When I See You Again escrita por bubblegumbitch


Capítulo 1
It's Been A Long Day Without You, My Friend


Notas iniciais do capítulo

Oiew!
Estava com a ideia dessa one-shot faz um tempinho já! E finalmente consegui postar!
Eu adorei o resultado!
Sério, gente. Fiquei com vontade de chorar escrevendo isso :'(
Mas...
Escutem a música enquanto leem. É mais triste xD
Espero que gostem.
Boa leitura.



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WHEN I SEE YOU AGAIN

Max viu William sair de casa, enquanto Chloe ainda estava na cozinha, dando um sorriso.
Mal ambas sabiam que William estava saindo para nunca mais voltar.
— Chloe... - Max chamou a amiga, se aproximando.
— Hum? - indagou, emitindo apenas um som e a encarando.
— Você já pensou alguma vez em pintar o seu cabelo de azul? - Chloe deu um sorriso travesso quando Max proferiu aquelas palavras.
— Já! Eu ainda vou pinta-lo! - deu um sorriso, e se sentou sobre o balcão da cozinha.
— Acho que você iria ficar extremamente bonita! Contrastaria com os seus olhos azuis! - animada, a morena declarou, sorrindo.
Chloe riu.
— Se eu pintar o meu cabelo de azul, vou parecer uma gótica revoltada. - Chloe brincou, balançando as pernas.
Max apenas riu.
— Espero que meu pai não demore. Sinto saudades da minha mãe. - falou, o instinto de filha pulsando sobre as veias.
— Também sinto saudades da tia Joyce. Ela fica tão pouco tempo em casa. - a morena falou, levemente cabisbaixa.
— Minha mãe é muito guerreira. - justificou, mexendo nas madeixas claras do cabelo. - Bom, mas o tempo que ela fica fora, nós fazemos bagunça! E ficamos com meu pai!
Max assentiu, dando uma risada leve.
Em seguida, Chloe pegou uma das revistas teen que tinha, se sentou novamente e abriu em uma página qualquer.
— Não acredito que ainda tem essas revistas. - Max deu uma revirada de olhos, e Chloe encostou seu pé sobre a cintura da mesma, como se estivesse dando um chute.
— Pare de ser chata, Max! - e riu. - Eu as leio como qualquer adolescente normal.
— O que quis dizer com isso? - Max se fingiu de brava, vendo Chloe morder os lábios para não rir. - Eu sou uma adolescente normal!
— Uma adolescente normal que fica o tempo todo tirando fotos de tudo o que vê. - murmurou a de cabelos claros.
— Eu só tiro fotos do que é bonito! Ainda vou ser uma grande fotógrafa. - Max a encarou, indiferente. - E você vai estar aqui, lendo revistas teen, usando roupas fofas e morrendo de inveja de mim, porque as minhas fotos vão estar nos museus mais chiques.
Chloe riu da amiga, colocando a revista sobre a boca, e soltando uma risada mais abafada.
— Vou estar morrendo de inveja de você, Max! Com certeza! - afirmou, se recuperando do riso.
— Meus olhos são uma câmera. Estou tirando fotos suas nesse instante. - forçou os olhos, de modo que eles ficassem miúdos.
— Nossa! Eu sei que sou uma ótima obra de arte, mas não é pra tanto! - Max arregalou os olhos enquanto Chloe ria.
— Convencida. - resmungou, cruzando os braços.
Depois de um tempo de silêncio, em que Max concentrava sua atenção na foto tirada por William dela e de Chloe, e a citada anteriormente lia a página da revista, entretida, a mesma finalmente se pronunciou.
— Max. Se você pudesse ter um super poder, qual teria? - indagou, virando o rosto para a amiga ao seu lado.
— Por que a pergunta tão assim de repente? - questionou de volta, apoiando-se no balcão e sentando ao lado de Chloe.
— Ah, sei lá! - fechou a revista e a jogou em direção á mesa, de modo que a revista espalhasse alguns papéis, mas ficasse sobre a madeira.
