A Última Carta - A Seleção escrita por AndreZa P S


Capítulo 24
4.2


Notas iniciais do capítulo

Uhul! O pessoal da NET já ta pra vir e logo vou poder deixar em itálico o que precisa ficar em itálico e arrumar algumas coisassssss! /



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"Desapaixonar é difícil, se apaixonar por traição é pior. Confiança partida e corações partidos, eu sei...

E agora que tudo se foi, não há nada a dizer. E se você terminou de me envergonhar, você pode ir embora sozinha, diga a eles... diga a eles tudo o que eu sei agora, grite isso de cima dos telhados, escreva isso no horizonte. Tudo o que tínhamos se foi agora e meu coração está partido. Todas as minhas cicatrizes estão abertas... Diga a eles que o que eu esperava seria... impossível. Impossível.

Eu me lembro de anos atrás, alguém me disse que eu deveria ter cuidado quando se trata de amor, e eu tive..."

Impossible - James Arthur

Eu caminho lentamente, sentindo que meu corpo poderia se desmanchar a qualquer momento caso eu não fosse mais rápida. Mas não consigo ir mais rápido, eu quero prolongar os segundos que tenho antes de enfrentar Maxon. O que faria se ele não conseguisse me entender?

Tudo está tão confuso, minha vida reta e controlada de repente está saindo fora do eixo, e tudo isso porque eu me apaixonei de verdade. Droga.

Dobro o corredor e obrigo minhas pernas a acompanharem o ritmo do meu coração, que está batendo tão rápido que poderia perfeitamente sair voando a qualquer instante. Bato em sua porta.

Toc.

Bato mais cinco vezes mas ninguém abriu. Olho para o lado, quem sabe ele estivesse caminhando pela a mansão... procurando por mim também. Desço os degraus até o primeiro andar e encontro Silvia, que conversava alegremente com Carter e Marlee.

Não pude deixar de notar a forma como a Lee encarava o rosto de Carter, como se ele fosse o único homem da face da terra, e eu me pergunto se eu olho para Maxon da mesma forma. Ela está apaixonada, e eu já a previni sobre o caráter namorador dele, mas no coração a gente não manda, apenas obedece.

Assim que chego perto o suficiente para escutar o que diziam, percebo que o assunto principal era a simulação do casamento daqui a dois dias.

–Ames! - Disse Marlee, sorrindo abertamente. Mas assim que presta mais atenção em minha expressão, seu sorriso diminui gradativamente. Minha cara não teve estar das melhores.

–Oi, Lee...Carter e Silvia. - Cumprimento, me obrigando a por um pouco de vida em minhas palavras e rosto. - Não quero interromper o assunto de vocês, mas... alguém aqui sabe onde Maxon está? - Pergunto, desviando o olhar automaticamente para o rosto de Carter, que franziu os lábios e evitou me encarar de volta, preferindo se fixar nas almofadas do sofá principal.

–Ele está com o pai. - Foi Silvia que respondeu. Ela me analisou por alguns segundos, mas não soube dizer qual tinha sido a sua conclusão, já que sempre se mostrava bastante discreta. -Querida, lhe chamei pelo o walktalk, você não respondeu. - Murmurou, sorrindo pequeno e de forma amável.

Ponho uma mexa de cabelo atrás da orelha e mordo o lábio inferior por alguns segundos antes de dizer:

–Eu não estava no quarto... e não tenho o costume de levar o aparelho comigo, desculpa. Mas sobre o que gostaria de falar comigo?

Silvia gesticulou com as mãos, como se não fosse algo realmente importante.

–Só para lembrá-la que hoje às 20:00 a senhorita e sua família tem uma festa para ir, no Parlamento. Madame Amberly pediu para que lhe avisasse novamente para que não ocorra atrasos.

Concordo com a cabeça.

