Leiam o capítulo ouvindo: Steal My Girl, One Directioner.

PDV Ludmi

    Havia dois rapazes aqui comigo e a Vilu, eles me conheciam, mas eu nem sei que diabos eles são.

"Vilu...?" - pergunto confusa.

"Ludmi, esse é o Tomás e o Federico, nossos amigos" - responde nervosa.

"O que está me escondendo, morena?"

"Nada, loira" - fala rapidamente.

"Sei" - digo desconfiada.

"Já volto" - disse me dando um beijo na testa - "Juízo" - recomenda.

     Encaro os dois seres depois que minha BFF sai do cômodo. Arqueio a sobrancelha, cruzo os braços e fico esperando alguém dizer algo.

"Ludmi, nós podemos conversar?" - pergunta o do topete.

"Para você magoá - lá ainda mais"  - disse o tal do Tomás.

"Cala a boca, cara" - manda o rapaz de topete.

"Quietos!" - mando - "Tomás, né?" - assentiu - "Pode me deixar sozinha com o do topete".

"Tem certeza?" - indaga Tomás.

"Sempre tenho, darling" - assentiu e colocando um buquê de rosas vermelhas no criado mudo.

"Qualquer coisa é só gritar" - aconselha.

"Muito engraçado, estou morrendo de rir" - disse o outro rapaz com tom de deboche na voz.

    O Tomás saiu do quarto me deixando a sós com o do topete. "Federico", o olho confusa.

"O quê?" - pergunto.

"Meu nome é Federico".

"Você já me magoou?" - eu preciso saber a verdade, ao invés das pessoas me ocultarem os fatos.

"Ludmi..." - o olho séria - "Sim, já te magoei e me arrependo até hoje por isso".

"O que você me fez?" - indago confiante, mesmo que lá no fundo tenho medo da verdade.

"O médico acha melhor você lembrar aos poucos" - disse desconfortável.

"É da minha vida que estamos falando, desembucha" - falo impaciente.

"Estávamos namorando e, um dia fui até uma loja de música, lá eu conheci uma garota, Mary, eu me encantei por ela e ficava te evitando para encontrá-la" - pausa e não me olha - "Eu ia terminar com você, mas, como sempre o seu poder para descubrir de coisas apitou e no final a senhorita terminou comigo gritando de tudo quanto que é nome".

"Então, o que faz aqui?" - tento me controlar para não gritar com ele, agora.

"Pedir desculpas e quando fiquei sabendo do seu estado, corri logo para cá".

"Agora sabe como estou, pode ir" - digo.

"Ludmi...?" - o interrompo.

"Ludmila para você" 

"Um dia poderá me perdoar?" - olho para janela.

"Quem sabe" - volto a olhá-lo - "Pode me deixar sozinha?".

     É muita coisa para minha cabeça. Percebo que ele havia saído, logo aparece o Tomás que fica me diverte a tarde inteira. Ele é muito engraçado e gentil.

PDV Vilu

    Fomos lanchar na lanchonete, o Fede foi embora cabisbaixo me dando pena, mas ele procurou isso ao traí-la. No entanto, todo mundo erra se ele a ama de verdade saberá como consertar as coisas, já que não posso ajuda-la agora com a questão do coração, pois ela nem se lembra de vários eventos recentes.

"Violetta?" - olho para o Diego - "Estava no mundo da Lua?".

"Na verdade, estava pensando na loira e no problema que ela arrumou com aqueles dois" - respondo.

"Isso se chama triângulo amoroso, Vilu" - esclarece o Diego.

"Podemos fazer algo amanhã?" - propõe a Cami.

"É a Ludmi sai amanhã de manhã" - disse Naty.

"Adorei a ideia, pode ser na minha casa?" - sugiro.

"Pode ser" - fala Maxi - "Sem polícia dessa vez".

"Obvio, não estou afim de passar mais uma noite na cadeia por culpa de vocês" - fala Diego dando um sorriso.

"Falou o cara que nos meteu lá" - acuso rindo.

"Se aquele cara não tivesse te paquerado, nada daquilo teria acontecido".

"Está jogando a culpa em mim, que feio" - balanço a cabeça.