— Acho que... - Max pensou um pouco, e fez uma expressão de pensativa, o que fez Chloe voltar a rir. - ... voltar no tempo.
— Uau! Super Max ao ataque! - Chloe gargalhou.
— Deve ser muito legal poder voltar no tempo. - animada, justificou. - E, consertar o que você fez de errado.
— Hum... deve ser mesmo! - Chloe olhou para cima. - Mas, ainda prefiro voar!
— Chloe, você sempre quis ser livre. Não é surpresa. - Max cantarolou a última frase.
— Bom, você está certa! - a menina de cabelos claros e moletom observou uma borboleta de cor azulada voar pela porta de correr. - Max, você conhece o Efeito Borboleta?
— Nossa, que rajada de perguntas estranhas! Qual vai ser a próxima? Se eu sacrificaria uma cidade inteira por você? - Max falou, brincalhona.
— Ótima pergunta essa! Você sacrificaria? - os olhos azuis transbordavam de esperança.
— Hum... não sei. - a mesma brincou, e viu Chloe abaixar o olhar. - Estou brincando! Claro que sim!
Chloe sorriu e deu um abraço apertado na amiga, e Max retribuiu.
— Ah, e sim. Conheço o Efeito Borboleta! - deu um sorriso fofo.
— E qual é? - Chloe fez uma expressão do tipo: "Duvido".
— O bater das asas de uma borboleta hoje... - Max se calou, e observou Chloe completar.
—... pode levar a um tornado daqui a semanas. - Chloe deu um sorriso, e a borboleta desapareceu de sua vista.
A porta da casa foi aberta, e as meninas saíram correndo da cozinha, prontas para abraçarem a mãe de Chloe, Joyce.
Mas, apenas Joyce estava ali. Aonde estava William?
— Mãe! - Chloe viu Joyce largar as sacolas sobre o chão e abraçar a garota que vinha em sua direção.
Max se juntou ao abraço, e depois de algum tempo, apenas no conforto daquele abraço, elas se soltaram.
— Onde está o papai? - Chloe questionou, ajudando a mãe a levar os mantimentos para a cozinha.
— Ótima pergunta, Chloe. Ele não está aqui? Porque, ele não veio me buscar. - Joyce colocou a mão na cintura, olhando para as duas garotas.
— Não, nós vimos ele saindo. - Max se pronunciou antes de Chloe.
— Então... aonde está o William? - Joyce indagou, e foi em direção ao telefone, que tocava. - Alô?
As meninas observaram Joyce falar ao telefone. A sua expressão irritada mudou-se rapidamente para uma expressão de perda, dor. E Chloe viu a mãe começar a derramar diversas lágrimas de seus olhos tristes, e sentiu uma enorme dor no coração.
Joyce depositou o telefone ao seu lugar, e cobriu o rosto com as mãos, voltando a chorar.
— Mãe, o que aconteceu? - Chloe se aproximou, sentindo a vontade de chorar.
— Seu pai... - Joyce tomou força e coragem para finalmente se pronunciar. -... sofreu um acidente de carro.
Chloe encarou aquilo como algo normal.
— E ele ficou ferido? Ele volta para casa quando? - questionou, esperançosa, de forma ingênua e inocente.
— Ele nunca mais irá voltar, Chloe. - Joyce negou com a cabeça, e começou a subir as escadas.
Aquilo despedaçou Chloe. A mesma não sentia mais forças. Isso fez com que a garota caísse de joelhos sobre o chão.
Chloe começou a chorar, e se encostou na parede, soluçando altamente.
Max sentiu as lágrimas brotarem, e se deixou levar, chorando assim como a amiga. A morena se sentou ao seu lado, a abraçando, mas Chloe não reagiu, apenas encostou a cabeça sobre a de Max.
Joyce era a que mais parecia sofrer. As lágrimas rolavam por seu rosto, e ela encarava a janela. O dia parecia tão belo de manhã. Por que agora estava tão ruim?
A loira abraçou ao seu próprio corpo, se permitindo chorar livremente.

