Slytherin Flowers escrita por tsukuiyomi


Capítulo 6
Capítulo 5 - Lágrimas acumuladas


Notas iniciais do capítulo

Fireflies, eu tenho que perdir muito perdão para vocês me desculparem pela demora? Fiquei totalmente sem inspiração e não sabia o que escrever. Por sorte eu tinha um capítulo escrito até a metade e consegui finalizá-lo agorinha. Pelo título, vocês devem ter uma ideia do que vai acontecer...
xx
Quero agradecer à alhene malfoy, Adhara Kirch, Andy Hide, Ashley Weasley Potter, scarlet e Dianna Winter pelos comentários MARAVILHOSOS que me mandaram! Saibam que amei cada um deles ♥ .
Quake, Adhara Kirch e Dianna Winter, obrigada pelos favoritos! Eles fizeram arco-íris aparecerem nos meus olhos *u* .
Boa leitura, espero que gostem :) .
Ps: Esse começo é meio solto, ok? Só uma espécie de introdução ou sei lá. Não está ligado ao resto dos acontecimentos do cap. cronologicamente.



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A garota pigarreou levemente para chamar a atenção de um casal de quintanistas que se agarravam nada discretamente em um corredor perto das masmorras. Os dois olharam de cara feia para ela, que retribuiu com entusiasmo.

— Às vezes eu acho que eles vão acabar te matando. — Albus se referiu a toda Hogwarts e não somente aqueles dois.

 Flora meneou a cabeça, concordando. Albus se arrependeu do comentário.

♔♔♔

— Você viu? Ela é igualzinha a mãe!

Flora escutava os quartanistas dizerem aos sussurros na Sala Comunal da Sonserina. Já era tarde e ela ainda não havia ido se deitar. A euforia de estar em Hogwarts não havia passado, mesmo depois de um jantar gostoso após a seleção.

Antes que a garota pudesse ficar feliz com o comentário, um garoto alto e sardento emendou:

— É, mas o olhar maligno é do pai. Parece a mistura perfeita daqueles Salexto! Uma perfeita mini-assassina.

— Acho que ela não tem culpa do que eles fizeram... E ela não tem um olhar maligno, Liam, por Merlin! — a garota que comparara Flora com a mãe disse, em um arrulho confuso.

— Eles assinavam os feitos com a flor para ela! Aposto que ficavam rindo da nossa desgraça e que ela ouvia historinhas de Como-matar-e-torturar antes de dormir.

Ninguém voltou a se pronunciar, porque notaram o olhar chocado da menina de onze anos.

No dia seguinte, Flora conseguira, na biblioteca, um registro de “Bruxos E Bruxos das Trevas: Pessoas más e pessoas doentes por crueldade”.

Naturalmente, foi um choque quando ela encontrou uma foto dos pais, os olhos deles brilhando de uma satisfação homicida, com o seguinte escrito:

Marco e Elina Salexto,

Conhecidos por seus longos projetos com envenenamento, esses Bruxos das Trevas foram responsáveis pela morte de quarenta nascidos-trouxas e dez mestiços ao longo de oito anos. Mestres em desaparições e em feitiços; criaram mais de quinze novas poções fatais e desenvolveram pelo menos sete feitiços de magia negra.

Responsáveis também por uma época difícil para tomar bebidas em bares e não ter sangue-puro, conhecida como Incurso Salexman.

Elina foi morta em 2008, na operação para prender o casal. Marco encontra-se preso em Azkaban sob segurança máxima.  O casal teve uma filha em 2005, e a garota foi assistida pelo Ministério da Magia.”

Depois disso, Flora só continuou descobrindo coisas piores.

 ♔♔♔

Depois de tomar o café-da-manhã com Albus, Flora teve de aturar Scorpius, enquanto iam para a aula de DCAT. A garota ralhara com ele, naturalmente, mas Scorpius não se importou. Flora não insistiu, muito menos, porque já havia se acostumado com a presença do Malfoy.

Ele não era tão irritante assim.

Como sempre, o Profª. Montgomery disparou a falar quando os alunos entraram na sala. Flora teve o desprazer de se lembrar que essas aulas eram divididas com a Grifinória e suspirou irritada quando a risada de Potter chegou aos seus ouvidos. Scorpius já havia sumido e Flora sentou-se sozinha em uma mesa mais afastada do quadro.