"Se querem discutir a relação de vocês procurem outro lugar" - fala a Fran estressada.

"Quem dera tivéssemos algo" - fala baixo o Diego.

"Vamos nos despedir da loira, meu amor?" - assentiu - "Tchau gente, até amanhã".

"Tchau Leonetta" - dou um sorriso.

    Entramos no elevador, olho para o León que estava tenso. Aproximo-me dele o fazendo me olhar com aqueles lindos olhos verdes.

"O que houve?" - questiono.

"Nada" - responde seco.

"León?" - cruzo os braços e bato o pé.

"A Francesca está certa porque não discute sua relação com Diego ainda mais que não tem ninguém por perto" - suspiro e pego o seu rosto com as duas mãos.

"Leonard Vargas, eu amo você, só você" - digo - "Nada nesse mundo me afastará de ti"

"Violetta?"

"Nada, eu escolhi viver ao seu lado e nem minha amizade com o Diego vai estragar isso"

"Estou sendo bobo, né?" - pergunta sorrindo.

"Um pouco, mas mesmo assim continua sendo o bobo que amo" 

"Amo-te" - me puxa para um abraço.

"Também te amo mais do que imagina" - digo retribuindo o abraço.

[...]

   O León me deixou em casa dizendo que precisava resolver alguns problemas, subo para o meu quarto e revivo os momentos que era só apenas eu sem ter que carregar o segredo da minha família nas costas, pego o meu diário e sento na cama.

Querido Diário

    Sinto muito por ter parado de escrever, muita coisa aconteceu comigo nesse tempo, eu me apaixonei por León, o misterioso, eu sinto que estar com ele é a decisão certa por mais que não seja mais a simples garota que era rodeada de amigos, competições e tarefas de casa. Com apenas 16 anos, eu nem deveria pensar que ele é o amor da minha vida e que vamos ficar juntos para sempre, no entanto, lá no fundo sinto que sim. Pode ser que nossa relação dure um ano, dez anos ou para sempre, mas tenho certeza que vale a pena ter escolhido esse mundo com ele do que ficar sem o mesmo.

    Só quero achar um jeito de conciliar o meu novo mundo com o antigo, não é pedir demais. A loira sofreu um acidente e agora terá que suporta um triângulo amoroso, ela merece toda felicidade do mundo e não ter uma confusão no coração senão bastasse só isso o Diego voltou para minha vida e a cada a dia, a Francesca me odeia, mas o que posso fazer ainda mais depois dela ter me apunhalado pelas costas? É tão complicado, mas parece tão simples. 

   Só queria achar respostas para os enigmas da minha vida...

     Ouço alguém tocar a campainha, fecho o diário e o escondo. Desço as escadas e abro a porta ficando surpresa com a minha visita inesperada. "Diego?!", ele sorriu.

"Sentiu minha falta?" - estreito os olhos.

"O que faz aqui?" - pergunto bloqueando a passagem.

"Estava com saudades" - reviro os olhos.

"Vou pensar seriamente em quebrar o laço de amizade que tenho com você" - falo séria.

"Desculpa, foi brincadeira" - dou um murro de leve no seu ombro.

"Sei, então?" 

"Pensei se quisesse a companhia de um amigo já que você anda sumida" - respiro fundo, conciliar o novo mundo com o antigo.

"Tudo bem, mas sem gracinhas" - aviso o deixando passar.

"Ainda continua controladora" - ri.

"Sempre fui, querido" - ele riu junto comigo.

     O Diego me contou das fofocas do colégio me fazendo rir, resolvemos fazer pizzas e começamos brincar jogando farinha um no outro, ouvimos a campainha tocar e aparece a Olga de não sei da onde. "Vocês são terríveis", rimos. Ela abriu a porta e vejo o León com uma cara nada boa ao ver o Diego comigo.

"Acho que vim numa péssima hora" - fala friamente e ia dar meia volta.

"León, por favor, entra" - peço.

"Entra, León" - traz o meu namorado para dentro, agradeço a Olga mentalmente.

"Vou me limpar" - disse o Diego nos deixando a sós.

