Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 34
Capitulo 34


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeeeee
Gente espero que gostem. Agora me digam o que foi o último episódio? Assustador, perfeito e com o pior final possível, propaganda enganosa nos fazer esperar até outubro. De todo modo eu não estava mesmo preparada. Seja quem for vai ser muito triste e se for o Daryl... nem sei. Morro um pouquinho. Não gosto nem de pensar. Só sei que estou aqui apavorada com ele ferido. O jeito é criar muitas aventuras para ele aqui, enquanto esperamos.



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   Pov – Hannah

   O dia começa claro, o céu limpo. Depois de me vestir e enquanto espero Brook acordar me encosto na janela olhando os primeiros movimentos da manhã. Daryl se junta a mim vindo do banheiro.

   Me envolve a cintura e me encosto em seu peito. Ele aspira o perfume dos meus cabelos. Adoro quando ele faz isso.

   ─Você está bem? – Pergunto me lembrando dos pontos.

   ─Muito bem.

   ─Ontem... sei lá, você com esses pontos, não devíamos...

   ─Devíamos. – Ele me corta. – Não tinha nada que eu quisesse mais. Precisava de você, mais do que qualquer coisa. – Meu coração sobressalta.

   ─Ainda me ama? – Ele ri e sinto um arrepio pelo corpo quando sinto sua respiração no meu pescoço.

   ─Amo.

   ─Ainda te amo também. Amo mais.

   ─Me disse que eles quebraram a vidraça, que arrancou cortinas para se cobrirem e não vi nada. Está tudo arrumado.

   ─Não estávamos aqui. Eu tinha ido ver uma casa. – Me viro para olhar para ele. – Se lembra que antes de nos separarmos disse que podíamos quem sabe achar uma casa para nós três?

   ─Me lembro. – Ele afasta meus cabelos. – Achou uma?

   ─Achei que sim. Meu plano era te surpreender. Deixar tudo pronto, estava lá com Brook quando os tais lobos chegaram e depois de novo lá quando os zumbis... – Me encosto em seu peito quando as memórias trazem de volta as emoções que vivi. Ele me envolve. Sinto seu calor me trazer de novo calma.

   ─Podemos consertar Hannah. E nos mudar. Ainda quero um lugar para nós. Foi um arranjo, mas Brook merece um quarto e não um closet.

   ─Não aquela. Tudo de ruim aconteceu ali e não gosto mais dela.

   ─Pelo que sei Alexandria tem um mundo de casas vazias. Só a nossa espera. – Encaro os olhos azuis. Senti tanta falta desse olhar me aquecendo e enchendo de certezas.

   ─Quer isso? Quer isso por Brook apenas?

   ─Quero por todos nós. Quero porque acredito nesse lugar e em uma vida com você.

   ─O tempo que fiquei lá fora. Daryl toda aquela adrenalina. O tempo todo ligada, atenta, os sentimentos confusos, mas acredite eu queria tanto viver, queria tanto que Brook vivesse.

   ─Claro que queria.

   ─Foi intenso, de um modo tão definitivo que algumas vezes eu pensei em você. No quanto tudo isso vicia. Na pessoa que se tornou e se está mesmo pronto para essa vida. Uma vida pacata.

   ─Pacata? – Ele dá um meio sorriso duvidoso.

   ─É o que estamos planejando, ainda que não seja assim, que tudo de errado e daqui umas horas, ou dias a gente esteja de novo lutando, agora, nesse minuto estamos nos preparando para uma vida simples, dentro desses muros. Pode viver assim?

   ─Hannah. Quero essa vida desde antes do fim do mundo, com você. Sempre foi com você que sonhei essa vida. Se me encaixo no meio dessas pessoas? Não. Eu não sei viver no meio dessas pessoas, não sei conversar amenidades com elas. Só que eu também estou cansado do mundo lá fora. – Ele me faz um carinho suave no rosto. Beija meus lábios. – Eu gostava, ou me conformava com aquilo porque não tinha nada a perder, não tinha ninguém para voltar. Agora tudo é diferente.

   ─Amo você Daryl, o bastante para não mudar nada se achar melhor, mas se quer mesmo uma vida comigo e Brook como uma família vamos construir isso.