WISYA

O velório estava melancólico. Rostos tristes, expressões tristes, e lágrimas correndo pelo rosto de praticamente todos.
Joyce limpava as lágrimas com um lenço, vendo o rosto do seu belo amado.
William nunca mais voltaria para as suas vidas.
Chloe estava ao lado da mãe. Ela precisava ser forte. Estava aguentando tudo aquilo.
Ela respirou fundo, e abraçou a mãe, que retribuiu o abraço.
— Eu te amo, Chloe. - sussurrou a mãe, e depositou um beijo no topo da cabeça da garota.
Chloe assentiu e se afastou.
— Com licença. - falou, e começou a caminhar para fora.
Joyce se aproximou cautelosamente, vendo o rosto de William. O mesmo trajava um terno de alta classe, e Joyce imediatamente se lembrou que aquele era o terno que ele havia usado em seu casamento com a loira.
Isso fez com que mais lágrimas escorressem. O preto estava tomando conta da bochechas magras da loira. Tocou uma última vez sobre o rosto de William, e deixou mais uma lágrima escorrer, e cair sobre o rosto do mesmo.

WISYA

Chloe estava chorando. Mantinha o olhar preso no cemitério, enquanto as lágrimas embaçavam toda a sua vista.
Cobriu os olhos azuis com as mãos, e chorou livremente.
Estava sentada sobre a calçada, roupas negras, em forma de luto, e os cabelos soltos e esvoaçando contra o vento daquela tarde.
Olhou para frente, e viu uma bela garota atravessar a rua, e parar ao seu lado.
Usava jeans pretos e rasgados, além de uma blusa quadriculada de cor vermelha e preta, com rosto de modelo. Cabelos longos e lisos e olhos verdes, como duas esmeraldas.
Mal Chloe sabia que aquela garota iria mudar a sua vida.
— Oi. - falou a mesma, se ajoelhando ao lado de Chloe. - Meu nome é Rachel. O que aconteceu?
Chloe a olhou. O tom de voz de Rachel a lembrava Max. E parecia que Max a havia abandonado.
— Oi, eu sou a Chloe. - falou, sem nem um tom de ânimo. - Meu pai morreu num acidente de carro.
Por que Chloe estava contando aquilo para aquela estranha? Não fazia sentido!
Mas ela não se importava. Precisa falar com alguém.
Além do mais, Rachel a transmitia uma sensação tão boa de paz, como se estivesse realmente livre com ela.
E Chloe se lembrou de quando ela e Max eram duas piratas. Salvando Arcadia Bay.
— Uhn... você deve estar péssima. - Rachel se sentou ao lado de Chloe. - O seu nome é muito bonito, a propósito.
E deu um sorriso amigável. Aquilo fez Chloe se alegrar. Aquele sorriso iluminou seu coração de uma forma impossível.
— Obrigada. Rachel é um bonito nome também. - assentiu, e a mesma deu um sorriso.
— Amber. - completou, e Chloe a encarou, confusa. - Meu nome é Rachel Amber.
— Rachel Amber parece nome de celebridade. - as duas garotas riram. - Chloe Price.
— Chloe Price parece nome de foragida da lei. - e riram novamente. - Mas eu gostei.
Naquela tarde, Chloe não estava se sentindo tão mal com a presença ilustre de Rachel. Se sentia agradável. Se sentia feliz.
Como nunca havia se sentido antes.