    A Olga vai logo em seguida, suspiro e mordo o lábio nervosa. Encaro o meu namorado e espero que ele diga algo. "León, grita, fale ou que seja, mas esse silêncio está me matando", imploro.

"É só virar as costas que ele aparece na sua vida" - fala sem me olhar.

"Ele veio me visitar como amigo" - digo.

"Tem certeza que as intenções dele não são outras?" - fico muda - "Como é ingênua, Violetta".

"Qual é o seu problema? Não confia em mim?" - exalto-me o fazendo me olhar.

"Confio em você, mas não nele" - suspiro e me aproximo dele.

"Do que tem medo? De me perder?" - acaricio sua bochecha com a mão limpa.

"De te perder de novo" - ele percebe o que diz e se afasta - "Depois nos falamos".

"León!" - chamo, mas o mesmo nem olha para trás.

   Balanço a cabeça, volto para pizza e logo aparece o Diego, mas sem piadinhas. Terminamos de fazer as pizzas, comemos junto com a Olga e o Ramallo, sinceramente, me pergunto onde tinham se metido para só aparecer agora.

"Vou indo nessa, Vilu" - disse meu amigo badboy.

    Levo-o até a porta, ele me dá um beijo na bochecha e some do meu campo de visão. Dou boa noite para Olga e o Ramallo, subo para o quarto, tomo banho e visto o pijama. Lembro-me do León e da nossa conversa, há algo no nosso passado que ele não me contar e isso já está começando me angustiar. Ouço da janela uma linda melodia e vinha do quarto do León.

Roubar Minha Garota

Ela é minha rainha desde que tínhamos 16 anos
Queremos as mesmas coisas
Sonhamos os mesmos sonhos
Certo? Certo!
Eu tenho tudo porque ela é única
Sua mãe me chama de "Amor", seu pai me chama de "Filho"
Certo? Certo!
Eu sei, eu sei, eu tenho certeza

Todos querem roubar minha garota
Todos querem levar seu coração embora
Para as bilhões de pessoas no mundo
Procurem outra pessoa, porque ela é minha

Todos querem roubar minha garota
Todos querem levar seu coração embora
Alguns bilhões de pessoas no mundo
Procurem outra pessoa, porque ela é minha

Na na na na na na (oh, sim)
Na na na na na na (isso aí)
Na na na (ela me pertence)

Beija como uma rainha, seu jeito de andar é demais
E todos os queixos caem
Quando ela usa aquele jeans
Certo? Certo!
Eu não existo se eu não tiver ela
O sol não brilha, o mundo não gira
Certo? Certo!
Mas eu sei, eu sei, eu tenho certeza

Que todos querem roubar minha garota
Todos querem levar seu coração
Às bilhões de pessoas no mundo
Procurem outra pessoa, porque ela é minha

Todos querem roubar minha garota
Todos querem levar seu coração
Às bilhões de pessoas no mundo
Procurem outra pessoa, porque ela é minha

Na na na na na na na (oh, sim)
Na na na na na na na (isso aí)
Na na na na na na na
Na na na na na na na

Ela sabe, ela sabe
Que eu nunca a desapontei antes
Ela sabe, ela sabe
Que eu nunca vou deixar
Outra pessoa levar o seu amor para longe de mim

Todos querem roubar minha garota
Todos querem levar seu coração
Às bilhões de pessoas no mundo
Procurem outra pessoa, porque ela é minha

Todos querem roubar minha garota
Todos querem levar seu coração
Às bilhões de pessoas no mundo
Procurem outra pessoa, porque ela é minha

Na na na na na na (oh, sim)
Na na na na na na (isso aí)
Na na na (ela é minha)

Na na na na na na (oh, sim)
Na na na na na na (isso aí)
Na na na na na na
Ela é minha

"Com certeza ela é" - digo de frente para ele depois de ter pulado a janela.

"Então, você é minha?" - ri.

"Contanto que você seja meu" - ele sorriu.

"Sempre" - o abraço - "Estava sentindo minha falta, né?".

"Convencido!" - me afasto - "No entanto, para sua curiosidade ser saciada, eu senti sua falta" 

"Também senti a sua, me desculpe por aquilo".

"Tudo bem" - pego suas mãos - "Precisamos conversar sobre algo no passado".