   ─Vamos achar uma casa e nos mudar antes da noite cair. – Ele me beija mais uma vez.

   ─O Sam morreu? – A voz de Brook chega a nós nos separando, olhamos para ela um tanto confusos, porque só agora ela se dá conta disso? Minha garotinha tem olhos tristes, carrega Lyn pendurada pelo braço e nos observa magoada.

   ─Brooklyn. – Daryl me solta e caminha até ela. Ergue Brook nos braços e a coloca sentada em nossa cama.

   ─Morreu?

   ─Sim. ─ Ele admite. – Infelizmente. Sinto muito.

   ─ Por que ele teve medo? Eu ouvi as pessoas conversando que ele teve medo e foi devorado.

   As pessoas podiam ter mais cuidado com uma garotinha de ouvidos atentos. Ela abraça Daryl.

   ─Sam nunca ficou lá fora Brooklyn. Ele não era forte como você. Algo o assustou tanto que quando ele se viu no meio dos zumbis ele gritou. Eles perceberam. Não vai acontecer com você.

   ─Eu sei disso. Não estou com medo, só triste. Ele era meu amiguinho.

   ─Você pode ter medo Brook. – Me junto a eles. – É bom que tenha. Eu tenho e o tio Daryl também.

   ─Não tenho medo de nada. Esse negócio de ter medo é um saco. Sou bem esperta.

   ─Brook. – Olho para Daryl um tanto desesperada. Temos que achar um meio termo, um limite para sua súbita coragem. Ela é tão perigosa quanto o medo de Sam. – Meu amor, o medo te deixa viva. Por que te ensina a fugir e se esconder.

   ─Isso é esperteza tia. Eu sou bem esperta.

   ─E obediente. Você é obediente? -Daryl pergunta a ela. Brook balança a cabeça confirmando. – Ótimo. Por que vai nos obedecer e fazer o que mandarmos fazer e isso é ser bem esperta. Entendeu?

   ─Sim tio Daryl, eu entendi. Obedeci minha tia. Não foi tia?

   ─Mais ou menos. Saiu quando disse que não era para sair da cabana. Se lembra?

   ─Me esqueci disso, mas não vou fazer mais isso. Aquilo foi uma merda.

   ─Brook! – Eu ralho com ela, Daryl quer rir, desvia os olhos, ela me olha assustada. – Olha essa boca, que coisa feia!

   ─Todo mundo fala merda tia. Não sabia que eu não podia. Desculpe.

   ─Eu não falo!

   ─É tia você não fala, meu tio fala, e o Rick, o Abe fala muitas coisas assim. Eu não vou falar mais. Só se eu me esquecer. Eu não consigo lembrar de tudo.

   ─Escola. – Digo olhando para Daryl. – Vou falar com a Maggie, tem que ter alguém preparado para isso. Montar uma pequena escola, ela precisa se educar, ocupar a mente e sei lá, fazer algo que limpe sua mente de todo esse drama que a cerca.

   ─Faça isso. – Daryl ainda se esforça para manter o ar sério. Não consegue olhar para nenhuma de nós duas. – Melhor irmos tomar café e procurar nossa casa.

   ─A gente achou não é tia? Aquela dos zumbis.

   ─Vamos achar uma outra. Aquela está sem vidros. Uma mais bonita.

   ─Vou me arrumar então. – Brook some de volta ao seu quartinho, Daryl me olha, mas logo desvia os olhos.

   ─ Daryl não é nada engraçado.

   ─Desculpe. É que eu fico pensando em como ela pode lembrar tanto aqueles dois malucos se conviveu tão pouco com Charlie e nada com Merle.

   ─DNA! – Digo nada animada. – A garota tinha que puxar justo a inconsequência e a boca suja deles?

   ─Mas também puxou a coragem, nesse mundo que temos isso é importante.

   ─Está errado. A coragem ela herdou de você. Merle e Charlie nunca foram corajosos, eram como eu disse inconsequentes, não corajosos, você é. Faltou aos dois coragem para assumir os erros, enfrentar a vida. Eles se escondiam, apenas isso. Você não. Você olha para seus erros, luta para ser melhor. Isso é coragem.

   Daryl fica ali me olhando. Está surpreso e pensativo. Me aproximo. Ele me abraça ainda em silencio. Analisa minhas palavras.

