Recomeço escrita por Influenza


Capítulo 4
Selamento


Notas iniciais do capítulo

É gente, como eu disse nas minhas outras fics: Eu tô viva! Kkkk sério, desculpem pela demora! Mais de um mês... Vocês devem querer me matar né? Haha mas em compensação, vai sair dois capítulos hoje! :D Então, espero que gostem, e boa leitura!



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Boruto

Passou-se três dias desde aquele incidente (Se bem que a Kyuubi está bem mais quietinha...). Nesse meio tempo, o papai fez um tipo de selamento em mim, pra que diminua as chances da bijuu sair do meu controle (Já que meu mestre não pode estar comigo 24 horas por dia, no caso da raposa sair do controle).

Pelo que parece, foi muito difícil encontrar algum jutsu de selamento que preste, já que é muito raro achar jutsus desse tipo que selem algo que já está dentro da pessoa... Mas não é impossível.

Lembrança:

Um dia depois do incidente, eu fui chamado a sala do meu pai, um ANBU me avisou. Meu pai confiava em mim e na Himawari, mas enviou um ANBU para vigiar cada um – preocupação de pai é assim mesmo –, e caso necessário que nos protegesse de qualquer “ameaça” que não pudéssemos dar conta sozinhos.

Eu fui o mais rápido possível para a sala do Hokage, como instruído. Lá estavam meu pai, tio Shikamaru e meu mestre. Só podia ser algo sobre a raposa, já que eles, além da minha mãe, eram os únicos a saber desse incidente que aconteceu comigo e Himawari.

— E aí, o que foi? – Eu cheguei dizendo.

— Boruto. Que bom que chegou. – Disse meu pai, sorrindo. – Nós achamos um jutsu que vai selar a Kyuubi de dentro de você!

— Legal, aí ele não vai tentar se apossar de mim de novo, né?

— Isso se suas emoções não deixarem a Kyuubi sair. – Respondeu meu mestre.

— Como assim? – Eu Perguntei. Isso ai estava muito confuso.

— Se você sentir uma emoção forte, mais especificamente raiva ou tristeza, com muita intensidade, o selo poderá enfraquecer. Não é um selo tão forte quanto o do Yondaime, pois um jutsu desse nível não existe nessa situação, podemos dizer que é fraco comparado a ele, e infelizmente você não dá sinais de ter herdado as correntes de chakra como sua irmã... Então, quando terminarmos de selar, tente conter essas emoções fortes, okay? – Explicou tio Shikamaru.

— Entendi... Não vai ser fácil, mas vou tentar.

— Claro, tinha que ter puxado ao Naruto nessa parte. – Comentou meu mestre, em tom de brincadeira.

— Eh...? Pra sua informação, Sasuke, eu consigo controlar minhas emoções muito bem! - Defendeu-se meu pai. Tenho que admitir que estava engraçado assistir a essa “briga”.

— Aham, vou fingir que acredito.

— Tá bom, tá bom. Como é que vai ser isso? – Eu perguntei, tentando mudar de assunto.

— Você poderá sentir um pouco de dor, Boruto. Mas como eu e a Hinata não queremos que você sinta dor, e ninguém aqui quer ver ela brava, você sabe como ela fica assustadora quando está com raiva, o Sasuke vai te colocar em um genjutsu pra amenizar a dor. – Meu pai explicou, e meu mestre assentiu.

— Tá bom, eu faço qualquer coisa pra diminuir as chances da Kyuubi se manifestar outra vez. Iaí, vamos começar agora? – Eu perguntei.

— Sim. Sasuke, pode colocar ele num genjutsu agora? – Perguntou o tio Shikamaru.

Meu mestre assentiu e no mesmo instante, ativou o Sharingan. Tal ato me fez o olhar nos olhos, e no mesmo momento tudo ficou escuro e eu apaguei.

[...]

— Hunf... Me selar, não é? – Ouvi.

Eu instantaneamente abri os olhos; eu não estava no escritório do meu pai. Eu estava no lugar que eu tanto queria evitar: Onde a minha Kyuubi está. Parecia que haviam passado poucos segundos desde que olhei nos olhos do meu mestre, já que pelo que parecia, a raposa ainda não estava selada.

— Kyuubi...? Tá fazendo o que no genjutsu? – Eu perguntei, um pouco desorientado. A raposa rapidamente olhou pra mim, com olhos em fúria.

