Procurados escrita por Queen of Hearts


Capítulo 3
Órfãos


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, voltei!

Depois de tanto tempo sem internet, finalmente uma luz no fim do túnel. Trouxe um capítulo que particularmente eu gosto, mas vamos ver o que vocês vão achar nos reviews. A propósito, obrigada pelos comentários do último capítulo, adorei recebê-los. Espero receber novos nesse capítulo também, então boa leitura e até mais.



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Silêncio. Era tudo que Lucy conseguia ouvir naquela hora, além das batidas de seu próprio coração.

Virando-se de um lado a outro, tentava dormir, mas sua mente parecia ter outros planos para aquela noite. A Heartfilia não conseguia parar de pensar na situação que se metera e que, consequentemente, envolvera Levy. Para piorar, os pingos constantes da pia quebrada da cozinha a faziam se lembrar do sino próximo a sua casa quando ainda morava no vilarejo de Magnólia e quando sua mãe ainda estava viva. Aquilo era de fato hipnotizante, mas um outro barulho a tirou de seus pensamentos.

Com um rangido que Lucy sabia ser do assoalho, ouviu alguém se aproximar. Seus passos eram incrivelmente silenciosos por mais que o chão da casa fosse danificado. Procurou ver sua sombra, mas a escuridão do lugar não a permitiu. Levantou-se então, tomando o cuidado para Levy não acordar. A linha feita com a pedra ainda estava lá e a loira começou a pensar se deveria realmente ultrapassá-la para chegar ao outro lado. Contudo, antes que ela fizesse tal feito, sentiu quando um corpo trombou com o dela, ele estava do outro lado da linha.

— Quem está aí? — sussurrou o outro passando as mãos por seus braços na tentativa de reconhecê-la.

Lucy não respondeu. Assustada, ela procurou desvencilhar-se de suas mãos, mas o outro a agarrou com uma força incrível. Corando, a loira percebeu que ele a abraçava para que não fugisse e reconheceu seu cheiro.

— Natsu... — Lucy sussurrou de volta. — Está me machucando.

O dragão do outro lado pareceu surpreso, e a loira sentiu quando o aperto se desfez. Agora, de frente para ele, Lucy podia ouvir sua respiração. Eles estavam exatamente no centro da linha, tão pertos que a maga pensou em recuar um passo.

— Luce? — a loira o ouviu perguntar. — O que está fazendo? Se estiver tentando fugir, não irei deix...

— Não é isso! — falou a maga rapidamente, antes que ele pensasse que ela realmente estivesse fugindo. — E meu nome é Lucy!

— Certo... Luxy, agora por que não está ao lado da Levy?

Ok, ele sabe o nome da Levy, mas não o meu, que esquisito! fez uma nota mental enquanto o rosado continuava errando seu nome.

— Eu só estava tentando descobrir o porquê de você também estar andando por aí sozinho. — disse, fazendo com que Natsu não a questionasse pela primeira vez.

Com cuidado, ele segurou os braços da loira e a abraçou novamente, guiando-a para longe da linha. Surpresa, Lucy se perguntou o que o rosado estava fazendo, mas ficou com medo de bater em alguma coisa, já que ele a guiava de costas. Quando enfim chegaram na porta, Natsu a soltou, afastando-se dela em seguida.

Lá fora, nos fundos da casa, não havia ninguém e Lucy observou o rosado apanhar um alvo do chão, em seguida colocá-lo sobre o muro ao passo que se preparava para lançar-lhe uma bola de fogo. Pouco tempo depois e ela pôde ver seu treinamento silencioso.

— Por que está fazendo isso? — perguntou-lhe.

— Porque quero me tornar forte. — respondeu o dragão e Lucy estranhou sua resposta.

— Deixa eu mudar a pergunta então. — falou-lhe novamente na tentativa de tentar entendê-lo. — Para o quê exatamente você precisa se tornar forte?

Natsu não respondeu.

