League of School - A Liga escrita por bigG


Capítulo 2
Capítulo 1 - Ezreal


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo sendo narrado pelo nosso querido Ez.
Espero que gostem! :)
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665155/chapter/2

INICIO DE FEVEREIRO, ESCOLA PÚBLICA DE VALORAN.

Ela não se cansava. Era como se fosse invisível ou algo assim. Evelin sempre foi a garota mais agitada e concorrida do colégio. Não que ela fosse uma objeto, mas todos os garotos brigavam para ter seu coração. Por mais perturbada que seja, ela possui uma beleza muito grande. Seu corpo é esbelto, ainda mais agora que entrou no ensino médio, parece que seus peitos não cansam de crescer. Seu melhor amigo, Tiago (alguns o chamam de Twitch, mas juro que explico tudo o que você não entender depois), é um baixinho magro, feio e fedorento com uns dentões. Eu não tenho tempo pra me interessar por ela, e nem em nenhuma garota. Também não posso ser amigo de Tiago, é muita encrenca.

Ah, sim. Tenho que me apresentar.

Meu nome é Eduardo. Muitos me chamam de Ez. Tenho cabelo loiro, não sou alto nem baixo, muito magro e rápido. Eu entrei aqui faz alguns meses, e todos me chamam de Stalker, por eu saber de tudo quando não devia saber de nada. Eu não sou um stalker, eu só arquivo tudo o que eu sei sobre todo mundo. Afinal, quem precisa de um mapa? É, eu preciso de um.

Minhas notas são muito altas, principalmente em geografia. É minha primeira semana aqui na Escola Pública de Valoran, e parece que não é o melhor. Eu explico depois. Agora eu tenho que te resumir um pouco sobre como funcionam as coisas, pelo menos até agora.

Como eu já disse, esta é a Escola Pública de Valoran — o principal país de Runeterra, que também é nome de um estado e da capital da mesma, que fica no centro de todas as outras. — Você deve conhecer a maravilhosa Pitolver, mas conhecimento nunca é demais. Pitolver fica bem no lado de Valoran, onde eu moro. Somos a Cidade do Progresso, temos tecnologia avançada e blá blá blá. Basicamente somos ricos esnobes que praticam qualquer tipo de preconceito com alguém que vem de fora.

Ok, outra coisa pra explicar.

Valoran — estado. — não é exatamente perfeito. Existem várias tretas que muitos pensam que sabem, mas não sabem. Por exemplo: Demacia, uma cidade militarizada — que é claramente da direita — luta contra Noxus — que não é nem direita nem esquerda, só é desorganizada mesmo. — há muitos anos, enquanto Iônia é uma cidade praiana em que o comércio só é movimentado por turismo. Você pensa que acabou? Não. Eu sei, estamos em 2015, a guerra acabou a centenas de anos, mas os moradores não esquecem, aí o preconceito rola solto.

Enfim, voltando à escola, hoje é a primeira sexta-feira de fevereiro. Uma garota muito bonita sentou perto de mim, e aí começamos a conversar. Aí eu senti aquela mão pesada empurrar um pouco meu cotovelo, pensei que eu iria morrer naquele momento.

Ei, Ez! Você conta as coisas muito rápido! Explica! Por que você citou a Evelin e o Tiago lá encima? Eles tem alguma coisa a ver com alguma treta interna? Quem é essa garota? Pensei que você era novato! Eu não entendi nada sobre Demaxia, Noxus e Iônia! Explica! Explica!

Calma, amigo/amiga, eu já disse que vou explicar isso tudo! Relaxa aí.

Voltando onde eu estava… Não, não vou voltar até essa parte. Pra você entender, acho que devo voltar ao primeiro dia de aula, uma segunda-feira.

Vai ser legal, Ez. Juro que você vai gostar! Foi o que minha mãe e meu pai disseram antes de eu concordar com a ideia maluca de começar a estudar. Eles não queriam que eu começasse o ensino médio estudando em casa, então resolveram me colocar numa escola. Eu, trouxa, concordei, então aqui estou eu andando até a EEP (Escola Pública de Valoran, abreviado para os clássicos preguiçosos).

A EPV não é tão longe, mas é tão grande que posso ver se eu subir no teto da minha casa. Sim, ela fica em outra cidade, mas meu prédio é um dos maiores da cidade. Eu tenho um telescópio, isso ajuda.

Eu posso ir andando, mas é claro que meus pais mandaram um transporte escolar pra me levar até lá. Eu não liguei muito, mas depois os problemas começam a aparecer.

Tio Carlos não é chato, sabe? Ele é legal, faz umas piadas e tinha uma oficina de automóveis quando morava em Yordle City, então tunou o transporte de um jeito bem legal. De longe parece ser redonda, mas quando você chega mais perto vê o metal tomar forma e fazer parte de uma condução muito irada.

Depois de me despedir dos meus pais, eu desci a ladeira do meu condomínio e encontrei a condução me esperando bem na ponta da pista. Estava um dia agitado.

— Vamos, filho! Não tenho o dia todo. — ele gritou.