— Mas como é tapado! Eu vou explicar pra essa sua cabecinha oca entender: Parece que, enquanto eu estiver aqui, você não verá ilusões enquanto estiver em um genjutsu simples como esse, e sim vai vir pra cá. No máximo, irá ficar inconsciente lá do lado de fora, se não souber sair do genjutsu, claro. É, parece que aquele Uchiha não quis colocar um genjutsu mais forte por medo de que demorasse a acordar.

— Ah... Então, se me colocarem em um genjutsu, eu vou no máximo ficar “inconsciente” e vir parar aqui se não souber desfazer?

— Mais ou menos isso. Mas esse não é o ponto agora. Se depender de mim... Eles não vão me selar. – Declarou. Nisso, ele veio pra cima de mim, e eu não podia fazer nada. Estava de mãos atadas.

Suas garras já estavam chegando perto para me estraçalhar e tomar o controle do meu corpo. Não havia saída. Eu estava esperando o golpe final, no entanto... Ele não veio. Eu vi a Kyuubi sendo jogada pra trás, e uma forte dor tomou conta do meu corpo, mais especificamente na região do umbigo. O selamento, pensei.

Eu não aguentei ficar de pé, e cai, me contorcendo de dor no chão. Mas, ela subitamente parou, junto com uma forte luz branca que tomou o lugar.

Quando a luz se dissipou, não tinha quase nada de diferente no lugar; apenas uma “cortina de luz” me separando da Kyuubi. Sabe uma aurora boreal? Era parecido com isso, no entanto tinha apenas a cor azul ao invés de diversas cores. Não parecia muito forte, tal como meu pai me avisou. Dava a sensação de que, por qualquer coisinha, a “cortina de luz” iria se dissipar e deixar a raposa livre outra vez. Mas, não era tão fraca como parecia; a Kyuubi tentou sair de sua mais nova prisão, mas não aconteceu absolutamente nada, nem mesmo um arranhão. Acho que dependerá de mim – mesmo que involuntariamente – se o selo continuará de pé, ou se será destruído.

[...]

Eu acordei no meu quarto, meio atordoado. Não me lembrava de nada depois da minha curta conversa com a raposa... Talvez após tal conversa eu tenha apagado de verdade. Não sei ao certo.

Me sentei na ponta da minha cama, e percebi que tinha alguém sentado no chão, com a cabeça encostada no colchão da minha cama, dormindo. Era ninguém mais ninguém menos que minha mãe. Ela ficou esse tempo todo ao meu lado?

— Mãe? – Chamei.

— Hmm? – Resmungou, já acordando. – Boruto? Filho, está sentindo alguma coisa? Dor? Tá precisando de alguma coisa? Tá com fome? Com sede? – Ela parecia muito preocupada.

— Eu tô bem, mãe. – Eu disse, sorrindo. – Você... Ficou esse tempo todo ao meu lado?

— Sim, filho. O que tem de errado?

— Nada! Não tem nada de errado, é só que... Eu não queria te atrapalhar.

— O que?! Você nunca me atrapalha, Boruto. Nem você, nem a Himawari. Mas mudando de assunto, você realmente não está sentindo nenhuma dor, não é? – Perguntou preocupada, tocando na região do meu umbigo.

Eu levantei um pouquinho a minha camisa pra ver o porque dela estar tão preocupada pela possibilidade de eu estar sentindo dor, e vi alguma coisa parecida com um hexagrama ao redor do meu umbigo. Era diferente do selo do meu pai. Abaixei a camisa outra vez, e por fim respondi a minha mãe:

— Eu tô bem, mãe. Pode ficar tranquila.

— Que bom, filho. Você deve estar com fome, vou buscar um lanchinho, okay? – Declarou, mas antes de sair do quarto se virou na minha direção. – Boruto... Sei que você já sabe, mas vou reforçar: Eu sempre estarei aqui pra você e a Himawari, não importa o que aconteça.

Fim da lembrança.

Eu e meu time estávamos em uma missão. Tal missão consistia em encontrar um ninja renegado e prendê-lo; mas a dificuldade dessa missão é que ele conseguia ficar invisível, o que dava o tempo necessário pra ele fugir. Pelas informações que foram dadas, esse ninja havia roubado o colar da invisibilidade, o que lhe dava o poder de ficar invisível, como o próprio nome já diz.

— Ele com certeza está aqui, só falta descobrir alguma forma de saber sua exata localização. – Disse Konohamaru-sensei. Estávamos numa floresta procurando pelo ladrão.

— Sim... Posso usar meu sharingan pra procurar ele! – Sugeriu Sarada.

