Te Esperaré escrita por BellaBlanco


Capítulo 2
Um Começo, Uma Canção


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura...!



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Querido Diário,
Eu sinto que esse ano vai ser diferente, não tenho ideia se isso é bom ou ruim. Ainda falta dois anos para me formar, mas dizem que passam rápidos é o que eu espero! Amanhã vai ter um baile no colégio de boas vindas aos novatos, devido a instituição ser de elite, logo minhas BFF's devem estar chegando, pois iremos ao shopping comprar vestidos novos... Bom, depois te conto mais.
Guardei meu diário debaixo do colchão, vejo uma mensagem da Fran dizendo que estavam lá embaixo. Pego minha bolsa, logo desço as escadas e encontro minhas melhores amigas me esperando, as abraço e estava prestes a sair de casa até que...
"Filha?" - ouço minha mãe me chamar.
"Sim?" - olho para ela.
"Novos vizinhos se mudaram para casa ao nosso lado e os convidamos para jantar hoje a noite" - disse.
"Está bem, não chego tarde" - ela riu e beijou minha testa.
"Esperteza, você puxou a mim" - falou.
"Eu ouvi isso" - disse meu pai alto, com certeza vindo do escritório.
Ri junto dá minha mãe, soprei um beijo para ela e, a Ludmi estava me puxando para carro. Oh garota viciada em compras, eu hein! Porém, é uma das minhas melhores amigas e, a adoro do jeito que é.
"Vizinhos novos?" - perguntou Ludmi depois de um tempo.
"Sim, por quê?" - questiono.
"Quem sabe não tenha um rapaz lindo" - balanço a cabeça sorrindo, só essa doidinha para dizer isso.
"Ludmi!" - a repreendemos.
"O quê?!" - nos olhou inocentemente.
"Jura? Ludmila, você namora o meu irmão" - disse Fran.
"Ah, verdade" - diz Ludmi se lembrando desse fato.
"Doidinha" - dissemos Fran e eu em uníssono.
"Chegamos" - anunciou minha amiga loirinha.
Fran e eu rimos, enquanto a Ludmi empurrarava a gente para dentro do shopping. Fomos em várias lojas, logo achamos os vestidos perfeitos e os sapatos também, a Fran sugeriu de irmos almoçar, eu aceitei já a Ludmi queria continuar comprando.
Fomos até o restaurante japonês, fizemos nossos pedidos e a Fran começou me olhar com um sorriso no rosto.
"O que houve?" - pergunto.
"Pensando no Diego?" - a Ludmi também abriu um sorriso.
Ah é, esqueci de mencionar eu tenho um namorado Diego, ele é estilo bad boy, eu o amo, mas às vezes sinto que minha relação com ele não é mais a mesma. Só não falo isso para as garotas, pois elas vão que é coisa da minha cabeça.
"Não" - nego.
"Nem acredito que os rapazes chegam hoje do acampamento" - falou a Ludmi.
"Está ansiosa para ver meu irmão?" - Fran perguntou a ela.
"Óbvio, faz um mês que não nos vemos"
"Quem sabe a Ludmi para de falar em outros rapazes" - digo.
"Verdade" - a Fran concordou comigo.
"Fizeram complô contra mim, né?"
"Imagina loirinha" - rimos.
Foi assim nosso almoço em meio de conversas e risos, depois disso fomos para casa ao som da Kate Perry. Despeço-me delas, entro em casa e subo até meu quarto para guarda as compras, a Olga me avisa que o jantar era as 20hrs, então eu ainda tinha tempo.
Ouço meu notebook apitar, vejo que era a Fran fazendo uma chamada de vídeo pelo Skype, aceito. Era ela e a Ludmi.
"Violetta, você não vai acreditar quem são seus novos vizinhos!" - exclamou a Fran, animada.
"Quem?" - pergunto curiosa.
"A família Vargas" - gritou animada. Ludmi.