— Muito bem, alunos. Silêncio —, pediu a professora. Ela tinha olhos mel vibrantes, era jovem e energética. — Como não foram todos que conseguiram produzir o Patrono Corpóreo comigo no ano passado, achei melhor revisarmos isso.

Flora sentiu o coração disparar um pouco. Estava prestes a contestar a Profª Montgomery quando esta recomeçou a falar:

— Como todos sabem, dementadores foram banidos de Azkaban e são muito controlados pelo Ministério. Atualmente, vagam isolados nos cantos mais remotos da Terra. Mas já houveram casos, como o de 2009, em que eles atacaram a comunidade bruxa. Por isso é importante que aprendam o Patrono. Sem contar que é uma magia muito bonita...

Flora já ouvira demais e simplesmente desligou sua concentração do que estava sendo falado e focou-se na varinha, movimentando-a do jeito certo para realizar o feitiço e repassando o encantamento em sua cabeça.

A técnica dela era incrível.

— Muito bem, muito bem. Juntem-se, sua dupla lhe apontara os erros que está cometendo. Sr. Malfoy, venha até mim para fazermos uma demonstração.

Em seguida, a professora apontou a Scorpius que ele pronunciava o ‘X’ de Expecto erroneamente. Depois de corrigido, o garoto conseguiu produzir o seu patrono, que era uma cobra. Flora revirou os olhos para isso, mas não conseguiu não sorrir.

— E aí, loira. — Flora sentiu seu sangue gelar quando um corpo deslizou ao seu lado na carteira e constatou que era o Potter. Estava prestes a xingá-lo e expulsa-lo dali, quando ele gesticulou para que ela olhasse em volta. — Embora eu seja muito popular e tudo mais, o resto dos alunos já tem dupla, menos você. Então eu sugiro humildemente que você levante seu Real corpo da sua Real mesa e faça o seu Real Patrono comigo.

Ele se referia ao ideal de seus pais de se tornarem a Realeza do Mundo Bruxo.

Rangendo os dentes, Flora se levantou da carteira e se encaminhou para a área da sala que possuía um amplo espaço. Os outros alunos já estavam lá e alguns já murmuravam o feitiço. Scorpius estava com a professora, Lysander com a atual namorada e Rose fazia dupla com o primo Fred, então não restara nenhum parente para James encher o saco.

Acabou pensando, enquanto observava Rose, a prima do objeto de seu ódio — James Sirius Potter —, em como lidaria com a união delas como Monitoras-Chefes. Nas rondas do fim de semana, foram cada uma para um lado do castelo e não se falaram. Rose ainda não cuidara de nenhuma questão burocrática por ainda estarem na segunda-feira. Mas, se continuassem assim, o rendimento das garotas como monitoras cairia por falta de parceria, e Flora detestaria ter a atenção chamada pela Diretora.

— Não temos o dia todo —, rosnou a frase para James assim que desviou os pensamentos de seu problema com a colega de monitoria, cruzando os braços e o encarando mortalmente. — Você só tem que...

— Por favor, né, loira —, debochou o moreno, movimentando a varinha e dizendo “Expecto Patronum” de forma convicta.

Flora pôde ver o quanto foi fácil para ele. O Patrono pareceu irromper imediatamente de sua varinha e reluzir pela sala. Era um grande lobo, imponente e regido pelo sorriso convencido que James lançava a Flora.

O animal chamou a atenção de toda a sala, e a professora veio toda sorrisos dizendo coisas do tipo “Parece que você é tão bom nisso quanto seu pai, Sr. Potter”. Flora achou que a professora não devia alimentar ainda mais o ego de Potter. Porém ficou calada, tentando não ser desagradável.

— Sua vez. — Após exibir mais um pouco o lobo, James voltou-se para Flora com um olhar curioso que não conseguiu refrear. No ano passado, as suas aulas de DCAT não eram juntas e ele nunca tinha visto o Patrono dela. Que tipo de animal refletiria a personalidade daquela fria sonserina?

— Bem... — Flora pigarreou levemente, e James não entendeu o motivo de ela parecer tão desconcertada. Ela ficou irritada com o olhar debochado que Potter lhe lançava e concentrou-se ao máximo para dizer: — Expecto Patronum.