Ótimo! pensou. Aquilo estava virando costume.

— Não acha que está fazendo perguntas demais? — disse o rosado finalmente. — Até onde sei, você agora pertence a mim, então eu faço as perguntas! — sentenciou deixando-a boquiaberta.

Irritada, a maga tentou rebater sua resposta, mas Natsu se aproximou novamente. Ele trazia o alvo desta vez e deu-o a Lucy para que segurasse. A maga pegou-o sem entender enquanto Natsu se colocava a uma distância considerada mediana. Ao ver sua mão pegar fogo, a loira arregalou os olhos e percebeu que ela era o alvo. Desesperou-se.

— E-espera aí! — gritou, olhando para os lados vendo se tinha acordado alguém. — Você não pode estar falando sério!

— Eu não brinco em serviço Lucy! — respondeu o rosado e com um choque, a maga o viu acertar seu nome pela primeira vez.

Assustada, começou a suar mais do que em toda a sua vida e nem sabia se era pelo calor extremo de Natsu ou pelo seu próprio medo. O dragão esticou a boca em um sorriso, se preparando para atacar. Lucy fez então a única coisa que conseguiu: levantou os braços em forma de defesa. Porém, o ataque não veio.

Paralisada, ela baixou os braços novamente e procurou algo que parecesse uma chama de fogo, mas só encontrou os olhos de Natsu. Ele estava tão perto quanto antes quando estavam parados sobre a linha. A loira recuou um passo.

— Q-qual o seu problema? — perguntou gaguejando ao passo que levava a mão em direção ao coração.

Natsu não respondeu, só sorriu em resposta. O sorriso mais sacana que ela já vira na vida.

— Ei Luce — ele disse com a maior naturalidade enquanto sorria para ela. —, você é estranha. — e começou a ri alto.

Lucy corou, mas logo depois percebeu que estava ficando até roxa, só que de raiva. Procurou suas chaves ao redor da cintura, o que não lembrou na hora em que ele a assustara, mas elas não estavam lá. O chaveiro havia ficado em sua bolsa. Lucy bateu o pé em frustração.

— Idiota! — bradou, andando em direção a casa.

Natsu ainda ria à suas costas e Lucy percebeu pela primeira vez nos dois dias que estava ali, que não precisava se preocupar com o rosado, ele era só mais um idiota, um idiota com chifres e marcas estranhas, ainda sim, um idiota.

~~XX~~

A tempestade ao redor agitava os cabelos de Erza, fazendo o frio parecer pior do que ela podia aguentar. A ruiva, porém, tinha dado um jeito de protegê-los. Usava uma armadura tão grande que protegia a si mesma e a Jellal da chuva, apesar de não estarem tão secos como gostaria. Com um frio que percorreu-lhe a espinha, a ruiva sentia a própria roupa pregando no corpo. Jellal parecia sentir o mesmo e observou a blusa encharcada por dentro do casaco.

Após saírem de Magnólia naquele dia, os dois haviam enfrentado várias dificuldades para chegarem até ali, incluindo os guardas dos dois reinos. No entanto, tinham conseguido passar da fronteira e agora viam Fiore pela primeira vez. Sorrindo, os dois andaram rápidos pelas ruas da cidade, notando que ninguém além deles se encontrava no lugar.

É muito cedo, pensou a ruiva. Deve ser isso.

Observando as casas ao redor, ela notou como tudo ali era diferente do que conhecia. Os brasões, as moradias enfileiradas e até mesmo o formato dos ladrilhos. Nada ali parecia com a cidade dos magos, era de fato algo construído por dragões. Surpresa, Erza observou quando Jellal apontou para os primeiros moradores que viam ali. Uma garota loira, um gato azulado, uma garota baixinha, um garoto coberto de pregos de metal e um rosado sentado sobre a laje de uma das casas olhando de um lado a outro da rua. Eles eram exatamente como eles, moravam onde podiam, comiam onde podiam e não deviam satisfação a ninguém.