–Não vou me atrasar. - Olho em direção à escada e depois para o trio diante de mim. Tive o cuidado para não focar demais em seus rostos. - Com licença...vou descansar um pouco antes da festa. - E então abri um sorriso e subi até o meu quarto, me jogando na cama de bruços, bufando contra os cobertores pesados.

Parece que o destino não quer cooperar comigo! Será que não dá pro Lorde largar do pé de Maxon pelo menos um pouquinho? O cara não tem tempo nem pra respirar depois que lançou a sua candidatura! Como vou resolver minha situação com ele se não tenho a oportunidade?

Me viro no colchão, ficando agora de barriga para cima, minhas mãos atrás da nuca enquanto eu fecho os olhos e respiro lenta e profundamente. Quem sabe seja um sinal do céu... um sinal dizendo que era melhor eu inventar algo do que contar a verdade. Contar que eu queria infernizá-lo, que mantive um relacionamento amoroso com outro cara enquanto estive aqui e que, por sinal, até mesmo já me encontrei com ele em um hotel esfarrapado, com o meu namorado que apenas uma pessoa além de mim sabia da existência, me fazendo carícias. Que eu o odiava antes de conhecê-lo. Que eu mantive tudo isso em segredo, mesmo quando Maxon me contava coisas sobre ele, sobre o seu passado, quando ele dizia que confiava em mim e quando EU dizia que erámos amigos.

E se ele duvidasse de minha palavra quando eu lhe contasse que estava pulando o muro porque queria terminar de vez com Aspen? E se ele achasse que, na verdade, eu era uma tremenda de uma safada, que apenas o estava usando. Não me surpreenderia, seu pai, ao que parece, anda se empenhando em colocar Maxon contra mim.

Optei por um vestido branco, com um decote avantajado nas costas e longo. Era bastante sexy, e o teria evitado se não fosse por insistência de May e Marlee. Prendi a parte da frente dos cabelos, puxando-os para trás e fazendo um pequeno topete. Minha irmã e minha amiga se empenhavam em me maquiar de tal forma, que eu parecesse uma princesa. E até que no final o resultado ficou bom.

Eu estou diante do espelho, colocando um último grampo nos cabelos para garantir que o penteado não se desmanchasse antes da hora quando escuto o chiado do Walktalk ecoando pelo o quarto.

–America? - É a voz de Silvia. Pego o aparelho de cima da cômoda e respondo:

–Estou aqui.

–O Sr. e Sra. Schreave solicitam a presença de sua irmã e Marlee, seu pai já está aqui embaixo.

–Tudo bem, já estamos descendo!

–Estamos aguardando, até logo. - E desligou.

Olho para as meninas e franzo a testa.

–O que será que aconteceu? - Perguntou Marlee, já levantando-se do sofá, toda curiosa.

Dou de ombros.

–Vamos descobrir quando chegarmos lá.

–Vamos, vamos!! Pode ser que eles queiram nos dar algumas jóias antes da festa! - Animou-se May, com o seu vestido jovial e esvoaçante rodopiando pelo o quarto.

–Não quero destruir os teus sonhos, mas garanto que é algo bem menos glamuroso do que jóias. - Falei.

Nós três fizemos uma careta. De repente, quando estávamos prestes a sair, o walktalk chiou de novo:

–Senhorita America?

–Ainda estou aqui. - Respondo com um pequeno sorriso.

–Me desculpe, mas houve um engano de minha parte. O Lorde solicita apenas a presença da senhorita Marlee e a sua.

–Por quê? - Eu quis saber, sentida pela a expressão de decepção no rosto de May.

–Não posse lhe responder, pois não sei. Apenas se apresse, estão todos aguardando vocês.

–Ok, obrigada, Silvia.

–De nada, querida.

Olho para May, que acabara de fazer um biquinho.

–Prometo te contar tudo depois! - Falei, sorrindo. Ela suavizou um pouco as feições, mas ainda parecia um pouco aborrecida quando disse:

–Vou cobrar.