Nada aconteceu. Ela se recusou a erguer o olhar para Potter e continuou dizendo o feitiço com uma determinação incrível. Os minutos se passaram e ela nem sequer erguia o olhar concentrado da ponta da varinha. Os cabelos loiros arruivados estavam caídos bagunçados em volta do rosto e ele podia perceber que a respiração dela estava ficando um pouco acelerada por causa da irritação.

 Por fim, James achou melhor interrompê-la:

— Não temos o dia todo —, repetiu o que ela havia dito, satisfeito. Ele simplesmente não conseguia se controlar e impedir-se de provocá-la. Era como uma tradição que se via obrigado a cumprir. — Eu não sei o que você está fazendo, loira, mas não está dando certo.

 Talvez ele tenha ficado muito chocado quando Flora ergueu um olhar cansado para ele e mais ainda quando as bochechas dela se avermelharam visivelmente mesmo de uma distância de dois metros.

— Cale a boca, Potter.

E saiu para pegar um pergaminho da mesa da Prof. Montgomery, deixando um James atônito para trás. Eles tinham que preencher um relatório dizendo qual fora o desempenho de sua dupla na aula. Flora sentou-se a mesa dupla — sendo acompanhada por um Potter estranhamente silencioso — e, depois de se distanciar o máximo possível dele que a carteira permitia, começou a escrever.

Aluno(a) avaliado(a): James Sirius Potter.

Forma: Lobo.

Conclusão: Ótimos resultados, facilidade na aula. Patrono corpóreo não demora a aparecer, o que é de crucial importância em uma situação perigosa.

Aluno(a) avaliador(a): Flora Elis Salexto.

James surpreendeu-se. Ela foi justa, colocando até uns elogios ali, mesmo que não gostasse dele. Corrigindo, mesmo que o odiasse. Percebeu que a letra dela era bonita: inclinada, fina e cuidadosa. Franziu o cenho para isso, ela era sempre cuidadosa. Percebeu também que a mão dela deu uma tremida enquanto escrevia o sobrenome.

— Seu nome do meio é Elis? — ele perguntou de modo zombeteiro para descontrair, enquanto puxava o pergaminho e a pena da mão dela e começava a escrever.

A verdade é que ele agora estava se roendo de curiosidade por causa daquela aula de DCAT. E estava surpreso por não sentir vontade de contar a todos que a perfeita Salexto não era tão perfeita assim. Finalmente descobrira algo que ela não conseguia fazer, um patrono, mas não tinha a mínima vontade de usar isso contra ela. Franziu o cenho enquanto tentava se entender. 

— Cala a boca, Potter. — disse ela mais uma vez, os cantos dos lábios repuxados para baixo em uma carranca de ódio com a qual ele já estava acostumado.

— Só achei irônico, sabe? — riu baixinho da cara dela e Flora desviou os olhos, apertando os punhos debaixo da mesa. Percebeu que Scorpius vinha na direção deles e James levantou-se da carteira para acompanhar o amigo até a saída.

Flora nem percebera que a aula já havia acabado e que James já havia escrito na folha, que deixara na mesa para que ela entregasse a professora.

Aluna avaliada: Flora Salexto

Forma: -------

Conclusão: Pronúncia do encantamento e movimento de varinha perfeitos. Precisa de um pouco de tempo para desenvolver a última parte do feitiço.

Aluno avaliador: James Sirius Potter

A caligrafia dele não era como Flora imaginara. Era fluída e despreocupada; bonita e não um garrancho. Percebeu que ele tentara amenizar o fato de ela não conseguir realizar o feitiço ressaltando qualidades que ela nem sabia que ele prestara atenção. Que ela mesma nem sabia que tinha.

Depois de entregar a folha e caminhando para a próxima aula, ela se deu conta de que o Potter se referia as lembranças quando escreveu “última parte do feitiço”.

As lembranças muito felizes que ela não conseguia mentalizar.

Piscou, sentindo-se idiota. Ela tinha lembranças felizes. Seus momentos com os tios, seus momentos com Albus, seus gols no Quadribol... Será que precisava de algo ainda mais intenso do que isso para produzir a droga de um patrono?

