Por ironia do destino escrita por Ágata Arco Íris


Capítulo 1
Passagens para o Japão


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo meus queridíssimos, espero que gostem, acompanhem e comentem...Gostaria muito disso >.

Boa leitura!



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Se você escolheu ler isso pensando em algum momento ouvir "Era uma vez" ou "viveram felizes para sempre", sinto lhes informar que não atenderei suas expectativas. Não por falta de interesse ou gosto, mas porque antes de tudo minha história teve início com uma tragédia, sem contar que o medo do desconhecido não me deixa pensar que algo pode dar certo uma hora dessas, nem sei se há um final feliz possível .

Bem, tudo começou há dois anos, na verdade terminou, a vida de quatro familiares meus se acabaram em uma tragédia em série. Meu avô havia morrido fazia uma semana, era o dia da missa de sétimo dia dele, o dia estava chuvoso e não havia previsão da chuva parar. Estávamos eu, meu irmão, minhas duas irmãs mais velhas, meus tios e meus pais e minha avó dentro da casa da minha tia esperando que a chuva se acalmasse para podermos sair.

Nem eu nem meu irmão Gabriel queríamos ir à missa, aliás, meu nome é Samanta para aqueles que não me conhecem, para quem me conhece é Samanta também hihihi.

Meu avô era muito presente na vida minha e dos meus irmãos, sempre íamos para a casa dele à tarde depois da escola quando éramos crianças, ele sempre nos mimava e a vó Nina brigava com ele justamente por nos mimar demais. Não que minha avó fosse uma avó ruim, mas é que ele era carpinteiro, sua carpintaria era ao lado da casa onde meus avós moravam e volta e meia quando via um momento de folga criava esculturas para nós brincarmos, admito que nós abusávamos disso, sempre pedíamos coisas para ele e é claro que ele fazia com bom gosto e coração, esquecendo-se muita vezes do seu trabalho. Minha avó por sua vez era costureira, lembro-me de ver a todo o momento ver madames entrando e saindo da casa dela, ela corria para nos ver, sua rotina na verdade, sabe, para ver se não havíamos nos matado e coisas e do gênero e logo em seguia voltada correndo para costurar, ou seja, era uma correria que só no ateliê do fundo da casa dela.

Sei que não deveria nem falar disso agora, mas é que está acontecendo tanta coisa na minha vida agora que não sei lidar de outra forma se não falando.

Bem, falei de uma perda que foi meu avô, faltam três. Vamos com calma que eu vou chegar lá. Voltando onde eu estava... Nem eu nem meu irmão quisemos ir à missa, então minha tia resolveu ficar conosco enquanto o resto do pessoal foi corajosamente debaixo daquela chuva ver a missa. Eles esperam a chuva diminuir ao máximo, saíram em dois carros, o da frente estava meus pais e meu tio, o de trás minhas irmãs mais velhas e minha avó. Na metade do trajeto a chuva tomou intensidade suficiente para ser difícil ver á um palmo de distância, mas eles não poderiam voltar, eles haviam pegado a rodovia e estavam longe demais para retornar ali. A estrada estava basicamente vazia até perto da rotatória, havia apenas um carro atrás da minha irmã e um caminhão de pequeno porte na pista ao lado deles, nada de mais era pista dupla, mas ao passar a rotatória o caminhão que estava ao lado do meu pai acabou perdendo o controle e bateu no carro dele. Com a força do impacto e com a pista molhada o carro foi jogado contra as grades de proteção, mas ela não foi o suficiente para segura-los, eles foram jogados para fora da pista caindo em uma ladeira íngreme.

Minha irmã conta que na hora do acidente quando viu o caminhão perdendo o controle ela freou bruscamente, fazendo a bater no carro detrás, elas se machucaram um pouco com o impacto, mas seriam sete mortes se não tivesse feito isso. O caminhão foi parar na metade da pista de onde eles estavam e o carro do meu pai rolou barranco abaixo.