   ─É assim que me vê?

   ─É assim que você é! – Uso toda firmeza que possuo para que ele acredite. Daryl apenas concorda com um movimento de cabeça. Logo Brook está de volta.

   ─Estou prontinha.

   ─Então vamos todos começar o nosso dia.

   Encontrar uma casa não demora muito. Das que estão vazias achamos uma não muito grande. Três quartos, sala, cozinha e sala de jantar. Bons armários, uma pequena dispensa, varanda branca com cadeiras confortáveis.

   Daryl gosta da garagem com muitas ferramentas e espaço para trabalhar em sua moto. Fico arrumando tudo enquanto ele vai com Brook colocar nossas coisas em caixas para a mudança. Não é muito o que temos.

   São apenas algumas roupas e uns poucos brinquedos que Brook juntou desde que chegamos.

   Maggie e Beth chegam juntas para me ajudar. A casa está arrumada e limpa, não fosse o fato de ter porta-retratos e roupas nos armários ninguém diria que alguém viveu aqui.

   Colocamos as roupas em caixas, separo algumas para usar, outras para Daryl, o quarto infantil pertenceu a um menino e não tem como não pensar sobre isso. Recolhemos alguns brinquedos, as roupas e deixamos o mais próximo que uma menina gostaria.

   Daryl vai trazer as coisas de Brook e com um pouco de carinho vai ficar perfeito para ela.

   ─Maggie senta um pouco! – Beth exige quando estamos chegando ao fim. Paro de trabalhar e encaro as irmãs, um alerta dispara em mim.

   ─O que eu não sei? – Pergunto me sentando com Maggie. Ela e a irmã trocam um olhar.

   ─Eu estou grávida. – Maggie diz sem preâmbulos. Fico um momento muda. Não quero enche-la de críticas e demoro um momento para digerir o que isso significa. Depois sorrio.

   ─Parabéns Maggie. – Aperto sua mão, ela sorri aliviada.

   ─Finalmente alguém que não vai enumerar todos os riscos do que fiz.

   ─Nunca. Um bebê não pode ser ruim. Judy não é. Brook é a razão de eu continuar. Esse mundo precisa de crianças.

   ─Foi escolha. Não acidente.

   ─Melhor ainda. Como o Glenn está com isso?

   ─Cuidadoso. Falamos disso muito tempo. Começamos a pensar nisso ainda na prisão, depois tudo se perdeu e quando chegamos aqui. Me senti pronta. Com medo é claro.

   ─Tem certeza? Quer dizer não tem como confirmar.

   ─Fiz um exame desses de farmácia, claro que pode estar vencido, mas tem todos os sintomas, é bem comecinho. Um mês no máximo.

   ─Denise está estudando. – Beth avisa. Me sorri.

   ─Ela vai se preparar para me ajudar. Depois de ter salvo o Carl ela se sente confiante.

   ─Maggie conte comigo para o que precisar.

   ─Hannah eu só quero segredo por enquanto. Acho que já assustei gente demais com isso. E as pessoas de Alexandria precisam de mim, confiam em mim. Então vou deixar que o luto por tudo que perderam passe.

   ─Eu entendo. Não vou contar a mais ninguém. Quer dizer. Vou contar ao Daryl. – Elas sorriem.

   ─E vocês? – Beth me questiona. – Estão se cuidando?

   ─Beth eu não tenho pensado nisso. Na verdade, desde que o apocalipse começou minha menstruação ficou irregular. Esse tempo que ficamos na rua, nem menstruei.

   ─Acha que isso é normal? – As duas se olham preocupadas.

   ─É normal Beth. Muito esforço físico, alimentação mínima. – Aviso as duas. – Mas acho que agora com as coisas se acertando eu realmente preciso me cuidar. Daryl provavelmente morreria se eu ficasse grávida.

   ─Gostaria? – Maggie me pergunta e penso um momento antes de responder.

   ─Não. Tenho a Brook, amo aquela pequena. Eu e Daryl temos. Ela é a mistura de nós dois, tem meu sangue e o dele, é nossa de todos os modos. Isso basta. Talvez um dia. Quando me sentir segura, se o Daryl quiser o que acho difícil. Então sim.