Tio Carlos — Corki para quem paga a mensalidade no tempo certo — é um cara gentil, muito baixinho e que usa um óculos de salto-ao-ar MUITO tosco. Quer dizer, eu não posso dizer nada, eu guardo uns de exploração na minha mochila. Estranho, é. Mas é que eu tenho o sonho de ser geólogo, aí sempre que posso eu vou atrás de cavernas ou algo assim. Se você achou acou estranho, deleta essa última parte, o.k.?

Eu entrei na condução e reparei no pessoal. A maioria eram criancinhas. Micão, sim ou claro? Exceto por uma garota de estatura média extremamente linda. Ela era loira e seus olhos pareciam dizer Oi, vem falar comigo! Mas como eu não sou social, só sentei no banco de trás depois de dar um Oi, que mais pareceu Quero morrer.

Normalmente eu pegaria no sono, mas reparei que o Tio Corki andava em alta velocidade, passando nos buracos com toda força e fazendo meu corpo gritar por uma parada de cinco minutos.

Quando a gente chegou, ele deu um tchau pra todos e as crianças saíram correndo como se estivessem indo ao shopping, ou, no meu caso, uma caverna.

A garota loira que eu tinha falado veio até a mim. É, ela tava vindo, mesmo. Eu comecei a suar e olhei pro céu que nem um idiota.

Tio Corki perguntaria, gritando: O que cê tá fazendo, garoto?, mas ele já tinha ido embora.

Um dedo cutucou meu ombro e eu olhei pra ela. Ela mais linda ainda cara a cara.

— Oi! — disse.

Eu não respondi.

— Você está bem? Parece perdido. Novo aqui?

Ainda não respondi, só assenti com a cabeça.

— Então é surdo? — perguntou.

Nesse momento eu achei ela um pouco estúpida, porque se eu fosse surdo, certamente não teria assentido com a cabeça. Mas calma, prometi que não iria julgar ninguém.

Eu ri. Uma risada nervosa.

— Não. — não gaguejei, não ainda. — Só estava pensando.

— Um garoto que pensa? Isso é raro hoje em dia. — ela riu.

Sua risada era doce e suave, e seus grandes olhos azuis me encararam e diziam Me diz o seu nome!, ou pelo menos é isso que meus hormônios entenderam.

— Eduardo. — disse.

Ela fez uma cara de quem estranhou algo, aí percebi que ela não perguntou meu nome. Respirei, tomando coragem.

— Meu nome é Eduardo. E, sim, eu sou novo aqui.

— Luciana, mas todos me chamam de Lux. Você tem um?

— Ez.

— Bom te conhecer, Ez. — apertou minha mão, rindo novamente.

Eu sorri, aí começamos a adentrar o edifício.

A EPV é grande — ela tem a obrigação de aceitar pessoas de todos as cidades. —, possuí tetos bem altos. A maioria de suas paredes são beges, a cor oficial de nossa cidade. Muitos dizem que representa informação e tecnologia. Eu só acho que é sem graça, tipo os prédios que ocupam cada esquina que você entra se vir morar aqui.

Tem armário, cartazes onde palavras como ENTRE PARA A LIGA! se destacam com um laranja fluorescente e não tem crianças, o que é um pouco estranho. Eu perguntei o porquê disso, e Lux disse que as crianças ficam no andar de cima, e nós, ensino médio, ficamos no de baixo.

Eu estou de frente ao meu armário, e Lux não para de falar. A voz dela, agora que percebi, é irritante. Mais irritantes que olhar para o próprio sol. Eu sorri, mesmo não entendendo nada, aí ela disse que precisava ir, e eu fiquei com um sorriso no estilo Desculpa se eu falei algo de errado ou não prestei atenção. Ela saiu, e fiquei uns segundos parados até perder ela de vista e poder abrir meu armário sem precisar dar ouvidos a alguém.

Pronto, essa é a garota loira a qual senta no meu lado na sexta-feira já citada.
O.k., Ez. Agora me diz quem pôs aquela mão no seu ombro! Calma aí! Vamos chegar lá. Lembra que eu falei da Evelin e do Tiago? É, eles são dois estudantes o qual tive o (des)prazer de conhecer.

Eu já descrevi os dois, então não preciso dizer que fiquei extremamente incomodado quando uma garota muito bonita e um garoto baixinho, mas que parecia ter minha idade, ficaram rindo de mim. Eu olhei pra trás, e vi que uma balão verde estava guardado lá dentro. Eu não sabia o que era, e Lux estava longe demais pra me explicar se aquilo tinha algo a ver com a Liga. Tempo depois eu tive certeza de que não tinha.

Bum! Explodiu. Eu estava totalmente sujo de verde. Fedia bastante.

Imediatamente todos que estavam no corredor (e os que não estavam, também) vieram até a mim, e então me preparei para os risos e as fotos que iam ser piadas pelo resto do ano.

Sei que é meu primeiro dia, mas… eu odeio esses caras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se gostou ou não, deixe seu comentário. Criticas são sempre bem-vindas! :) Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "League of School - A Liga" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.