

— Legal. Mas a única coisa que eu realmente estou afim de conhecer é o meu quarto. Espero que vocês não tenham problemas com pôsteres pregados na parede. E mesmo se tiverem, eu não ligo.

Eles me olharam sem graça.... Dane-se. Deixei minha mãe me levar até o meu futuro quarto. Eu não sei, mas poderia jurar que antes de sair ouvi um riso escapar dos lábios da minha ‘’irmã’’, Clarisse.

Horas depois....

Passei a tarde inteira colocando minhas coisas no quarto, nem era tão ruim assim. As paredes eram um branco básico, uma cama grande e confortável de casal. Enfim, era perfeito, tirando o fato de ser enorme, eu poderia me perder ali, dentro do meu próprio quarto. Isso é possível? Já eram quase meia noite, eu estava morrendo de fome. Não tinha saído do quarto a tarde inteira, não estava afim de olhar pra cara de ninguém. Provavelmente não haveria ninguém acordado a essa hora, então é isso, vou atacar a cozinha. Desci as escadas com cuidado, não queria fazer barulho. Entrei na cozinha e tomei um baita susto, afinal, tinha um garoto só de cueca bebendo água. Coloquei minhas mãos sobre minha boca para abafar o grito. O garoto riu e falou:

— Sou Vitor De la Riva, acredito que já tenha ouvido falar de mim. Foi mal por eu não estar presente na sua apresentação casual hoje cedo, é que eu tinha coisas mais importantes pra fazer. –Disse e piscou pra mim. Perfeito. Ele era o famoso filho do meu padrasto. Outro inimigo bem de início. Ele tinha sido cínico, isto é imperdoável. Sim, eu posso me considerar uma vencedora em cinismo, mas odeio quando o fazem comigo.

— Olá! — Sorri sarcasticamente —  E eu sou América Collins, prazer! Não se preocupe, não precisa se desculpar. Afinal, eu tenho que te agradecer. Não estava com um pingo de vontade de te conhecer mesmo. — Cruzo os braços ainda mantendo o mesmo sorriso irônico.

— Olhe como você fala, garota. Você está na minha casa. — Ele disse irritado. Coitado, eu tinha ferido o orgulho dele.

— Que pena — Disse e abri a geladeira, peguei a jarra de água e despejei o líquido em um copo. — Agora é minha casa também. — Completei sem tirar o sorriso de deboche, levando o copo até meus lábios em seguida.

— Olha aqui garota, continue com esse seu sarcasmo e eu vou dar um jeito de tirar você daqui. — Ele disse, se aproximando de mim.

—Você me faria mesmo esse favor? — Fui sarcástica outra vez. Estava adorando aquela discussão.

—Você não faz ideia de com quem está se metendo. Farei da sua vida um inferno! — Ele me ameaçou.

Bufei. Esse antipático iria me conhecer. Quando estávamos próximos o suficiente, colei nossos corpos, de súbito.

— Antes eu farei da sua, acredite. — Sussurrei em seu ouvido e despejei toda água em sua cabeça– Welcome to my world, baby!

Me separei dele e soprei um beijo, subindo as escadas logo em seguida. Enquanto eu não cheguei ao meu quarto, o De la Riva não se moveu.

— Liberdade é pouco, o que eu quero ainda não tem nome.—Clarisse Lispector.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Eu seii, parece clichê mas de uma chance a história! :3
Posto assim que tiver comentários... É sério, não sejam fantasminhas, me digam o que acharam nos review`s! :)
Beijos de chocolate pra vocês!
Bye.



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