Vampire Kiss - The Bloody Rose escrita por Milemeh Scarlet
Olhei pela janela, e estava chovendo, não tão forte. Eu gostava da chuva, era um tempo bom para caçar, pois tinha humanos que tinham medo dela, e ficavam encolhidos em um canto, com medo que um raio pairasse na cabeça de um.
Mas sentia tristeza no ar, e ódio com satisfação. Era como se o sentimento dessa pessoa inundasse o ar. Mas, ultimamente, conseguia sentir um sentimento estranho, de alguém, por mais longe que ficava, eu conseguia sentir do mesmo jeito. Mas agora, este sentimento estava realmente forte, e pessoa estava realmente... feliz.
Desci as escadas, e vi todos reunidos conversando agitados na sala, que estava quente, todos estavam, menos Tanya, Natalia e Bruno.
- Onde está o trio? – eu perguntei para Jane.
- Bruno convidou Tanya para passear na floresta, ele parecia realmente sério, e Natalia foi com ele, depois de alguns minutos.
- Hum. – eu murmurei.
Eu me sentei em uma cadeira, e vi que Jake que estava falando, então ele começou a conversar comigo.
- Foi muita bondade sua, de me trazer novamente para cá. Eu tenho saudades da antiga Casa.
- Não foi nada, Jake. Então, por que não fala sobre sua vida, para mim. Fiquei realmente curiosa sobre você e sua amiga.
Ele sorriu, e todos ficaram em um silencio desconfortável.
- Bem, o nome de minha amiga era Daniely, tão bonita. Só que engravidou de um humano, e teve que sair da corte, eu... realmente, era apaixonado por ela, mas tive que deixa-la ir. Mas minha saudade e amor me fizeram segui-la, e pelo que sei, ela teve uma filha, ou duas, não me lembro.
- Daniely? Com Y?
- Sim. Por quê?
- Legal, minha mãe era Daniely também.
Todos ficaram em silencio, mas eu ignorei, e comecei a falar com Guild. E vi que Jake olhava para Jane, sem expressão.
Se passou muito tempo, até que a noite chegou, e muitos saíram para caçar, e eu fiquei na Casa, subi para meu quarto, tomei um banho e fui deitar, e relaxei...
Acordei assustada, no mesmo instante que um trovão soava forte. Eu estava soando, e meu corpo dolorido, não.... Minhas veias! Estavam doloridas, não era sede, era dor. Meu coração parecia que dava nós, e eu segurava alguma coisa na minha mão forte e vi que era um pedaço de ferro, que não sabia onde tinha arranjado, minha mão segurava com força, fazendo os nós de meus dedos ficarem mais brancos. Eu soltei o objeto e comecei a contorcer na cama, eu soltava um grito, só que não saia pela minha garganta. Onde estava minha voz? Eu sentia minhas veias doerem, então consegui para de contorcer. E olhei desesperada para a porta.
- Tanya! – eu gritei. Mas não ouvi nada. Minha voz estava rouca. Então, levantei, abri a porta e olhei em volta, a Casa estava escura, mas não estava realmente com medo, estava com dor – JANE! – eu berrei, então ouvi algo, e Jane apareceu em um segundo, os olhos manchados, e parecia que ela sentia a mesma dor. Ela me levou para a cama e disse:
- Eu também sinto. Mas não é tão forte.
- O que ouve? – eu choraminguei – O que ouve? – eu repeti – Onde está Tanya? Estou com dor. Tem algo errado comigo.
- Laura, Laura, olhe para mim. – eu olhei para os olhos verdes dela, que estavam dolorosos – Ela... Ela se foi.
Eu fiquei olhando para ela, sem acreditar. Não conseguia achar palavras, nem mesmo minha voz. Até que eu consegui falar alguma coisa.
- Para onde?
Ela soltou uma risada histérica, no meio de uma lagrima.
- Até agora você consegue ser irônica? – então eu tinha entendido o que ela falara, mas não acreditava. Eu comecei a balançar a cabeça.
- Não...Não! NÃO! NÃO! - eu comecei a berrar, e então, explodi, sai do abraço estranho de Jane e me levantei, jogando a cama, fazendo-a tombar, peguei tudo que via pela frente comecei a jogar, não importava com o que era, quebrava tudo. Até chegar em um objeto, que era uma pequena boneca que era parecida comigo, ela havia comprado outra, e dissera que éramos inseparáveis. E comecei a chorar mais. Eu tinha que correr, eu não acreditava, ela... Não podia! Tão forte, linda, bondosa! Minha irmã!
- QUEM FOI O DESGRAÇADO! EU VOU ARRACAR OS PULMÕES DELE FORA! E VOU DESTROÇAR O CORAÇÃO DELE! – comecei a berrar, e então corri para a floresta e a dor começou a ficar pior, até que encontrei um corpo no chão, com uma estaca de madeira atravessada no coração, e reconhecia aquele corpo, que agora estava sem vida, e com as veias destacadas.
- Ah, meu deus! – eu comecei a chorar, mais, e mais – Não... Não... Tanya...
Eu agachei para o corpo e tirei a estaca, esperando que ela começasse a falar de novo, então chorei, e gritei, e os gritos ecoaram pela floresta, junto com a chuva, e minha voz travejava junto com os trovões, e senti alguém na floresta e o sentimento.
- SEU FILHO DA MÃE! EU VOU TE MATAR, SEU DESGRAÇADO! VOU TE FAZER EM PEDAÇINHOS! ME ESPERE! – e comecei a gritar, e gritar. Depois, queimei o corpo de Tanya, ainda com muita dor, e recolhi as cinzas.
Quando voltei para a Casa, vi que Bruno e Natalia não estavam, e já sabia quem tinha matado Tanya, e meu ódio borbulhou em minha cabeça. Falei para Jane que iria jogar as cinzas em um roseiral. E então, todos foram em uma parte da floresta onde tinha lindas rosas vermelhas, como sangue, e vi Thain no outro lado de roseiral, e vi pela primeira vez, seu rosto contorcido em dor.
Peguei a caixa onde estavam as cinzas, e olhei para ela. Meus dedos finos e brancos, com as unhas negras e longas, seguravam a caixa com firmeza, em um braço, estava com uma pulseira de prata, e na mão os dois anéis, que esses objetos ela tinha me dado de presente de aniversário. Com essas lembranças, uma lagrima escorreu pela minha face, então aproximei a caixa dos meus lábios e dei um leve beijo, depois abri-la e jogar levemente nas rosas, que ficaram brilhantes com as cinzas. Percebi que a flor tinha a mesma coloração da boca de Tanya, que havia beijando meus cabelos. E a lua apareceu, no topo, branca, era como a pele de Tanya, minha irmã. Olhei novamente para o roseiral, e peguei uma rosa, que estava cheia de cinzas, e quando eu peguei, nada saiu, eu pousei a palma da minha mão alguns metros da rosa, então a rosa brilhou, e as pétalas ficaram mais vermelhas, e as cinzas pareciam que faziam parte dela.
- Que você viva, e nunca murche, como a mulher dessas cinzas, imortal. E que a beleza impressione as pessoas que te ver. E que um pouco de alma fique em cada pétala desta flor. Selarei este feitiço com um beijo, para mostrar meu amor e gratidão por Tanya, minha irmã. – eu disse, então beijei de leve a flor, que brilhou novamente, e uma lagrima escorreu pelo me rosto, parando em uma pétala.
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