Hatiora gaertneri escrita por Jem Doe


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

tem dois capítulos. dps tem mais um mas malec e em outra fanfic separada. título vem da planta q a isabelle tem. eu li os livros faz um tempo então nem sei se está dentro de personagem ou n



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Tudo bem, então Clary talvez estivesse desenhando sua vizinha. A distância. Quando a outra garota ia regar suas plantas. E talvez fosse um trabalho em progresso permanente, porquê quando ela percebia, Clary estava encarando a garota há dez minutos, lápis ainda em mãos apenas esperando o próximo traço no desenho da garota (das mãos dela, segurando uma bela jarra de água. A imagem que Clary tinha em mente era a da vizinha como um anjo, regando plantas celestiais. Talvez ervas. Havia também alguns rascunhos do rosto dela, ênfase em rascunhos.). Estava mais para perpetuamente não terminado do que para trabalho em progresso porquê Clary era gay demais.

Porém, pelo lado positivo, Clary havia determinado porquê as plantas da vizinha estavam tão marrons e secas, as flores que haviam começado como vermelhas e vibrantes agora secas - a outra garota as havia regado demais. Como ela não havia chegado a conclusão de que um cacto não podia ser regado todo dia era um mistério para Clary, mas ao menos dava uma desculpa para Clary desenhar a garota. Ou tentar, ao menos.

É claro, tudo foi para o inferno quando a vizinha percebeu que Clary a observava. A garota ruiva corou tanto quanto seu cabelo, e acenou para ela. A vizinha sorriu tão brilhantemente que poderia ter virado um segundo sol, e Clary notou que ela encarava as plantas (visivelmente verdes e floridas) de Clary.

– E aí, vizinha! - A garota disse, voz viajando sem problemas no espaço entre as duas varandas. - Como é que as suas plantas estão tão bonitas?

A garganta de Clary se fechou. A garota com cabelo e mãos bonitas (Clary estava encarando ela pelas últimas três semanas, é claro que ela tinha coisas favoritas para observar) continuou a sorrir brilhantemente, então Clary tentou pensar em uma resposta.

– Eu rego elas a cada dois dias? - Aquilo havia soado como uma pergunta, Clary tinha certeza. Como a garota continuava sorrindo, parecendo curiosa, Clary tentou aumentar o tamanho de sua resposta. - Aliás, esses são cactos, certo?

– São sim, como você sabia? - Clary decidiu que a resposta de verdade ("eu procurei no Google cactáceas e as fotos das flores de maio pareciam as suas, só que vivas") era um pouco como a resposta de um stalker, então ela simplesmente deu de ombros.

– Eu chutei. Você vê, er, essas plantas não precisam ser regadas todo dia.

A vizinha pareceu pensar, e Clary podia ver as engrenagens girar na cabeça dela pelo que parecia um longo tempo.

– Mas é claro! - Ela exclamou, por fim. - Ugh, o Alec nunca teria me dado nada que eu poderia matar facilmente. Como é que eu não pensei nisso antes...

Clary murchou. Mas é claro que uma garota bonita como aquela não seria gay ou solteira. Ela decidiu que era hora de remendar o coração partido que ela acabara de ganhar com um pote de sorvete. Talvez ela devesse chamar o Simon, eles poderiam fazer uma maratona de Love Live ou coisa assim. Ela também tinha quase certeza que o irmão dela aceitaria o convite, também.

Clary suspirou, fechou seu caderno de rascunhos, e se levantou, decidida a ver se ainda tinha aquele pote de sorvete na geladeira, quando a voz da vizinha a fez voltar.

– Ei, espera um minuto! - Ela disse, e Clary se virou, vendo a vizinha se inclinar na mureta, parecendo... Interessada em Clary? - Você sabe um monte sobre plantas, certo?

Não, mas ela sempre podia pesquisar no Google.

– Mais ou menos?

– Ótimo! Talvez a gente pudesse ir tomar algo e discutir plantas? O que você acha de, digamos, daqui a duas horas? É uma boa hora para você? - Ela perguntou, um sorriso sedutor no rosto.

Certo, Clary estava oficialmente recebendo alguns sinais confusos aqui.

– Sim? - Porquê tudo que ela dizia soava como uma pergunta? Haveria a beleza da vizinha (qual era o nome dela, de qualquer jeito?) transformado a cabeça dela em uma poça?

– Ótimo! - A vizinha sorriu novamente, brilhante como o sol e cegando Clary. - Eu sou Isabelle, mas pode me chamar de Izzy!

– Clary. - A ruiva replicou, e Izzy (o nome combinava) sorriu novamente. - Então, er, até daqui a duas horas?

– Isso mesmo, te vejo em breve! - Izzy replicou, antes de entrar de volta em seu apartamento.

O vizinho de Clary, um homem asiático que dava festas demais e que tinha o gato mais fofinho do mundo, estava observando a cena com um sorriso divertido no rosto, vestido apenas em boxers roxas e um blazer rosa-choque, bebendo uma taça de vinho.

(não era tipo, quatro da tarde? Ele ia dar outra festa hoje? Clary ia ter de achar seus fones de ouvido a prova de som.)

– Belo flerte, vermelha. - Ele disse, atraindo a atenção de Clary. - Boa sorte no seu encontro de jardinagem. Plante um beijo nela, sim?

Clary corou até a raiz dos cabelos e se apressou para entrar dentro de sua casa. Ela tinha duas horas para aprender o máximo sobre plantas.


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Notas finais do capítulo

próximo capítulo na sexta, flw



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