A Última Carta - A Seleção escrita por AndreZa P S


Capítulo 21
3.5


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pelo o atraso com o capítulo! Tive problemas com a minha internet (tenho a vivo e de repente eles acharam que tinham o direito de bloquear a NET quando atingimos a franquia toda! Me poupe, como se fosse internet de celular! Um absurdo pagar mais de 80 reais pra chegar determinado dia e bloquearem ela, AFF). E então o carregador do meu note bugou -_- agr ele já ta quase normal, mas como ele ta sem NET n tive como postar...a minha salvação foi tentar converter o Cap salvo no note em office e consegui abrir ele pelo o cel e então copiar aqui! /
Espero que gostem, beijo!
Obs: to na luta pra conseguir uma outra internet logo e quando conseguir dou uma arrumada na configuração do capítulo! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665850/chapter/21

Acordei sorrindo. Acho que nunca na minha vida eu havia acordado sorrindo! Fico deitada na cama durante alguns minutos, com o rosto afundado no travesseiro e os olhos fechados.

Revivi em minha cabeça o momento em que Maxon dissera que estava apaixonado, até o ponto em que acabara pegando no sono agarrada em seu corpo, no meu quarto. Na minha cama. A cada toque dele, cada beijo, me fazia sentir a melhor mulher do mundo.

A melhor mulher do mundo...

Como Maxon reagiria quando eu lhe contasse a verdade? Ele...me entenderia, não é?, engulo em seco.

E foi esse pensamento que fez com que a lembrança vívida e colorida, se tornasse em algo opaco e sem vida. Que me fez pular num salto da cama, causando uma leve e rápida vertigem pelo o movimento abrupto. Deslizo as mãos pelos os meus cabelos desgrenhados, puxando-os para trás em um coque baixo e firme. Na gaveta, pego caneta e papel. Eu precisava falar com o Aspen, não podia simplesmente deixá-lo sem mais e nem menos. Ele não merecia isso.

Sentei-me à mesa, pondo a caneta entre meus dedos, a ponta em direção ao papel ultrabranco. Suspiro, sentindo que uma parte de mim estaria morrendo com o que iria dizer.

Mas tudo bem, às vezes precisamos colocar para fora o que já não cabe mais no coração, para poder dar lugar ao que você realmente precisa e quer. Eu já sabia exatamente o que queria.

Começo a carta assim:

"Aspen,

Eu não sei se deveria estar escrevendo isso, eu nem sei por onde começar. Talvez seja um erro, não quero te magoar mais do que já magoei, mas..descobri que amo o Maxon..."

Paro de escrever para poder pegar a folha e amassá-la o máximo possível. Bufando, a jogo em direção à lata de lixo que ficava ao lado do roupeiro. Observo enquanto a pequena bola de papel bate contra a parede, e em seguida entra para dentro da lixeira metálica.

Pego outra folha e me inclino por sobre a escrivaninha, fechando os olhos com força antes que a caneta voltasse a rabiscar.

"Aspen,

Eu não sei como me expressar da melhor forma possível para que isso não seja mais difícil do que já é, mas irei tentar. Durante muito tempo você foi aquele que me manteve firme e viva, quando o que eu mais queria era morrer ou me trancar em uma torre e nunca mais sair. Você me entendeu, me aturou e ouviu as minhas lamentações, viu minhas lágrimas mais vezes do que qualquer outra pessoa do mundo. O engraçado é que você não fugiu, mesmo eu sendo este turbilhão de coisas que nem eu mesma sei o que significam. Aspen, você ficou e cuidou de mim, e eu sou tão grata por isso, tão grata que seria impossível imaginar. Era como se o nosso relacionamento - completamente fora do comum - fosse uma fagulha de esperança, que a cada carta ou encontro, me fizesse sentir feliz e capaz de pintar um futuro já inteiramente programado para nós dois. Você significa simplicidade, comodismo, algo que que eu tinha certeza de como terminaria. Como um livro que eu já li mais de uma vez, e então não precisaria me desesperar porque o final já era conhecido. Você É conhecido, mesmo quando nos apaixonamos um pelo o outro e finalmente iriamos nos encontrar pela a primeira vez depois disso. Você sempre foi um terreno do qual eu não precisava me preocupar em pisar. Eu te olhava e sabia, sentia que não teria como nada sair fora do lugar.

Você sabe, não gosto de surpresas, gosto de conhecer o caminho que estou prestes a percorrer...não gosto de não ter perspectivas sobre o que irá acontecer quando virasse a próxima esquina.

Mas então eu virei a próxima esquina. E fui pega de surpresa.

