Perfect escrita por ForgetAboutYou


Capítulo 2
A.M.


Notas iniciais do capítulo

Heey, guys!!! Como vocês estão?... Fiquei feliz com o número de acessos que a fic teve em um dia. 50? Sério? Obrigada a todos que leram até o fim, principalmente pra quem comentou: Youngblood, Di Angelo e Dani. Obrigada mesmo! Ter a certeza que que pelo menos alguém gostou significa muito (:
Prontas para essa segunda parte? Só um aviso: aqui as coisas vão ficar um pouco mais... Como eu posso dizer?... Intensas? hahaha



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Feels like this could be forever tonight
Prayed that these clocks forget about time
There could be a World War 3 goin' on outside
You and me were raised in the same part of town
Got these scars on the same ground
Remember how we used to kick around just wasting time? - A.M. - One Direction

– Vamos mesmo até o fim? - Perguntei, não querendo manter a hesitação.

– Se você quiser, porque eu juro, você é o que eu mais quero nesse momento, não importa se o mundo está desmoronando, o que provavelmente deve estar acontecendo, mas no momento, é o que eu mais quero e preciso. Acho que é a forma mais sincera de demonstrar o que sinto. Não vai ser a única a se entregar a alguém pela primeira vez essa noite, Eady - Suas palavras me encantaram. Eu iria ser a primeira, assim como ele seria o meu. E, apenar de sermos jovens, sabia que ambos pretendíamos ser os únicos um do outro.

– Então não tenho que saber seu nome do meio?- Provoquei.

– Você estava desistindo da sua felicidade e quase perdeu a vida por mim. Acredite ou não, isso vale muito mais do que meu nome do meio - Falou, olhando-me nos olhos

– Então vai me contar qual é?

– Não. Isso é uma coisa que vai ter que descobrir sozinha - Rimos

– Tudo bem. Até o dia do casamento eu descubro - as palavras que pareceram descontraídas e leves, causaram um grande efeito sobre ele.

– Está me pedindo em casamento? Agora? Mas e o resto dos rapazes? - Ouvindo sua pergunta, só então entendi o peso de minhas palavras. Eu simplesmente havia, não perguntado, mas afirmado nosso casamento.

– Sim. E sim. Quanto ao resto dos meninos, todos são especiais pra mim de alguma forma, mas é você que eu quero do meu lado - Respondi

– Pode esclarecer isso ao Erik? Sei que não é ele competindo, mas tenho certeza que ele tem um fraco por você - Pediu. Eu entendia, sabia que Eikko talvez nutrisse algum tipo de sentimento pela minha pessoa, porém sempre fiz o bastante para não criar esperanças onde não poderia existir.

– Por acaso tem alguém com ciúmes?

– Não vou mentir. É difícil te ver com os outros. Principalmente com aqueles que você parece gostar da companhia... Não é fácil ser um selecionado. Ainda mais quando você tem a sensação de competir com uma pessoa que nem está na seleção - confessou.

– Eu entendo - Respondi - Sentiria o mesmo em seu lugar... E é por isso - Disse enquanto brincava com os fios de seu cabelo por trás de sua nuca - Que vou fazer questão de não te perder de vista da próxima vez que a família real italiana decidir nos fazer uma visita.

– Sabia que tinha sentido alguma coisa quando mencionei Catarina – Riu.

– Sabe que eu estou falando sério, não é?

– Sei, mas Vossa Alteza não tem com o que se preocupar. Estou enrolando até o último fio de cabelo com a senhorita... Só vou embora se for de seu agrado.

– Então Vossa Senhoria pode sentar e esperar, porque eu não pretendo me livrar de você – Sorri.

Kile, então, parou e me encarou.

– Ah, entendi você quer que eu faça um pedido decente – Constatei, rindo.

– Seria um bom começo - Riu também.

– Tudo bem... Kile Woodwork, filho de Marlee e Carter Woodwork, irmão de Josie Woodwork, aceita ser meu para sempre? - Perguntei do jeito mais formal e meigo que pude.

Fingindo parar pensar, ele se voltou para mim:

– Eu vou ganhar um anel? - Indagou enquanto ria, o que acabou por me fazer rir também.

– Você é impossível, sabia? - Falei enquanto lhe roubava um beijo - Então, você vai aceitar ou...

– Ah, sim, a resposta formal: Eadlyn Shreave, filha de Maxon e America Shreave, única irmã de Ahren, Kaden e Osten Shreave. Sim, eu aceito passar o resto da vida ao seu lado... Mas eu ainda quero meu anel - Respondeu, chegando bem perto e sussurrando a última parte parte em meu ouvido.