Meu pai e meu tio que estavam nos bancos da frente morreram na hora com o impacto, mas minha mãe resistiu por mais oito horas. Eu me lembro de ir vê-la antes disso, ela estava toda machucada, quase irreconhecível, não era capaz de pronunciar um A se quer, estava entubada. Por sorte ainda estava consciente, ela pegou meu braço e eu me lembro de ver lágrimas escorrerem o seu rosto, simultaneamente outras lágrimas escorreram no meu, ficamos nós duas ali, ela deitada numa maca prestes a morrer e eu me sentindo um lixo, pois eu era quem deveria estar lá, não ela. Às vezes eu fico pensando, se nós tivéssemos ido junto, ou apenas eu, se eu estivesse lá, se essa tragédia realmente teria acontecido. Meu pai sempre foi muito cuidadoso na hora de dirigir, mas aquele dia, por causa da pressa ou sei lá o que, ele resolveu andar na velocidade certa, coisa que ele não era acostumado fazer quando estava com ele, ele sempre andava a dez quilômetros à menos que o limite.

Desde então meu irmão e eu estamos morando com minha tia, que na verdade não é minha tia e sim a esposa do meu falecido tio, ela é japonesa e mora no Brasil desde seus 12 anos. Eu sou a mais nova dos meus irmãos, tenho 17 anos, meu irmão 19, minhas irmãs 21 e 24. Minhas irmãs moram em São Paulo, uma já trabalha e a mais nova estuda na USP. Minha avó ficou muito abalada com a morte do marido e de seus dois filhos, ela morreu com uma depressão terrível ano passado. Meus avós maternos moram em Santa Catarina e lá permaneceram.

Desde essa tragédia minha vida mudou totalmente e agora estamos nos mudando também, não de cidade, mas de país. Vamos para o Japão, sei que é o lugar mais inusitado do mundo, minha tia é representante de vendas em uma empresa japonesa e recebeu uma promoção, só que ela terá que ir para lá, minha tia já ganha bem, mas o salário dela basicamente triplicaria se ela aceitasse a promoção.

Depois de muito conversar com meu irmão e eu, acabamos concordando que a melhor coisa a fazer seria nos mudar, mas não pensei que mudaríamos para tão longe. Na verdade tanto eu quanto meu irmão queríamos fugir de tudo isso, então concordamos quase que de primeira.

Eu arrisco somente um pouco da língua, o básico mesmo, meu irmão fala um pouco mais que eu, ele faz engenharia mecatrônica e gosta muito da cultura de lá. Eu por outro lado só conheço de origami mesmo, porque é isso que minha tia faz toda noite quando chega em casa, até aprendi a fazer uns bem legais com ela para falar a verdade.

—Kiyomi, a senhora já está pronta?-gritou meu irmão para minha tia que estava no segundo andar- Eu já vou esperar no carro vocês duas.

—Calma menino, me deixa escovar os dentes direito, serão muitas horas sem poder fazer isso.

—E você Samanta, não vai descer não?

— calma, estou fazendo uma última coisa! Gritei eu do meu quarto.

Há três anos e meio meu avô havia me dado um canarinho de estimação, ele era doente e não conseguia voar. Quando o canarinho foi capaz de voar eu já havia me apegado a ele e não tive coragem de libertá-lo, nunca dei um nome para ele com medo de isso justamente acontecer. Agora que vou embora desse país não posso levar ele comigo, então esperei até o último minuto para dizer adeus.

—Tchau canarinho, muito obrigada por tudo.

Eu abri minhas mãos e o canário voou janela á fora, ele parou em um galho da árvore de frente ao meu quarto e cantou alegremente, nunca havia ouvido um canto tão alegre como o dele naquele momento, ele nunca havia cantado assim.

Lágrimas gordas escoram dos meus olhos abaixo.

............ (Flashback on)............

