Paixão Alucinante escrita por Walker


Capítulo 6
Quando vem a tormenta


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Tudo bem? Espero que sim! Eu ando meio sumida, não é? Me desculpem, quase três semanas de atraso! Eu estava viajando e sem wifi. Portanto, sem postar. :c Agora estou de volta!
Espero que gostem desse capítulo! Beijos ♥
~
A história não é movida a comentários, mas um sempre faz o autor mais feliz! ♥



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—  Gabriel, Arthur? – A voz do Rodrigo preenchia todos os silêncios da peça.

Merda, merda, merda! Por que ele tinha que aparecer justo agora?!

Vejo Gabriel fechar os olhos rápido, como se estivesse dormindo.

É, boa ideia.

Nós fingimos estar dormindo por um tempo até que Rodrigo começa a nos sacudir em busca de respostas. Nós novamente fingimos estar acordando, ainda meio sonolentos.

—O que foi cara? – Gabriel pergunta com os olhos semicerrados, como se a luz fosse forte demais.

O cara é bom nisso, será que já fez isso mais de uma vez? E se ele já fez com....outro alguém? Melhor parar de me preocupar.

— Vocês estavam....estranhos...- Rodrigo explica, meio desconfiado.

—Estranho é o caralho – Gabriel fala- A gente tava dormindo e tu vem aqui atrapalhar?

—Ou, calma aí, desculpa mano. – Ele fala, indo de volta para sua cama.

Meus olhos se arregalam e termino com um longo suspiro de alívio. Ele me olha, correspondendo a reação. Por pouco, por pouco. Nós resolvemos dormir, afinal, já estava de manhã.  Após algumas horas dormindo eu acordo e noto que alguns garotos já estão acordados. Eu vou até eles e lhes digo um “Bom dia” bem sonolento.  Olho as horas no relógio e vejo que são 10h. Pergunto o que querem comer de café da manhã e digo que vou a padaria. Todos me dizem o que querem e eu anoto em um papel.

— Ei, Arthur, eu vou com você! – Diz Rodrigo, correndo atrás de mim.

—Ah, claro. Como quiser. – Respondo ainda me dirigindo a padaria.

Começamos a falar de banalidades, assuntos aleatórios e coisas do tipo até que uma pergunta me surpreende.

— Vocês estavam mesmo dormindo? – Ele para, me olha sério nos olhos.

O que eu vou falar agora? Falo que sim? Falo que não? O que eu falo???? Se o Gabriel estivesse aqui com certeza ele saberia o que fazer. Eu já estava começando a ficar nervoso.

—Claro! – Resolvo forçar uma risada – O que mais estaríamos fazendo?

—Ah, eu não sei...- Ele responde, voltando a caminhar olhando para os carros que passavam.

Sorrio amigavelmente, como se não tivesse nada com que ele se preocupar. Ele me sorri de volta, um sorriso bem falso, mas eu não me importei.

— Mas sei lá...se fosse alguma coisa...saiba que eu iria apoiar. - Agora ele sorri de verdade. 

Ele sabe, ele sabe, ele sabe. 

Sinto meu rosto ficar vermelho enquanto tento desviar o rosto para a outra direção. 

Nós caminhamos pela calçada de pedras cinzas até chegarmos a pequena panificadora. Era vermelha e bege, com um grande letreiro acima do telefone e outras informações. Tinha portas duplas grandes de vidro na frente e atrás. Apenas umas quatro mesinhas para sentar, não era tão grande, mas não tão pequena. Eu vinha aqui desde pequeno, lembro de todas as suas caras e todas as suas reformas. Eu e minha mãe conhecíamos o dono daqui faz muito tempo então, ao entrar ele me cumprimentou com um Bom Dia e, lembrando do meu aniversário, um parabéns. Eu agradeço.

— Bom dia, meu rapaz! – Ele diz animado e sorridente com seu bigode sempre alegre. – E parabéns por ontem! Não pense que eu esqueci!

—Obrigado seu Carlos! – Respondo, sorrindo do mesmo jeito.

— O que vai querer para hoje? – Ele me pergunta, olhando para as mercadorias.

Escolho alguns pães e alguns salgados.

—Isto. – Digo o entregando minha cesta.

—E, como seu aniversário foi ontem e és um cliente muito especial, pode escolher um bolo para o seu aniversário! – Ele fala, estendendo a mão para a confeitaria próxima do caixa.

—Sério?? Obrigada seu Carlos! – Digo, sorrindo para o mesmo.

Caminho com Rodrigo até o local indicado e escolho um de cenoura com chocolate, meu favorito desde pequeno.

—Sabia que ia escolher esse, menino! – Ele exclama ao me ver com o bolo na mão.

—Claro, favorito desde sempre! – Digo, rindo .

Nós pagamos, conversamos um pouco mais com seu Carlos e saímos, adoro ele, uma pessoa super simpática.

—Nossa, conhece ele a muito tempo, não é? – Rodrigo me olha espantado.

—Sim, desde bebezinho. – Respondo sem dar muita importância.

Continuamos seguindo nosso caminho até em casa pela mesma calçada cinza. Estamos a poucos metros de casa quando começamos a ouvir uns gritos. Parece como uma briga, mais para uma discussão. Isso parece com a voz do...

Saímos correndo em direção a casa o mais rápido que conseguimos e abrimos a porta correndo.

Nos deparamos com Gabriel e Lucas discutindo muito alto. Resolvo me meter antes que os vizinhos chamem a polícia.

— Ou, ou, ou!!! Que gritaria é essa?!! – Tento falar mais alto que eles.

Todos param de olhar para os dois e olham para mim.

—Da pra ouvir a merda dos seus gritos do outro lado da rua! – Grito, mais baixo dessa vez- Querem brigar?! Briguem! Mas façam menos barulho antes que a polícia venha, porra!

Sim, eu estava muito irritado com isso, mas no fundo, no fundo, estava feliz por ELES estarem brigando.

Eles, ainda paralisados, olham para mim. Depois de alguns minutos processando os dois voltam a falar.

— Gabriel, eu não acredito que pode dizer aquilo. – É a voz do Lucas, agora um pouco mais calma.

— Mas é a verdade, Lucas! É a mais pura verdade tudo o que eu disse! – Gabriel retruca, visivelmente irritado.

—Mas...o que você disse? – Rodrigo pergunta a Gabriel.

— Eu apenas disse que....

No momento em que Gabriel iria falar a suposta coisa cruel e verdadeira que ele disse ouvimos o barulho de algo caindo no chão. Todos olham para o lado onde o barulho veio e vemos Lucas, caído. Todos correm até ele, seu nariz está sangrando e ele está com a respiração ofegante. Seu rosto começa a ficar meio pálido e ele começa a suar. Todos perguntam o que aconteceu, mas ele não tem condições de responder. Até que ele desmaia. Todos começam a entrar em pânico. Gritos para todo o lado, ninguém sabe o que fazer.

Corro para o telefone fixo na cozinha.

— Alô? Alô? Por favor, mandem uma ambulância para a Rua 7 de setembro, número 65, por favor, urgente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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