I swear escrita por MylleC


Capítulo 5
Capitulo 4 - Me diz como é


Notas iniciais do capítulo

Eaeee gente. Demorou eu sei, sinto muito mesmo, mas no natal quando fui viajar fiquei mais tempo do que o planejado e fui antes também, então acabou que não deu. Sem falar que divido o computador com a minha mãe e ela sempre pega ele nas horas erradas, o que também me atrasou com as fics, mas VOLTEI. hahaha na verdade, estou surpresa por estar vivinha aqui ja que o que não faltou nos comentarios foram ameaças né, gente, calma! kkkkk
Ponto importante sobre os flashbacks, eles não são continuidades um do outro, então o flashback desse capitulo não é continuação do outro e no proximo capitulo também não será continuação desse. Apenas faço o flashback que coincide com o presente, espero que gostem do desse capitulo. Enfim, boa leitura!



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Você a vê quando fecha os olhos

Talvez um dia você entenda porquê

Tudo o que você toca, certamente, morre

Mas, você só precisa da luz quando está escurecendo

Só sente falta do sol, quando começa a nevar

Só sabe que a ama quando a deixou ir

Só sabe que estava bem quando está se sentindo pra baixo

Só odeia a estrada quando está com saudade de casa

Só sabe que a ama quando a deixou ir

E você a deixou ir

(Let her go – Passanger)

Eu sabia que tudo o que eu precisava era dela, mas eu me recusava a aceitar tal coisa. Minha cabeça doía e enchi pela quinta vez naquele dia meu copo de tequila. Eu não dormi na noite passada, depois que eu e Felicity discutimos. Entrei em meu carro e dirigi desnorteado para casa, subi e me tranquei no quarto, onde eu permanecia até o presente momento.

Thea bateu em minha porta várias vezes, mas me recusei a atender ou sequer responder. Minha mente parecia metade adormecida e a outra metade estava confusa e revoltada demais. Felicity não podia ter feito aquilo, ela não podia ter dito para mim que... Arg.

Eu queria que as coisas fossem diferentes com ela, eu tentei a todo custo não sentir nada e eu consegui. Deus, Felicity era minha amiga e eu não poderia sentir qualquer coisa por ela, me empenhei tanto que me esqueci do que ela poderia sentir. A minha revolta era eu ter me afastado desse tipo de situação, com medo de me enganar novamente como ocorreu com Laurel e Sara e acabou que criei a maior confusão. Eu não sei amar ninguém e eu não me confundiria novamente com Felicity, pois não iria machucá-la ou mudar nossa situação e acabou que quem pois tudo a perder não fui eu. Foi ela.

“eu te amo” Eram as palavras que martelavam sem dó em minha mente. As lagrimas inundaram meus olhos e respirei fundo me negando a sucumbir á elas. Felicity tinha feito uma escolha, ela decidiu me contar sabendo o que aconteceria, sabendo que as coisas entre nós mudariam ainda mais e, portanto eu deixaria como estava. Doeria perder sua amizade, muito, já estava doendo. Mas era melhor assim do que eu a iludir, do que eu chegar e dizer que poderíamos tentar e no fim eu quebrar seu coração ainda mais. Isso não poderia acontecer, porque eu prometi que sempre cuidaria dela, prometi há anos atrás e era assim que eu estava cumprindo essa promessa. Me afastando.

Porque Oliver Queen é incapaz de amar, Oliver Queen é incapaz de se confiar, Oliver Queen... É incapaz de tocar algo com o coração sem que esse algo morra... Porque Oliver Queen... É apenas Oliver Queen e nada mais. Nada mais que valha a pena.

Fashback

Eu devia estar lá e não aqui. Felicity iria embora hoje e a noite já tinha caído, eu não havia ido me encontrar com ela nesse ultimo dia e nem ao menos consegui avisar.

Ouvi batidas na porta do meu quarto e voltei ao lugar o pequeno soldado de brinquedo á minha estante perfeitamente organizada. Nunca vi meu quarto bagunçado por brinquedos uma vez que os empregados estavam sempre arrumando tudo, era irritante.

Minha mãe entra no quarto e me sento próximo á janela, olhando para foram ainda pensando em uma maneira de sair dali.