Eu lutei Aspen, juro que lutei contra o que tomava a minha mente e meu coração aos poucos. Como se eu estivesse perdida em alto mar, me agarrando à velha e conhecida boia com unhas e dentes, mas não fui forte o suficiente. Eu me afoguei e permaneci submersa por um período longo demais, com medo do que teria que enfrentar depois. Me apaixonei por Maxon e não tinha mais como permanecer afogada nos meus sentimentos. Simplesmente não dá mais. Descobri, talvez mais tarde do que as outras pessoas, que não podemos controlar o futuro. Tudo está na iminência de mudar de rumo.

Ninguém jamais me obrigou a me afastar de você. Por alguns momentos, durante a calada da noite, meio grogue pelo o sono, eu me PERMITIA pensar sobre a possibilidade estar apaixonada por você e por Maxon ao mesmo tempo. Nossa, isso só não acontece em filmes e novelas e coisas do tipo?

Lembrei sobre o que minha mãe dizia para mim e para May, que não havia a chance de estar apaixonado igualmente por duas pessoas ao mesmo tempo. E, caso nós pensassemos que isso estava acontecendo, deveríamos ficar com a segunda opção.

Se amássemos realmente a primeira pessoa, não teria como outro alguém entrar em seu coração. E Maxon entrou, sorrateiro, pelas as beiradas, resistindo aos meus impulsos de expulsá-lo dali a qualquer custo. Mas ele conseguiu, e eu soube...ou melhor, admiti a mim mesma que o amava. Era como se eu percebesse que havia um acorde fora do tom em uma música que eu já sabia de cor, e então sou obrigada, mesmo a contra gosto, a mudar a partitura e começar uma nova canção. E agora eu o amo, Aspen.

Escrever isso me magoa muito, pois você é tão importante para mim do que qualquer outra pessoa de minha família, mas não vou ser masoquista e egoísta o suficiente para pedir que sejamos amigos.

Nossa vida tem que seguir, mesmo que seja longe um do outro. Não pense que não estou com medo, porque na verdade eu estou MORRENDO de medo disso tudo. É como estar perdida em algum lugar lindo, maravilhoso, aconchegante e diferente de tudo o que conheço, mas ainda assim sou incapaz de dar meia volta e mudar de rota. Já é tarde, mas não vou mais me estender sobre isso.

Eu espero do fundo do meu coração, Aspen, que você encontre alguém que te faça feliz, que seja simples e que seja o seu amor verdadeiro, já que não sou eu. Meu coração se aperta só em pensar que estou te magoando.

Apenas queria que soubesse que o que tivemos foi de suma importância para mim. Apenas queria que o soubesse...mesmo sendo através de uma carta. Irônia ou não, fora assim que nosso relacionamento começou e que passamos metade do nosso namoro.

Não sei mais o que dizer. Talvez nem mesmo haja mais o que dizer...

Adeus,

America Singer."

Sequei meus olhos úmidos com as costas da mão e dobrei a folha, para depois colocá-la em um envelope simples. Minutos mais tarde, pedi para que Eduardo me levasse até o correio, e durante todo o trajeto até lá eu lia e relia as minhas palavras, tomando cada vez mais coragem para enviá-la de fato. Ponto. Nossa história precisava de um ponto.

Talvez já fizesse algum tempo, mas eu não queria ver. Talvez eu nem mesmo estivesse apegada e agarrada com unhas e dentes ao Aspen em si, e sim à imagem de relacionamento ideal que permeava a minha cabeça, algo sólido e que me mantinha calma por eu ter quase certeza de como seria o fim.

Quando foi que eu deixei de estar apaixonada por ele, e me apaixonara pela a promessa que a nossa relação me dava?

Eu estava jogando tudo isso fora agora. Algo que nutri durante tanto tempo, que com certeza acabaria deixando suas sequelas dentro de mim, mas eu não me importava de verdade quanto a isso. Não quando eu sentia borboletas e expectativas toda a vez que fechava os olhos e via o rosto de Maxon diante de mim.

Eduardo me esperou, enquanto eu fazia o necessário para enviar a carta. Eu me senti vazia.

Essa sensação não era boa. Não era ruim. Mas tampouco podia ser considerada agradável.

Quando cheguei na mansão e vi Marlee sentada no sofá, lendo o jornal local, fui incapaz de segurar as lágrimas. Que ótimo, ao que parece uma torneirinha imbecil havia sido ligada nos meus dutos lacrimais agora. Fui em sua direção o mais rápido que pude sem precisar correr, e assim que seus olhos se encontraram com os meus ela se levantou, e abriu os braços para mim. Seu rosto está alarmado, mas não pronuncia nenhuma palavra enquanto eu me aconchego em seu abraço, sentindo suas mãos deslizando de forma tranquilizadora em minhas costas. Às vezes em meus cabelos também.