—Samanta meu amor, você deve soltar esse passarinho meu anjo. Olhe, veja como ele canta triste—Disse meu avô analisando as asas do pássaro— Ele já está melhor, suas asas não estão mais machucadas, ele já pode voar.

—Mas e se ele não conseguir se virar sem mim? Eu que o alimento, que lhe dou abrigo e proteção, ele já está condicionado a essa vida.

—Mas pense meu anjo, os pais dele fizeram a mesma coisa por ele, cuidaram dele quando precisou, o alimentaram, deixaram e ele ficar, mas quando ele ficou forte o bastante para se virar sozinho ele seguiu seu caminho. Ele já está forte agora, deixe o partir.

—Mas eu não quero, já peguei carinho nele.

—Ok então. — Disse meu avô me abraçando—uma hora você vai entender.

Eu fiquei observando por entre os braços do meu avô o canarinho cantar, realmente seu canto era triste, mas era tão bonito.

............ (Flashback off) ............

—Ué, é o Teddy?- Disse meu irmão entrando no meu quarto— E você está chorando?

Enxuguei minhas lágrimas na manga da minha blusa.

—Por que você o chama de Teddy?

—Sei lá, você nunca deu um nome para ele. Teddy é fofinho.

—Teddy é nome de ursinho.

—Quer um?

—Hã?! O que uma coisa tem a ver com outra?

—Faz assim, quando chegarmos ao Japão eu te compro um ursinho. Não é a mesma coisa que ter um despertador escandaloso vivo como o seu Teddy aí, mas você pode dormir abraçada nele.

—Cara, eu não sou mais criança Gabriel.

—Hum... Vou comprar de todo jeito, não adianta falar nada. Agora, vamos se não perderemos o voo.

—Ok.

Dei uma última olhada naquela casa, um turbilhão de boas lembranças veio em mim. Saí ao menos sorrindo de lá.

Havíamos vendido a casa com os móveis juntos, doamos muitas de nossas roupas, estamos levando apenas o básico para sobreviver a umas duas semanas em relação a roupas e suprimentos. Minha tia se livrou de muitas tralhas que lembravam meu tio, ela está realmente querendo começar do zero, pegou todas as fotos e as guardou em uma pasta, provavelmente irá comprar molduras novas para essas fotos. Uma das poucas coisas que estou levando é um colar de ouro que minha mãe me deu, um chaveiro com pé de coelho do meu pai, uma boneca de pano que meu tio me deu ainda criança, a roupa que minha avó costurou para essa bonequinha e uma coleção de cavalinhos de madeira que meu avô entalhou e me deu no meu aniversário de dez anos. Cada uma dessas coisas me lembra de um de meus parentes perdidos na tragédia, itens que eu não tenho coragem de jogar fora por apego emocional.

Nossa primeira viagem foi de São Bernardo do Campo, onde moramos até São Paulo. Minha tia vendeu o carro mês passado, então fomos de taxi numa jornada de 40 minutos até São Paulo e mais 20 para chegarmos ao aeroporto.

—Tia, a senhora acha que elas vão vir?

—Creio que não, mesmo sendo horário de almoço agora ambas estão muito ocupadas.

Estávamos sentados esperando a hora de embarcar, faltava uma hora para isso. Passado dois minutos escutamos gritos desesperados.

—Saamaantaa, Gaabriieell, tiiaa Kiiyoomii !!!-gritaram minhas irmãs correndo em direção a nós.

—Olivia, Isadora... O que vocês fazem aqui? Perguntou minha tia.

Olivia correu para abraçar meu irmão, no impulso conseguiu até levantar aquele garoto. Isadora abriu os braços e abraçou a mim e minha tia, quase caímos no chão com o impulso dela.

—Samanta!! Socorro!! A Olivia vai me matar!!

—Eu não, vai que ela resolve me dar esse Abraço de anaconda também, não sou nem louca.

— Vocês vieram nos ver, que bom. Disse minha tia sorrindo.

— Não podíamos perder isso- Isadora deu uma pausa e começou a chorar — E se nunca mais nos vermos? Não ia aguentar se não os visse agora.