Na Sala Principal, de pé e um ao lado do outro, está papai, o Lorde Clarckson, Amberly, Carter e Maxon. Assim que Maxon encontra o meu olhar, ele sorri. Eu sorrio de volta, mostrando todos os dentes e sentindo um frio gelado na barriga. Hoje ainda tudo estaria esclarecido entre a gente.

Não havia percebido até chegar mais perto, mas um homem de meia idade, com cabelos tingidos de preto e um elegante terno segurava uma caderneta em mãos. Eu o conhecia de vista, volta e meia eu o via ao lado do Lorde.

–As senhoritas estão encantadoras. - Elogiou o Lorde, curvando-se levemente para baixo. Marlee e eu agradecemos e sorrimos. Depois ele continuou: - Este aqui é Edwardin, ele é um amigo e conselheiro particular. - Falou ao apontar para o homem de cabelos pretos. Agora ele contemplou todos na sala. - Como todos sabem, hoje é como se fosse um segundo pronunciamento oficial sobre o casamento do meu filho Maxon, e a belíssima America. Vamos apresentá-los formalmente como noivos, dando a data do casamento e apresentando a família Singer. - Ele abriu um sorriso quando olhou para o meu pai, que parecia de certa forma constrangido, e pude ver que ele lançou-me um olhar de soslaio. Tentei sorrir de forma simpática para ele, deixando claro que eu já havia superado o que passamos no passado.

–Exatamente. - Pronunciou-se Edwardin. Sua voz era levemente fanha e desagradável. - Como bem o Lorde disse, hoje é uma noite de extrema importância para todos aqui, e é por este motivo que quero deixar claro a função de vocês neste casamento. - Ele pigarreou, um som àspero. - Não é segredo para os que estão aqui, que as duas famílias presentes estão cumprindo um acordo, e estou cá, além de como um conselheiro, como um advogado. - Edwardin ergueu sua prancheta e apanhou uma caneta dentro do bolso de seu paletó.- Preciso que o Sr. Carter e a Srta. Marlee Tames assinem um termo responsabilizando-se por manter este acordo em segredo. - Ele entregou um papel para cada um deles, e os auxiliou sobre onde assinar. Carter leu antes de deixar a sua assinatura, mas Marlee não se deu ao trabalho.

–Acredito que não preciso repassar a função de cada um nisso tudo para que sejamos o mais próximo do verdadeiro diante de câmeras, amigos e concorrentes, não é mesmo? - Murmurou Lorde Clarkson, nos fitando com uma certa severidade. Ao que parece, ele levava muito a sério essa história e, caso a gente não queira ter problemas, nós também deveríamos. Do nada, ele focou os olhos em mim. - America?

Pisquei algumas vezes e enguli em seco.

–Não, estamos todos cientes. - Murmurei, a voz saindo mais fraca do que eu esperava.

–Que ótimo! Essa conversa de contratos já estava me deixando irritada! - Diz Amberly, soltando uma risada gostosa a seguir, fazendo com que os meus músculos relaxassem. - Vamos logo! Temos uma festa importante para irmos!

A primeira etapa da festa passou de forma quase agradável, não fosse pela a minha ansiedade de conversar com Maxon o mais rápido possível. Ele conversava com muitas pessoas ao mesmo tempo, tentando ser diplomático, enquanto que eu ficava ao seu lado, ouvindo o timbre da sua voz e tentando gravar a sua risada na memória caso tudo desse errado para nós dois no final.

Maxon não parecia mais tão irritado comigo, apesar de ficar claro para mim que ele tentava evitar me encarar nos olhos. Mas às vezes eu o via me observando. Quando havia jornalistas o suficiente na festa, ele me apresentou como sua noiva, dizendo algumas palavras bonitas que haviam sido ensaiadas alguns dias trás por outro dos conselheiros do Lorde. Eu também fizera a lição de casa, decorando as minhas palavras, e as proferindo da forma mais autêntica que podia.