Os magos se entreolharam e apesar de parecerem bem familiarizados com os dragões daquele lugar, notaram algo estranho no grupo. As duas garotas que roubavam comida da loja de pães não eram como os outros dois, eram magas como eles, podiam sentir sua magia. Os garotos, por outro lado, faziam jus ao nome do reino.

Calados, observaram o que eles faziam. Eles estavam roubando uma padaria, guardando toda a comida dentro de saco de batatas. O rosado acima de suas cabeças vigiava a rua junto do gato alado. Erza quase podia sentir seu olhar sobre o muro no qual estavam escondidos. Com um pulo que mataria qualquer humano que tentasse saltar daquela altura, a ruiva o viu aterrissar no chão. Jellal mexeu-se incomodado ao seu lado.

— Vamos embora! — disse ele apertando a mão da maga.

— Não, espere! — respondeu de volta. — E se eles também estiverem fugindo? Poderíamos nos juntar a eles.

— É perigoso Erza!

— Não custa nada tentar, não é como se o inimigo delas fosse diferente do nosso. — disse, referindo-se as duas garotas.

Jellal permaneceu em silêncio e a ruiva entendeu aquilo como uma confirmação do que estava para fazer. Saindo de trás do muro, foi na direção do grupo.

— Ei vocês — chamou, fazendo os quatro olharem para ela. —, o que estão fazendo?

Ninguém respondeu e o rosado que antes havia visto aproximou-se ameaçador. Olhando-o de perto, percebeu que ele olhava diretamente para a sua armadura, o que fez a ruiva entender sua expressão. Ela estava parecendo um soldado brutamontes com aquela roupa, não é a toa que todos ficaram chocados ao vê-la.

— Ah, certo... — disse olhando para a armadura. — Desculpem.

A armadura mudou e logo outra apareceu no lugar. Com uma cara espantada, o grupo observou quando ela apareceu vestida como os guardas da cidade. A diferença é que sua roupa era cinza, não dourada e ela usava saia. Além disso, a ruiva parecia bem mais ameaçadora que qualquer um dos homens que já tinham visto. Jellal pigarreou atrás dela.

— Quem são vocês? — perguntou ele sem a menor cerimônia. — Não queremos confusão.

— E por que responderíamos a vocês? — a azulada perto do dragão de metal respondeu. — Quem garante que ela não serve ao rei? — perguntou, apontando para Erza.

— Porque não sirvo. — respondeu a ruiva olhando para a garota. — Você é uma maga, deve ter sentido minha magia.

A azulada balançou a cabeça em afirmação e se aproximou de Erza. Com um olhar desconfiado, segurou a mão da ruiva, mas após alguns segundos, sorriu para ela.

— Prazer, me chamo Levy. — disse apertando a mão de Erza. — E essa é a Lucy, uma maga como nós.

A loira na entrada da padaria deu um tchauzinho, entrando logo em seguida, fazendo a ruiva pensar que talvez não tivesse pegado o suficiente. Erza retribuiu a saudação.

— Esse é Gajeel. — continuou Levy apontando para o dragão ao seu lado. — E esse é...

— E aí? — falou o rosado interrompendo Levy. — Sou Natsu e esse é Happy.

— Aye! — respondeu o gato azulado e Erza quase caiu para trás quando viu-o falar.

— Você fala? — perguntou a ruiva.

— Sim, como peixes também, tem algum aí? — disse puxando uma espinha de dentro da bolsa. Pelo visto a espinha ainda não tinha perdido o sabor do peixe.

— Ele é um exceed. — falou o dragão de metal próximo a Levy. — Todos os dragões tem um.

— Menos o Gajeel! — disse Natsu. — Ele ainda não achou o dele!

— Cala a boca, Salamander! — rebateu Gajeel e Erza teve vontade de rir.

Esticando a boca em um sorriso, Natsu sorriu para ela, pelo visto ele não era tão ameaçador quanto pensava. Contudo, ainda havia alguém para ser apresentado.