–Ah Oliver, você ainda está ai emburrado? Francamente, porque é tão importante? Para onde você vai todos os dias e o que tem lá?

–Era importante e ponto, era o ultimo dia mamãe.

–O que era o ultimo dia?

Suspiro irritado.

–Nada, você não entenderia.

–Oliver Jonas Queen, sou sua mãe e você tem que me falar, o que estava fazendo todos esses dias?

Forço minha mente para me lembrar o endereço que Felicity uma vez comentara, a casa onde ela estava ficando. Olho o relógio e logo daria nove da noite. Podia ser perigoso, mas eu precisava tentar, principalmente agora que mamãe estava aqui e meu pai provavelmente estava trancado no escritório. Eu corria mais rápido do que minha mãe, não seria difícil.

–Oliver! – insiste.

Então sinto a revolta crescer em mim, junto com a confusão e o desespero.

–Quer saber o que eu estava fazendo? Estava fugindo do que eu vi, estava fugindo do papai porque eu o encontrei beijando outra mulher e ele me mandou não te contar, mas eu não sei o que fazer e era isso o que eu estava fazendo, mamãe!

Percebo tarde demais que falei mais do que devia e que isso foi uma grande besteira.

Ouço Thea chorar no quarto ao lado e quase sorrio aliviado. Valeu irmãzinha.Eu só queria sair daí e ir de encontro á Felicity, só isso.

–Vamos continuar essa conversa, jaja. – promete minha mãe, parecendo controlar as expressões enquanto sai do quarto para atender Thea.

Me levanto rapidamente e pego um casaco já que antes chovia muito e por isso estava frio lá fora. Corro para fora do quarto e tomo cuidado para que ninguém me veja enquanto desço as escadas, estava torcendo muito para que ela não tenha partido ainda. Saio de casa e corro até a garagem, pegando minha bicicleta e pedalando o Maximo que podia para a rua.

Dentro de vinte minutos eu enfim estava descendo a rua onde ficava a casa de Felicity, paro com a bicicleta do lado de uma árvore e desço, olhando as casa a procura de algum movimento. Havia um taxi parado em frente a uma das casas a qual eu supus ser a certa. Uma mulher loira levava algumas malas para dentro do carro com a ajuda do taxista. Suponho ser a mãe de Felicity.

Ela volta para dentro apenas para quando voltar estar com Felicity no colo, que tem a cabeça deitada em seu ombro, ela se vira e assim posso ver o rosto de Felicity, ela tem os olhos fechados, mas não parece dormir exatamente. Eu queria me despedir, minha mãe havia me impedido de encontrá-la mais cedo, mas eu tinha de me despedir.

Então seus olhos se abrem e por um momento penso que ela me viu, mesmo com a pouca luz na rua, ela parecia ter me visto. Levanta o rosto e a mãe a coloca no chão, arrumando seu agasalho e depois se levanta, atendendo o celular. Felicity se vira e então tenho a certeza de que ela realmente me viu.

Sorrio e ela parece considerar vir em minha direção, mas ouço sua mãe gritar algo pelo telefone e Felicity se encolhe. Me olha como se pedisse desculpas e assinto com a cabeça, mostrando que estava tudo bem. Ela procura algo no pescoço e puxa o colar, faço o mesmo com o meu e sorrimos um para o outro.

–Vamos Felicity. – sua mãe a chama quando desliga o celular.

Felicity acena para mim, ainda segurando o colar e leva a mão no peito, em cima de seu coração, e novamente eu a imito, mais tranqüilo por termos nossa despedida, não do modo que imaginávamos, mas... Era a nossa despedida e eu me lembraria dela para sempre.

Mesmo que Felicity não tivesse consciência do que acaba de acontecer em minha casa, ela fez com que meu coração ficasse em paz. Como se estando segurando aquele colar e olhando para ela, eu a escutasse dizer que tudo ficaria bem e que ela estava ali comigo.

Acenei de volta, vendo ela entrar a contragosto no taxi, me olhando pela janela enquanto o carro partia e essa estava sendo a ultima vez que eu via Felicity Smoak.

Fim do Flashback

Meu celular toca e por um resquício de lucidez que tenho nesse dia eu o olho, vendo o nome de Tommy. Atendo com pouca vontade, mas o faço.

–Sim.

–Oliver Queen! Onde diabos você está?