Não mais resistindo à nossa proximidade, fechei o pequeno espaço ainda existente entre nós. O beijo começou calmo e lento, mas logo foi ganhando intensidade. Enquanto suas mãos encontravam um jeito de acariciar todo o meu corpo, meus dedos entrelaçavam os fios de seu cabelo loiro.

Fora somente quando seus lábios desconectaram-se dos meus e passaram para meu pescoço, dando-me pequenos beijos, os quais insistiam em querer me fazer perder a concentração, que lembrei-me de minha prévia tarefa.

Sorrateiramente, movi minhas mãos de seu pescoço, deixando meus dedos roçaram pela pele de seu abdômen, ação a qual ele pareceu gostar, uma vez que pude sentí-lo sorrir em meio aos beijos que ainda distribuía, para o cinto de sua calça, somente para, antes de alcançá-la, minhas mão serem agilmente detidas pelas suas.

– Você já se divertiu bastante. Agora é minha vez - Sussurrou em meu ouvido, erguendo a cabeça logo depois, fazendo seus olhos azuis encontrarem-se com os meus.

Soltando minhas mãos, vi as suas serem guiadas para meus pés, retirando o delicado salto alto que ainda os enfeitavam. Kile parou, também aproveitando a oportunidade para retirarar seus sapatos. Não reclamei. Apenas sentei para observá-lo.

Logo retornamos a nosso estado anterior, em meio a beijos e carícias. Sem hesitar, minhas mãos estavam novamente em seu cinto. Rapidamente, desfivelei-o, para em seguida arremessá-lo a um lugar qualquer do cômodo.

Antes de desabotoar sua calça, mirei novamente em seus olhos, procurando pela certeza do que estávamos prestes a fazer. Afinal, não era exatamente algo que poderiamos desfazer.

Com um sorriso doce e um aceno com a cabeça, recebi minha resposta. Assim, voltei a atenção novamente para onde minhas mãos estavam, soltando levemente o botão e seguindo prontamente para o zíper, retirando-a, com sua ajuda, de logo depois.

Parei um momento para contemplá-lo. Como nunca reparado nele antes? Sim, ele me dava nos nervos, parecia fazer questão disso. De fato, sua personalidade apenas me conquistou depois de a Seleção. Mas como nunca tinha me sentido atraída? Eu tinha algum problema de visão ou estava ocupada demais tentando provar para os outros de que poderia ser tão boa quanto papai quando o sucedesse?

– Eady? Sou tão ruim assim? - Perguntou, soltando uma leve risada ao final, o que me fez corar violentamente.

– N-Não. Na verdade está bem até demais. Está de parabéns. Andou malhando? - Respondi, tentando esconder um pouco da vergonha e do nervosismo.

– Na verdade não. Tenho passado a maior parte do tempo livre com meus desenhos. Ou com você - Sorriu, o que também me fez acalmar um pouco. Era um dos incríveis efeitos que ele exercia sobre mim. A capacidade de me acalmar e fazer rir em momentos de tensão, até mesmo, como neste caso, quando ele era a razão.

Paramos mais uma vez, encarando um ao outro, até que Kile decidiu tomar a iniciativa. Levando uma das mãos às minhas costas, e com a outra acariciou meu rosto, como se fizesse a mesma pergunta silenciosa. Respondi-o com um beijo, colocando toda a sinceridade que sentia dentro de mim. Queria que tivesse certeza de que eu queria tanto aquilo quanto ele.

Kile desceu o zíper com uma velocidade que me pareceu lenta demais naquele momento, olhando para mim, como se estivesse analisando o que faria depois.

Então, observei-o levantar e estender a mão para mim, querendo que eu também ficasse de pé. Demorei um pouco para entender o porque daquilo, até que me toquei. O vestido, uma vez que era tomara-que-caia, saria muito mais fácil daquele jeito do que de qualquer outra maneira. Segurando a parte de cima do vestido, permiti que ele me ajudasse a levantar.

Uma vez de pé, ainda segurando a vestimenta sobre o corpo, procurei mais uma vez por seus olhos. Uma vez que os encontrei, tranquilizei-me. Sabia que Kile iria cuidar de mim. Percebendo um resquício de nervosismo, meu futuro noivo agarrou minha mão livre e beijou-a, como se dissesse “não há com o que se preocupar”.

Fechei os olhos, e respirando fundo, encontrei o pouco de coragem que me faltava. Eu o queria. Tinha certeza. Queria sentí-lo de todas as formas possíveis. Queria que ele soubesse o quanto o amo. Com esse pensamento, soltei o vestido, fazendo-o cair sobre meus pés.