—Mana, é o seguinte...Skype, Facebook e What's app existem para se comunicar...Relaxa que nós vamos nos ver, fica tranquila que a gente vai sempre manter contato. Disse Gabriel.

— Nosso irmão está sendo um pouco grosso porque não quer dizer o quanto chorou essa noite, mas ele tem razão Isadora, não vai ser a mesma coisa que estar perto, mas vamos manter contato.

—Chorei nada.

—Tudo bem machão — Dei tapinhas no ombro dele— Eu entendo.

Ficamos conversando e tirando fotos até a hora de embarcar. Eu passei pelos portões de embarque e me virei para trás enquanto andava, vi minhas irmãs acenando para nós e chorando pelo vidro. Senti Vontade de chorar naquele momento, minha tia segurou minha mão e a do meu irmão e então sorriu, como se dissesse, vai dar tudo certo.

Eu sabia que eram literalmente 24 horas de voou, mas não pensei que fosse tão difícil resistir a esse tempo todo, o que eu mais fiz durante a viagem foi dormir, o trouxa do meu irmão fez questão de me lembrar disso, tirou fotos minhas dormindo e babando, ai que constrangedor. O tempo que fiquei acordada eu passei jogando com meu irmão no Nintendo 3ds deles, me sinto tão bem ganhando dele, pior que ele sempre me sacaneia colocando no modo difícil e eu ganho mesmo assim.

Saí de São Paulo era 13:35 da quarta feira cheguei no aeroporto de Tokyo às 23:42 da quinta. Maldito fuso horário e maldito voou, estou parecendo uma mendiga de tão suja e descabelada. Assim que desci do avião senti minhas pernas bambas e meio enjoada, encostei a mão na parede e olhei para baixo, meu irmão olhou minha cara de total palidez e disse “cara, se tu vomitar eu vou rir muito” e começou a rir. Enquanto minha tia ligava para a amiga dela que morava lá para vir nos buscar, eu e meu irmão fomos ao banheiro, tentei me arrumar um pouco, lavar o rosto, ajeitar o cabelo, mas nada disfarçava a cara de total exaustão. O mais longe que eu havia viajado na minha vida foi à distância de 2.000km, que foi umas férias aonde fui a recife, viajar 18.000km é um recorde majestoso para mim, uma distância nove vezes maior que eu já imaginei um dia viajar um dia, ou melhor, eu nunca pensei isso.

—Meninos, essa é a Miya, ela é minha amiga.

—Muito prazer Miya. Falamos juntos meio que desinteressadamente.

—Então vamos para Saitama?-Perguntou Miya.

Ela veio numa Double grande, uma minivan para levarmos nossas bagagens. De Tokyo a Saitama percorremos de 27 km, demoramos mais ou menos meia hora até chegarmos lá, que bom que é perto, queria visitar Tokyo, adorava ir visitar São Paulo de vez em quando com meus irmãos, vou sentir falta das minhas irmãs na hora de fazer compras. Demoramos 15 minutos até chegar até a casa de Miya, passaríamos a noite lá e de manhã iriamos para o apartamento que minha tia e Miya haviam escolhido.

—お邪魔します(ojama shimasu)—Disse minha tia ao entrar na casa fuzilando meu irmão e eu.

Estávamos mortos de cansaço, com cara de zombies, com mais fome que tudo, precisando urgentemente de um banho, mal reparamos o que ela queria dizer. Então tia Kiyomi simplesmente parou na porta e perguntou:

— Não vão pedir licença para entrar meninos?

—Estou seriamente mais preocupado com o sono que com falar algo. Disse meu irmão.

Minha tia nos fuzilou mais ainda, regalamos os olhos e repetimos algumas vezes “ojama shimasu” até minha tia falar:

— ótimo, sei que é chato, mas os modos aqui no Japão são diferentes meus queridos. Mesmo estando na casa de uma amiga que convive com brasileiros é bom lembrar, pois nem todo japonês vai perdoar isso. E pelo amor de Deus, tirem os sapatos.