–Tomando um porre.

–Onde?

–Em casa.

–Em casa? O que aconteceu com você? Porque está em casa, estou te esperando em frente á QC há quase duas horas.

–Por quê?

–Porque precisava falar com você, mas parece que você está mais na merda do que eu. Estou indo ai.

–Não precisa, eu estou indo.

–Você não disse que está bebendo?

–Nem tanto. Vou tomar um banho gelado e me arrumar.

Ouço ele suspirar convencido.

–Tudo bem. Estou esperando.

Desligo e me obrigo a me levantar do chão onde eu estava e me encaminho para o chuveiro.

(...)

Termino de vestir o terno e abro a porta do quarto, descendo até o Hall e encontrando Thea e minha mãe sentadas no sofá falando sobre algo. Passo por elas indo até a porta, mas não rápido o suficiente para conseguir sair sem que elas me chamem. Me viro, esperando.

–Onde vai? O que aconteceu com você? Porque não abria a porta? Estávamos preocupadas. – Thea dispara.

–Não estava bem, não queria conversar.

–Oliver, o que houve filho?

Respiro fundo olhando para minha mãe. É claro que elas sabiam de Felicity, na épica em que eu era criança e sumia para me encontrar com Felicity minha mãe me questionou para onde eu iria e eu respondi que iria ver uma amiga e que seu nome era Felicity. Mamãe havia visto Felicity aqui em casa, mas foi de longe e só me perguntou sobre quando voltei no fim do dia e eu disse que era Felicity, minha amiga com quem eu brincava e o assunto morreu ai. Ela nunca esboçou qualquer reação, fosse boa ou ruim.

Meu celular vibra e eu o pego, sorrindo minimante ao ver que era Felicity, o que será que ela queria? Sinto sua falta, ela sempre me ligava de manhã para saber o que faríamos e pensei que hoje isso não aconteceria, mas estava acontecendo.

Fantasiei por um segundo que tudo o que houve noite passada foi fruto da minha imaginação. Mas passou assim que minha mente me obrigou a me lembrar de suas e das minhas palavras na noite passada.

–Deve ser a tal Felicity que Ollie ainda não trouxe para nós conhecermos, esse sorriso só pode... – parou de falar quando meu sorriso sumir gradativamente. –ou não.

Levanto o olhar e guardo meu celular no bolso.

–Preciso ir.

–Oliver! – paro novamente e cerro o punho. –O que aconteceu.

–Felicity e eu brigamos. – conto a verdade e enfim saio de casa, não querendo ouvir mais nada. Preciso ir á QC e me afundar no trabalho, algo para ocupar minha mente... Longe dela.

(...)

Encontro Tommy, ao invés de ser em frente á QC o encontro perto do lugar onde compramos nosso café e quando entro no lugar me arrependo imediatamente. Foi no mesmo lugar em que... Reencontrei Felicity.

–Então, agora me conta o que aconteceu. – diz enquanto nos sentamos á mesa para comer.

Respiro fundo e brinco com minha caneca.

–Essa é a ultima vez que estou contando essa historia, portanto preste atenção.

–Oliver, desembucha. O que aconteceu?

–Aconteceu que Felicity disse que me ama.

–Que?

–Pois é.

–E onde é que está o problema?

Arquei as sobrancelhas em confusão para ele.

–Como assim?

–Ué, você não contou que a ama também?

–Não seja estúpido, Thomas. Eu não sinto.

–Ah, Oliver. Faça-me o favor, qual o seu problema? Vai mesmo negar isso?

–Não estou negando nada, é um fato. Felicity e eu éramos bons amigos, ela se apaixonou e não posso fazer nada a respeito. Não podemos voltar a ser como éramos e é por isso e só por isso que estou...

–Arrasado?

Respiro fundo mais uma vez e assinto.

–Felicity e eu fomos bons amigos quando precisávamos um do outro para esquecermos do mundo complicado onde vivíamos e anos depois isso não mudou... Meu pai morreu em um acidente de barco, fiquei com todas as responsabilidades da empresa e com toda... Aquela pressão da imprensa e apenas agora estou me habituando a isso. Minha mãe não é mais a mesma, tive que passar pelo inferno para fazer Thea largar as drogas e já sofri dezesseis atentados nesse meio tempo. Acontece, que todos os meus problemas simplesmente evaporaram no momento em que... Eu a reencontrei.