Encontrou um Albus distraído e de boca vermelha no corredor, mas não comentou nada sobre isso, preferindo apenas dizer que estava preocupada com a monitoria. Albus, piscando os intensos olhos verdes como se forçasse a prestar atenção nos olhos dela, pediu para que repetisse o que tinha dito.

Suspirando, Flora repetiu suas preocupações sobre Rose.

— Olha, Flora ­— disse ele sorrindo de leve, sem mostrar os dentes. —, eu nunca soube de duas garotas como Monitoras-Chefes, talvez a competitividade feminina de vocês esteja atrapalhando.

—Albus, você sabe que odeio esse tipo de pensamento ridículo. Não é por causa de ser uma garota, é porque é a Rose.

Albus refletiu por um momento. Aquele devia ser exatamente o motivo. Ele sabia o quanto Rose estava reclamando de ter que trabalhar com a rival, mas nunca pensara que Flora se sentia da mesma maneira. A melhor amiga sempre fora despreocupada com esse tipo de coisa, e vê-la tão... adolescente era surpreendente para ele. Mas entendia, era uma rivalidade de anos e não devia estar sendo fácil para nenhuma das duas.

— Por que você não tenta... Sei lá, conversar com ela? Não sei porque se odeiam, são muito parecidas.

— Ela é... Ela é totalmente oposta a mim, Albus, não temos nada em comum.

Antes que ele pudesse contestar, viu que Flora apontava o queixo discretamente para um lugar acima de seus ombros. Lá estava Rose, cercada de garotas risonhas que prestavam atenção em sua narrativa animada, e a própria ruiva sorria largo, provavelmente contando alguma piada.

—Ela é animada e sorri o tempo todo. Está sempre despreocupada e isso me irrita, Albus! Não consigo nem ficar no mesmo ambiente que essas garotas sem tentar matá-las! Merlin, nós não somos iguais!

— Flora... Rose tem muitos amigos... Ela é verdadeiramente boa... Vocês deviam conversar. ­— Albus estava muito distraído, prestando atenção em alguém que passava ajeitando os cabelos e nem se dava conta do que falava.

— Eu não... Albus, você está insinuando que eu sou ruim? — Flora não parecia irritada, apenas arqueando as sobrancelhas como se aquela fosse uma possibilidade a se pensar. Expressava confusão pelas palavras do amigo, parecendo meio chateada. Albus voltou o olhar para ela, aturdido, nem se lembrava o que tinha falado para deixá-la daquele jeito.

Rose passou ao lado deles acenando para as amigas e indo se encontrar com os primos que estavam encostados na parede a alguns metros. Albus teve um clique na cabeça. Rose era diferente de Flora porque ela sempre tivera pessoas que a apoiaram, pessoas que a instruíram, construíra a garota maravilhosa que era hoje com a ajuda de muitas pessoas que a amavam. Flora só teve o tio frio, e as pessoas maldosas do castelo para moldá-la.

— Talvez você não consiga se aproximar dela porque lá no fundo sente inveja do...

Um barulho alto de surpresa escapou dos lábios da garota de cabelos dourados e ao mesmo tempo vermelhos a sua frente. Talvez fosse sua feição congelada em uma cara de sentida surpresa, talvez fosse o modo como ela apertou os livros entre os braços com força, mas algumas pessoas começaram a prestar atenção nos dois e Albus se sentiu desconfortável. Flora não o deixara terminar e as pessoas a sua volta o coagiam de uma maneira que não conseguiu se explicar à amiga.

 — No fim, é só isso que acha que eu sou, Albus? Uma invejosa?

Ah, porra! Era tudo o que Albus conseguia pensar ao vê-la erguer os olhos azuis intensos e fitá-lo com uma mágoa mal disfarçada. Que merda eu fiz...

Flora se apoiava muito em Albus. Ela sabia disso, ele era a pessoa mais importante de sua vida junto de seu tio. A pessoa que a aceitava do jeito torto que era. E o que ele disse doeu. Doeu lembrar que Rose era a prima dele. Doeu lembrar que ela era da família dele. Por que o que ela era, comparada a garota que crescera com Albus?