— Boa ideia, Sarada! – Parabenizei.

Nisso, ela ativou o Sharingan. Olhou para todos os lados, mas sem sucesso.

— Cuidado! – E ela pulou para outro galho de árvore, e nós fizemos o mesmo. Quatro kunais acertaram o exato lugar em que estávamos segundos atrás. – Não dá pra ver direito, ele é muito rápido.

De repente, sem mais nem menos, senti alguma coisa. Consegui sentir perfeitamente os chakras de Sarada, Mitsuki e Konohamaru-sensei. Mas... Sentia outro chakra. Conseguia sentir perfeitamente o chakra do ninja renegado... Mas isso não era o mais surpreendente; ele estava a quilômetros do lugar onde estávamos, de acordo com o que eu senti. Nunca consegui sentir um chakra dos outros com tanta intensidade, com tanta distância.

Esse fato me fez pensar numa coisa. A Himawari só foi descobrir que tinha a kekkei genkai dos Uzumaki depois da Kyuubi se manifestar nela. Então, será que...

— Ele está por ali! – Declarei, apontando para o leste. Todos me olharam confusos. Como eu saberia onde ele está? É, nem eu tô entendendo direito isso aí.

— Boruto... Como assim?... – Perguntou Mitsuki.

— Confiem em mim! Tenho certeza que foi por ali! Me sigam! – E eu fui na direção em que sentia o chakra. Eles não tiveram escolha senão me seguir.

Depois de muito correr, conseguimos alcançar o chakra que estávamos – ou melhor, eu estava – seguindo. O cara havia parado, provavelmente para descansar; e ainda estava invisível.

— Ele está bem ali. – Sussurrei, no nosso esconderijo. Sarada ativou o Sharingan pra confirmar.

— Ele está ali mesmo! Está muito embaçado, mas dá pra perceber que é ele... Como sabia, Boruto? – Perguntou Sarada, num sussurro.

— Não sei... De repente eu comecei a sentir perfeitamente o chakra dele!

— Você consegue sentir chakra tão bem assim? – Perguntou meu sensei, impressionado.

— Não sei... Descobri isso agora! Mas depois a gente fala sobre isso, beleza? Vamos pegar ele!

Eles assentiram, e nós fomos para a batalha. Konohamaru-sensei rapidamente fez um rasengan e tentou acertá-lo, mas senti que ele havia se locomovido e desviado.

— Shanarooo!!! – Sarada tentou dar um poderoso soco no renegado, mas o mesmo desviou novamente. A única coisa que ele sabe fazer é desviar?!

— Mitsuki! Eu vou tentar chegar perto dele pra te dizer onde ele está. Aí você prende ele com seus braços, okay? – Eu disse.

— Entendido.

Com muita dificuldade, consegui ficar perto do ninja renegado por alguns segundos enquanto ele estava ocupado com Sarada e o sensei, e por fim dei o sinal ao Mitsuki. Ele conseguiu pegar o cara desprevenido, e nisso tirei o que deveria ser o colar. Ele ficou visível, tomei distância e joguei um rasengan na cara do renegado. De início, o rasengan desapareceu no ar, o que deu um pouco de alívio para o ninja, mas mesmo assim, o pequeno rasengan o acertou, e o mesmo desmaiou logo depois.

— Bom trabalho, time Konohamaru! – Parabenizou Konohamaru-sensei, sorrindo. – Mas, mudando um pouco de assunto, Boruto, como assim você “descobriu agora”?

— É verdade, tô curiosa, Boruto! – Exclamou Sarada.

— Não sei como aconteceu... De repente, conseguia sentir todo e qualquer chakra a um raio de quilômetros! Nunca havia acontecido uma coisa assim comigo...

— É, Boruto... Parece que você descobriu algum poder oculto! Talvez algum tipo de kekkei genkai do clã Uzumaki. Mas a pergunta é: Por que agora?

Ah, Konohamaru-sensei... Você não faz ideia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da kekkei genkai do Boruto? Achei injusto só a Hima ter uma, então tive a ideia do Boruto conseguir fazer uma coisa parecida com o que a Karin faz (Pelo amor de Kami-Sama, não pensem que ele é filho da Karin só por isso! Ele é filho da Hina e ponto final U.U Se eu não me engano, essa habilidade é uma kekkei genkai, mas se estiver errada, vamos fingir que é kkk), mas infelizmente não é tão útil em combate. No próximo, essa missão vai ficar mais... "Interessante", digamos assim. Enfim, beijos, e até o próximo! ^3^