–E novamente eu pergunto. Qual é o problema?

–Isso não está certo, Tommy! É muito fácil nós... Nos perdemos um no outro, muito fácil.

Ele continua me encarando.

–E o que você vai fazer?

–O mais seguro, me afastar.

–Porque Oliver? Porque se afastar se você não quer?

–Porque não posso ignorar o que aconteceu e porque não posso sentir o mesmo.

–Não pode sentir ou não pode admitir para si mesmo?

–Tommy, presta atenção. O que aconteceu quando namorei Madelaine? Minha primeira namorada?

–Oliver, não é igual, você...

–O que aconteceu, Tommy?

Ele bufa irritado.

–Ela te pegou na cama com outra é claro.

–O que houve com Laurel?

Revirou os olhos, cruzando os braços.

–Você dormiu com varias enquanto namoravam, engravidou uma que perdeu o bebê e também dormiu com a irmã dela, Sara.

–E o que houve com Sara?

–Você trocou ela por Helena.

–E o que houve com Helena?

–Você quebrou o coração dela depois que seu pai morreu.

–Seja mais especifico.

–Droga, Oliver. Ela gritou na sua cara que você não é mais o mesmo e era incapaz de amá-la, incapaz de amar qualquer um e que tudo o que sabia fazer era machucar e que morreria sozinho porque ninguém suportaria viver sobre o mesmo teto com você.

–E o que eu alegava em todas essas situações?

–Estar apaixonado, exceto pela garota que você engravidou.

–E o que vai acontecer com Felicity se eu levar isso adiante e nos envolvermos?

–Provavelmente o mesmo, você quebraria seu coração.

–Eu já fiz isso ontem a noite quando olhei em seus olhos e disse que não a amava como ela o faz, o que aconteceria Tommy, é que depois seria pior, eu quebraria seu coração ainda pior, em tantos pedaços que ela se tornaria outra pessoa. Assim como quase aconteceu com Helena, mas ela nunca, jamais disse que me amava, e conseguiu terminar comigo a tempo, mas Felicity diz me amar, o que significa que ela ficaria ao meu lado tempo o suficiente para sair muito machucada e tudo o que eu menos quero é fazer com que ela vire outra pessoa, é destroçar o seu coração e isso aconteceria pelo simples fato de que Helena tinha razão e; Eu. Não. Sei. Amar. Alguém.

Ele se cala, me avaliando por um momento, mas por fim assente.

–Tudo bem, eu te entendo. Vamos, ou você batera o Record de CEO atrasado.

(...)

Tudo estava ótimo, eu estava ali, enterrado no meio dos inúmeros papeis para ler e assinar e minha mente estava ocupadíssima, na medida do possível. Até...

Até eu levantar a cabeça para olhar quando ouvi a porta da minha sala ser aberta e a ver entrar. Linda como sempre, não me olhou, carregava vários papeis na mão e andou a passos apressados até a mesa de minha secretária e enquanto ela pegava os papeis, Felicity arriscou um olhar sutil em minha direção que mesmo com seu cuidado eu percebi.

Algo se apertou em meu peito. Eu sentia sua falta, sentia falta de a ouvir tagarelar em meu ouvido, de abraçá-la e de rirmos juntos. Ah, gostaria tanto de ver seu sorriso mais uma vez e não aquele olhar cheio de tristeza e culpa.

Já era de costume que sempre que Felicity subia até minha sala ela vinha falar comigo e por isso, sem nem mesmo que Felicity pedisse minha secretaria se levantou e caminhou até a porta enquanto Felicity e eu não desviamos o olhar pela porta de vidro. Vi algo brilhar ali e seu semblante se tornou fechado.

–Não é necessário Mary, eu vou... ãn preciso voltar logo para o TI. – Mary olha confusa para mim, mas assente.

–Tudo bem. – fecha a porta novamente e volta para sua cadeira enquanto Felicity e eu ainda nos olhamos.

Mas que droga, eu poderia ser uma pessoa normal que tem certeza de seus sentimentos. Eu não poderia me iludir novamente achando que a amava e no fim não amar dessa forma e acabar partindo seu coração novamente, eu não faria isso. Definitivamente não.