Talvez ela tivesse inveja de Rose, talvez ela tivesse inveja do modo como a garota parecia sempre feliz e isso inspirasse nela uma rivalidade incontrolável que a impedia de ser amigável com ela. Mas não era culpa dela. E mesmo que soubesse que Albus não falara aquilo por maldade — afinal eram anos de amizade e ela não ignoraria isso por uma mera frase —, não conseguiu se impedir de não encarar os olhos dele enquanto dizia:

— Hoje a ronda é sua. Não esqueça.

E saiu. Passou pelo pessoal que parecia estar achando muito divertido olhar para sua expressão curiosamente arrasada. Ela piscou, olhando envolta. O corredor inteiro parecia estar voltado para ela, estupefato e sem reação. Imaginou-se como uma atração de circo sendo observada daquele modo atento e instantaneamente se sentiu mal. Uma ardência subiu por sua garganta. Ela não conseguia nem recompor a expressão.

De repente não era só o problema com Rose, não eram só as palavras dolorosas de Albus. Era um acúmulo. Eram os olhares tortos no corredor, as palavras de desconfiança sua vida inteira. Era lembrar que o pai estava preso e a mãe estava morta. Era não conseguir entender o porquê de ser daquele modo.

De repente era apenas ela, Flora Salexto, lutando para não cair em lágrimas enquanto passava pelos alunos. Tentando não deixar nenhuma escapar enquanto passava pela família Weasley‒Potter. Ela nunca chorava. Nunca. Não se permitiria fazê-lo na frente deles. Não mesmo. Não se humilharia daquele modo.

Esbarrou em alguém. Droga, daquele jeito ela não ia conseguir. A pessoa não parecia muito interessada em se afastar e ela percebeu quem era ao ouvir a voz.

— Salexto? Errou alguma coisa do trabalho de Transfiguração e percebeu que não vai dar tempo de consertar? Por isso essa cara de desespero?

— Dá licença!

Era só isso que ela era para eles. Uma obcecada pela perfeição acadêmica. Sentiu um nível de irritação crescente, a dificuldade de não chorar aumentando.

— Não vai nem me xingar? — Ele parecia realmente curioso, a voz adquirindo um toque divertido.

— Sai da minha frente, James! — Ele bloqueava a passagem para as escadas. Nem percebeu que o chamara pelo nome, mas ergueu os olhos azuis furiosos para encará-lo e encontrou os esverdeados dele arregalados. Puta que pariu, ela sentia as lágrimas se acumulando enquanto praguejava mentalmente.  — Sai!

O empurrou de leve, voltando a olhar para o chão e ignorando os cochichos atrás de si, fazendo James despertar de um transe e se mexer, descendo rápido pelas escadas. Não dava, não daria tempo... Não... Ela acabou chegando ao banheiro feminino. Entrou em uma cabine, sentou-se no vaso e pôs os pés para cima. Ela apoiou as mãos na cabeça, deixando que as lágrimas jorrassem e sentindo-se uma idiota quando os soluços começaram a vir.

Idiota. Era o único adjetivo que conseguia achar para se descrever no momento. Trancada no banheiro e chorando descontroladamente sem saber o motivo exato. Ignorando a aula de Transfiguração que aconteceria em minutos. Chorando. Nos dezessete anos recém-completos, nunca se descontrolou daquela maneira. Mas enquanto as lágrimas escorriam sem parar, sentia o aperto no peito se intensificar e fazê-la sucumbir ainda mais. Arrastando-a para o desespero que, sim, ela devia admitir, a atormentava todos os dias e não conseguia mais esconder.


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Notas finais do capítulo

Erros? Avisem, por favor! Sempre reviso, mas imprevistos podem acontecer.

Nesses vocês descobriram mais um pouco sobre os Salexman... Esses dois aí são pais horríveis mesmo, hein?
Finalmente algo em que a Flora não é boa, né? uahaha pelo menos no Patrono.
Gente, não fiquem com raiva do Albus ou algo assim. Não foi só por isso que a Flora acabou com uma cachoeira saindo pelos olhos. Eu quase chorei também escrevendo o final do capítulo, confesso .-.
Dei uma dica do que vai rolar futuramente na fic no meio do cap., hein? Alguém notou algo... diferente? AHAHAHA

Beijinhos e até o próximo :3 .



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