Ainda demorei um pouco a reabrir os olhos, apenas o fazendo quando senti um leve roçar de dedos no rosto, somente para perder-me novamente no azul de seus olhos.

Sorrindo, Ele ofereceu mais uma vez sua mãos, as quais aceitei de bom grado, ajudando-me a ficar livre do restante do tecido que ainda me cercava.

Permanecemos mais alguns segundos ali de pé. Era possível sentir seu olhar sobre mim, quase como se admirado com o que via. O fato de estar sendo analisada fez-me corar, não que eu pudesse culpá-lo, afinal, tinha feito o mesmo com ele alguns momentos antes.

Devagar, Kile se aproximou, envolvendo-me em seus braços. Sem mais esperar, envolvi os braços em seus pescoço, diminuindo a distância entre nós, a qual fora rapidamente anulada pelo encontrar de nossos lábios. Ainda sem nos separar, fui erguida em seu colo e levada novamente para a cama.

Uma vez lá, apenas nos separamos quando o ar faltou e, sem desviar os olhos um do outro, livramo-nos das últimas peças que restavam.

– Você é linda. Por dentro e por fora, sabia? Bonita demais para ser real - Kile murmurou, ainda sorrindo.

– Você também. Me pergunto como não fui capaz de perceber antes, ou as vezes eu percebi. Pode ter sido a razão de você me incomodar tanto... Eu te amo, Kile. Nunca esqueça disso - Falei, também sorrindo.

– Eu também te amo, Eady. Pra sempre - Ele sorriu e me beijou de novo.

Foi então que tudo aconteceu. Não foi rápido nem devagar, nossos corpos se encaixavam como duas peças de um quebra cabeça. Foi intenso, lindo e apaixonante. Não havia ninguém mais no mundo além de nós, ou melhor, havia. E tínhamos plena consciência disso. Sabíamos que estávamos em meio a um ataque e que nossas famílias, estariam preocupadas e que, assim que saíssemos de lá tudo estaria de pernas para o ar. Também era de nosso conhecimento que, a qualquer momento, aquela porta de metal poderia abrir e que provavelmente estaríamos encrencados se alguém nos visse daquela maneira. Apenas não nos importávamos. Aquele momento era somente nosso. E, por mais que parecesse a hora mais inapropriada e num lugar ainda mais inapropriado, eu não mudaria nada.

Ainda estávamos na cama, despidos e emaranhados nos cobertores os quais havíamos encontrado. Kile brincava com nossos dedos, enquanto minha cabeça repousava em seu peito. Ainda não havíamos dito nenhuma palavra, nossos movimentos se correspondiam facilmente. Era como se, o que aconteceu, tivesse nos ligado de uma forma mais real.

Todavia, o silêncio foi quebrado por uma risada.

– Do que está rindo? - Perguntei, soltando uma leve risada pata acompanhá-lo

– De nós. De como somos confusos... Se me dissessem alguns meses atrás que eu te veria sem roupa e que iria gostar, eu teria rido eternamente... Deus, há pouco tempo era estranho até pensar que você era bonita. Agora estamos aqui, os dois, completamente sem nada e eu estou amando cada momento disso - Kile respondeu ainda rindo.

– Que bom que pensa assim, porque acredite ou não, ver você pelado não estava na minha lista de metas a cumprir.

– Mas você pareceu gostar. Até demais, para falar a verdade - Provocou, com um sorriso sacana.

– Estou amando cada segundo disso tanto quanto você - Falei, soltando minha mão da sua e correndo levemente a ponta dos dedos por seu abdômen, levantando o rosto, para lhe roubar um beijo.

O beijo não demorou muito para se instensificar, logo eu estava presa sob seu corpo novamente.

– Eady... O que vai acontecer quando saírmos daqui - Kile perguntou, ainda ofegante, enquanto deitava de novo ao meu lado.

– Sinceramente, eu não sei. É tão mais fácil assim. Aqui eu sou a Eadlyn e você o Kile, não a princesa e o selecionado. Sem rótulos. Sem responsabilidades... Sei que nossos pais devem estar preocupados - Suspirei - Espero que mamãe esteja bem. Não quero que ela tenha uma recaída, não quero vê-la daquela forma novamente. Sem falar que papai não aguentaria - Acabei rindo - Assim como ela não aguentaria ficar sem ele... Eles não são nada sem o outro.

– Tenho certeza que eles estão bem. Todos... Se bem que me preocupo com minha mãe. Ela deve ter entrado em desespero quando não me encontrou naquele abrigo - Soltou uma risada.