Quem sabe eu pudesse cursar artes cênicas no futuro? Os Schreave estavam dando-me a chance de explorar um lado meu de atriz que eu nem cogitaria e existência. Todos ali bateram palmas, e eu me aproveitei do argumento das fotos para pegar a mão de Maxon e apertar nossos dedos tanto quanto o possível.

–Posso tirar as fotos das duas famílias juntas? - Perguntou um dos fotográfos, em seu crachá estava o nome de uma das mais lidas revistas da Inglaterra, a The Books.

Sem pestanejar, nos unimos um ao lado do outro. May estava com o braço enlaçado com o de papai e seu sorriso consumia todo o seu rosto. Eles se posicinaram ao meu lado. Madame Amberly e o Lorde ficaram de mãos dadas, ao lado do filho. E eu fiquei em frente ao Maxon, enquanto que ele envolvia a minha cintura mais forte do que eu esperava. E então um flash iluminou os meus olhos, causando-me uma curta cegueira por conta da luz muito forte.

Me lembrei da nossa primeira foto juntos, nessa mesma posição. No dia eu queria me livrar de suas mãos no segundo após a foto ser tirada, mas agora o que eu realmente queria era que ele as mantivesse ali, apertando-me ainda mais forte contra o seu corpo quente. Mas como nem sempre querer é poder, nós nos afastamos.

Fiquei surpresa quando ouvi sua voz me chamar, e mais ainda quando voltei o meu rosto para cima e o encontrei inclinado para mim. Nossos lábios a menos de 10 centímetros um do outro. Engulo em seco.

–Você ainda tem cheiro de bala, sabia? - Me perguntou, sorrindo com uma covinha em sua bochecha.

Precisei me lembrar de como respirar antes de respondê-lo.

–Ah...obrigada. - Falei, desviando o olhar para a frente, torcendo que assim que meus olhos focassem em outra coisa a não ser o seu rosto, meu coração voltasse a bater de uma forma normal. Não funcionou.

Um casal tenso, jovens...deviam ter a idade minha e de Maxon, estavam próximos mais sem realmente se tocarem. Aquilo me lembrou a gente, há dois meses e pouco atrás. Max deve ter seguido o meu olhar, pois comentou:

–As pessoas fingem que não sabem, mas aqui as pessoas só querem saber de dinheiro e poder. - Sua voz soou firme e levemente indignada. Fui obrigada a encará-lo. - Sabe, nunca fui a favor disso, de contratos... nós estamos nessa situação mas não por culpa nossa. Sinto muito em metê-la nesse ninho de falsidade e aparências. - Agora seu olhar era dirigido à mim.

Apertei sua mão contra a minha ainda mais forte.

–Não me importo, desde que o que exista entre a gente seja verdadeiro. - Digo.

Ele sorriu.

–É verdadeiro.

Sorrio de volta.

–Eu sei. - Sussurrei, me arqueando para cima, querendo encontrar os seus lábios. Maxon já estava encurtando o espaço entre nós quando o Sr. Johnson chegou, dando a sua gargalhada super alta. Nos afastamos um do outro um tanto relutantes.

–Oh, queridos! Desculpem-me ter interrompido os pompinhos, mas preciso capturar o Max por alguns minutinhos! - Murmurou, suando nas laterais do rosto. - E você está ainda mais linda está noite, America.

–São os seus olhos, senhor Johnson.

Maxon me lançou um olhar tão intenso, que tudo o que eu queria naquele momento era me perder nele e nunca mais voltar.

De uma hora para outra, todo o receio e medo havia sido arrancado de mim. Eu contaria para ele e sentia que tudo ficaria bem no final, chega de ser covarde. Parecia que um peso havia sido retirado das minhas costas, e eu me senti grata por isso.

Porém, assim que avisto duas pessoas mais conhecidas do que eu gostaria entraram no meu campo de visão, meu coração voltou a bater a mil. Era Aspen e o seu pai.