Teria que manter nossa situação, tinha que ser assim. Com muito custo desviei o olhar para meus papeis novamente, agora sem conseguir chamar nem um pouco da minha atenção. A escutei sair da sala e fechei os olhos com força.

(...)

Era possível não ter se passado nem vinte e quatro horas e eu já estar com saudades dela? Eu poderia novamente viver anos e anos sem a presença de Felicity? Me lembro de que depois que Felicity foi embora para Vegas minha família ainda ficou mais cinco dias e nos quatro primeiros eu ia até o lugar onde Felicity e eu ficávamos e apenas me sentava ali sozinho, até chegar na noite do quarto dia e eu implorar para meus pais que voltássemos para Starling.

Agora estou apenas deitado de bruços em minha cama, cansado demais até mesmo para trocar de roupa. Apenas quero deitar e fazer com que minha mente descanse, mas não consigo. Meus pensamentos não saem dela e sinto muito confusão dentro de mim, muitas perguntas sem respostas, muitas coisas que não entendo. Apenas estou... Explodindo.

Ouço batidas em minha porta e apenas murmuro um “entre” sem me virar, ainda com a cabeça afundada no travesseiro.

–Hey, Ollie. – ouço a voz de Thea e respiro fundo, soltando o ar pesadamente ainda sem me virar.

Thea deita ao meu lado na cama, também de bruços e apóia a cabeça nas mãos em cima do travesseiro. Olho em seus olhos e sorrio.

–Oi.

–Como está?

Não respondo. Não dava bem para responder essa pergunta agora, eu estava muitas coisas nesse momento.

–Não fez as pazes com Felicity?

–Não é tão simples assim, não foi uma briga qualquer.

–O que você aprontou, Ollie?

–Eu... Não sei, nada. Não diretamente pelo menos. O problema não é o que eu fiz, o problema é... O que eu sou, como eu sou.

–Hey, como assim? O que está dizendo?

–Apenas machuco as pessoas, Thea. E apenas estou me dando conta disso agora. Eu traio, eu minto, eu... Não mereço ela, Felicity não merece que eu repita os mesmos erros com ela.

–Como assim? Vocês não eram apenas amigos?

–Sim, mas brigamos.

–Bem... Alguém um dia me disse que, amigos brigam. Mas, grandes amigos fazem as pazes.

–Talvez esse seja o problema. Não somos grande amigos, quer dizer, éramos grandes amigos, mas... Talvez sejamos mais que isso, talvez ela queira que sejamos mais que isso, mas eu não consigo.

–Vamos ter uma conversa hipotética então?

Sorrio e assinto, me ajeitando melhor sobre os travesseiros.

–Certo, se hipoteticamente Felicity quiser mais que isso, porque você não conseguiria?

–Como posso ter certeza que a amo, se já pensei ter esses sentimento antes e apenas me enganei e as enganei? Como posso ser louco o suficiente para arriscar tanto? Eu não suportaria machucá-la, Thea. Não posso tentar algo se não tiver certeza do que sinto.

–Então... Você apenas hipoteticamente tem que ter certeza.

–Como farei isso? Não consigo pensar direito longe dela e também não consigo pensar direito perto dela. De qualquer modo eu só penso... Nela, não me concentro em mais nada, meus problemas somem perto dela, tudo o que quero sempre que estou com ela, é estar ainda mais é... Eu não sei explicar.

Thea abre um sorriso brilhante para mim.

–Eu disse algo a Tommy hoje, algo em que fiquei pensando o resto do dia e me dando conta em como é verdade.

–O que você disse?

Sorrio com a lembrança. Me lembrando do que disse, lembrando-me de todos os momentos que passei ao lado de Felicity, me lembrando... De seu sorriso.

–Disse que... É muito fácil Felicity e eu nos perdermos um no outro.

–Não vejo isso como um problema, na verdade... Ollie, depois de tudo isso que me disse é o primeiro passo para você ter certeza do que sente. Se serve de ajuda, eu jamais vi você ficar assim por uma vez sequer com Laurel, Sara, Helena ou qualquer outra.

–Se esse é o primeiro passo, qual o segundo?