   ─Eu gostaria de uma família. – Beth suspira. – Mas nem encontrei ninguém.

   ─E o Spencer? – Eu pergunto e ela revira os olhos.

   ─Ele é tão tolo e indefeso. Brook tem mais coragem que ele. Quando os lobos estavam atacando. Ele ficou escondido com Deanna. Entende isso? Escondido enquanto aqueles monstros matavam as pessoas a nossa volta. Nunca vou poder conviver com alguém assim.

   ─Deve ter um cara especial por aí. – Maggie consola Beth, ela faz careta.

   ─Acabamos? – Diz ficando de pé. Olho em volta. As caixas que vão para um deposito estão na varanda. A casa está arrumada e já trouxe alguma comida para uns dias.

   ─Acho que sim. O resto vou organizando com o tempo. – Elas se olham.

   ─Hannah é tão estranho pensar no Daryl assim. Numa relação. Ele é tão fechado.

   ─Não mais. Ao menos não comigo. Ele está tão carinhoso. Eu acho que no fundo ele sempre foi, um homem com aquele coração só podia ser assim. O que faltava era apenas confiança. Ele disse que me ama.

   ─Mas isso a gente sabe.

   ─É mas ele nunca tinha dito. Meu coração explode só com a lembrança. Eu o amo tanto. O tempo que fiquei lá fora sozinha com a Brook foi tão revelador.

   ─Ficar sozinha também me revelou muitas coisas. – Beth admite. – Me sinto outra mulher.

   É como eu me sinto, talvez eu seja realmente outra mulher, eu não sou mais fraca e covarde, eu não me dobro mais as vontades de um homem para sobreviver e nunca mais vou me submeter a quem quer que seja. Eu pertenço a Daryl Dixon. Meu coração pertence e o dele pertence a mim, essa é nossa escolha e hoje vamos começar uma vida juntos.

   ─Toda sonhadora. – Beth brinca ficando de pé. – Vamos Maggie?

   ─Vamos. Boa sorte Hannah. – Abraço as garotas, depois elas saem. Fico na varanda olhando a rua tranquila.

   ─Hannah! – Spencer surge vindo de não sei onde. Sorrio nada animada.

   ─Oi Spencer. Como você está? – Ele dá de ombros. – Sinto muito.

   ─Obrigado. Mudança? – Balanço a cabeça em confirmação. – Boa sorte. É uma boa casa. Tenho pensado em deixar a minha para Maggie. Acho que ela vai precisar de mais espaço e tudo que minha mãe planejava, os livros, os vídeos que ela gravou. Está tudo lá para ela.

   ─Talvez ela aceite. – Por que temos que ter essa conversa? Pensei em você também, mas agora já se mudou.

   ─Eu?

   ─Vocês duas tem liderado as pessoas, elas gostam das duas. Glenn e Daryl também são uma força aqui. – Ele se apoia no corrimão da pequena escada coloca um pé no primeiro degrau. – Acho que são gente como vocês que vão levar Alexandria onde minha mãe queria que fosse.

   ─Somos todos nós Spencer. Isso inclui você.

   ─Talvez. Não me encontrei ainda. Estou tentando. Vou entrar no treinamento que Rosita está dando. Até o padre Gabriel parece pronto depois de tudo que aconteceu. Tenho que ficar também.

   Um carro para na porta, Daryl e Abe começam a descer as coisas.

   Brook sobe as escadas com uma caixa de brinquedos. Tem o ar divertido tentando carregar e subir os degraus ao mesmo tempo.

   ─Me socorre aqui tia. – Ela reclama e a ajudo. – Aí que peso.

   Abe acena depois de deixar as caixas na varanda. Spencer faz o mesmo e segue caminhando depois do olhar perigoso que Daryl lança a ele.

   ─Vou descansar na minha cama nova. Estou muito cansada. Eu e o tio trabalhamos muito. Não foi tio?

   ─Humm. – Daryl resmunga me olhando sério. Brook some para dentro da casa.

   ─Aconteceu alguma coisa?

   ─Você que tem que me dizer. O que esse idiota fazia aqui na porta além de babar por você?

   ─Outra vez isso? – Não gosto nada desse ciúme. No fundo até que gosto se for bem honesta, mas não posso deixar que isso domine Daryl. – Spencer baba por Beth. Não por mim.