— Bem, mas quem é o esquisitão do seu lado, ruiva? — perguntou Gajeel, após se recompor e apontando para Jellal.

— Me chamo Jellal, mago igual a Erza. — disse o azulado ao lado da maga, ele havia voltado a segurar sua mão sem que ela percebesse.

Com um sorriso, a ruiva devolveu seu aperto. Ninguém havia notado, mas era exatamente desse jeito que Jellal era, silencioso.

— E então? — alguém perguntou próximo a eles. — Por que vieram aqui?

— Procuramos refúgio.

— Ótimo, podem ficar com a gente. — respondeu Levy feliz, sorrindo para os dois.

Erza retribuiu, mas sabia que não poderia fazer isso. Jellal e ela andavam juntos desde pequenos, nunca paravam em um mesmo lugar, sempre partiam em busca de algo que nem eles mesmos sabiam o que eram, mas iriam ficar um tempo ali por conta do acontecido em seu reino. Talvez devesse acertar a oferta só dessa vez, pelo menos até seu nome sumir das paredes de Magnólia. Quando tudo acabasse, seria a primeira vez que deixaria pessoas de verdade para trás.

— Tudo bem, mas com uma condição. — disse para o grupo. — Não fiquem surpresos se desaparecermos de repente.

Todos concordaram e Natsu pareceu não gostar de sua resposta, apenas balançou a cabeça em afirmação. Gajeel, por outro lado, ainda parecia desconfiado em relação a eles e Erza pôde notar que ele era o único a olhá-los confuso como senão entendesse alguma coisa ou estivesse refletindo sobre algo. Bem, não é todo dia que aparecem tantas pessoas misteriosas em sua cidade. Se afastando, ele caminhou para perto de Levy e logo estavam andando em direção ao refúgio. Erza foi com eles.

~~XX~~

— Vossa Majestade? — chamou um guarda batendo em sua porta enquanto ele se virava na cama.

— O quê?

— Visita para o senhor.

— Já estou indo.

Que inferno! pensou. De novo aquela ladainha pela manhã!

Jogando a coberta de lado, o rei procurou se levantar. Detestava que o acordassem tão cedo como naquele dia, era sempre a mesma coisa: ele acordava, ia para o conselho, ouvia os moradores e sempre chegava na estaca zero. Ninguém sabia onde ela estava.

Irritou-se.

Até quando o iriam fazer de bobo em busca de dinheiro?

Nem ele sabia, só esperava que a visita da vez tivesse informações coerentes. Como previu, não precisaria sair do palácio por hoje, pelo menos para isso serviu acordar cedo, tinham vindo pessoalmente para vê-lo. Ao descer em direção ao andar de baixo, viu um homem franzino com um chapéu triangular sobre a cabeça. Ele parecia nervoso e mexia as mãos freneticamente. Com uma cara enfadada, Gray respirou fundo, aquilo já estava fora de controle.

— Mas o que é isso? — disse olhando diretamente para os guardas. — Mandaram trazer o bobo da corte no lugar da garota?

— Meu senhor — disse um dos guardas chamando sua atenção. — Este é o homem que encontramos ontem a noite.

— E o que tem isso Lyon?

— Ele diz ter informações sobre Juvia Lockser. — respondeu, fazendo uma reverência a ele.

O rei o olhou, tão atentamente quanto poderia. Se aquilo fosse realmente verdade o iria encher de jewels, mas logo descartou tal possibilidade. Todos que haviam vindo sempre tinham a intenção de ganhar dinheiro, nunca falavam a verdade. Gray se preparou ouvi-lo.

— Vossa majestade — começou o homem e Gray quase bocejou ao escutar sua voz. Por algum motivo, aquele ser não lhe passava confiança. — Vi Juvia Lockser há poucos dias. Ela foi em minha loja.

— Quando isso? — perguntou o rei sem muita animação.

— Faz dois meses meu senhor.