–Não posso te dizer o que é o amor, Oliver, não posso te dizer se você esta sentindo isso ou não, quem tem que descobrir é você. E se o primeiro passo foi esse, o segundo... Bem, talvez você deva perguntar a ela.

–Como assim?

–Não posso te dizer o que é o amor, porque acho que eu não o senti ainda, mas Felicity disse te amar. Pergunte a ela.

Thea se aproxima e beija meu rosto, sorrindo e se levantando.

–Speedy! – chamo, antes que ela saia.

–Sim?

–Obrigada.

–Não há de que.

(...)

O sol já havia se posto, e eu sabia que estava um pouco tarde, mas eu não podia esperar muito mais. Eu já havia aceitado a idéia da possibilidade de amar Felicity, mas eu realmente queria ter certeza e Thea tinha razão. Eu precisava perguntar á ela, quando eu tivesse certeza, então tudo estaria resolvido porque eu também teria certeza de que nunca a machucaria como fiz com as outras.

Peço para o porteiro avisar que estou aqui, eu estava realmente nervoso e com medo, não teria coragem nem mesmo de mandar uma mensagem anunciando minha presença, então o porteiro poderia fazer essa gentileza.

–Ela lhe espera, pode subir. – anuncia.

–Obrigada.

Vou a passos largos até o elevador e todo o caminho até seu andar parece uma eternidade, o apartamento de Felicity era o ultimo e sorrio largamente ao vê-la com a porta aberta, parada na mesma, me esperando.

Parecia confusa, mas ansiosa. Vou até ela e coloco minhas mãos nos bolsos para conter minha vontade de abraçá-la, sorrio constrangido.

–O que faz aqui, Oliver? – sua expressão agora era séria e novamente magoada.

–Só... Queria conversar, posso entrar?

Da passagem para mim e fecha a porta depois que passo.

–O que quer? Já não falou o suficiente?

–Talvez, mas não ouvi o suficiente.

–Como assim?

–Preciso da sua ajuda.

–Precisa da minha ajuda?

–Sim.

–Oliver... – parecia um pouco chocada e inconformada, andou até as janelas da sala e fechou as cortinas. Percebo que estava de pijamas, vaia te a bancada da cozinha e pega um copo cheio de água. –Está tarde e depois de tudo o que aconteceu e de você deixar muito claro que tudo o que tínhamos acabou, você simplesmente aparece querendo minha ajuda? – bebe a água e leva o copo até a pia.

Ando atrás dela, acompanhando com o olhar cada gesto seu.

–Eu sei. Desculpe-me pelo o que eu disse. É só que... Você me pegou de surpresa.

Ela me avaliou com o olhar.

–E então o que? Você quer que eu ache que agora você teve uma luz divina do paraíso e descobriu me amar? Ou acha que depois de poucas horas eu esqueceria e que poderíamos voltar a ser como antes. Desculpa, Oliver não vai rolar, você...

Eu sabia que ela continuaria falando, falando e falando e estava entendendo tudo errado, então eu tinha que tomar uma atitude. Me aproximei mais e a puxei pela mão, enlaçando sua cintura com um braço e rapidamente ela prendeu a respiração, parando de falar e arregalando os olhos, fixando-os em mim.

Ficamos nos encarando por alguns segundos. Tempo esse que levei observando cada parte de seu rosto delicado, desejando tomar seus lábios nos meus.

–A ajuda de que preciso é um pouco... Diferente. Preciso que me diga, Felicity. Me diga como é.

Seus olhos não se desviaram dos meus, e a encarei em suplica, eu precisava saber, precisava ter certeza. Eu apenas precisava...

–Diga o que? – sussurra.

–Diga como é, como é amar? –deslizo meu dedo por sua bochecha, afastando uma mecha de seu cabelo solto. Volto a olhar seus olhos surpresos. -Como é me amar, Felicity?


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Gente, preparados pra bomba? PROXIMO CAPITULO É O ULTIMO. kkkk eu disse que a fic seria pequena né, nao sei que dia vou postar ainda, mas acho que lá pra segunda ou terça ja vou estar aparecendo por aqui. Unbreakable sai no domingo sem falta e é isso, continuem comentando que estou amando tooodos eles, me contem o que acharam e o que acham que vai acontecer no proximo kkk, bjsss.
P.S. Feliz ano novo atrasado pra vocês.



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