"Como sabem?" - questiono.
"Fizemos uma pequena de investigação" - continuou a Ludmi.
"Nem acredito que você é vizinha da estilista Vanessa Parker Vargas e do renomado advogado Leonardo Vargas" - arregalo os olhos.
"Não sei se estou surpresa por ser vizinha da melhor estilista ou como vocês descobriram essas coisas muito rápida" - digo.
"Foi fácil" - diz Fran.
"Não vou nem perguntar como descobriram" - riram - "Bem, tenho que ir, nos falamos depois".
"Beijinhos Vilu" - disse as duas.
"Beijos"
Sai e fechei o notebook, fui até o banheiro e tomei banho, logo desliguei o registro e enrolei-me na toalha. Voltei para o meu quarto, por sorte minha janela estava fechada, escolhi um vestido até o joelho branco e sapatilha preta. Seco meu cabelo e faço escova nele, visto a roupa, calço sapato e, acabo fazendo uma make leve.
Olho o relógio do qual marca 19h15min, desço as escadas e vou até a cozinha. Ajudo a Olga com a sobremesa, logo aparece minha mãe como sempre elegante.
"Está linda, mãe" - falo.
"Você também" - sorrio com o elogio.
"Vou lá aprontar a mesa" - disse a Olga antes de sair.
"Teve notícias do Diego?" - perguntou minha mãe.
"Não, desde que brigamos" - respondo.
"Logo, vocês se acertam" - disse minha mãe.
"Sim, tenho que ser otimista" - sorrimos.
"Essa é a minha filha"
Ouvimos a campainha, falei para minha mãe que eu já ia, peguei o meu celular e disquei o número do Diego. Chamou, chamou e chamou, indo para caixa postal.
"Diego, quando ouvi essa mensagem me liga, precisamos conversar" - dei o recado e deixei meu celular na bancada.
Fui até a sala, vi um homem alto de cabelo castanho, olhos castanhos e bronzeado esse devia ser Leonardo Vargas, a mulher tem estatura média, loira e olhos verdes, Vanessa.
"Essa é minha filha Violetta" - diz minha mãe com um sorriso no rosto - "Filha, esses são Leonardo e Vanessa e, o filho deles Leonard Vargas".
"É um prazer em conhecê-los" - digo.
"O prazer é nosso querida" - disse a senhora Vargas.
Cumprimentei-os, meu pai foi conversar com o Sr. Vargas no escritório, eu tenho impressão que eles já se conheciam, minha mãe estava conversando com a Vanessa, enquanto o Leonard lia um livro e sua mãe o olhava repreendendo o mesmo.
"Desculpem o meu filho, mas quando pega o livro parece que não existe mais nada ao redor" - ele revirou os olhos, acho que só eu que percebi.
"É compreensível, minha filha quando pega o diário, não se importa com mais nada" - disse minha mãe como se não estivessemos aqui.
"Você escreve?" - ouço a voz do rapaz perguntar a mim.
"Às vezes, esqueço as coisas, por isso escrevo é bom lembrar" - respondo.
"Por que vocês não dão uma volta no jardim?" - perguntou minha mãe e, a mãe dele concordou.
"Se não tem outro jeito" - disse o Leonard baixinho e, eu prendi o riso.
Levantamos e fomos até o jardim, fiquei de pé ao seu lado, este rapaz é diferente dos vários que conheço, só não sei o que é.
"Qual livro está lendo?" - pergunto puxando o assunto.
"Drácula" - respondeu.
"Então, gosta de livros de vampiro?"
"Sim, qualquer tipo de leitura" - disse.
"Até do colégio?" - assentiu - "Estou impressionada" - sorri.
"Por quê?" - questionou.
"Bem, Leonard, eu amo ler, mas do colégio nem um pouco, os livros que os professores me passam não me prendem" - respondi - "Mas, Drácula é interessante".
"Já leu?"