Estávamos meio mortos, revivemos, regalamos novamente os olhos e acenamos a cabeça. Pior que minha tia nem é brava, só impõe muito respeito.

— Tia, nós entendemos sua preocupação, mas estamos totalmente esgotados, queremos mais é dormir uma hora dessas, é difícil até pensar na nossa atual situação.

—Eu sei disso, também estou esgotada.

Miya havia feito comida para nós, meu irmão comeu bastante daquela comida que eu não faço ideia nem os nomes, minha tia também comeu bastante, eu fiquei só no yakisoba e num bolinho que eu conheci agora (mas já amei) chamado Nikuman.

Depois de comermos Miya foi preparar um banho para nós, enquanto isso minha tia nos explicou como funcionava o banheiro no Japão, parece que os japoneses adoram tomar banho de banheira em água quente, mas eles usam a mesma água para praticamente todos da casa se banharem. Eu achei super estranho isso quando minha tia me disse, pensei “como eles conseguem tomar banho na mesma água suja depois de usada?”, ainda bem que ela nos explicou direitinho. Bem, há uma ducha onde eles se lavam antes de entraram na banheira, ou seja, eles entram limpos na água, essa ducha é muito parecida com aquela que usamos no banheiro no Brasil, mas geralmente essa duchinha no Brasil está ao lado no vaso para literalmente usamos para limpar a bunda, mas geralmente a privada fica em outro cômodo do chuveiro aqui no japão, então acho meio impossível confundir.

Minha tia disse que era quente a água, mas não pensei que fosse escaldante, caramba a danada quase tirou meu coro, até acordei depois de ser quase cozida no vapor daquele ofuro. Depois fomos dormir, mas como alegria dura pouco, deu sete da manhã rapidinho e minha tia já nos acordou, detalhe, eu fui dormir três da manhã, ela nos acordou para irmos resolver uns assuntos na imobiliária e pegar a papelada para finalmente irmos para nosso apartamento.

Demorou um pouco, foi dar tudo certo por volta de onze, quase meio dia. O apartamento era em um prédio de três andares, me parecia mais um condomínio de vários chalés, na verdade eram seis blocos no condomínio. Ficamos no apartamento 465 no terceiro andar do bloco quatro, era muito arrumado já veio basicamente mobilhado e tinha uma vista bonita da sala, ele não era pequeno, era até grandinho, mas não se compara à casa de dois andares em um condomínio fechado que minha tia tinha, por sorte tinha tudo que precisávamos. Tinha três quartos, sala, cozinha, área de serviço, banheiro e uma sacada no quarto da minha tia.

—Sei que não é bem o que esperavam, mas foi o melhor que conseguimos de aluguel. Quando as coisas acalmarem um pouco vou olhar uma casa para nós, ok? Disse minha tia.

—Preocupa não tia, está ótimo. E tendo videogame para esse babaca aqui está de bom tamanho.

Peguei o boné do irmão enquanto subíamos a escada, quando disse aquilo ele que estava meio distraído passou por mim e abaixou a aba do boné um tanto com força.

— Eu não vou falar nada a meu respeito, só falo que uma certa garota fica doidinha para roubar meu play4.

—Ah para, como se eu precisasse disso. É só você não conseguir passar uma fase e já vai gritando meu nome.

— Como se isso fosse verdade, quem sempre te salva gracinha?

—Meninos, podem parar de falar um pouco e virem me ajudar um instante? Disse minha tia trazendo as primeiras malas.

— Foi mal tia Kiyomi-Falamos juntos.

Assim que carregamos todas as bagagens para dentro eu tratei de pegar tudo o que era meu e levar para o que daqui em diante seria meu quarto, fechei a porta e me joguei na cama mesmo sem ter um lençol.

—Samanta... Bem vinda ao Japão- Disse eu a mim mesma.


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