– Essa é a parte boa de voltar. Ver que estão todos bem. O resto é que me incomoda. Não sabemos o que esse ataque significa.

– O que acontece com a seleção agora?

– Anunciar minha escolha e mandá-los para casa parece ser o mais esperto a ser feito, mas também o mais óbvio. Pode ser justamente o que eles esperam que façamos... Vou conversar com papai, ver o melhor a ser feito. Espero que não se incomode se tivermos que esperar mais um pouco - Respondi, roubando-lhe mais um beijo ao final.

– Não vou gostar de voltar a te dividir, acredite. Mas vou estar aqui para o que precisar - Disse, em meio a mais um beijo.

– Eu te amo, sabia?

– Amo você também. Sempre.

Depois de selarmos nossas afirmações com mais um beijo, ficamos mais algum tempo ali, deitados, sem dizer nada, aproveitando o máximo que podíamos do tempo que nos restava realmente sozinhos.

– Eadlyn – chamou.

– Hum...

– Não é que eu não goste de ficar assim com você, porque é exatamente o contrário, mas você não acha que seria melhor se pelo menos colocássemos nossas roupas?... Quer dizer, já estamos aqui há um bom tempo, daqui a pouco vão abrir essa porta, e provavelmente as primeiras pessoas que irão aparecer atrás dela serão nossos pais... - Começou, meio sem jeito.

– E você não acha que seria uma boa ideia eles se depararem com a gente assim.

– Certo. Sem falar que não seria nem um pouco confortável. Pra nenhum dos lados.

– Acho que tem razão. Vem, vou precisar de ajuda com o vestido - Falei, já levantando e puxando-o comigo.

Sem perder tempo, começamos a recolocar nossas roupas. Parei para observá-lo quando cheguei a parte em que percebi que precisava de ajuda. Kile já estava de calça e sapatos, porém a camisa ainda desabotoada, quando reparou meu olhar sobre si.

– O que? - Perguntou, o cabelo loiro recaindo sobre os olhos azuis.

– Nada - Sorri, aproximando-me, levando uma mão para retornar os fios dourados para seu devido lugar.

– Precisa de uma ajudinha aí? - Questionou, percebendo a outra mão que segurava o vestido

– Seria legal - Soltei uma leve risada.

– Vamos, vire-se - E foi o que eu fiz.

Kile começou a subir o zíper lentamente, tanto que eu pude me concentrar em sua respiração, a qual batia em minhas costas. Apenas percebi que tinha acabado quando senti seus lábios distribuirem beijos pelo meu pescoço e clavícula, o que acabou por me fazer relaxar e encostar meu corpo ao seu, acarretando para que seus braços envolvessem minha cintura.

Logo, não aguentando mais, virei-me e selei nossos lábios mais uma vez. Meus braços foram ao seu pescoço e Kile me apertou ainda mais contra si.

Nos separamos depois do que pareceu uma eternidade, apenas porque o oxigênio resolveu lembrar-nos de que ainda necessitávamos dele para viver.

Olhando para ele, percebi a camisa, ainda desabotoada. Decidi, então, ajudá-lo. Assim como tinha feito comigo, fiz o trabalho sem muita pressa, abotoando os botões um a um. Quando acabei, ergui a cabeça e lhe arranquei mais um beijo, o qual fora retribuído de bom grado, encerrando-o com pequenos selinhos.

Logo que nos separamos, ele se virou para pegar algo no chão, enquanto isso, eu aproveitei para colocar os sapatos.

– Uma ajuda? - Meu futuro noivo perguntou com sua gravata em mãos.

– Não não. Não vou deixar você desfilar com isso por aí - Declarei, tomando a referida peça de suas mãos e enrolando-a na minha.

Ele apenas riu e me beijou na testa - Só você, Eady.

– Alguém vai ter que cuidar de você, não é?

–Não está mais para o contrário? Você é um perigo quando está de mau humor – Rimos.

– Cuidamos um do outro, está bem?

– Ótimo. Você cuida do meu guarda roupa e do resto do país e eu do seu humor – Brincou.

– Sabe que ser o príncipe consorte não vai ser fácil não é? Vai fazer o que a mamãe faz.

Kile se aproximou e me deu mais um selinho.

– Eu sei. E eu quero. Vai ser uma honra te ajudar a governar o país – Sorriu.

– Obrigada. Por tudo - Agradeci

Ainda arrumamos a cama antes de sentarmos lado a lado no banco de madeira, ou melhor, eu me sentar e ele deitar a cabeça em meu colo, impulsionando-me a acariciar seus fios dourados.