Gray ajeitou-se na cadeira. Olhando para o homem lembrou-se exatamente do dia em que ela o traiu. Ok, talvez ele não fosse tão mentiroso quanto Gray pensara. Com um sinal, pediu para o homem continuar. Queria ouvir tudo o que tinha a dizer e depois iria decidir o que fazer com ele, visto claramente que era um mago.

— Ela havia ido em minha loja para comprar uma poção. Dizia que queria se vingar de alguém. Como era nova e parecia jovem, cedi uma de minhas poções a ela, não acreditando muito que ela poderia fazer algo com aquilo. — disse o homem com medo visível nos olhos ao passo que o rei fechava a cara na palavra “poção”. — No entanto, como o senhor deve saber, ela procurou matá-lo e eu realmente sinto muito por isso, não foi m-minh...

— Está dizendo que o culpado é você? — perguntou Gray mais irritado do que gostaria. — Você vendeu a poção a ela?!

— N-não meu senhor, digo sim, mas não foi com essa intenção... — respondeu o mago começando a pensar que talvez não tivesse sido uma boa ideia ter vindo ali.

— E com que intenção alguém venderia uma poção daquelas? — disse Gray olhando diretamente para o homem que havia começado a tremer.

— Com a intenção de que talvez ela mudasse de ideia ao se ver finalmente com a poção, meu senhor. — respondeu o mago tentando acalmar o rei.

Gray, contudo, levantou-se. Estava tão zangado que mal conseguia se conter. Andando até o homem, notou quando a temperatura começou a baixar. Era por sua culpa que isto estava acontecendo e quase pôde sentir os guardas tremendo ao seu redor, com a exceção de Lyon.

— M-meu rei, se acalme — gaguejou o homem horrorizado vendo a cena que estava ocorrendo. —, não faça nada precipitado... — não pôde terminar.

Com os olhos arregalados, o mago viu quando uma encruzilhada de gelo chegou até ele congelando-o até a cintura. Neste momento, arrependeu-se. Arrependeu-se de tudo o que fez. De ter vendido a poção para Lockser, de ter enganando a maga e principalmente, de ter mentido para o rei, mas agora era tarde demais e ele iria pagar por isso. Sem sequer poder se defender, observou o rosto de Gray.

Então era verdade! pensou ao olhar o rosto frio do rei. O maior inimigo dos magos é na verdade... um deles?

Paralisou-se. Com a consciência que lhe restava, ouviu uma resposta ao longe. A resposta clara que sempre esteve diante de seus olhos e ele, nem mago algum jamais havia notado: O sim para tudo aquilo. Disse então suas últimas palavras antes que congelasse completamente:

— Sua vergonha será consequência de seus atos, meu rei...

O rei ignorou-o, e logo uma enorme estátua de gelo pairava no meio do salão. Com um olhar assombrado, os guardas observaram qual seria a reação de Gray. O moreno, por sua vez, só mandou recolher a estátua e levá-la para o porão. Diferente de todos, tanto fazia para ele uma estátua a mais ou a menos, contanto que ninguém soubesse da sua coleção particular. Por outro lado, não estava feliz como muitos ali pensavam, a verdade é que sempre odiou a magia.

Sua mãe e seu pai haviam morrido por conta dela, assim como sua tutora, as pessoas de sua cidade, sua amiga e até mesmo a maga que o traiu. A única diferença é que ela havia morrido em seu coração. Mesmo assim, tudo sempre dera errado a partir do momento em que Gray optou por ser ele mesmo. Resolveu então renunciar ao que era. Quebrando todos os paradigmas, fingiu-se humano, derrotou Deliora, o antigo rei, e tornou a si mesmo um modelo a ser seguido pelos moradores. Agora todos possuíam o mesmo ódio que ele possuía, porém sentia que faltava algo. Nunca estava feliz, nem satisfeito, fazia no entanto, o que melhor sabia fazer: fingia ser o que não era.


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