Não pode ser.

Viro de costas, sentindo o meu peito subir e descer tão rápido que achei que não havia ar o suficiente para me manter viva naquele momento. Saio quase correndo entre os convidados, deputados, senadores, jornalistas e sei lá mais quantas figuras importantes, e dobro um pequeno corredor. No outro extremo dele há uma porta, mas ela está trancada. Me escoro na parede, sentindo que poderia desmoronar agora. Fechei os olhos, durante vários segundos, torcendo para que ninguém viesse me procurar aqui.

Mas, para o meu azar, quando abri os olhos e foquei na pessoa a minha frente, senti-me tonta e enjoada. Era Aspen.

Seus olhos verdes estão mais inflados, seus lábios curvados para baixo. Ele estava com aquela cara de decepção que eu gostaria de evitar.

–Pensei que você iria me ver. - Murmurou, a voz baixa.

–O que está fazendo aqui? - Perguntei, minhas palavras saindo trêmulas.

Aspen suspirou e deslizou as duas mãos pelos os cabelos.

–Falei pra você que iria me candidatar. Será que se esqueceu ATÉ disso?

Abaixo a cabeça durante um instante antes de olhar em seus olhos.

–Aspen, faço valer tudo o que eu disse na carta. Eu escolhi o Maxon, e o amo.

Ele soltou um ruído do fundo da garanta. Um som dolorido e que também me machucou. Se aproximando de mim, ele pôs uma mão de cada lado do meu corpo. Viro o rosto.

–Saí de perto, Aspen. - Digo, a voz firme.

–Não acredito que tudo o que tivemos acabou assim, America. Não acredito.

Voltei a encará-lo.

–Eu amo o Maxon.

Aspen fechou os olhos durante alguns segundos, encostando sua testa na minha.

–Saí, Aspen. Chega. Acabou. - Falo, começando a ficar nervosa e irritada. Ele me ignorou, sabendo que eu não faria esparro porque não queria que ninguém nos visse aqui, e me beijou.

O beijo durou 5 segundos antes que eu conseguisse afastá-lo, mas então já era tarde demais. Logo atrás do corpo de Aspen, estava Maxon, com os olhos arregalados e uma expressão tão dolorida, que doeu em mim também. Ele saiu em seguida, quase correndo. Tentei me devicilhar de Aspen, mas ele não me soltava.

–ME SOLTA! - Urrei, até que ele afrouxou os braços e eu pude sair. Eu estava prestes a sair correndo e procurar por Maxon, quando dou meia volta e aponto o dedo para a cara de Aspen, a minha raiva burbulhando e transbordando.

–A melhor coisa que eu fiz foi ter me apaixonado por ele. - Mantive o cuidado de trazer na minha voz notas de nojo, coisa que eu sentia agora. Queria machucá-lo também, assim como estava machucada. Levanto uma mão e lhe um tapa tão forte no rosto, que ele chegou a virar a cabeça pro lado, causando um estalo alto e forte. Ignorei a dor na minha palma após o ato e não me dei ao trabalho de olhar para Aspen novamente antes de sair a procura de Maxon.

Mas a festa estava lotada. Olhei para todos os lugares, tentando me controlar para não deixar minha expressão estragar tudo, porém não o vi em lugar nenhum. Fui até o banheiro feminino às pressas e me tranquei em um dos 5 reservados. Ali eu chorei, chorei tanto que achei que minha cota de lágrimas havia se esgotado.

Contudo, quanto mais meu coração doía e pulsava como se uma faca tivesse sido enfiada nele, mais lágrimas escorriam pelo o meu rosto. Uma imagem vale mais do que mil palavras, era o que todos diziam.

Funguei, encostando a lateral de minha cabeça na parede gelada. Ele não ia me perdoar. E agora teria que carregá-lo no peito como uma sombra, como um sonho que tinha tudo para se tornar realidade, mas que não se tornou.


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