Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 18
Eu perdoo você por ter ficado tão longe por tanto tempo!


Notas iniciais do capítulo

Hey! Gente, sei que devido a demora o capítulo tinha que ser maior, mas, fiz assim pelo seguinte motivo: Se eu deixasse da forma que realmente queria, ia ser xingada demasiadamente porque agilizei o processo das coisas, eu sou MUITO ansiosa haha. Escutem as músicas mencionadas nesse capítulo, durante a leitura, por favor. :)
Então é isso, apaguem as luzes, peguem a pipoca e se divirtam.
Boa leitura *-*



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Cola, ok! Câmera, ok! Agora só preciso ir até lá e fazer o "trabalho sujo".
Com certeza o De La Riva vai ficar com muita raiva, mas, eu não me importo e ele merece, desde que cheguei aqui tudo que ele fez foi infernizar a minha vida, em todos os sentidos.
Andei  até o quarto de Vitor e abri a porta, entrei e voltei a fechá-la com bastante cuidado. Me aproximei da cama onde ele estava, sentando-me em seu lado,  sorri ao observá-lo dormir por alguns instantes e, confesso, que me senti uma completa imbecil por isso,  em um impulso acariciei seus cabelos. Foi uma questão de segundos, para logo  eu me tocar e afastar-me, voltando em mim.  Levantei-me e andei até o banheiro, tirei todo o shampoo de dentro do vidro, substituindo-o por cola. Com certeza isso seria hilário, eu daria tudo para ver qual séria sua reação ao perceber que seu cabelo estava coberto por cola, por isso eu tinha levado minha câmera, pensei em posiciona-la em algum lugar do banheiro, entretanto, mudei de ideia quando lembrei que para lavar os cabelos, ele iria tomar banho e para tomar banho ele precisaria estar nu, eu não queria vê-lo assim... Apesar de ter certeza de que não seria uma visão tão desagradável. "Para de pensar nessas coisas, América!" Sussurrei, dando um tapa em mim mesma. Ai, merda, nunca batam em si próprios, além de doer é uma ação um tanto idiota.
  Respira, inspira. Tudo bem, eu tive uma ideia! 

(...)

Agora que tudo já estava organizado, resolvi sair do quarto, iria voltar daqui algumas horas, pois eu sei muito bem que ele não acordaria agora. Quando sai do quarto de Vitor, até pensei em voltar para o meu e tentar dormir mais um pouco, mas, eu sabia muito bem que seria em vão, eu já tinha perdido totalmente o sono. Então resolvi descer para a sala um pouco, aproveitando que ninguém estava acordado ainda. Desci as escadas e andei até a sala. No momento em que passei pela porta, me arrependi de ter ido para lá, minha mãe estava ali, eu não queria ficar sozinha com ela, não queria conversar com ela, mas, eu também não queria brigar.
— Oi filha, acordada tão cedo? -Ela disse, assim que me viu.
— É, perdi o sono -Falei e me sentei no sofá, ligando a TV.
— Eu também -Ela sorriu, porém eu não disse nada. - Como foi a noite com a sua amiga? -Ela tentou puxar assunto.
— Sophia não é minha amiga -Falei e ela franziu o cenho. - É apenas uma colega da minha escola.
— Entendo, ela parece ser bem legal. Fico feliz por você estar se adaptando e arrumando companhia! - Emily falou, encarando-me.
— Ok -Dei de ombros.
— Sabe como me dói não poder ser uma mãe para você? Poderíamos tentar pelo menos ser amigas. Seria um bom inicio, não acha?  -Ela sentou-se ao meu lado, precisei respirar fundo para não perder a paciência.
— O que está tentando fazer? Não precisamos ter essa conversa, não preciso dizer tudo que você já sabe  -Falei, voltando a olhar para TV, dando pouco importância para o fato dela estar ali.
— Eu entendo você -Ela contou.
— Você me entende? - Gargalhei sarcasticamente. - Eu tenho certeza que você não sabe como é se sentir abandonada. Você não me entende, você não sabe de nada -Murmurei.
— Na verdade eu te entendo sim. Eu nunca te contei por falta de oportunidades, mas, sou uma menina de orfanato. Nunca cheguei a saber quem são meus pais verdadeiros - Ela contou, fazendo-me olhá-la surpresa, eu nunca iria imaginar algo assim. - Não é como se tivessem me deixado com algum confiável, me deixaram em um orfanato qualquer por algum motivo que eu desconheço.
— Sendo assim, você  melhor do que ninguém, deveria saber como eu me sinto e também deveria saber que eu nunca irei perdoar você. - Falei, séria.

Apesar de ter achado legal ela ter se aberto comigo, apesar de tudo, isso não mudaria nada. Conseguir minha pena é uma coisa, conseguir o meu perdão é totalmente diferente.
— Por muito tempo eu os odiei e os recriminei assim como você está fazendo comigo agora, mas, chegou uma época em que eu percebi que isso só estava fazendo mal para mim mesma. Um dia você perceberá isso também, mas, talvez seja tarde demais. América, eu só quero que você saiba que eu estou aqui, estou disposta a tentar ser uma mãe para você e se eu não conseguir, vou tentar de novo e de novo! - A medida que ela falava pude sentir meus olhos se afogarem em lágrimas. Merda, eu não queria demonstrar que me importava. Eu não queria me importar.
—  Pare com isso. -Implorei, tentando impedir que as lágrimas escorressem por meu rosto.
(...) E eu sinto sua falta, estive tão longe por muito tempo. Eu continuo sonhando que você estará comigo e você nunca irá embora, paro de respirar se eu não te ver mais (...) — Ela disse e eu imediatamente me lembrei que isso era um pedaço da tradução da  música "Far Away - Nickelback", quando eu era criança ela costumava cantar sempre essa música para  mim. Não pude evitar que uma lágrima caísse por meus olhos. - Você se lembra dessa música? Ela diz tudo que eu quero dizer para você agora, filha.
— Lembro... E você se lembra do final? -Perguntei com a voz embargada. - (...)  Eu quis, eu quis que você ficasse. Por que eu precisava, por que eu preciso ouvir você dizer: Eu te amo, eu sempre te amei...e... e eu perdoo você por ter ficado tão longe por tanto tempo! (...)  Essa parte também diz tudo que eu queria te falar agora. Eu perdoo você por ter ficado tão longe por tanto tempo! - Falei com dificuldade, nesta altura eu já não tinha controle das minhas lágrimas, então, acredito que essa seja uma das poucas vezes que chorei tanto e principalmente, não me importei com isso.  Minha mãe se aproximou de mim, abraçando-me, após isso nós duas choramos como duas crianças.  Pensei um pouco antes de fazer o que eu queria, existia um lado em mim que estava me julgando por  tê-la perdoado, mas, havia outro que sabia que eu tinha feito a coisa certa, independente de qual estava certo, só sei que agora eu me sinto feliz como nunca, eu tinha minha mãe de volta, nada podia se comparar a isso. Não seria tão fácil esquecer que ela havia me deixado por nada, mas, independente disso, quero dar a ela uma chance. Quero dar a mim uma chance.

"Todos os dias quando acordo, a primeira coisa que faço é sentir a sua falta." — Renato Russo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu quero pedir desculpas por envolver tanto os capítulos com música, mas é que eu sou a louca das músicas, haha, então saibam que é só o início, vai ter muita música nessa fic ainda. Quero saber a opinião de vocês, o próximo capítulo já está escrito, se tiver bastantes reviews posto rápido, beijão amores! Até logo!



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