WISYA

E, novamente, Joyce estava sofrendo.
Caminhando até o cemitério. Aquele mesmo cemitério.
David a acompanhava. Os olhos negros tristes, enquanto deixava a mão sobre as costas da mulher.
Mas Chloe não estava ali.
Não estava ali para abraça-la, chorar consigo.
Joyce havia perdido as duas coisas mais importantes da sua vida.
William e Chloe. Seu marido e sua filha.
Parecia que o universo a odiava.
Como Joyce seria feliz assim?
Chegou em frente ao caixão da filha. Os bonitos olhos azuis não estavam abertos, e os lábios finos estavam em linha reta. As bochechas estavam rosadas, e o cabelo azul estava bagunçado.
E, mesmo assim, Chloe se recusava a usar um vestido. Joyce riu do seu pensamento.
Embora fosse um velório, Chloe não estava trajada para algo desse tipo.
Joyce sabia que Chloe não ficaria feliz em se ver com um vestido ou saia.
Ela queria Chloe feliz, aonde Chloe estivesse.
A mesma odiaria a mãe se ela deixasse a mesma usar roupas que não fossem do seu estilo. Então, Joyce cumpriu isso.
Uma calça jeans, uma blusa e suas botas.
As botas que quando Chloe andava pela casa, faziam um barulho chato.
Mas, Joyce nunca havia sentido tanta falta assim disso.
As botas de Chloe nunca mais fariam barulhos do tipo.
Mesmo falecida, a mulher de cabelos azuis continuava ela mesma.
Joyce viu Max. Estava ao seu lado, se contendo para não derramar uma sequer lágrima. Mas ela pode ver a mesma afastar lágrimas que surgiam em seus olhos.
E voltou a chorar incessantemente. Max sentia uma dor enorme no coração. Afinal, ela havia falado para Chloe que sacrificaria uma cidade inteira por ela. Mas, ela havia feito o contrário.
Por quê? Por que isso acontecia com Joyce?
Perder a filha e o marido.
Se soltou de David, e deu um sorriso reconfortante ao mesmo.
Se aproximou lentamente do caixão, e focou seus olhos no rosto pálido da filha, e o acariciou.
Ajeitou os fios de seu cabelo azul. Chloe era mesmo rebelde, e isso fazia Joyce gostar cada vez mais da filha.
E, então, observou algo preso a sua blusa. Segurou um pequeno papel, que estava dobrado, e começou a ler.
"Mãe,
Se você estiver lendo isso, te peço que não chore.
Bom, eu me meti em alguns problemas, mas eu não sei se irei conseguir resolve-los.
E, talvez, eu nunca mais volte a falar com você pessoalmente.
Você sabe a razão de eu ter te dito um 'Eu te amo' hoje?
Foi por causa desses problemas. Eu acredito que nunca mais verei a nossa casa.
Por isso, eu estava olhando para cada detalhe. Porque eu quero gravar em minha memória.
Quero que você saiba que eu te amo.
E que, sim, eu amo aquele padrasto idiota também.
Pode dizer isso pra ele.
Mas diz que você ama ele! Não fala que eu falei isso!
Se, algum dia, a Max retornar á Arcadia Bay, diga que eu a amo também. E que a perdoo.
Mãe... sério, eu te amo muito!
Eu estava sentindo hoje, que algo aconteceria diferente. Como se eu fosse buscar algo do passado.
E, bem, aconteceu.
Hoje, antes de eu te escrever essa carta, eu vi a mesma borboleta de cinco anos atrás. De quando o papai morreu.
Eu havia a visto do lado de fora de casa. E eu a vi hoje.
Aqui.
Em Blackwell.
E, essa borboleta parece ser A borboleta.
Ela parece querer destruir a nossa família!
Quando ela apareceu naquele dia, papai morreu. Hoje ela apareceu.
E.
Mãe, desculpa por dizer isso.
Mas eu tenho certeza que eu vou ir embora daqui. Pra sempre.
Desculpa por tudo o que te fiz passar.
Não vou ficar me lamentando!
Então, só queria dizer de novo.
Te amo, mãe.
Te amo, padrasto idiota.
Te amo, Max.
Te amo, Rachel.
E... te amo, pai.
Agora, uma pequena declaração de Chloe Price pra todos vocês!
Caramba, quem diria! Todos os aviões que voamos, as coisas boas que passamos... que eu estaria bem aqui falando com vocês sobre outro caminho.

Sei que adorávamos pegar a estrada e rir.
Mas algo me dizia que aquilo não iria durar.

Tive que mudar. Olhar as coisas de modo diferente, ver a coisa como um todo.
Aqueles foram os dias em que o
trabalho duro foi eternamente compensado.
E, agora, vejo vocês de um lugar melhor.
Como não falei sobre família
quando a família é tudo o que eu tenho?
Tudo o que passei,
você estava lá parada, ali do meu lado.
Agora, você vai ficar comigo para o último passeio!
Rachel, eu sei que está lendo isso de algum lugar, o que era pequeno se transformou em uma amizade,
uma amizade se transformou num laço
e esse laço nunca será desatado.
Mãe, padrasto, Max... o amor nunca será perdido,
e quando a irmandade vem primeiro
então a linha nunca será cruzada.
Nos estabelecemos por conta própria e quando essa linha teve que ser criada, foi ela que alcançamos.
Então lembrem-se de mim quando eu me for.
Pai... deixe a luz guiar seu caminho.
Guarde todas as lembranças enquanto você for.
E cada estrada que você pegar,
sempre o levará para casa.
Amo todos vocês.
E lhes direi tudo isso de volta.
Quando eu os ver novamente.
Bye, Bye!
Chloe :3 (NO EMOJI!)".


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Notas finais do capítulo

Ainw
MY FEELS!
Bom, gente, retirei uma parte da carta da música, e o velório da Chloe eu fiz diferente!
Só faltou colocar ali na lista:
Te amo, Warren.
xD
Tá parei.
Espero muito que vocês tenham gostado!
Beijos!
E até a próxima :3♥