"O amor é mais forte que a morte" - recitei.
"É estou vendo que sim" - disse.
"Então, Leonard qual é seu segredo?" - pergunto.
"O quê?" - perguntou confuso me fazendo sorrir.
"Todo mundo tem um segredo, qual é o seu?"
"E por que quer saber?" - perguntou grossamente.
"Desculpa, eu tenho um péssimo hábito de ser curiosa e você é misterioso, desculpa mesmo" - pedi - "Vamos, já deve estar tudo pronto para o jantar".
Voltei para dentro da casa, a Olga nos chamou para jantar, eu sentei do lado da minha mãe e de frente para o Leonard, enquanto jantavámos o Sr. Vargas se dirigiu a mim.
"Todos os troféis da sala de estar são seus?" - perguntou.
"Sim, são" - respondi.
"Qual curso quer fazer na faculdade?"
"Advocacia, eu acredito na verdade dos fatos".
Ele sorriu com a minha resposta, mas era verdade eu defendia a verdade e que toda história tem dois lados, jantei enquanto ouvia os adultos discutirem sobre vários assuntos.
"Pequenina?" - levanto o olhar para a Olga.
"Hm?"
"É o Diego" - assenti me levantando da mesa.
"Você ainda namora esse deliquente?" - perguntou o meu pai.
"Sim, namoro" - respondi calmamente.
"Germán, deixa nossa filha" - disse minha mãe - "Vai lá, querida".
"Licença" - pedi.
Agradeci a Olga e peguei o meu celular, fui até o jardim onde seria mais calmo para mim conversar com ele.
Ligação ON:
Violetta: Diego?
Diego: Vilu, o que precisamos conversar?" - questionou.
Violetta: Nossa última briga? - ouvi ele respirar fundo do outro lado da linha.
Diego: Vilu, não quero discutir isso com você por telefone - respondeu.
Violetta: Então, quando?
Diego: Olha para trás - achei esquisto, mas olhei, e lá estava ele com seu sorriso de deboche.
Ligação OFF.
Encerrei a chamada e fui até ele, ficamos uns centímetros longe do outro, mesmo estamos brigados com ele, isso não impediu que ele viesse e me desse um abraço.
"Vamos conversar no meu quarto, as paredes aqui tem olhos e ouvidos" - apontei discretamente para meu pai que nos olhava.
"Ah" - sorri.
Ele me seguiu até em casa, acenou e subimos para o meu quarto ouvindo meu pai soltar uns resmungos, fechei a porta e fiquei de frente para o Diego.
"Não quero ficar brigado com você" - disse.
"Nem eu, mas não podemos passar uma borracha e fingir que nada aconteceu".
"Então?" - respiro fundo.
"Querida?" - abri a porta para minha mãe - "Vai lá se despedir dos nossos vizinhos".
"Tudo bem, me espera aqui Diego".
Concordou. Desci as escadas junto da minha mãe e despedi dos meus novos vizinhos, voltei para o quarto e percebi que ele tinha aberto a janela.
"A única coisa que estou pedindo é para você confiar em mim" - digo.
"Confio em você e, eu só não confio nesses urubus" - prendi o riso.
"Urubus? Jura?" - assentiu - "Bem, a maioria desses urubus são os meus amigos" - falei.
"E, eu não gosto" - reviro os olhos.
"Como eu não gosto de suas amiguinhas, mas nem por isso fico toda a hora querendo saber onde está e com quem" - pus um fio do cabelo atrás da orelha - "Confiança gera confiança, para ter isso nós dois precisamos ser honestos ou esse relacionamento está fadado ao fracasso".
Ele me olhou nos olhos e tentasse ver minha alma refletida, o que eu sentia de verdade, mas pelo que vejo não conseguiu e soltou um suspiro de frustação.
"O que vai ser Diego, vai confiar de verdade em mim ou teremos que terminar?" - questionei, pois do jeito que estava, não dava.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Beijos



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