Ficamos assim um bom tempo, sem dizer nada. Conforme a vontade de chorar ia passando e minha respiração tornando-se mais estável, fui capaz de me afastar de Marlee e me recostar no sofá com uma almofada felpuda e macia sobre o colo. Respirei fundo, enquanto ela me analisava com atenção.

– Está melhor? - Ela me perguntou, ainda me encarando, provavelmente tentando ler alguma informação sem que eu precisasse dizer em voz alta.

Fungo baixinho.

– Acho que sim. - Respondo com a voz soando quase como um sussurro.

Marlee assente e pega mais uma vez o jornal nas mãos, os olhos correndo pelas palavras escritas.

– Não vai me perguntar nada? - Questionei-a após alguns segundos. Não pude evitar a notinha intrigada que acompanhou a minha pergunta. Isso, defintivamente, não é típico dela.

Ela abaixou novamente o jornal e ergueu as sobrancelhas.

– Não quero forçá-la a me dizer nada. - Estalou a lingua e inclinou-se um pouco para a frente, pegando a minha mão na sua. - Sério, Ames. Talvez seja tarde para perceber isso, ainda mais porque você é minha melhor amiga, mas depois que me contou sobre toda aquela história bizarra sobre o contrato, percebi que você não é igual a mim. Você precisa processar as informações sozinha, e seja o que for que tenha acontecido, não quero que se sinta obrigada a dizer para mim, ok? - Sua voz trazia uma nota tão fraternal que minha garganta fechou.

– Você é incrível. - Eu digo depois de um tempo, sentindo as lágrimas escorrendo pela a pele de minhas bochechas. Lentas e quentes.

– Sou, né? - Retrucou, abrindo um sorriso doce. Sorrio de volta, mesmo que ainda estivesse chorando.

– Sério. Obrigada por ser minha amiga.

Marlee franziu a testa e seu olhar ficou desconfiado, para logo depois passar para preocupado.

– O que fizeram com a America que eu conheço? - Indagou enquanto fazia uma careta engraçada. - Nunca te vi tão emotiva assim. - Ela pensou um tempinho, e então acrescentou: - Acho que nunca te vi emotiva, na verdade.

Acabo rindo um pouco, e a sensação de vazio se remexeu dentro de mim.

– Eu sei. Odeio ficar assim... - Respondo antes de esfregar as mãos nos olhos. Agradeci mentalmente a mim mesma por não ter sido estúpida o suficiente para ter colocado algum tipo de maquiagem hoje antes de sair.

Marlee bufou.

– Ei, não quero que roube o meu lugar de mantega derretida, hein?! - Exclamou, lançando-me um olhar zangado de brincadeira. Nós duas começamos a rir - nossos olhos ainda levemente marejados - , quando de repente eu digo:

– Acabei de enviar uma carta para Aspen. - Todo e qualquer vestígo de humor saira de seu rosto fino. Como ela continuou em silêncio, eu prossegui: - Eu terminei de vez.

Esperei que a vontade de chorar viesse a tona de novo, mas ela não veio. Acho que derramei todas as lágrimas de que precisava. Inspiro lentamente, sentindo que meu coração já parecia bater de um jeito mais saudável.

–Nossa, Ames...eu...como você está se sentindo? - Perguntou Marlee, suas feições franzidas.

Dou de ombros.

– Estranha.

– Foi por causa do príncipe inglês com olhos cor de Toddynho?

Joguei a almofada que segurava em Marlee que começou a rir.

– É, acho que foi. - Solto um longo suspiro. - Não, com certeza foi.

Lee parecia surpresa e satisfeita.

– Você está inacreditávelmente apaixonada por Maxon! - Berrou ela. Pus uma mão sobre a sua boca, e ela abriu um sorriso.

Corei um pouco. Por que Marlee tinha que dizer isso como se fosse uma história de contos de fadas ou algo do tipo? Constrangedor.

Eu estava prestes a abrir a boca para dizer que sim. Dizer que óbvio. Dizer que não tinha como se diferente. Dizer várias coisas, quando escuto uma voz terrivelmente familiar atrás de mim e do sofá.

– O que as senhoritas estão falando sobre mim? - Não precisei olhar para trás para saber que Maxon estava sorrindo.

– Sobre o casamento. - Respondeu Marlee no ato, desviando o olhar de forma relutante de mim, para olhar o Max. Seu olhar brilhava de emoção. - Tenho algumas coisas para resolver. - Ela se levantou. - Sabem como é...coisas de madrinha! - Concluiu ela antes de sorrir e se afastar tão rápido quanto Lucy costuma fazer. Nós dois ficamos em silêncio enquanto a víamos se afastar, e então ele sentou-se ao meu lado no sofá. O corpo tão próximo do meu que eu podia sentir a troca de calor entre as nossas peles. Maxon inclinou-se para a frente, encurtando ainda mais o espaço entre nós.