   ─Esse covarde não devia babar por ninguém. De todo modo ele está sempre dando um jeito de puxar assunto com você e sempre quando não estou. Por que não faz isso comigo por perto?

   ─Por que você parece que vai acerta-lo com uma flecha? – Ele faz careta e me lembro que a besta se foi. – Desculpe. Não queria te lembrar dela.

   ─Vou tê-la de volta. Pode apostar. – Ele responde seco. – Vamos. – Ele caminha para dentro. Fico onde estou. Na porta ele se volta. – Não vem?

   ─Nosso primeiro dia na casa nova, não vou entrar aí desse jeito. Com você bravo. Não é assim que quero começar uma vida nova. Brigados.

   Daryl me sorri. Volta até onde estou. Suspira e sem que eu preveja me ergue nos braços.

   ─Não estamos brigados! – Ele diz me carregando para dentro. Passo meu braço por seu pescoço. Na sala ele chuta a porta com o pé. Me beija, só então me coloca no chão.

   ─Se machucou tia? – Brook pergunta da escada.

   ─Não meu amor.

   ─Está cansada? Por que meu tio estava te carregando?

   ─Por que ele me ama. – Ela ri.

   ─Ah! Quer ver meu quarto?

   ─Quero. Vou levar os brinquedos. – Daryl pega a caixa. Ela sobe correndo na frente.

   ─Não estamos brigando, mas se puder evitar aquele infeliz eu fico grato. O cara não perde a chance de babar por você.

   ─Sim senhor. Vou correr dele como se fosse um zumbi.

   ─Ah! Muito que não corre de zumbis. – Ele diz colocando a caixa de brinquedos no chão. Brook pula na cama.

   ─Agora eu tenho um quarto bem grande. Vem ver uma coisa tio Daryl. – Ela o puxa pela mão e leva até um armário. Abre e mostra uma tranca pelo lado de dentro.

   ─Puxa! – Ele diz sem entender bem o que aquilo significa.

   ─Se vier zumbis ou lobos eu me escondo aqui. Combinado?

   ─Combinado. – Ele responde quando um arrepio percorre meu corpo. Queria tanto poder dizer a ela que acabou. Não posso. Nunca acaba. Os mortos são invencíveis. Os vivos perigosos e imprevisíveis. Estamos em perigo. Sempre em perigo e o que nos resta é aproveitar cada segundo.

   ─Vou buscar a Lyn na sala. – Brook desce as escadas correndo.

   ─Maggie está grávida! – Digo sem pensar muito. Seu espanto me surpreende. Dá para ver que fica chocado. – Eu sei. Ela está sendo maluca e corajosa, mas ela escolheu.

   ─Isso... Glenn queria isso? Quer dizer, eles decidiram?

   ─Sim. – Daryl olha em torno. Depois cobre a distância entre nós e me envolve.

   ─Hannah, nós dois...

   ─Já temos a Brook. Não se preocupe. Eu vou falar com a Denise, ver se tem remédio na enfermaria. Se não saímos os dois em busca disso, ou arrumamos outro método. A ideia me apavora.

   ─Um dia... Se isso acabar, se ainda for tempo. Hoje. Depois desses dias incertos e insanos. Não consigo pensar nisso.

   ─Nem eu. – Me encosto em seu peito. Ele beija o topo da minha cabeça. O jeito que amo e me preocupo com Brook, nem posso imaginar duas crianças precisando de mim. Quero tornar esse lugar forte. Quero ajudar essas pessoas, não consigo pensar em uma gravidez. Isso não é para mim.

   ─Tio, tia! – Brook grita da sala. – A Carol trouxe biscoitos! – Sorrimos um para o outro.

   ─Carol explodindo coisas e matando zumbis é aceitável, mas assando biscoitos realmente me assusta. – Daryl brinca me puxando pela mão. Gosto da amizade deles, demorei um pouco para entender que os dois tem muito em comum, mesmo agora vivendo momentos diferentes, não sinto ciúme dela ou Beth, agora eu sei qual a relação deles e admiro. Daryl merece todo amor que pode receber. Além disso nenhum vai se comparar ao meu.


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Notas finais do capítulo

BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS



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