– Vou acabar dormindo se continuar fazendo isso - Comentou, fazendo-me rir.

– Seu cabelo é tão macio...

– Obrigado. O seu também - Agradeceu segurando minha mão.

– Acha que vamos conseguir disfarçar as coisas quando saírmos daqui? - Perguntou.

Antes que eu pudesse responder, percebi uma movimentação na porta de metal.

– Sinceramente? Não sei. Mas estamos prestes a descobrir - Disse, apontando para a porta, o que o fez encará-la também.

Ficamos daquele jeito por mais alguns minutos, até a porta abrir, revelando nossos pais, acompanhados pelo General Leger.

Ao nos verem, foram ao nosso encontro, e uma vez que já estávamos em pé, mamãe envolvolveu-me em um abraço apertado enquanto Marlee correu para os braços do filho.

Estou tão feliz que está bem - Minha mãe sussurrou em meu ouvido.

Eu? E você? Estava preocupada que algo pudesse ter te acontecido - Respondi

Ela apenas riu.

– Não. Prometi a mim mesma que não iria deixar todos na mão de novo, e parece que minha força de vontade está sendo superior aos motivos alheios - Disse, beijando minha testa.

Assim que ela me soltou, indo em direção a Kile, fui envolvida por dois braços que conhecia muito bem. Papai.

– Sabia que estaria inteira, meu amor. É durona igual a um certo alguém que eu conheço - disse, olhando para mamãe.

– Ela também tem muito de você, Maxon - Rebateu.

Logo Madame Marlee estava em minha frente, me envolvendo em um abraço de urso.

– Está tudo certo, querida? Nenhum arranhãozinho? Kile cuidou bem de você?

– Sim, ele cuidou. Talvez um arranhão ou outro, caímos no chão antes de chegar aqui, mas fora isso, está tudo bem - Respondi

Para terminar, recebi um abraço de Carter.

– Bom saber que está bem, e desculpe o exagero de Marlee, mas você a conhece.

– Obrigada, Carter.... E não seria ela se não fizesse isso – Ri.

– Bom, creio que seja seguro reafirmar que estamos todos gratos que vocês dois estão bem - Papai falou.

– Sim, mas não teríamos conseguido sem o General Leger – Comecei.

– Foi ele quem nos trouxe até aqui. E nos salvou de um rebelde - Kile ajudou.

– Nunca seremos gratos o suficiente pelo o que fez. Temos uma dívida eterna com você, General - continuei, apoiando a mão no braço de Kile.

– Apenas fiz o certo, Vossa Alteza. Quanto à parte do rebelde, o crédito foi de vocês. Salvaram um ao outro daquele tiro. Eu somente impedi que algo pior ocorresse - Aspen Leger respondeu.

– De qualquer maneira, obrigada - Rebati, indo em sua direção, envolvendo-o em um abraço, o que acabou por surpreender a todos.

– Às ordens, senhorita - Disse, oferecendo-me um sorriso, o qual fora prontamente retribuído.

Percebendo o meu ato, Kile se apressou em fazer o mesmo, dando-lhe um abraço e agradecendo-o novamente, retornando ao meu lado logo depois.

– Acho melhor nos apressarmos para o café. O restante dos selecionados serão enviados para lá - Mamãe constatou

– Café? Mãe, quanto tempo durou esse ataque? - Perguntei.

– Algumas horas. Creio que estavam a procura de alguma coisa. Ou de alguém. De qualquer maneira, fomos todos liberados do abrigo real agora pouco. Aspen decidiu esperar até o final da vistoria para certificar se seria realmente seguro liberar a todos -

Obrigado mais uma vez, Aspen - Respondeu papai em seu lugar.

General Leger somente sorriu e acenou com a cabeça, como se soubesse que se dissessse qualquer outra coisa não funcionaria.

– Bom, creio que seja melhor nós todos irmos nos aprontar para o café. Todos já estão suficientemente agitados. A situação só iria piorar se parte família real não aparecesse - Madame Marlee continuou

– Marlee tem razão. Devemos nos apressar - Mamãe complementou.

Saímos todos em silêncio do abrigo, e percebendo um pouco de minha tensão ao ver o estado dos corredores, os quais não estavam tão diferentes desde de que tínhamos percorrido-os no momento do ataque, Kile gentilmente me ofereceu o braço, que eu gratamente aceitei.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é isso, galera. Espero do fundo do meu heart que tenham gostado dessa fic! Eu tenho mais coisa escrita. Se as reviews e as visualizações forem boas, e claro, se vocês quiserem, eu posso até continuar postando... Está na mão de vocês.

Até (;