Meu coração voltou a bater descompassado, mas agora os batimentos eram acompanhados de sensações maravilhosas.

– Dormiu bem? - Me perguntou ele, sorrindo torto e encostando a testa na minha. Sem me controlar, deixo minhas mãos ao redor de seu pescoço e ponho uma de minhas pernas sobre a sua.

E daí se alguém visse? Para todos os efeitos nós estávamos noivos.

– Teria dormido melhor se tivesse acordado e te visto do meu lado. - Respondi, sorrindo de um jeito provocativo.

– Sinto muito, eu realmente gostaria de ter...

Não deixei com que ele terminasse a frase. O puxei para um beijo terno, que Maxon respondeu de imediato. Suas mãos foram parar nas laterais de meu rosto, e o gosto dele na minha boca era tão bom que todas as duvidas e medos sobre qual rumo seguiriamos no nosso relacionamento sumiram.

Sabe o que eu disse sobre o vazio alguns vários minutos atrás? Pois então, ele já está preenchido, cada pedacinho está cheio de Maxon. Maxon, Maxon, Maxon. Naquele momento eu soube que, mesmo se tudo desse errado no final por eu ter me apaixonado por ele, faria tudo de novo.

Na manhã e na tarde do dia seguinte não havia visto Maxon, e eu já sabia o motivo. Ele tivera que, mais uma vez naquela semana, viajar para desenvolver a sua candidatura que já havia sido lançada. Enquanto eu escolhia um tecido para fazer o meu novo vestido de noiva - sempre me disseram que o noivo não podia ver o vestido antes do casamento senão teríamos azar, por isso resolvi usar outro inédito - , Madame Bonvier tagarelava sem parar sobre os prós e contras das cores com o meu tom de pele e como que um tecido escolhido de maneira correta é suficiente para deixar qualquer noiva maravilhosa. Apenas para não deixá-la falando sozinha, eu concordava com a cabeça e abria sorrisos em momentos certos.

Olhei mais uma vez para o vestido que May havia desenhado e me enviado ontem pelo o correio. Era lindo, tinha uma manga comprida e rendada, no peito se abria em forma de um U avantajado. Justo na cintura e caía em forma de cascatas da cintura para baixo, trazendo a impressão de ser feito de nuvens ou algo do tipo. Acabei sorrindo. Não era a toa que desde quando era uma pirralhinha ela já tinha certeza do que queria cursar quando terminasse o colegial. Moda.

Mostrei o desenho para a Madame Bonvier, uma senhora magra, alta e elegante, que usava seus cabelos grisalhos naturais em um coque charmoso no alto da cabeça. Ela observou o tecido que eu escolhi e o modelo desenhado por May e abriu um sorriso singelo.

– Acho que ficaria perfeito. - Ela olhou para mim, mostrando simpatia pela a primeira vez desde que a conhecera. - Você será uma noiva deslumbrante.

Fiquei sem palavras com o elogio que não esperava, então apenas sorri. Um sorriso que ia de orelha a orelha.

Minutos depois de eu me despedir da Sra. Bonvier, Silvia encaminhou o desenho e a amostra dos tecidos que eu escolhi para a costureira. Mais de uma vez perguntei para Silvia se a costureira seria capaz de fazer aquele vestido em praticamente 3 semanas, e ela me acalmou, dizendo que ela era a melhor das melhores. E por isso cobrava caro.

Quando eu estava prestes a subir para o meu quarto, fui interceptada por Lucy, que caminhava apressada em minha direção.

– Olá, Lucy. - Cumprimentei-a de forma afável. Ela sorriu para mim e me entregou uma carta.

Meu corpo gelou. Enguli em seco e não pude evitar que minha mão tremesse ao pegar o pedaço de papel que Lucy me entregava.

– Obrigada.

– De nada, senhorita. Disponha. - E então abriu mais um breve sorriso e partiu em retirada. E eu também. Corri até o quarto e tranquei a porta.

Cogitei a possibilidade de apenas jogar a carta fora. Ela era de Aspen. Mas eu estaria certa em fazer isso? Não era justo não saber o que ele pensa sobre tudo o que eu disse, me acorvadar em ler suas palavras que, com certeza, seriam ásperas e me machucariam. Mas ele estaria em seu direito, afinal, eu fizera o mesmo. Não é?

Prometi a mim mesma que eu leria a carta e depois colocaria essa, assim como todas as outras, fora.

Também teria que achar uma forma de contar toda a verdade para Maxon, mas essa não seria uma decisão fácil. Não mesmo. Eu tremi o corpo inteiro só de imaginar como ele reagiria, e meu coração se apertou dentro do peito. Um aperto dolorido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!